Perturba-me escrita por Laila Gouveia


Capítulo 11
festas são para quem gosta


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer a Mariana Souza por ter recomendado minha fic.
Amor, eu estou batalhando com minha mente, tentando encontrar palavras que expressem minha felicidade.
Quando entrei aqui no Nyah e me deparei com essa linda dedicação que deixou pra mim, eu fiquei emocionada.
Quero dizer que saber o quão você está gostando da fic, o quão ela te agrada é o real motivo pelo que eu escrevo.
Quando você disse que consigo deixar melhor que a obra original, pronto, as lágrimas correram soltas.
Isso não tem preço...
Eu só posso te agradecer pelo apoio, e pelos elogios. Do fundo do meu coração, obrigada. É esse tipo de acontecimento, que me faz ter motivação para continuar, e continuar.
De novo, Muito Obrigada ♥
...
Esse novo cap esta maior que os dois anteriores.
Então aproveitem.



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—O que posso fazer para agradecer?

Estávamos sentados no mesmo lugar, banhados com a noite estrelada que tínhamos o privilégio de ver, por estarmos ao lado da grande janela do Veneno.

—Nada, Clarke. Não fizemos nada demais. —Monty disse aparentemente triste.

—Poderiam ter sido suspensos, ou expulsos!

—Poderíamos, mas não fomos. E se não tivéssemos feito isso... Quem teria corrido esses riscos tinha sido você. —Ele permanecia com uma voz melancólica.

Olhei para Jasper que me encarava totalmente sem graça.

—Nenhum de nós precisava ter estado nessa situação, se eu... —Respirei lentamente tentando não desmoronar, enquanto as lembranças das risadas no pátio da escola e dos olhares de deboche percorriam minha mente incansavelmente. —Se eu não tivesse feito isso. —Prossegui.

—O que você fez exatamente? —Monty me analisava. Seus olhos suplicavam respostas.

—Eu não surtei! —Falei na expectativa de parecerem palavras verdadeiras. —Nem vocês, nem minha mãe, nem ninguém precisam se preocupar. Acabou! Eu juro que meus surtos acabaram.

—Não foi isso que eu perguntei.

—Mas foi o que quis dizer. Da pra ver na cara de vocês dois. —Meus olhos teimaram em lacrimejar. —Não estou surtando outra vez. Foi só um erro.

—Que erro?

—Achei que podia desvencilhar das regras e fazer algo errado por pelo menos uma noite. —Menti.

—Não faz sentido. Nós tínhamos ligado ainda de madrugada. Você falou que estava em casa.

—E eu estava. —Afirmei.

—Então por quê? Por que foi pra escola? —Ele falou de modo pressionador.

—Porque eu sou maluca! —Gritei, soltando aquele sentimento preso em mim.

O único cliente no local, além de nós, olhou assustado.

Não consegui suportar e comecei a chorar. Jasper e Monty rapidamente levantaram e me acolheram em seus braços.

Ficamos assim... Entrelaçados por minutos, sem um movimento sequer. Apenas nós três, em um consolo mutuo. No melhor abraço do mundo.

Depois de um longo tempo, eu me afastei e olhei para o chão. Ainda envergonhada com minha revelação. Pude ouvir um suspiro farto.

—Para de se denominar como louca, ou maluca. Você não é nada disso, Clarke. Não é! —Jasper enfim falou.

Meu coração podia explodir de tanto amor que senti por eles nesse momento. Minhas lágrimas cessaram. E toda a moleza de meu corpo sumiu também.

 

“Existem momentos que somam sua vida.”

►►►

—A gente ficou te esperando perto do portão. Ai então você apareceu com sua mãe, chorando, e vestindo pijamas. Soubemos na hora, que estava com problemas. —Jasper contava enquanto dirigia seu carro em direção à casa do Monty.

—E mesmo assim, decidiram subir até a diretoria e mentirem sobre uma história maluca de trote? —Mesmo o clima divertido ter se estabelecido entre nós novamente, ainda questionava a imprudente atitude deles.

