Desajustadas escrita por KitKatie


Capítulo 2
Chiclete


Notas iniciais do capítulo

Olá *-*
Bom, como prometi não demorar me apressei neste capitulo. Não é exatamente o melhor mas é importante para o desenrolar da história ^^
Agradeço pelo carinho mostrado no comentário, sério, você são incriveis e assim que permitirem o casamento poligamico com leitores eu oficializo ♥
Espero que gostem, boa leitura e até depois ^^



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Thalia chegou ao colégio cabisbaixa, evitando olhar para qualquer um que fosse, afinal estava cedo demais para cometer um homicídio e a maioria das pessoas daquele colégio despertavam em Thalia esses desejos, haviam ali poucas pessoas que se salvavam do conceito de “idiotas alienados”.

Thalia andou até seu armário e colocou a combinação, pegou os livros que precisava e seguiu para a sua primeira aula, que era filosofia. Thalia não era uma grande fã da matéria mas era mil vezes melhor do que matemática e afins.

Thalia andou pelo corredor, indo em direção a sala, ignorou os comentários que ouvia pelo caminho e precisou contar até dez para não quebrar o pescoço de um desgraçado que ficava a enchendo todo maldito dia, no geral conseguiu chegar a sala sem agredir ninguém, o que era um grande avanço.

Thalia chegou quase em primeiro na sala, exceto por uma garota loira que sentava na primeira carteira, ela estava lendo um livro e parecia concentrada. Thalia fez uma careta enquanto dirigia-se até a última carteira ao lado da janela.

A menina estava tão concentrada em olhar pela janela que só reparou que a aula começou quando a professora fechou a porta com força, o único jeito de acordar os alienados ali.

—Bom dia, classe. –Disse forçando um sorriso e logo se virando para o quadro.

Thalia revirou os olhos mas começou a copiar, Hera já tinha milhares de motivos para infernizar Thalia, ela não precisava dar a ela notas baixas como mais um dos motivos “pelos quais devemos mandar Thalia para um internato militar” (mandar Thalia para um internato era o maior sonho de vida de Hera e ela tentava a todo custo fazer Zeus concordar com ela).

Thalia tentava se concentrar no texto que copiava mas era impossível com o barulho irritante de alguém mascando chiclete ao seu lado, alguém não, um animal porquê de acordo com a pouca experiência de Thalia com seres humanos eles não devim ser capazes de mascar algo tão barulhentamente.

Thalia revirou os olhos e tentou ignorar, o barulho irritante a vontade homicida que crescia, mas o ser ao seu lado parecia não notar os esforços da colega em não voar em seu pescoço, usando um lápis para furar suas veias.

Depois de alguns segundos, com aquele maldito barulho de que se assemelhava a Hera mastigando seu almoço, Thalia virou a cabeça com força, seus dentes estavam trincados e ela segurava o lápis com tanta força que era um milagre dos deuses ele não ter quebrado, mirou seu olhar no ser saído das profundezas do submundo e percebeu que havia um explicação cientifica para aquele ser conseguir mastigar o chiclete daquela forma ridícula.

Ali ao seu lado estava Lacy, umas das cadelinhas seguidoras de Drew. A menina era ridícula e perderia numa competição de Q.I contra uma porta, ela era a típica garota peituda com maquiagem demais e cérebro de menos. Thalia bufou e mordeu seus lábios com força, sentindo muita vontade dar aquela porta ambulante uma cirurgia de nariz gratuita.

—Hey, Lacy alguma coisa. –Thalia murmurou, ela não lembrava o sobrenome daquela alienada e nem mesmo fazia questão.

—Que foi, Grace? –A menina virou a cara e sorriu debochada. Thalia ignorou isso e se perguntou como ela conseguia mexer os músculos da face com tanto reboco, ou maquiagem, nela.

—Pode por favor mascar o chiclete, ou seja lá o que está na sua boca, de uma forma normal? –Thalia perguntou, com o máximo de educação que pode reunir.

—Estou te irritando, Grace? –Ela perguntou alargando o sorriso debochado. Por algum motivo desconhecido Lacy odiava Thalia, tá ok, não tão desconhecido assim, Thalia já havia derrubado tinta fluorescente no cabelo de Lacy, mas foi um acidente. Longa história.

—Pelo amor, Lacy. –Thalia bufou revirando os olhos.

—Revirar os olhos tanto pode ficar cega, sabia? –Lacy disse exibindo toda a sua inteligência, sinta a doce ironia.

