Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 3
Terceiro capitulo:




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Pov. Conrad:

Segundo os policias que socorreram Lucy, havia 3 pessoas no carro.

Um casal e uma criança de aparentemente 3 anos, segundo eles o homem morreu na hora e foi a própria Lucy que murmurou um pedido angustiado para a enfermeira de que ligasse para mim.

E agora, eu estava aqui.

Sem coragem de entrar em seu quarto e perguntar por que ela havia pedido para que me ligassem.

—Não posso fazer isso. - sussurrei angustiado.

—Pode sim, você precisa se despedir. Não pode deixar que a história de vocês fique sem um final.  - Ang disse e concordei antes de entrar sozinho no quarto.

Quando era criança vivia dizendo que ia ser médico para salvar vidas, mas desde que meus pais morreram e passei meses em um hospital me recuperando do acidente desiste desse sonho.

—Ela está bem? – questionei assim que entrei para uma enfermeira que monitorava alguns aparelhos.

—Não. Mas ela quer falar com o senhor, chama seu nome sem parar. - ela disse e Lucy abriu os olhos inquieta.

Apesar dos vários machucados que cobriam seu rosto, ela ainda era a garota pela qual me apaixonei perdidamente. E a qual também partiu meu coração quando foi embora sem nenhum motivo.

—Conrad... - ela sussurrou saudosa e começou a tatear a cama a procura de algo.

Por extinto segurei sua mão fria.

—Vou deixá-los a sós. - a enfermeira disse antes de sair.

—Me desculpe... - ela sussurrou com pesar enquanto me olhava nos olhos. – Tyler me convenceu a vir aqui lhe contar sobre Connie, pois você tinha o direito de saber, e isso aconteceu.

—Tente não falar.- sussurrei tentando acalmá-la.

—Sei que estou morrendo Conrad e não posso continuar mentindo sobre o que houve há 4 anos atrás. Só agora percebo que minhas escolhas foram erradas.- ela sussurrou sem forças e pisquei confuso.

—Lucille, por que você terminou nosso noivado?

—Eu terminei por que estava com medo de me machucar. Por que te amava mais do que tudo, mas no fundo sabia que você gostava de outra sem se dá conta. - ela disse e soltei sua mão incrédulo.

—Isso não é verdade. Eu sempre amei você, sempre fui fiel e você me apunhalou pelas costas. E agora vem com essa mentira de que não te amava e ainda vem dizer que eu tenho uma filha?! Por favor, não sou nenhum idiota.- disse sério.

—Connie é sua filha.- ela disse segura.- Só descobri que estava gravida de você quando voltei para a Virginia.

—Vou fingir que acredito. E esse tal de Tyler? Ele bem que ser o pai da sua filha.

—Mas ele não é. Conheci meu noivo quando Connie tinha 1 ano e meio. Você é o pai dela Conrad, se tem duvidas bastar fazer o DNA... - Lucy disse sem ar e me afastei para chamar o médico, mas ela segurou minha mão.

— Ela é sua.... Eu juro. - ela prometeu sem ar. - Cuide dela... Não a deixe com a minha mãe... Por favor...

—Depois de todos esses anos a megera da Joanna ainda me odeia? – questionei confuso e logo a equipe medica entrou no quarto para estabilizar Lucy.

A mãe de Lucy, Joanna, me odiava.

Ela vivia implicando comigo, para Joanna, eu vivia traindo a filha dela com a Ang. O que não tinha fundamento, afinal Angélique era como uma irmã para mim.

—Ela está estável, tente não estressa-la. -o medico pediu e olhei para Lucy que respirava com dificuldade.

—Aproveite o tempo que lhe resta e perdoe o que tiver que perdoar, ela não tem muito tempo. - o medico me aconselhou e concordei entre lagrimas.

Não podia acreditar que estava desperdiçando o tempo precioso que tinha com a mulher que tanto amei por causa do meu orgulho ferido.