—Não antes de escutarmos sua mãe e o diretor falarem sobre você e a invasão na sala de arquivos dos alunos. —Monty dizia orgulhoso no banco de trás. —Foi fácil inventar uma desculpa pra livrar você.

—Não precisavam ter feito isso. —Olhei com sinceridade para ambos.

—Nossa alma de espião e justiceiro fala mais alto. É difícil contrariar. —Jasper contestou.

—Quando vemos alguém em apuros, nossos instintos ficam aguçados. Não há como fugir de nossa sina. —Monty prosseguiu com a brincadeira.

—Ah claro! —Esbocei um sorriso, enquanto balancei minha cabeça negativamente, indignada.

—Você já tinha sido humilhada o suficiente. —Jasper me olhou de canto. —A proposito, quando entra em uma loja e vê um pijama rosa com bolinhas douradas, você pensa: É isso que vou usar quando dormir?? Por que se for isso o que você pensou quando viu aquilo... Eu vou ter que discordar quando disse que tinha bom gosto.

—Foi um presente do meu Avô! —Defendi-me.

—Acho que seu avô esta precisando urgentemente de óculos.

—Ele comprou em Londres. Em uma loja perto de onde ele mora. E... Até que não é tão feio assim.

Jasper olhou pelo retrovisor, procurando os olhos de Monty no espelho.

—Nossa amiga, definitivamente precisa de ajuda.

—Estamos ferrados. —Monty falou, soltando uma risada. Logo fomos contagiados também. 

►►►

Ainda presos em nossas gargalhadas, passamos em frente de uma casa grande, com um jardim maior ainda. O alto barulho e as luzes que vinham de lá me chamou a atenção.

—Para! —Mandei.

Jasper freou o carro bruscamente, fazendo nós três serem levemente jogados para frente. Virei minha cabeça em direção da casa e eles imitaram minha reação.

—É aquela festa do time de futebol? —Monty sugeriu, analisando a agitação dos jovens por todo o lugar.

Todos na escola conheciam a casa do Taylor, capitão do time de Futebol. Suas festas eram famosas, mas nós três sabíamos apenas por comentários, nunca havíamos frequentado.

—Por que me fez parar aqui? —Jasper perguntou irritado.

—Não sei. —E eu realmente não sabia.

—Não esta cogitando a ideia de entrar neste local. Não é?

—Qual o problema de nos divertimos uma vez só? —Falei sem pensar.

—Isso não é diversão, Clarke. É só um monte de adolescentes bêbados, se agarrando e curtindo um barulho horrível, que chamam de música.

Tirei o cinto, ignorando o que eles falavam. Meu corpo surpreendentemente ansiava por dançar. E depois de tudo que estava acontecendo em minha vida, não rejeitei a opção de obedece-lo.

Abri a porta do carro e sai. Segui andando pelo jardim e passando entre as pessoas, até chegar perto da piscina. Uma multidão de jovens pulava na água. Garotas e garotos dançavam por toda parte, enquanto outros se beijavam incansavelmente.

Então isso é uma festa? Minha mente borbulhou de prazer. Não é tão ruim, como sempre imaginei.

—Essa é a festa mais foda de fim de ano! —Um cara gritou ao correr e se jogar na piscina.

—Falta um mês pra essa merda de escola acabar! —Outro cara gritou em sequencia, repetindo o salto.

Todos aqueles que já estavam na piscina, gritavam em euforia.

—Você só pode estar de brincadeira. —Monty disse perto de meu ouvido. Fazendo eu me virar, e dar de cara com os dois emburrados.

—Todos da escola estão aqui. —Falei animada, enquanto eles olharam ao redor. —Vamos aproveitar. —Sugeri.

Não conseguia decifrar o que podia estar dando em mim. Meus únicos sentidos eram de êxtase.

—Bem, já que estamos aqui... Acho que devemos aproveitar! —Jasper disse com os olhos brilhando.

Monty e eu seguimos seu olhar e encontramos sentada do outro lado, aquela garota que eles haviam me mostrado no outro dia.