—Eu vou deixar você cega se continuar mascando essa merda de chiclete igual a uma vaca. –Thalia disse, uns dois tons acima do que gostaria. Metade da sala olhava para ela, isso incluía a professora que estava com os braços cruzados e sobrancelhas arqueadas, a outra metade estava com sono demais para se concentrar na discussão alheia.

—Algum problema, senhorita Grace? –A professora perguntou com uma calma surpreendente.

—Sim. –Thalia disse e voltou seu olhar para o caderno, ignorando o risinho de Lacy.

Lacy devia ter algum tipo de desejo suicida já que agora ela mascava aquele maldito chiclete de forma ainda mais descarada, apenas para irritar ainda mais Thalia, que já estava com as mãos fechadas em punho.

—Cansei de você, piranha. –Sussurrou apenas para si mesma.

Thalia levantou com força e literalmente voou no pescoço de Lacy, fazendo a garota assustada e confusa cair de costas no chão. Um baque surdo preencheu a sala e dessa vez todos os olhos presentes se voltaram para onde as garotas estavam, isso, infelizmente, incluía a professora.

Thalia já nem ligava mais, estava com as mãos no pescoço de Lacy, apertando levemente. Levantou seu pulso direito, preparando-se para um soco que nunca veio já que um grito da professora, nada calma, a interrompeu, fazendo-a sair encima da projeto de acéfala ali.

—THALIA GRACE, PARA A SECRETARIA, AGORA. –A professora berrou irritadíssima. Ótimo, a escola inteira ouviu isso, parabéns professora.

—Tanto faz. –Murmurou revirando os olhos e pegando seu material. Se dirigiu a porta mas antes virou-se e mandou uma beijo no ar para Lacy, que estava se remoendo se raiva.

Caminhou pelo corredor olhando em volta, havia poucos alunos matando aula, o que era incomum para uma segunda feira. Dirigiu-se a sala do diretor, a secretaria ao vê-la arqueou as sobrancelhas.

—Começou cedo está semana, senhorita Grace.

—Eu não vou atrás das confusões, elas vem até mim naturalmente. É o meu dom. –Thalia murmurou e deu um meio sorriso. –O senhor bêbado ‘tá ai?

—Senhorita Grace, tenha mais respeito pelo diretor do colégio. –A secretária murmurou com a cara fechada.

—Vai dizer agora que ele é um ótimo diretor que está sempre sóbrio e desenvolve suas tarefas com excelência? –Thalia perguntou arqueando as sobrancelhas.

—Não sou uma boa mentirosa, Senhorita Grace. –A secretária respondeu baixinho.

Thalia soltou uma risada baixa e seguiu para a porta do diretor. Deu duas batidas de leve e três fortes, como não houve nenhuma resposta abriu a porta, que por sorte ou não, estava aberta. Olhou pela sala e viu o diretor deitado sobre uma pilha de papeis abraçado a uma garrafa de vinho.

—Isso que vemos aqui, crianças, é um ótimo profissional. –Thalia murmurou para si mesma e bufou. Seria impossível acordar o Senhor D, visto que ele parecia estar em coma. Mas para voltar a sala ela precisava de uma autorização com a assinatura do mesmo.

Revirou os olhos mais uma vez, esse habito era muito frequente em segundas feiras, e andou até a mesa. Pegou com cuidado os papeis e os analisou, alguns pedidos de transferências, advertências e fichas de autorização. Bingo, Thalia sorriu e pegou uma delas. Leu o conteúdo e julgou ser o que precisava para voltar para a classe, pegou uma caneta e a mão do diretor, o fez assinar desajeitadamente a lacuna e ajeitou ele de volta a posição original.

Olhou a assinatura e deu de ombros, era do conhecimento geral que o diretor era um bebum incorrigível então ninguém desconfiaria da assinatura tremida e horrível. Thalia guardou a autorização no bolso e voltou a sala.

Abriu a porta sem nenhuma delicadeza e sorriu debochada para a professora que arqueou as sobrancelhas para a garota.

—Senhorita Grace, achei que soubesse as regras do colégio. Só pode voltar a sala após receber uma autorização assinada pelo diretor e não acho que ele tenha assinado após o incidente anterior. –A professora disse pausadamente, usando um tom que normalmente se usa para explicar coisas a crianças.

Thalia sentiu vontade de revirar os olhos novamente mas não o fez, apenas pegou a autorização de seu bolso e a balançou no ar, sorrindo vitoriosa. Sua vontade era de pegar a autorização e esfrega-la na cara da professora, mas ficou com medo dela grudar na maquiagem barata dela.

