Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 5
Quinto capitulo:


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente, desculpe ter ficando esses dias sem postar mas estava com uma crise de sinusite horrível.
Mas agora estou bem, e espero que aproveitem o capitulo de hoje.
Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/675466/chapter/5

—Ela está pronta. - vovó disse entrando na sala com Connie segurando sua mão assim que ela havia arrumado minha filha para o enterro dos pais.

—Vem cá querida. - disse sentado no sofá e Connie correu para se sentar em meu colo.

—Quero minha mãe, papai. - ela sussurrou no meu pescoço.

—Eu sei filha, mas a sua mãe está no céu agora, e ela me pediu antes de ir para lá para cuidar de você e vou cuidar. - prometi acariciando seu cabelo.

—Vamos, não podemos chegar atrasados. - meu avô disse suave e concordei.

Por mais que odiasse enterros devia isso a Lucy e a Connie, afinal não poderia deixa-la sozinha.

Assim que chegamos a sala reservada ao velório de Lucy e Tyler, que estavam sendo velados juntos a pedido dos pais de ambos, Connie soltou a minha mão e correu para os braços de dois senhores. Pela forma como os dois a abraçaram presumi que deveriam ser os pais de Tyler.

Respirei fundo algumas vezes antes de ir até eles.

—Sinto muito por seu filho senhores.- sussurrei desviando a atenção de ambos que me olharam de cima a baixo.

—Dani, por que você leva a Connie para dá uma volta? - o senhor pediu a esposa que concordou antes de pegar a minha filha no colo e sair.

Mesmo não gostando da atitude deles em levar Connie para longe sem meu consentimento não disse nada, afinal os dois já estavam sofrendo demais.

—Escute aqui meu jovem, sei que você é o pai biológico da minha neta, mas não irei permitir que fique com ela.- ele disse serio enquanto me olhava.

—Connie é minha filha. E não vou deixar que ninguém me afaste dela.

—Você mal a conhece. Não tem direito algum sobre ela. Meu filho a criou durante os últimos quatro anos, ele a conhecia melhor do que você. E por isso não vou deixar que minha neta fique com um homem que ela nem conhece.

—O senhor está certo. Mas moverei céus e terras para que Connie fique comigo.- disse serio antes de ir atrás da minha filha.

 

Pov. Angélique:

Conrad estava tenso durante todo o velório de Lucy e Tyler.

  Ele não desgrudava de Connie nem por um minuto, também depois do que ele me contou sobre a conversa que teve com o pai de Tyler não lhe tirava o direito de temer que a filha lhe fosse arrancada de seus braços.

—Odeio velórios e enterros, eles me deixam estressado. - Conrad sussurrou assim que deixou Connie com seus avôs após eu o ter convencido a dar uma volta pelo jardim que pertencia a central de velórios.

—Ninguém gosta. - disse suave ao seu lado.

—Devia ser proibido pais morrerem quando os filhos são crianças, isso é desumano. - ele disse angustiado. - Prometi a mim mesmo há 15 anos atrás que jamais iria em outro enterro e aqui estou novamente em um.

—Conrad, sei que é assustador para você e te faz relembrar coisas ruins. Imagine para a Connie?! Ela perdeu os pais e agora esta “morando” com um pai que ela só conhecia por fotos, deve ser assustador para uma garota de 3 anos. - disse entrelaçando sua mão fria a minha enquanto andávamos.

—Tente relaxar e respirar.

—Estou tentando. - ele reclamou nervoso e sorri.

—Estou com medo Ang. Ou melhor apavorado.- ele sussurrou e parei de andar para vê-lo nos olhos.

—Por que?

—Tenho medo que os pais de Tyler tirem minha filha de mim. Isso seria tão injusto. Afinal, passei quatro anos sem saber dela e agora que sei que sou pai querem que eu a esqueça ?! Jamais seria capaz de fazer isso.

—O que seu lado frio e calculista de advogado diz? - questionei e ele respirou fundo antes de falar.

—Que após uma perda tão grande para a menor em questão, o juiz dará a guarda ao pai biológico, será a forma de fazer com que a criança tenha uma família. A família do Tyler não terá direito a guarda, pois Connie só é registrada no nome da mãe.- ele disse de forma mecânica e sorri tranquila.

—Viu só. Você mesmo respondeu as suas inseguranças. Agora relaxe.- disse suave e ele sorriu.

—Você tem razão minha loira. Não sei o que faria sem você.- ele agradeceu suave e beijou minha bochecha o que me fez corar de uma forma vergonhosa.

