Mais que amizade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 16
Decimo sexto capitulo:




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/675466/chapter/16

Pov. Angélique:

—Pronta? - meu tio questionou assim que paramos em frente a porta da igreja.

—Sim.- sussurrei insegura antes das portas serem abertas e meu tio me guiar em direção ao altar.

Mas um flashback do exato momento em que conheci Conrad começou a passar em minha cabeça

 

Flashback On:

Era o primeiro dia do maternal e estava nervosa, estava indo para um lugar novo e estranho onde não teria minha tia por perto.

—Vai ficar tudo bem, querida. Você irá gostar muito daqui e ainda fará muitos amigos, e no final do dia quando vier busca-la me contará ótimas histórias sobre o que aprendeu aqui. - titia dizia enquanto me deixava na porta da minha sala.

—Não quero ficar aqui titia. - pedi com medo e minha tia se ajoelhou em minha frente para me olhar nos olhos.

—Querida prometo que se não gostar daqui não voltará mais, dê apenas uma chance. Tudo bem? - ela questionou e concordei.- Ótimo, agora cadê meu abraço?

Abracei a minha tia o mais forte que pode antes da professora nos interromper.

—Vamos querida. - a professora disse na porta e fui com ela olhando para a minha tia que ficou para trás acenando.

A aula havia sido legal, aprendi um monte de coisas novas e fiz muitos desenhos, mas no recreio nenhuma das meninas que estudavam na minha sala queriam brincar comigo, e acabei ficando sozinha no balanço.

—Oi, me chamo Conrad e você? - um menino questionou sentando do meu lado no outro balanço.

Conrad era o menino mais popular da minha sala, e olha que era o primeiro dia de aula. Todas as meninas queriam brincar com ele ou simplesmente dizer oi, até as professoras achavam ele bonito.

—Angélique, mas prefiro Ang. - sussurrei sem jeito.

—Ang por que você não está brincando com as meninas de casinha? - ele questionou curioso.

—Elas não gostam de mim. - disse dando de ombros.

—Elas são umas tolas por não gostarem de você, e você parece ser legal. - ele disse e sorri enquanto corava, mas logo uma borboleta pousou em minha perna e congelei.

—Ang o que foi? - Conrad questionou enquanto olhava para a borboleta apavorada e respirando com dificuldade.

Ele percebeu meu pavor e me salvou do “monstro”, pegando-a pelas asas e a colocando em cima de um banco antes de voltar para meu lado.

—Ela já foi embora não precisa ficar com medo. - ele assegurou suave enquanto ainda olhava desconfiada para a borboleta que voou para outro lugar. - Se você quiser pode ser minha amiga. Eu brincarei com você e a protegerei de qualquer borboleta “perigosa”.

—Você jura?- questionei supressa e ele sorriu.

—Eu juro. - ele prometeu e ofereceu seu dedo mindinho para mim. - Juramento de amizade eterna com o dedo mindinho?

Sorri e encaixei meu dedo mindinho ao seu.

—Juro ser seu amigo eternamente para qualquer coisa que acontecer, estarei ao seu lado para sempre. - Conrad disse e repeti enquanto olhava em seus olhos cinzas- azulados.

—Vem Ang vamos brincar, vou apresentar você a todo mundo como minha melhor amiga. - ele disse segurando minha mão e me levando para onde todos brincavam.

Naquele momento havia feito uma promessa que jamais iria quebrar e que transformaria minha vida no futuro.

Flashback Off:

E depois daquela lembrança soube da verdade.

Sempre fui completamente e irrevogavelmente apaixonada pelo garotinho que havia me salvado de uma borboleta no parquinho do jardim de infância.

O garotinho que sempre esteve ao meu lado nos piores e nos melhores momentos de minha vida e eu idem. O garotinho que havia se transformado em um homem lindo, inteligente e engraçado, e pelo qual estava loucamente apaixonada por vinte anos sem ao menos perceber.

—Não posso. – disse parando no meio da marcha nupcial e meu tio me olhou confuso.

—O que houve querida? - ele questionou confuso e sorri em meio as lagrimas.

—Não posso casar com o Peter. Eu não o amo tio, eu amo o Conrad.- disse e meu tio sorriu feliz por minhas palavras.

—Eu sempre soube disso querida.- ele disse orgulhoso de mim antes de beijar minha testa.- Quer que eu a ajude?