—Certo. –A professora suspirou derrotada e apontou o lugar de Thalia com a cabeça. –Sente-se e por favor, não cause mais nenhum tumulto, é apenas a primeira aula.

Thalia concordou brevemente e se dirigiu ao seu lugar, sentindo o olhar de seus colegas queimando em suas costas. Sentou despreocupadamente e lançou o seu melhor olhar superior para Lacy, um olhar dos bons, fruto de anos de experiência com Hera.

A menina bufou baixinho e passou a pelo pescoço nervosamente, tentou ignorar Thalia e seu sorriso debochado e revirou os olhos.

—Sabia que se revirar os olhos demais pode ficar cega, Lacy? –Thalia perguntou fazendo sua voz ficar mais fina e piscando os olhos exageradamente.

—Vai pro inferno, Grace. –Lacy murmurou irritada.

“Já estou nele, querida.” Thalia respondeu mentalmente. Ignorou o projeto de ser humano ao seu lado e tentou se concentrar na matéria.

 

Annabeth havia sido a primeira pessoa a chegar na sala, como sempre. A primeira havia sido bem produtiva, ela entendeu o conteúdo de primeira e conseguiu fazer uma boa redação para reler depois nas épocas de prova. A única coisa de anormal na primeira aula foi o incidente com uma garota punk, se Annabeth não estivesse enganada o nome dela era Alguma Coisa Grace, ela quase matou uma garota por motivos desconhecidos. Não que isso importasse para Annabeth, por ela essa punk poderia matar quem quisesse desde que não atrapalhasse a aula e seus estudos.

Quando o sinal bateu, praticamente, todos os alunos saíram correndo e se empurrando para o corredor. “Bando de animas”, Annabeth comentou mentalmente enquanto arrumava seus cadernos com perfeita organização. Levantou-se e calmamente seguiu para sua segunda aula que, de acordo com seu horário já decorado, era matemática.

Mais uma vez chegou em primeiro, já que a maioria dos alunos aproveitava a troca de aulas para bagunçar pelo corredor enquanto Annabeth tinha apena a intenção de chegar o mais cedo possível para aproveitar cada segundo.

A loira mal havia se ajeitado e já estava com um livro aberto em sua frente, era um livro sobre arquitetura grega, umas das que mais fascinava Annabeth. A menina estava tão concentrada em analisar as imagens e suas descrições que só reparou que o professor já estava em sala quando o mesmo forçou uma tosse para chamar a atenção do alunos.

—Bom dia. –Ele disse em um tom gentil, porém sem sorrir.

Não esperou resposta e se virou para o quadro, já passando algumas equações, mas Annabeth lembrava-se da tarefa e era seu dever como boa aluna alertar o professor.

—Senhor. –Annabeth chamou baixinho levantando a mão discretamente.

—Sim, senhorita Chase. –O professor perguntou se virando e abrindo um sorriso discreto. Annabeth era de longe sua aluna favorita e não negava a ninguém o favoritismo.

—O senhor está esquecendo-se da tarefa que passou. –Murmurou e já sentiu bolinhas de papel a atingir, junto com as reclamações dos colegas e os xingamentos nada gentis que era dirigidos a Annabeth. A menina porem nada fez, apenas os ignorou e manteve o olhar sobre seu caderno.

—PAREM. –O professor berrou fazendo imediatamente todos se calarem e se aquietarem. –Obrigado pelo lembrete, senhorita Chase.

Annabeth tentou se concentrar nas equações em seu caderno mas era complicado se concentrar em qualquer coisa quando o menino que estava sentado atrás dela ficava a ameaçando baixinho.

—Eu te pego na saída, Chase. –Murmurou quase sussurrando de uma forma bem sombria. Annabeth revirou os olhos e se perguntou se aquilo era uma cantada ou ameaça, era melhor que fosse uma ameaça já que o menino conseguia ser mais repugnante que qualquer coisa que Annabeth já tinha visto.

—Bom, como quero mais participação de vocês nas minhas aulas, selecionarei alguns alunos para responder as equações aqui no quadro. –O professor anunciou e mais uma vez as vaias por parte dos alunos pode ser ouvida. –Calados, quanto mais reclamarem pior será para vocês.

Os alunos pararam apenas por precaução, existia muitos rumores sobre aquele professor e nenhum aluno parecia disposto a descobrir a veracidade deles. O professor sorriu diante o medo evidente dos alunos e passou a observar a sala com cuidado para escolher suas futuras vítimas.

