Pov. Conrad:

—Fica calmo, ou você vai acabar tendo um ataque.- Angélique disse enquanto entravamos no teatro onde seria realizada a formatura da minha primogênita, que havia seguido meus passos e optado por se graduar em direito.

Como Connie tinha as melhores notas da turma, ela foi eleita para ser a oradora da classe, da qual eu seria o padrinho e homenageado.

Então, eu tinha todo o direito de ficar nervoso ou de ter um ataque.

—Estou tentando.- sussurrei assim que paramos em frente ao palco onde eu ficaria para receber a homenagem e entregar os diplomas aos recém-formados.

—Respire fundo e seja você mesmo.- minha esposa sussurrou antes de tocarmos um beijo rápido.

—Boa sorte pai.- Sarah e Phillip desejaram antes de acompanharem a mãe para seus lugares.

Sarah era uma linda jovem de 16 anos muito parecida com a mãe, mas ela havia herdado os cabelos ruivos de minha mãe, fazendo com que Caleb brincasse dizendo que ela não era minha filha. Mas apesar de ser a única ruiva da família, ela possuía meus olhos. Sarah havia sido a primeira filha que tive com Ang, o nosso maravilhoso presente de Natal.

Já Phillip era um menino adorável de 6 anos, uma cópia perfeita minha só que com os olhos da mãe e sua personalidade.

—Sejam todos bem-vindos a graduação da turma de direito da faculdade de Columbia. Agradecemos a presença do desembargador Labonair ao evento, pois o mesmo será o padrinho e homenageado dessa noite. E para dá início a cerimonia chamamos a oradora e formanda da classe de direto, Connie Labonair.- o reitor disse e todos bateram palmas, já eu além de bater palmas sorri feito um verdadeiro pai coruja por ver o sucesso da minha filha.

—Haviam me entregado uma missão que julguei ser fácil no começo, mas acabei vendo que era difícil. Pois como iria separar a figura do meu pai da figura do famoso desembargador Labonair? Foi ai que minha mãe disse que eu não deveria separa-los, afinal os dois eram um só.- ela disse e sorri surpreso com o rumos que seu discurso estava tomando.- Meu pai é um homem justo, carinhoso, brincalhão e exigente em relação aos estudos, mas ele se derrete todo pela família. Com ele aprendi que o inesperado pode ser a melhor das surpresas e que uma amizade deve ser cultivada pela vida inteira. E como desembargador, meu pai pode ajudar inúmeras pessoas que precisaram, sendo sempre o mesmo homem, apaixonado pela profissão e devotado pela família. Um verdadeiro exemplo para todos como pessoa e profissional, e é com muito orgulho e admiração que digo o quanto amo meu pai e lhe agradeço por tudo que fez por mim durante esses 17 anos em que nos encontramos. Eu te amo pai.

—Eu também te amo meu cupacke.- sussurrei emocionado enquanto olhava para minha filha que sorriu amorosa para mim.

Estava louco para lhe dá um abraço e um beijo, mas não podia quebrar o protocolo por enquanto.

Depois de mais alguns ritos formais relacionados a formatura, havia chegado a hora de entregar os diplomas aos formandos. Me posicionei ao lado do reitor enquanto o mesmo chamava os alunos e eu entregava o canudo a eles.

—Doutora Connie Labonair.- o reitor chamou de repente e sorri emocionado antes de entregar o diploma para a minha filha.

—Meus parabéns Dra. Labonair.- disse orgulhoso e ela sorriu amorosa antes de nos abraçarmos com força.

—Eu te amo papai.- ela sussurrou em meu pescoço e beijei seus cabelos com carinho.

—Eu também te amo minha pequena.- disse entre lagrimas enquanto abraçava minha filha com força, que havia se tornado uma linda mulher que se parecia com a mãe em inúmeras coisas, mas que tinha tanto de mim.

Só de saber que apesar de tantas dúvidas em relação a criação dela, eu havia acertado no final e me sentia o homem mais feliz e realizado do mundo, e sabia que onde quer que estivesse, Lucille estaria orgulhosa da filha maravilhosa que tivemos.