Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 4
Quarto capitulo:


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo:

https://www.youtube.com/watch?v=eiG-Ol642Ws



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Pov. Conrad:

—Tem certeza que você irá ficar bem? - Ang questionou assim que coloquei uma Connie totalmente adormecida no banco de trás do meu carro.

—Tenho. Se quiser, pode ir com o Tyler.- disse olhando para ele que estava ao lado do seu carro.

—E deixa-lo sozinho, nessa que pode ser a maior aventura que já nos metemos?! Nem pensar.- ela disse antes de entrar no banco do motorista e sorri antes de entrar no carro.

Meus avós ficaram confusos com tudo que contei, mas não duvidaram das últimas palavras de Lucy, afinal Connie tinha o mesmo sinal de nascença que eu assim como meus olhos.

—Ela é linda. - minha avó disse suave assim que coloquei Connie na minha cama no quarto que possuía na casa dos meus avós.

Minha avó sugeriu que eu passasse a noite aqui e concordei, afinal ela sabia que apesar de parecer confiante estava muito assustado com a notícia de ser pai.

 - Como ela se chama? - Vovó questionou me tirando dos meus devaneios.

—Connie. - sussurrei acariciando os cachos da minha filha.

Era estranho pensar que ontem mal tomava conta de mim, e agora eu tinha uma filha. Filha da mulher que mais amei no mundo.

—Você terá que ter muita paciência e carinho com ela, meu bem. Afinal, Connie passou por um trauma muito grande.

—Eu mais do que ninguém sei como é isso.- sussurrei me lembrando do dia em que perdi meus pais.- Não sei se sou forte para ajudá-la a superar tudo o que aconteceu vó. Nunca consegui superar o que aconteceu comigo, imagina ajudar a minha própria filha.

— Sei que você é capaz. Agora, vamos deixa-la descansar, amanhã será um longo dia. - ela disse e concordei antes de sairmos do meu quarto.

Fui direto para a cozinha onde Ang preparava um sanduiche.

—Como se sente sendo pai? - ela questionou e rimos.

—Faminto. - disse pegando uma jarra de suco que havia dentro da geladeira e meu sanduiche que ela já havia feito.

—Tenho medo Ang. Tenho medo de não ser o melhor para a Connie. Acho que não nasci para isso.

—Hei ninguém nasce sabendo ser pai, isso flui naturalmente. É como sua primeira vez. Você não sabe de nada, mas seu instinto te guia. - ela disse e deu de ombros antes de comer seu sanduiche.

—Talvez você tenha razão.

—E quem seria pior do que você para a Connie? - ela brincou e riu.

—Joanna.

—Essa dai sempre te odiou.

—É, e agora ela não suporta minha filha. - disse e meu celular tocou interrompendo nossa conversa.

—E então Cesar? - questionei nervoso assim que o atendi.

Cesar era um dos vários advogados que trabalhavam na “Labonair advocacia”, ele estava agilizando a guarda temporária de Connie para mim.

—E então, o que ele disse? - Ang questionou nervosa pedi para que ela esperasse.

—Certo Cesar obrigado, depois do enterro de Lucy verei o processo. Novamente obrigado e boa noite. - me despedi e desliguei.

—E então?

—Como você é curiosa Srta. Mason.

—Deixa de palhaçada e diz logo.

—A guarda de Connie é minha provisoriamente, pois expliquei sobre o sinal de nascença da minha família. Já liguei para um laboratório que virá amanhã coletar amostras para o exame de DNA, para que eu entre com o reconhecimento de paternidade o mais rápido possível.- disse e suspirei preocupado.

— Conheço esse olhar. Por acaso tem alguma chance da Connie não ser sua?

—Claro que não. Fui o primeiro homem da Lucy, e continuei sendo o único durante 4 anos. Só que César me informou que a família do Tyler está reclamando a guarda da Connie.

—Mas ela é sua filha.

—Sei disso Angélique. Mas eles conviveram com ela durante toda a vida dela. Corro o risco de perder a minha filha antes mesmo de conhece-la.- sussurrei com medo e Ang me abraçou com carinho.

—Vai dá tudo certo. – ela assegurou confiante e agradeci.

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Da porta do quarto via a minha avó penteando os cabelos de Connie com cuidado enquanto ela olhava para seus pés.

Me odiava por ter que dá uma notícia dessas para uma criança, me fazia lembrar do momento em que meus avós me contaram sobre a morte dos meus pais.

Sai do quarto em silencio e fui para a varanda que havia no apartamento, me sentei em uma das várias cadeiras que haviam no local e comecei a chorar de forma angustiada.

—Pensei que você estivesse contando para a Connie sobre os pais dela.- meu avô disse assim que entrou na varanda.

—Não posso fazer isso com ela. Connie é apenas um bebê. Não posso entrar lá e dizer que os pais dela morreram e que agora ela não tem ninguém.- disse entre lagrimas e meu avô se sentou do meu lado antes de segurar minha mão com força.

—Ela não está sozinha Conrad. Você é o pai dela. E sei que será um excelente pai.- ele assegurou e sorri triste.

—Não tenho tanta certeza vô. Acho que não sou o melhor para ela. Talvez, seja melhor que ela fique com a família do pai dela adotivo, afinal ela os conhece bem.

—Conrad, não deixe seu medo lhe afastar da melhor coisa que aconteceu na sua vida. Tenho fé em você.- meu avô disse antes de beijar minha testa e me deixar a sós.

Respirei fundo algumas vezes e comecei a cantarolar a música que minha mãe cantava para mim quando era pequeno. Ela sempre me dizia que eu deveria cantá-la quando estivesse com medo por que ela me daria força.

E foi o que fiz.

Cantarolei a música baixinho até voltar para o meu quarto onde Connie estava com minha avó.

—Vó, posso falar com a Connie.- pedi entrando no quarto e ela concordou antes de nos deixar a sós.

Me sentei na cama ao seu lado e a olhei por algum empo.

Connie era a cara de Lucy, exceto os olhos, os quais ela havia herdado de mim.

—A vovó me contou que você não quis tomar seu café. Deseja algo em especial? - questionei tentando começar uma conversa.

—Minha mãe e meu pai Tyler.- ela sussurrou segurando sua boneca com força.

—Querida, seus pais...- sussurrei tentando tomar coragem para falar. Afinal, não queria traumatiza-la ainda mais.

Respirei fundo inúmeras vezes antes de contar toda a verdade para Connie que chorou sem parar assim que entendeu tudo, esse foi o momento no qual me senti o mais impotente dos homens vendo minha filha chorar daquela forma.

—Quero a minha mãe.- Connie soluçou agarrada a sua boneca.

—Está tudo bem meu cupacke.- sussurrei enxugando suas lagrimas que caiam uma atrás da outra.

—Vou ficar sozinha.- ela soluçou com dor antes de se deitar na cama e esconder seu roto na almofada.

—Claro que não meu cupacke. Você tem a mim.- disse acariciando seus cabelos de leve.- E eu jamais irei deixar você.

Sem saber mais o que fazer para que Connie parasse de chorar comecei a cantar a música que minha mãe havia ensinado para mim. Cantei até que adormecesse, pelo menos no mundo dos sonhos tudo seria diferente para ela.


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