Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 2
Segundo capitulo:




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Pov. Conrad:

Nova York, 2016

—Oi princesa, quero dois cafés com creme de baunilha. – disse galanteador para a atendente da Starbucks que sorriu deslumbrada.

—Cla... Claro. - ela disse desnorteada antes de ir pegar meu café.

Depois que me formei na faculdade virei um dos maiores advogados de Nova York, agora não era simplesmente neto de Jeremy Labonair, o dono de metade da cidade.

Agora eu era Conrad Labonair, dono do consultório de advocacia mais requisitado do país a “Labonair advocacia”.

—Aqui senhor e tenha um bom dia. - ela disse sedutora enquanto me entregava os cafés.

—Pode ter certeza que ele já começou bem. - segredei e pisquei para ela que se derreteu toda.

Fui para o meu carro com pressa por que se chegasse atrasado novamente à loira me matava.

Assim que cheguei ao restaurante “LePlaisir” pode ver Ang sentada em uma das mesas.

—Tá atrasado. - ela disse enquanto olhava algo no tablete.

—Sabe como é o transito em NY, é uma loucura Ang.- disse lhe entregando seu café e me sentando.

—Quem é “Liga pra mim gostoso?” – Ang perguntou olhando algo escrito no seu copo de café.

—Ow esse é o meu. - disse trocando os cafés. - É o numero de uma atendente da Starbucks bem bonitinha. Cadê os meus muffins de amora que você me prometeu?

—Aqui seu morto de fome. - ela disse empurrando a travessa para mim. - A Felicity não faz café da manhã para você não?

—Faz, mas não chega aos pés do seu muffin de amora. - segredei e ela sorriu enquanto eu comia um bolinho.

—Conrad, acho que está na hora de você ir atrás da Lucy, saber o que houve. Já faz 4 anos.

—Nem morto. Íamos nos casar. E ai o que ela faz?! Vai embora sem explicar nada. Já disse e repito não quero saber de compromisso nunca mais, não sou de ninguém. Ás únicas mulheres fixas da minha vida são você e a minha avó.

—Mas você... - ela protestou e  a interrompi.

—Já chega, não quero brigar com você. Eu te amo e você é única que me entende. - pedi segurando sua mão.

—Eu também te amo e tudo que faço é para o seu bem, só quero te ver feliz.

—Eu sou feliz minha loira, você não imagina o quanto. - segredei maliciosamente e beijei sua mão.

—Para com isso ou o Peter vai ficar com ciúmes. - ela disse sem jeito se soltando de mim.

—Credo Ang, não vejo você como mulher, a vejo como minha irmã.

—Puxa, obrigada por dizer que não sou atraente. - ela disse ultrajada e se levantou da mesa pegando meus muffins. - Seus muffins de amora estão confiscados.

—Espera, quer que eu diga que você é gostosa Angélique Masen?! Se quiser eu digo. - disse olhando-a de cima a baixo me demorando em suas curvas, as quais nunca havia notado. Afinal, na adolescência Ang era o patinho feio da escola, mas agora era diferente.

— Até que você não é de se jogar fora loira.- disse maliciosamente e ela corou intensamente.

—Pega seus muffins de amora e cai fora seu safado. - ela disse nervosa enquanto empurrava a cesta para mim e sorri.

—Tenha um bom dia querida. - gritei saindo do seu restaurante com meus muffins de amora e meu café.

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O escritório estava uma loucura.

 Era um corre-corre louco por causa do caso de assedio sexual de um prefeito, sabia que o velho era culpado até a alma, mas ele havia me contratado e esse era meu trabalho.

Tinha que defendê-lo, mesmo que fosse culpado.

—O paguei os olhos da cara para me livrar dessa e você não fez nada. - ele gritava furioso na minha sala.

—Espera, não tenho culpa se você não soube manter seu “amiguinho” dentro das calças. E ninguém grita aqui mais alto do que eu. - disse furioso. - Agora se retire, e nem precisa pagar.

—Ora seu moleque. - ele disse furioso.

— Sabe quem eu sou?! Sou Conrad Labonair, e posso fazer sua carreira de prefeito acabar tão rápido quanto uma chuva de verão.  Se não quiser isso, acho melhor você sair. - disse serio e ele engoliu seu orgulho antes de sair.

Era nessas horas que odiava ter meu sobrenome, a simples menção de Labonair fazia a maioria das pessoas se encolher, tudo por causa do império do meu avô.

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—Olha só, o neto prodigo sempre volta ao lar. - meu avô disse assim que abriu a porta.

—Deixe seu neto Jeremy ele é um homem ocupado. - Vovó disse empurrando meu avô para o lado antes de me puxar para dentro. - Aconteceu algo filho?

