Minha linda Princesa escrita por laribeiro


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Como eu nunca mais postei nada resolvi fazer uma dobradinha, espero que gostem



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Capítulo 9

Jacob e eu estabelecemos uma camaradagem, claro tudo dentro do possível já que ele era paranóico com relação ao profissionalismo. Eu tinha começado a entender isso já que ele tinha passado por tanto para conseguir esse trabalho e ainda tinha pessoas que dependiam dele.
A minha rotina no final de semana foi basicamente acordar abrir a porta, dar um bom dia para Jacob, perguntar por Claire, voltar pro quarto, ler , tomar banho e ir jantar com os meus pais. Logo o país sairia do luto e eu teria que voltar com a agenda de compromissos.

O jantar nunca fora tão silencioso como hoje, meu pai parecia pensativo, minha mãe ficou remexendo a comida no prato soltando suspiros de tempos em tempos.Me despedi e quando estava me preparando para levantar da mesa meu pai me chama.
"Bella, precisamos conversar, você tem algum tempo livre pela manhã?"
"Claro pai, amanhã às oito estarei no seu escritório"

Fiquei apreensiva sobre qual assunto meu pai quer tratar comigo com tamanha urgência. Fui me deitar tentando imaginar o assunto, cheguei a conclusão de que deveria ser sobre como eu deveria agir daqui pra frente já que eu era a Herdeira.

Dormi um sono sem sonhos.
As sete e quarenta depois do meu dejejum no quarto lá estava eu terminando de me arrumar para ir ao encontro do Rei.
Resolvi ir com uma roupa mais formal para passar mais confiança ao meu pai na nossa reunião, escolhi um terninho azul escuro, calça preta e saltos da Chanel.
Fiquei repassando mentalmente o que ru falaria ao meu pai, eu lhe diria que estava disposta a tentar melhorar pra valer, que eu daria tudo de mim agora em diante pra poder ser digna da coroa.Eu faria a coisa certa a partir de hoje.
Sai do meu quarto, não tinha ninguém no corredor, Jacob estava de folga hoje. Comecei a andar com uma postura de confiança e um pequeno sorriso nos lábios, sem pressa.
Ao virar dou de frente com a minha mãe indo na direção do escritório do meu pai, como sempre bem vestida , em um vestido branco que lhe cai perfeitamente. Ela parece ansiosa mas diminuiu o ritmo para falar comigo.
"Bom dia Bella"
"Bom dia mãe"
"Indo ao escritório de Charlie?"
"Sim e você?"
"Eu também, vou participar da conversa, seu pai anda misterioso, não quis falar do que se trata"
"Bom se é assim vamos juntas" e descobrir esse mistério"
Andamos lado a lado sem falar nada, no caminho nos deparamos com alguns empregados do palácio que nos cumprimentam com um bom dia ou com somente uma reverência e um "Majestade,Alteza" minha mãe cumprimenta todos com um bom dia e um sorriso simpático, eu com um acenar de cabeça e um meio sorriso.
Chegamos ao escritório de meu pai, minha mãe bate na porta e ele diz para que entremos.
"Ora se não é as duas Swan que eu esperava, por favor sentem-se"
"Bom dia papai"
eu me sento
"Bom dia filha"
"Certo Charlie vamos logo ao assunto, fale logo o porquê de tanto mistério"
"Só um minuto querida, estamos esperando mais uma pessoa para se juntar a nós"
Eu começo a falar
"Pensei que fosse uma conversa menos informal.."
"Ah aí está ela" escuto leves batidas na porta e a primeira ministra Rosalie Hale entra.
"Com licença" Ela aperta a mão de meu pai, vira para minha mãe e eu
"Bom dia Majestade,Alteza" nós a cumprimentamos
"Junte-se a nós senhorita Hale" meu pai fala sorrindo, em seguida ela se senta ao meu lado, cruza as pernas e permanece calada.
Eu estranho a presença dela nessa reunião, pois tudo indicava que seria uma conversa familiar, mas não falo nada.

