I

— Volta aqui com esse pergaminho!

— Vem buscar!

Remus foi. O que foi um erro, porque o pergaminho acabou na lareira. Por acidente.

— Você tem muita sorte de eu só ter escrito o primeiro parágrafo.

— Eu te amo também.

II

— Não.

— Mas Rem-

— Não.

— Você não tem a menor graça.

— Você não tem o menor pingo de responsabilidade.

— É disso que estou falando. Você precisa se soltar mais — Sirius pegou as mãos dele e balançou, derrubando os livros que ele estava carregando — ser menos certinho.

Remus se soltou e se abaixou para pegar suas coisas. Havia um pequenho sorriso em seu rosto, que ele tentou esconder. Sem sucesso.

— Certo. Mas eu ainda não vou fazer seu dever de casa por você.

Sirius fez uma careta.

— Me ajudar, então?

— Isso eu posso fazer.

III

— Você me beijou.

Sirius sorriu.

— E o que você vai fazer a respeito?

Remus sorriu de volta.

IV

— Seu patrono é um lobo?

— Parece que sim. Faz sentido, já que meu animago é um cachorro.

— E você tem certeza de que não tem nada a ver com um certo lobisomem que a gente conhece?

Sirius corou. Foi resposta suficiente.

V

— Para sempre?

— Para sempre. — Remus sorriu, e Sirius esticou o braço para tocar o rosto dele. — Eu te amo, sabia?

Era a primeira vez que ele dizia isso pra alguém.

— Eu também.

VI

— Declaramos o réu, Sirius Black, culpado pelo assassinato de Peter Pettigrew e sentenciado a passar a vida em Azkaban.