Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 6
Sexto capitulo:




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Pov. Conrad:

Ser pai era algo assustador.

 Se para quem se preparava durante 9 meses já era assustador, imagine para mim que não tive essa preparação toda.

Minha avó passou 2 semanas no meu apartamento me ajudando com tudo que fosse preciso para ser um bom pai para Connie. Mas no fundo sabia que ela só estava tentando garantir que eu não matasse sua bisneta de fome.

Tive que reorganizar minha vida toda para poder ter tempo para Connie, e acho que estava me saindo bem.

 O único problema era Angélique, que desde o cemitério não me atendia, ou simplesmente sumia quando aparecia nos lugares que frequentamos.

Então resolvi ir atrás dela.

—Aqui é bem bonito papai. O que estamos fazendo aqui? - Connie questionou enquanto entravamos no restaurante “LePlaisir”.

—Vamos jantar filha, você não está enjoada da comida da Felicity?! Por que eu estou. - segredei e ela sorriu enquanto nos sentávamos á mesa.

—Bem vindo Conrad, quanto tempo. – Gabriel, o maitre do restaurante me cumprimentou assim que veio nos atender.- E quem é essa linda garotinha Conrad?

— Está é a Connie, ela é minha filha.- disse sorrindo orgulhoso para a minha cupacke que estava brincando com sua boneca.

—Filha?

—Longa história Gabriel.- disse suave antes de mudar de assunto.- Voltando ao assunto Angélique, parece que sua chef barrou minha entrada aqui.

—Serio?!- ele questionou confuso.

—Ou ela decidiu que não sou mais um bom amigo. - disse dando de ombros.

—Estranho, por que essa semana ela está fazendo as suas comidas preferidas. Pensei que você fosse aparecer todo dia.

—Talvez ela esteja sentindo minha falta. - disse e dei de ombros. - O que você quer comer filha?

—Bife com batata frita. - Connie disse olhando o cardápio de cabeça para baixo e sorri.

—Certo, mas só hoje. Gabriel vou querer um fettuccine de camarão e bife com batata frita, e de sobremesa o de sempre. - disse lhe entregando os cardápios.

—Claro e para beber?

—Refri. - Connie pediu feliz.

—Nada disso querida, você já está comendo fritura. Vou querer dois sucos de laranja, por favor, Gabriel.

—Certo, só um minuto. - ele disse antes de sair.

—Por que não posso tomar refri, papai? - Connie questionou emburrada.

—Por que faz mal para você. Se não você não poderá crescer forte e bonita como sua mãe era.

—Mas eu gosto tanto.- ela disse triste e sorri suave.

—Que tal se combinarmos em tomar refrigerante de dois em dois meses? - sugeri e Connie concordou feliz.

Não demorou muito até nossos pedidos chegarem e começarmos a comer, devo admitir que Ang se superou hoje, estava tudo divino.

 

Pov. Angélique:

—Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai a Maomé. - ouvi Conrad dizer entrando na minha cozinha.

—O que você faz aqui? Aqui é uma área restrita, somente para funcionários. – o repreendi e ele revirou os olhos.

—Será que eu poderia falar com você?

—Estou trabalhando.

—Certo, atenção galera nos deem alguns minutos. - Conrad pediu aos meus funcionários e todos saíram me deixando chocada com sua autoridade.

—Hei você não pode chegar aqui e colocar todo mundo para correr da minha cozinha.

—Foi você que me obrigou a recorrer a isso me ignorando.

— Não estou te ignorando, só estou ocupada demais trabalhando, não sou igual a você.

—Como é que é?! Você está me chamando de vagabundo ou mauricinho?!- ele questionou furioso.

Sabia que Conrad odiava quando alguém insinuava ou falava que ele era um mauricinho, que vivia só da herança e do sobrenome do avô. Tal insulto para ele era o pior de todos.

—Me desculpe, falei sem pensar. - pedi arrependida.

—Não desculpo nada. Você me ofendeu até a alma Angélique Masen. - ele disse furioso antes de sair feito um louco da cozinha.

—Conrad. - chamei indo atrás dele enquanto ele pegava Connie no colo e ia em direção a saída.

—Conrad deixa de ser teimoso, vamos conversar. - pedi arrependida enquanto o seguia.

—Oi tia Ang. - Connie disse acenando para mim. - Pai, a tia Ang quer falar com você.