—Eu te amei tanto Lucy. – solucei entre lagrimas enquanto segurava sua mão.

—Eu também... - ela sussurrou sem forças. – E nosso amor.... Nos deu uma filha linda. Me prometa.... Que você.... Irá.... Cuidar... Da nossa... Filha...

—Prometo Lucy, não vou deixa-la com Joanna. - jurei e ela sorriu suave.

—Me... Perdoe.... Por.... Afastá-los. - pediu enquanto lutava para manter os olhos abertos.

—Eu perdoo você. - solucei sincero e ela sorriu suave.

—Diga a nossa filha…Que eu a amo. -ela pediu e concordei, logo os aparelhos começaram a apitar loucamente enquanto ela soltava minha mão.

Os médicos tentaram reanima-la, mas foi em vão.

 Lucy estava morta e havia me deixando uma filha.

E não sabia se estava pronto para ser pai.

 

 

Pov. Angélique:

Conrad havia entrando em choque depois que viu Lucy morrer, tive que começar a providenciar tudo para o enterro e também resolver a tutela provisória da filha dela.

—E a suposta “filha” dele? - Peter questionou assim que parou ao meu lado em frente ao vidro que nos separava da ala pediátrica.

 Pelo vidro podíamos ver uma menininha loirinha segurando uma boneca com força enquanto estava deitada em um leito.

—Não começa.- o repreendi seria.-  segundo os advogados do consultório do Conrad, ele só poderá ser responsável por ela depois de um exame de DNA.

—Então quer dizer que a palavra de uma moribunda não conta?

— Pelo jeito não. Ela se parece um pouco com ele, não acha? - questionei e ele revirou os olhos.

—Acho que vou falar com ela. Ver se está tudo bem, enquanto você vai saber se o Conrad já está melhor.

—Mas Angélique. - Peter reclamou e revirei os olhos antes de entrar na pediatria.

—Oi, sou Angélique Masen. Sou amiga de Conrad Labonair, pai da filha de Lucille Norris. Será que eu poderia falar com ela?! - pedi suave e a enfermeira olhou para o computador antes de me ver.

—Não posso autorizar, ele está aqui como suposto “pai”, só a assistente social poderá fazer isso.

—Pelo amor de Deus senhora, a mãe dela acabou de morrer e o pai está em choque. - tentei convencê-la.

—Sinto muito, só com a assistente social. - ela disse fria.

—Você sabe de quem ela é bisneta?! Ela é bisneta de Jeremy Labonair, o maior acionista desse hospital. Se meu avô sonhar que estão me impedindo de ver a minha filha, ele coloca todo mundo no olho da rua. Agora, deixe-nos ver a minha filha. - ouvi Conrad dizer furioso atrás de mim.

A enfermeira murmurou varias desculpas antes de nos deixar entrar.

—O que você fez Peter? - questionei confusa para ele assim que Conrad passou na nossa frente, entrando com tudo na enfermaria pediátrica.

— Nada. Fui vê-lo como me pediu, e ai ele perguntou que horas eram e eu disse. Em seguida ele saiu correndo feito louco para cá.

—Eu conheço esse olhar, isso não vai dá certo. - sussurrei para Peter ao meu lado.

—Vamos querida, vou leva-la para um lugar bem legal. - uma mulher disse suave assim que a vimos se aproximar da menininha loira que estava deitada no leito.

—Mamãe disse que não posso ir com estranhos. - ouvimos a menina dizer com medo agarrando a boneca com mais força.

—Eu sei, mas pode confiar em mim. Será por pouco tempo até sua avó chegar.

—Não. A vovó Joanna não gosta de mim. Ela diz que quando me ver lembra do meu pai.- ela sussurrou com medo enquanto começava a chorar.- Cadê a minha mãe? Cadê meu pai Tyler?

—Você vem conosco e lhe explico tudo.