—Hum, deixe-me ver. –Coçou levemente a barba e continuou analisando a turma com cuidado. –Jackson, vem aqui. –Apontou para um garoto que parecia estar boiando, o coitado não deveria nem saber que matéria era aquela. –Senhorita Beauregard, venha também.

Annabeth permitiu subir seu olhar por um momento e viu a garota para quem o professor esticava o giz, era uma garota de cabelos pretos e olhos azuis, Annabeth não a conhecia formalmente já havia ouvido falar dela, se não estivesse enganada o nome dela era Selena, ou algo assim. A expressão de desespero dela era clara, provavelmente não havia feito a tarefa, talvez nem soubesse como se resolvia aquele tipo de operação.

Annabeth por algum motivo sentiu pena da garota, ela não parecia se uma má pessoa, como Drew e suas lacais, por exemplo. Ela realmente estava com medo de fazer aquilo; Annabeth suspirou baixinho e ignorou seu bom senso. Um pouco antes da garota pegar o giz, Annabeth ergueu a mão e falou claramente.

—Posso fazer no lugar dela?

—Por qual motivo? –O professor perguntou arqueando as sobrancelhas. A expressão da Selena, ou sei lá o que, também era confusa.

—Quero ter certeza que sei aplicar corretamente a fórmula. –Annabeth deu a primeira desculpa que seu cérebro formulou, o que não era exatamente uma desculpa, ela realmente gostava de testar seus conhecimentos ao máximo.

—Hum, sem problemas. –O professor murmurou meio contrariado. A expressão da garota morena era uma mistura de alivio, confusão e agradecimento.

Annabeth levantou-se e andou até o professor, pegando o giz de sua mãe. Dirigiu-se até o quadro mas antes piscou discretamente para a garota, como quem mostra sua cumplicidade. Calmamente olhou a equação no quadro e nem precisou de seu caderno para resolve-la, era bem simples na verdade, o garoto ao seu lado, Jackson, havia pegado a mais complicada.

Rapidamente, Annabeth resolveu a equação, com a mesma facilidade com a qual se revolve uma conta de vezes. O garoto ao seu lado olhou para ela dando um meio sorriso impressionado.

—Uou, você é incrível, cara. –Ele murmurou espantando. Annabeth sentiu as bochechas esquentarem mas disfarçou, não olhou para o colega, do qual ela nem sabia a existência anteriormente, e voltou para o seu lugar.

—Está correto. –O professor disse em bom tom, sorrindo para Annabeth que já estava entretida em resolver outras equações em seu caderno. –E Jackson, você já errou os sinais na primeira linha.

Annabeth abriu um meio sorriso, imaginado a cara que o colega deveria estar fazendo, mas não levantou o olhar para a conferir, estava ocupada no meio de uma equação mais complicada.

—Sua sorte, Chase, foi que eu não fui chamado lá, senão seria duplamente pior para você. –O garoto doido atrás de Annabeth a ameaçou novamente. Annabeth suspirou frustrada baixinho, não pelo que o colega estranho havia falado, mas sim pela equação que estava realmente complicada.

Annabeth não ligava para as ameaças do colega, na verdade, aquela era sua última preocupação no momento. Depois de alguns segundos tentando resolver aquela equação, Annabeth finalmente conseguiu a resolver, com certo esforço, o que fez a loira sentir-se frustrada e irritada. Ela apostava que sua mãe, a grande Atena, resolveria aquilo em poucos segundos e sem trabalho nenhum.

“Burra, burra, burra...” Annabeth se xingou mentalmente. “Estude mais, precisa estudar muito mais se quiser superar sua mãe, muito mais.” Annabeth bufou verdadeiramente irritada, as ameaças daquele garoto nem se comparavam com as ameaças que seu próprio subconsciente criava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham achado legal ou interessante ^^
Ah, deixo claro que a Thalia não é uma louca psicótica, apenas tem alguns probleminhas em controlar sua raiva e que a Annie não estava sendo antipática com o Percy, sim o Jackson era ele, (só para deixar claro) ela apenas prioriza, muito, o estudo, então o ignorou, mas não foi por mal, perdoa ele xenti :

Se achou algum erro me avise, purfavo ^^
Beijos e até o próximo
(Ah, esse capitulo teve apenas o ponto de vista da Thalia e da Annie, o próximo terá da Silena e da Katie, ok?)



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