Sem que pudéssemos dizer qualquer coisa, ele se afastou. Andando na direção dela.

—Como que é o nome dela? —Perguntei esquecida.

—Maya. —O pequeno falou nervoso.

—O que foi? —Segurei a mão dele.

—Agora vamos ter que ficar aqui até tarde. —Ele observou o amigo caminhando. —Meus pais não vão gostar se eu chegar de madrugada de novo. Depois do parque eu quase fiquei de castigo pelo resto da minha vida.

Automaticamente lembrei-me de ter os feito ficarem procurando-me no Dhelpic.

—Prometo que não vai demorar. —Falei convincente, tentando deixa-lo empolgado. Monty não expressou nada. Suspirei sem paciência. —Vem! Vamos dançar um pouquinho. —Puxei sua mão, arrastando ele para dentro da casa, onde luzes piscavam e várias pessoas dançavam no ritmo agitado da música.

Mesmo estando longe de nosso habitat, meu corpo desajeitado tentava movimentar-se no ritmo. Enquanto Monty, contra sua vontade, era conduzido por minha mão ainda presa na sua. Eu estava achando admirável a habilidade daquela noite estar dando certo para mim. Mas mudei de ideia assim que vi Bellamy, encostado no batente da porta de acesso ao jardim.

Confesso que apreciei a incrível coincidência de nos encontrarmos novamente.

Pensei em ir para outro lado estrategicamente, mas antes que pudesse colocar meu simples plano em ação, senti um empurrão, seguido por uma chave de braço, fazendo-me ficar engasgada. Monty rapidamente ajudou, e tirou a pessoa que me enforcava por trás.

Virei tentando recuperar o ar.

—Fala ai, Loira! —Ela começou a rir no segundo em que me viu assustada.

—Qual o seu problema? —Falei bufando.

Ela não respondeu, ao invés disso continuou rindo incessantemente. Logo notei que seu estado não era dos melhores, já que estava completamente bêbada. 

—Raven, o que você está fazendo? —O Blake chegou colando a mão no rosto dela. Fazendo-a olhar em seus olhos. Entretanto, ela não se conteve e logo voltou a rir.

Ele desistiu da pergunta e se virou, parecendo enfim percebe-me. Automaticamente seu sorriso malicioso apareceu.

—Você veio! —Analisou-me descaradamente. —Pelo menos agora está vestida com roupas normais.

Tinha me esquecido do convite que Bellamy fez. Entre todas as chances do mundo, e eu vim parar na bendita festa que ele estava.

—Você não me deu endereço. Não sabia que estaria aqui. —Falei convencida de que tinha me saído bem dessa.

—Se eu tivesse falado você não viria para cá.

—Ainda assim, suas chances de me ver nessa festa eram poucas. Quase nada!

—E olha só! —Ele apontou para mim. —Ai esta você. Bem na minha frente.

—Falta de sorte. —Falei.

—Sorte a minha! —Ele me inundou com a petulância de seus impenetráveis olhos negros.

De repente, Raven chegou passando o braço pelo ombro dele e do meu, nos aproximando dela.

—Acho que tem muita tensão sexual entre vocês.

Tentei afasta-la, mas ela forçou nossos corpos, colando mais ao dela.

—Todo mundo já percebeu, não é Japinha? —Ela riu bobamente e olhou para Monty.

—Não sabia que existia alguma coisa entre eles. —O pequeno me encarou confuso.

—É claro que não existe! —Afirmei, tentando e falhando novamente em me afastar dela.

—O meu jipe, tá lá fora! Porque vocês dois não vão lá, e acabam logo com esse joguinho... Tem muito espaço. —Brincou com as sobrancelhas, olhando para mim.

Dessa vez foi Bellamy que fez um fácil esforço tirando o braço dela de nós. Ele fez um movimento para pega-la, mas Raven desviou correndo.

—Você tem que parar de beber! —O moreno aproveitou-se de seus reflexos sóbrios para tirar o copo da mão dela.