—Não ouse encostar um dedo nela. - Conrad disse furioso assim que viu a assistente social oferecer sua mão a garotinha.

—Quem é o senhor para interromper o serviço do estado? - ela questionou olhando-o de cima a baixo.

—Papai. - a garotinha disse feliz e saiu da cama tentando ir em direção a Conrad, mas foi impedida pela mulher.

—Como você mesma a ouviu dizer, sou o pai dela e tenho o poder pátrio sobre a mesma e não o estado.

—Você é o suposto “pai” segundo a documentação do hospital.

—Sou advogado e entendo muito bem de leis. Se deixar que vocês a levem estarei dizendo que não sou o pai, e eu sou. Agora solte minha filha. - Conrad ordenou furioso e a mulher a soltou, fazendo com que a menina corresse para os braços de Conrad que a pegou no colo segurando-a como se nunca mais fosse soltá-la.

—Tudo bem, se o senhor entende de leis saberá que acabou de obstruir o trabalho do estado. E que esta sequestrando uma menor que pode não ser sua filha.  E terei que comunicar a polícia sobre isso. – a assistente social comunicou antes de nos deixar a sós.

—O que deu em você seu louco?! Você vai para a cadeia e não vou te tirar de lá. - disse furiosa.

—Não podia deixar que aquela mulher levasse a minha filha e a entregasse para a megera da Joanna. Aquela velha odeia a Connie por que é minha filha. E prometi a Lucy que cuidaria dela e vou cuidar. - ele disse acariciando as costas da menininha que acabou adormecendo.

—Tem certeza que ela é sua mesma? - Peter questionou e Conrad olhou com raiva para ele.

—Sei fazer conta Peter. Connie tem a idade exata de um possível filho meu e da Lucille. Lucy me jurou que ela é minha, e não duvido de sua palavra.

—Se você pudesse ganhar tempo até o DNA sair... – disse e logo uma ideia passou pela minha cabeça. – E você pode.  

—Do que você está falando Ang? - Conrad questionou cansado e sorri.

— Do seu sinal de nascença no ombro direito seu idiota. – disse obvia e ele sorriu surpreso por eu ter lembrado.

—Mais é claro, vovô diz que esse sinal é transmitido de pai para filho. Só os verdadeiros Labonair o têm. - ele disse e desabotoei com cuidados os quatro primeiros botões nas costas do vestido da garotinha, revelando uma lua crescente.

Igual à que Conrad possuía no mesmo lugar nas costas.

—Por favor, me diga que ela tem meu sinal?!- ele implorou angustiado e sorri em meio as lagrimas.

Meu amigo havia se tornado pai.

Pai de uma linda menininha.

—Ela é sua filha. Ela tem o sinal de nascença idêntico ao seu. Parabéns, você é pai. - disse sorrindo entre lagrimas.

—Graças a Deus. - ele soluçou abraçando-a forte enquanto beijava seus cabelos tomando cuidado para que não a acordasse.

—Como você sabia do sinal dele? - Peter questionou ciumento.

—Peter, por favor. - pedi cansada desse ciúme bobo.

—Ela sempre passou ás férias comigo. Ang já me viu sem camisa inúmeras vezes. -Conrad disse sem importância.

—Angélique. - Peter disse serio.

—Qual é?! Ele é praticamente meu irmão. Deus me livre pensar nele desse jeito.

—Só que ele não é seu irmão. - ele me lembrou e olhei para ele ofendida antes de sair do quarto.

Afinal, jamais vi Conrad como um interesse amoroso.

Para mim e também para ele, nós só éramos grandes amigos e nada mudaria isso.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:

Lucy:
http://www.celebritywithoutmakeup.net/wp-content/uploads/2015/12/Ashley-Benson-with-makeup.jpg

Connie:

http://www.dudabundchen.com.br/wp-content/uploads/2012/10/duda-2-e1350493307761.jpg



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