—Mas eu não quero. - ele disse e bateu a porta do carro com força antes de sair dali.

E eu fiquei ali, parada na porta do meu restaurante com lágrimas nos olhos por que havia brigado com meu melhor amigo.

 

Pov. Conrad:

—Pai por que você brigou com a tia Ang? - Connie questionou enquanto eu a colocava na cama.

—Por que sua tia Ang me disse coisas feias e não gostei, mas não se preocupe isso é coisa de adulto. - disse suave e ela suspirou.

—Mamãe sempre dizia isso. - ela disse frustrada.

—E por falar em sua mãe, como você sabia que eu era seu pai? - questionei e ela sorriu.

—Mamãe me mostrou algumas fotos e sempre dizia que você era meu outro papai, e ela sempre dizia que um dia eu ia conhecer você, mas quando esse dia chegou... - ela sussurrou e começou a chorar.

—Tudo bem filha, tudo bem. - disse abraçando-a forte enquanto começava a cantar para a ela a música que minha mãe cantava quando eu era pequeno.

Naquele momento percebi que Angélique tinha razão

 Ser pai era puro instinto.

 Pois antes de saciar qualquer necessidade minha as da minha filha sempre vinham em primeiro lugar. Assim como o desejo irracional de protege-la de tudo.

 

 

Pov. Angélique:

—Sou uma idiota Hayley. - solucei desamparada e minha prima me deu uma caixa de lenços de papel.

—Você não é uma idiota Ang. Até eu ficaria receosa se meu melhor amigo me dissesse que sou bonita demais, e que talvez quisesse me beijar. Eu surtaria também prima.- ela disse se sentando ao meu lado.

—Não consigo ficar sem ele. Nos conhecemos há 20 anos, e ele é meu melhor amigo. - solucei angustiada. - Sem ofensas prima.

—Tudo bem, sei que entre mim e ele, você sempre vai escolher ele. Afinal, Conrad é seu confidente. - Hayley disse com ciúme.

—Não é verdade.

—Não é verdade?! Com quem você tirou as dúvidas sobre seu primeiro beijo? Quem esclareceu suas duvidas sobre sua primeira vez? Quem cuidou de você na sua primeira ressaca? Quem estava do seu lado quando você teve sua primeira desilusão amorosa? Quem esteve do seu lado quando você passou na faculdade? Quem... - ela começou a listar e a interrompi.

—Foi o Conrad. – disse saudosa e ela sorriu suave.

—Peça desculpas a ele, vocês se adoram. Você sem o Conrad é como torta de maça sem soverte. Sem graça e triste. - ela segredou e sorri entre lágrimas.

—Eu te amo Hayley. - sussurrei abraçando - a forte.

 

Pov. Conrad:

Estava no decimo sono quando a campainha tocou, tentei ignorá-la, mas foi impossível.  Me separei de Connie que dormia e cambaleei sonolento para atender a porta.

—Angélique, o que você faz aqui? - questionei confuso assim que abri a porta.

—Será que posso me desculpar. Se você quiser até me ajoelho aos seus pés. - ela pediu e começou a se ajoelhar.

—Para com isso Angélique. Entra, por favor. - pedi corando e ela entrou sem jeito. - Se você pensa que vou te perdoar por causa dessa cena, não vou não.

—Conrad só me deixe explicar, por favor. - ela implorou e indiquei o sofá para que sentássemos.

—Tudo bem.

—Me desculpe se me afastei de você. Mas o que aconteceu no velório da Lucy me perturbou e não quero estragar o que temos por causa de uma atração... - ela começou a explicar e a interrompi.

—Espera, você acha que eu estava dando em cima de você, só por que disse que você é bonita demais?!

—Eu pensei que você fosse me beijar e ... - ela disse desconcertada e sorri.

—Angélique, imagine eu e você nos beijando. O que você sente? - questionei e ela fez uma careta.

—É como se estivesse beijando meu irmão.

—Sinto o mesmo, agora vem cá. - disse abrindo os braços e ela sorriu enquanto me abraçava.

—Senti tanto a sua falta. - ela sussurrou no meu pescoço.

—Eu também Ang, eu também. - sussurrei abraçando-a forte.

 

 


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

Hayley:

http://mixdetemas.com.br/wp-content/uploads/2014/02/emily-vancamp-16.jpg



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