—Olha só, nem no velório da minha filha vocês não se disfarçam. - uma voz disse furiosa e viramos para ver quem era.

—Joanna.- Conrad disse sem ânimo.

—Sempre disse a Lucille que você não a amava, que você tinha um caso com essa sonsa que finge ser sua amiga. Mas, sabe como são os filhos, nunca nos escutam quando se deve. Quando ela percebeu me deu razão e foi cuidar da vida dela, foi então que Lucy descobriu que estava esperando um filho seu e tudo ficou ruim de novo. Se minha filha morreu é por sua culpa seu cretino. - Joanna gritou furiosa para Conrad que parou de respirar entendo o porquê de Lucy tê-lo deixado.

—Espera ai, Lucy terminou o noivado comigo, por que você disse que eu tinha um caso com a Angélique?!- ele questionou confuso e ela sorriu sem humor.

—Não se faça de inocente.

—Sua bruxa maldita. - ele gritou furioso enquanto ia para cima de Joanna, mas segurei seu braço. - Me solta Angélique, eu vou matar essa bruxa.

—Pensa na sua filha. - disse tentando segurá-lo, o que foi em vão já que ele era mais forte.

Assim que se viu livre Conrad se aproximou de Joanna até restar um pequeno espaço entre ambos, no qual me coloquei tentando evitar que meu amigo fizesse uma loucura.

—Eu conheço você e sei que não é disse jeito.- disse olhando nos olhos de Conrad.- Você vai deixa-la te desequilibrar desse jeito?

—Ela me separou da mulher que eu amava. Por culpa dela perdi momentos importantes da vida da minha cupacke. Não pode ver minha filha crescer e nem dizer suas primeiras palavras, tudo por culpa da mente perturbada dessa mulher. Posso desaparecer com ela em minutos e ninguém irá saber que fui eu. Há sim, sei como fazer isso direito.- ele disse e percebi um brilho sombrio em seu olhar.

—Se você a matar Conrad, vai parar na cadeia. E os pais de Tyler ficaram com a Connie É isso que você quer?! Quer ver a sua filha sendo criada por pessoas que irão dizer a ela todos os dias que o pai dela é um assassino? - gritei furiosa enquanto o sacudia pelo paletó tentando fazê-lo voltar a razão.

—Não. - ele disse e respirou fundo antes de me olhar envergonhado.- Me desculpe.

—Tudo bem.- sussurrei e o abracei por alguns minutos antes de me soltar dele para me dirigir a Joanna.

—Saia daqui agora Joanna. E para sua informação eu jamais fui amante do Conrad. Somos amigos, ou melhor, somos irmãos. O que nós temos é uma amizade sincera, em que um seria capaz de matar pelo outro. E você com sua malicia acabou com um lindo futuro que sua filha teria com o meu melhor amigo. Agora saia daqui antes que eu mesma mate você por fazê-lo sofrer durante anos por ter lhe tirado a mulher que amava.  -disse olhando em seus olhos com raiva.

—Jamais vou acreditar nisso, por que sei a verdade. Vocês dois traíram a minha filha. – Joanna gritou histérica antes de nos deixar a sós.

—Devia ter me deixado matar a velha. - ele reclamou e revirei os olhos.

—Não estou com sapatos para “desovar” ninguém. – expliquei apontando para meus saltos e rimos.

—Você seria minha cumplice Angélique Manson? - Conrad questionou suave enquanto voltávamos para o enterro de braços dados.

—Sou sua amiga cara. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, desovando cadáveres... - cantarolei e rimos.

—E contra insetos. Agora, não se mexa. - ele pediu olhando para o meu cabelo.

—O que é?! É uma borboleta?!- questionei desesperada enquanto olhava para Conrad que tentava não confirmar minhas suspeitas. - Tira isso de mim Conrad.

—Dá para ficar calma?!- ele pediu enquanto tentava me acalmar para tirar o bicho, mas acabei me descontrolando e derrubando nós dois.

Sempre tive medo de insetos, principalmente borboletas.

 Era uma fobia idiota, mas que apavorava desde pequena.

—Você é escandalosa demais minha loira, ela já foi. - ele disse me olhando nos olhos enquanto estava por cima dele. - Além de escandalosa, você é bonita demais.

Depois que Conrad falou isso senti um arrepio percorrer meu corpo.

Um arrepio do que jamais havia sentido.

—É... Hum... Acho melhor voltarmos. - disse me levantando do chão e depois ajudando-o a levantar.

—É... Você tem razão. - ele disse sem jeito e ignorando seu comentário de antes.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mais que amizade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.