—Ei!!! Devolve! —Ela inutilmente se aproximou na tentativa de pegar o copo, mas foi imobilizada pelos musculosos braços dele.

Aproveitei o espaço livre e fiquei ao lado de Monty. Nós observamos a briga que se iniciou entre os dois.

O Blake tentava levar a amiga, mas ela batia nele. Ambos prosseguiram assim, até ele solta-la.

—Esse copo estava quase vazio mesmo! —A morena falou com a voz embargada e em sequencia mostrou a língua infantilmente. No mesmo segundo, segurou a mão de Monty com a maior naturalidade. —Vou pegar mais com os caras lá em cima. E o Japinha vai comigo.

O pequeno me olhou como se pedisse ajuda. Mas antes que eu pudesse dizer algo, Raven saiu correndo em meio a tropeços, esbarrando nas pessoas. Levando ele com ela.

Coloquei a mão na boca tentando segurar o riso.

—Tem o risco de ela sequestrar meu amigo?

—Enquanto ela estiver nesse estado, não duvido. —Bellamy disse divertido ao meu lado.

Encarei-o soltando a risada que estava segurando.

—Você fica mais sexy quando ri. —Falou provocante.

Tampei minha boca no mesmo segundo.

—Acho que já superamos tudo que aconteceu no primeiro dia que nos vimos. Não é? —Questionou, arqueando a sobrancelha.

—Não tenho nada contra você. —Falei depois de um longo suspiro. —Só não gosto do seu jeito superior. —Revelei sincera.

—Não sou superior a ninguém. —Seu olhar provocativo murchou, dando lugar a um olhar inexplicavelmente triste. —Muito pelo contrário.

Meu coração começou a bater mais rápido. Pela primeira vez, senti uma amigável sensação por ele, algo que me fez ter vontade de abraça-lo.

—Acho que podíamos recomeçar. —Falei sem pensar.

Ele abriu um sorriso de canto. E esticou a mão, esperando meu retorno. Entreguei a minha, enquanto ele apertou levemente, fazendo movimentos para cima e para baixo.

—É um prazer conhece-la. Meu nome é Bellamy.

—Meu nome é Clarke. —Optei por não falar sobre ser um prazer também.

 O Blake se aproximou, ergueu a mão até meu rosto e passou o polegar no canto de minha boca. Esfregando o gloss dos meus lábios.

—Você ficaria melhor sem isso.

Tentei parecer inabalável diante do toque dele.

—Acho que vou procurar o Monty. —Arrumei uma desculpa, antes que meu corpo cedesse aos pensamentos que se formaram.

—Raven é séria na maior parte do tempo, mas quando bebe ela é uma companhia bem divertida.

—Mas ele não gosta de festas. Eu prometi que não ficaríamos muito. Já está na hora de ir.

Fingi um sorriso amigável. Porém, assim que me movi, Bellamy agarrou minha cintura puxando meu corpo e nos deixando colados.

—Dança comigo? —Ele suplicou perto de meu ouvido, fazendo meu corpo arrepiar. Havia determinação em seus olhos escuros, como quem reivindica a posse de algo, como se convidasse para uma aventura proibida, sem medo da consequências.

Rapidamente afastei-me, colocando a mão no peito dele. Impedindo nosso contato. Estranhamente, não senti seu coração bater.

—Tenho que ir!

Mesmo com as pernas bambas, insisti em sair dali.

Subi a escada, entrando em um corredor com três portas entreabertas. Abri a primeira, onde várias pessoas pegavam bebidas no quarto. Em seguida, abri a segunda porta, encontrando duas garotas e um homem completamente nus em cima da cama. Imediatamente fechei a porta, me recostando na parede desesperada.

Conforme fui acalmando a respiração, olhei para a terceira porta no fim do corredor.

Monty tinha subido e eu não o vi descendo.

Não era de meu feitio, mas me aproximei sorrateiramente e encostei o ouvido na porta, tentando ignorar o som alto da festa e ouvir o que estava dentro do cômodo.