—Só senti falta de vocês. Posso dormir aqui hoje? - pedi e ela sorriu amorosa.

—Aqui sempre será sua casa meu amor.

—Obrigada vó.- sussurrei antes de ser abraçado por ela.

—Vou pedir a Dolores para arrumar o seu quarto. - ela disse me dando um beijo na testa antes de sair.

—Aconteceu algo filho? - Vovô questionou examinado minha calça de moletom e minha regata que usava para dormir assim que vovó deixou a sala.

Eu morava no mesmo prédio que meus avôs, pois não queria ficar longe deles.

—Nada vô, apenas saudades do seu chocolate quente.- desconversei e ele sorriu suave antes de beijar a minha testa e se dirigir para a cozinha, para fazer meu chocolate.

Não demorou muito até que meu avô voltasse com uma xicara fumegante a qual foi entregue a mim. Assim que tomei o primeiro gole fui inundado por seu sabor familiar, o qual me fez reviver minha infância.

—O que aconteceu de verdade meu menino? - ele questionou se sentando ao meu lado e suspirei enquanto olhava para o meu chocolate.

Meu avô me conhecia como ninguém, nunca consegui esconder nada dele.

—Não consigo dormir, voltei a ter pesadelos sobre o acidente. – disse com a voz tremula, em uma tentativa falha de segurar meu choro.

—Você só tinha 10 anos Conrad, era só uma criança.

— Sei disso vô, mas fui eu que distrai meu pai e ...- sussurrei culpado antes dele me abraçar enquanto chorava em seu peito.

—Você não teve culpa filho, era uma criança e seus pais jamais iriam culpar você.

—O quarto está pronto querido, você vai querer comer alguma coisa? - minha avó questionou entrando na sala e nos olhou confusa.- O que houve Conrad?

— Está tudo bem vó. E obrigado pelo chocolate vô. – sussurrei enxugando minhas lagrimas antes de entregar a xícara para meu avô e caminhar em direção ao meu antigo quarto.

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Estava no auge do meu sono quando meu celular começou a tocar.

 Gemi sonolento e coloquei o travesseiro na cabeça para abafar o som, mas ele continuou tocando. Furioso desisti de ignorá-lo e resolvi atende-lo.

—Alô. - disse sonolento e com raiva, afinal era a primeira vez que conseguia dormir direito depois de ter o mesmo pesadelo durante três noites seguidas.

—Conrad Labonair? - a voz monótona questionou.

—Sim é ele, do que se trata?

—Poderia se apresentar no Hospital Monte Sinai, estamos esperando pelo senhor.

—E por que tenho que ir para o hospital? - questionei preocupado.

Será que havia acontecido algo com a Ang?

Afinal, eu era o primeiro da lista para seu contato de emergência.

—Por que sua filha o aguarda. - ele disse e perdi o ar.

—Que... Que... Filha?!- questionei desnorteado.

—O senhor não sabia que tinha uma filha?

—Não.  Quem é a mãe dela?

—Lucille Norris. - ela disse e deixei o telefone cair em choque.

 

Pov. Angélique:

Corri desesperada pelos corredores do Hospital Monte Sinai e encontrei Conrad totalmente desorientado, não entendi nada do que ele falava ao telefone, por isso tive que pedir para ele passar o telefone para uma enfermeira que me contou o que estava havendo.

Assim que entendi a gravidade da situação corri imediatamente para o hospital.

—Ang... - Conrad soluçou desesperado e me abraçou com força.

—Vai ficar tudo bem. - disse acariciando seu cabelo.

Conrad chorava como uma criança que se perdeu dos pais no parque, em nada se parecia com aquele homem inabalável e confiante que conhecia.

—Como a Lucy está? - Peter questionou e o olhei feio, por que não era hora de perguntar uma coisa dessas.

—Os médicos disseram que o acidente de carro foi muito grave, ela tem pouquíssimas chances de sobreviver. - ele disse e chorou mais.

—E sua filha? Se ela é mesmo sua filha.

—Peter isso aqui não é hora e nem lugar para um interrogatório.

—Não tive coragem de vê-la na ala pediátrica. Não tive coragem nem de ver a Lucy, imagine... - ele disse desnorteado enquanto se sentava nas cadeiras de espera.

Me ajoelhei na sua frente e segurei suas mãos

—Hei, estou com você. Não importa o que vier. - jurei e me olhou com carinho.

—Eu sei Ang, você é a melhor amiga que eu poderia ter. - ele disse e o abracei com forte, tentando transmitir segurança para ele.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

Avós de Conrad:

http://i.telegraph.co.uk/multimedia/archive/02054/Redgrave-Nero_2054510c.jpg



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