—Não. Eu fiz essa bagunça e irei resolvê-la.- agradeci antes de caminhar decidida até Peter que me olhava confuso.

—Peter me perdoe, mas não posso me casar com você. - sussurrei envergonhada enquanto tirava meu anel de noivado e colocava em sua mão.

—Do que você está falando Ang? - ele questionou confuso enquanto me olhava.

—Eu não te amo Peter, e agora sei disso. Seria injusto se me casasse com você amando outro. Espero que possa entender.

—É por causa do Conrad, não é?!  Sempre soube que vocês dois tinham algo e que Hayley devia ficar acobertando vocês enquanto se encontravam no apartamento dela. - ele gritou furioso e todos começaram a falar dentro da igreja escandalizados pelas acusações de Peter.

—Isso não é verdade, jamais lhe trai. Sempre fui fiel a você.

—Claro que não Angélique, você sempre amou seu amigo só que ele nunca ligou para você. E sabe como esse seu amor irá acabar? Ele vai se divertir bastante com você e quando cansar vai jogá-la fora como todas as vadias que ele já teve. - ele disse com ódio e senti as lagrimas molharem a minha face.

—Acho melhor você parar de falar se não quebro a sua cara.- meu primo Caleb disse na frente de Peter.

—Por que tenho que me calar, se estou falando a verdade? Aposto que a vadia da sua prima já esteve na cama do Conrad inúmeras vezes.- Peter disse com ódio e Caleb lhe deu um soco.

—Lave a boca antes de falar da minha prima seu traidor. Por que agora você quer manchar a imagem da minha prima dizendo que ela lhe traia quando é o contrário.- meu primo disse furioso e pisquei confusa.

—O que? - questionei atordoada.

— Estava em uma boate com alguns amigos da faculdade quando vi o seu noivinho agarrado com uma garota, assim que ele foi ao banheiro pedi a um amigo meu para ir falar com ela. E descobri que esse cretino estava com ela há mais de seis anos.- ele disse e parei de respirar. Pois se meu primo estivesse certo, Peter estava namorando com nós dois durante anos.

—Seu cretino.- gritei furiosa e comecei a bater nele com o meu buque enquanto todos falavam alto.

Foi preciso que meu primo e Daniel me tirassem de cima de Peter antes que pudesse mata-lo.

—Não sei porque você está tão ofendida, afinal seu grande “amigo” sempre foi um safado.- ele comentou recuperando o folego e esperneei nos braços do meu primo e de Daniel para que me soltassem.

—Ele sempre foi sim, só que ele não namorava com duas mulheres ao mesmo tempo, e nem mentia para as duas dizendo que as amava. Agora me soltem.- disse furiosa enquanto tentava me livrar deles, mas uma voz na entrada da igreja fez com que todos virassem para a porta.

— Olá querido.- uma mulher morena disse furiosa enquanto andava em nossa direção.

—Tanya. O que você faz aqui? - Peter questionou nervoso.

—Vim ajudar a sua noiva a tirá-lo do mapa.- ela disse e olhou para mim esperando minha aprovação.

Aproveitei a distração dos meninos e me soltei deles antes de sorrir para Tanya.

—Vamos acabar com ele.- disse e ela concordou antes de irmos para cima de Peter.

Pov. Conrad:

Estava na casa dos meus avós já devidamente pronto para a viagem esperando apenas que eles voltassem do casamento para embarcarmos.  Aproveitei aquele momento para olhar algumas fotos minhas e de Angélique quando éramos crianças, e matar saudades de uma época onde nada era complicado. Mas meu celular começou a tocar interrompendo minhas lembranças.

—Oi vó, já estão chegando? - perguntei enquanto olhava para o meu relógio e percebia que a cerimonia havia acabado cedo demais.

—Não querido, o casamento teve um evento inesperado.- vovó disse preocupada e fiquei tenso.

— Vovó o que aconteceu com a Angélique? - questionei preocupado e sorri assim que ela me contou o que havia acontecido a minha amiga.

.............................................................................................................................................

—Quem diria que viveria para tirá-la da cadeia.- disse assim que o policial trouxe Ang da cela para a sala do delegado.

—Conrad.- ela sussurrou entre lagrimas antes de correr para os meus braços e me abraçar com força.

—Você está bem? Alguém te machucou? - questionei afastando-a para poder ver seus olhos.