Pela brecha da porta, vi as pernas de Raven aparentemente deitada na cama. Escutei um som abafado e isso me fez criar curiosidade em abrir, mesmo sabendo que era errado. Afastei-me, impedindo minha mão de tocar na maçaneta, mas não consegui suportar e escancarei a porta no impulso.

O pequeno estava sentado na beirada da cama, enquanto Raven estava deitada com a cabeça no colo dele. Ela chorava.

—Desculpa. —Falei desconcertada, enquanto eles me encararam surpresos com a intromissão.

—Tudo bem. —Monty disse calmo fazendo um gesto com a mão, apontando para ela e indicando que havia bebido mais.

Caminhei até eles e sentei na beirada da cama também. Raven sem se importar, colocou as pernas sob mim.

—Por que ela tá chorando?

—Ela disse que está cheia de sua vida.

—E eu estou! —A morena concordou, enquanto tentava secar as lágrimas. —Vocês são meros mortais, não tem ideia do que passo. —Ela começou a fazer sons baixos de murmúrio.

—Todos nós entendemos de sofrimento. —Disse tentando consola-la.

—Não sabem. Vocês não conhecem meu passado. Não estão prontos para saber. Ninguém esta.

Aquelas palavras surtiram como Déjà vu.

—Por que ninguém esta pronto pra conhecer seu passado? —Perguntei sedenta por uma resposta.

—Porque...

Momentaneamente lembrei o que Bellamy havia me falado ontem quando eu o pressionei sobre seu passado. Ele dissera o mesmo que ela.

—Meu passado é sombrio. —Raven prosseguiu depois de soluçar algumas vezes.

“Bellamy entrou em sua vida e em pouco tempo conseguiu arruinar qualquer sanidade que manteve em você. Ele transmite tudo, menos segurança.”

Recordei-me do que a voz daquela madrugada havia falado sobre ele, e isso estingou minha curiosidade.

 —Você e Bellamy se conhecem há muito tempo? —Monty me encarou, sem entender por que eu estava fazendo essas perguntas.

—Muito! —Raven respondeu ainda chorando.

—Onde se conheceram?

Ela desencostou a cabeça do colo dele e levantou cambaleando.

—Onde se conheceram? —Repeti a pergunta em um tom mais alto.

—Portland. —Do nada ela começou a rir. —Lanchonete Buller, ahhh bons tempos...

 Assim que tentou dar mais um passo, seu corpo tombou e ela despencou no chão, desmaiada.

Entramos em desespero. Rapidamente Monty agachou-se virando o corpo, tentando acorda-la. E eu desci correndo, na procura de Bellamy.

 Fui em direção ao jardim e ao longe notei que sentado em um banco estava Jasper falando animado, enquanto Maya, timidamente, olhava para ele sorrindo. Aquela cena fez os cantos de minha boca se elevar.

Meus felizes pensamentos foram cortados assim que ouvi gritos perto da piscina. O Blake bebia uma lata de cerveja, parecendo entediado. E três garotas flertavam e riam ao seu lado.

—Bellamy! —Gritei, fazendo-o me notar surpreso. —Sua amiga desmaiou no quarto.

Sem se importar com as garotas grudadas em seu braço, ele fechou sua expressão e jogou a lata ao lado. Começou a correr em direção ao andar de cima.

Fiquei observando sua preocupação e me questionei sobre seus reais motivos. Mesmo me esforçando para compreendê-lo, meus instintos discordavam de qualquer hipótese.

 “Você odeia isso, porque nem sempre foi assim, e no fundo, não consegue se conformar. Você sabe que está deixando algo passar, algo que te faça entender. Você precisa de respostas e está na hora de começar buscá-las.”

O que a voz havia dito, finalmente começou a fazer sentido para mim.

 Portland poderia ser um começo. Um possível e esclarecedor começo. E isso era uma pista que eu não devia descartar.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Por favor, eu necessito de reviews. E adoro quando comentam, então... Te espero lá.
Beijos e abraços



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