—Não estou bem. E você ajudou a Tanya? - ela perguntou preocupada e sorri.

—Não se preocupe, a sua parceira de crime já está fora das grades.- assegurei e ela agradecei suave.

—O senhor sabe que a vítima prestou queixa e que suas clientes serão indiciadas, não sabe? - o delegado informou e virei para vê-lo.

—Sei disso, mas ambas agiram no calor do momento. Afinal, a vítima em questão mentiu para as minhas clientes e entrarei com uma ação de danos morais por todo o constrangimento sofrido por elas. Estamos dispensados? - questionei querendo levar Ang para longe daquele lugar.

—Sim.- o delegado disse e saímos de sua sala para encontramos a família de Ang na recepção.

Todos estavam preocupados com ela por ter sido presa, além de ter passado por tanta humilhação no dia que deveria ser o mais feliz da sua vida.

—Então, esse é o Conrad.- uma mulher morena disse ao se aproximar de Ang que havia voltado para o meu lado após todos lhe abraçarem.

—Sim. Esse é o meu Conrad.- ela disse amorosa enquanto me olhava nos olhos.

—E com um homem lindo desses ao seu lado, você ainda queria se casar com o Peter?

—É ninguém é perfeito.- comentei e todos riram assim que Ang socou meu braço.

—Espero que sejam felizes, e obrigada por me tirar da cadeia Conrad.- ela disse e sorri suave.

—Não precisa agradecer, e não se preocupe com nada por que Peter irá pagar muito caro por tê-las engando.- prometi e ela agradeceu antes de se despedir e sair da delegacia.

—Bom, acho que você deveria ir para casa tomar um banho e descansar, afinal foram muitas emoções para uma manhã.- sugeri e todos concordaram.

—Conrad, preciso falar com você.- Ang implorou angustiada.

—Ficarei em NY por enquanto, conversaremos assim que estiver descansada de toda a emoção.- garanti antes de beijar a sua testa e vê-la sair com sua família.

.......................................................................................................................................

—Pai? - Connie me chamou enquanto fazia desenhos no tapete da sala do nosso apartamento após o jantar.

—Sim.- sussurrei desviando a atenção de alguns processos que estava lendo sentado no tapete.

—Não vamos mais morar na cidade da torre? - ela questionou deixando seu desenho de lado para me ver e sorri.

—Vai depender de uma resposta querida.- expliquei e ela sorriu feliz.

—Eu sabia.

—Sabia do que?

—Sabia que o senhor e a tia Ang eram apaixonados. Vovó disse que quando estamos apaixonados os olhos brilham, o coração bate acelerado e as mãos suam, é igualzinho ao que eu sinto pelo...- ela começou a dizer, mas se calou assim que a campainha tocou.

—De quem você está falando filha? - questionei sério, afinal ela só tinha três anos e não devia estar gostando de ninguém.

—De ninguém papai. O senhor não vai atender a porta? - Connie perguntou desviando do assunto enquanto recolhia suas coisas rapidamente.

—Não tente me enrolar mocinha, como a sua mãe fazia. Ainda vamos conversar sobre isso.- disse serio e ela não respondeu nada enquanto ia para o seu quarto.

Atendi a porta sem ver quem era e fiquei surpreso ao ver Angélique.

 -Por acaso é uma hora ruim para conversarmos? - ela perguntou nervosa e indiquei que entrasse.

—Aconteceu alguma coisa? Você parece preocupado.- ela disse enquanto tirava o casaco e me entregava.

—Se eu for para a cadeia, você cuida da minha filha? - perguntei e ela piscou confusa.

—Claro, mas por que?

—Acho que vou matar um moleque de três anos que está paquerando minha filha.- disse com raiva e ela sorriu.

—Conrad, por favor.

—Não me venha com por favor Angélique Mason. Ela é minha filha e não vou deixar nenhum moleque olhar para ela, e assunto encerrado.- disse severo assim que percebi que ela iria falar algo, mas Ang começou a rir o que me deixou confuso.- Qual é a graça?

—Estamos parecendo pais. Eu fazendo o papel de mãe, tentando evitar que você mate um garoto, e você querendo matar a primeira paixão da sua filha.

—É, estamos mesmo parecendo um casal.- disse sentando ao seu lado e segurando sua mão.- Acho que está na hora de conversarmos de verdade, não acha?

—Acho.- ela disse concordando comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mais que amizade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.