Uma coisa sobre Rosalie Hale que todos devem saber é que independente do assunto ela nunca demostra o quão apreensiva está, sempre que a vejo, ela sempre está segura de si, séria e muito bem arrumada diga-se de passagem, essa é a primeira reunião que a vejo tensa e nervosa, passando a mão na saia cor de vinho. Ela sabe o que está por vir e não é coisa boa, isso me assusta.
"Bom eu tenho um comunicado a fazer,a primeira ministra já está a par do assunto mesmo assim eu achei necessário a presença dela nesse momento"

Passaram-se mil coisas pela minha cabeça, todas com um cenário horrível.
Primeiro, puta merda meu pai está tendo um caso com Rosalie, pobre Emmett, pobre Rennée.
Segundo, papai está tendo um caso com Rosalie e ela está grávida dele.Fodeu.
Terceiro, estamos em guerra, e algum país aproveitou da nossa fraqueza e quer nos atacar...Bom mas se fosse isso Emmett estaria aqui nesse momento.
Quarto, irão me deportar do país em um treinamento intensivo no qual eu sofreria o pão que o diabo amassou.

Eu estava cogitando todas as piores possibilidades, mas nada me preparou para o que veio a seguir.

"Eu vou abdicar ao trono e pedir uma liminar para que a monarquia seja abolida da Inglaterra"
"O QUE?" minha mãe e eu falamos ao mesmo tempo
"Não, nem pensar, você está ficando louco?"
"Renné, é o melhor a se fazer, perdemos o nosso filho por causa da monarquia, Bella não está preparada para ser a Herdeira da coroa, o povo está enfurecido e eu estou exausto disso"
"O que será de nós sem a monarquia Charlie? Isso é loucura. Onde vamos morar?O que vamos fazer da vida?"
"Calma Rennée, uma pergunta de cada vez"

Eu continuo atônita na cadeira tentando processar a informação de que meu pai quer abolir a monarquia, de que ele não acredita em mim como Rainha.
Eu que estava pronta para mudar, pelo menos tentar ser boa.
Rennée e Charlie continuam a discussão, mamãe de pé vermelha de raiva.
Rosalie pede calma entre os dois.
"Majestades por favor vamos conversar civilizadamente, nada foi decidido ainda, vamos ouvir o lado de todos e entrar em um consenso"
"Não tem acordo nenhum, meu voto é não, eu sou a Rainha da..." minha mãe fala com o nariz empinado voltando a se sentar mas é interrompida pelo meu pai.
"E eu sou o Rei e digo que sim" Ele diz altivo.
"Você é um fraco Charlie, não é uma tempestade que vai nos abalar que vai destruir uma linhagem de reis e rainhas, pense no quanto os seus antepassados lutaram pra conquistar tudo que temos hoje, e agora vem você e quer entregar tudo sem ao menos lutar"
"Não ouse falar assim comigo, você sabe muito bem que não é só uma crise, sabe que eu estou cansado disso"
"Você quer destruir a nossa família"
"Talvez ela já esteja" ele fala com o tom de voz alterado
"CHEGA" eu bato na mesa e os dois param imediatamente
"Rosalie, por favor você pode nos explicar isso direito"
"Claro Alteza"
"Como o Rei Charlie ia dizendo uma liminar para abolir a monarquia seria o último feito dele como Rei, o pedido iria diretamente para o Conselho de Ética, onde se fosse aceito abririam uma votação popular na qual todo cidadão Britânico poderia votar se é a favor ou não da monarquia, caso o povo escolhesse ser contra o país se tornaria uma democracia"
"Senhorita Hale, qual a sua opinião a respeito disso?" eu pergunto
"Sinceramente Alteza eu acho que no momento se fossemos a voto popular seria certo de que a monarquia seria abolida"
"Certo" eu falo refletindo
"No momento a popularidade da monarquia está muito baixa.Eu acho que o melhor a fazer nesse momento é dar uma pausa na reunião por hora para que os ânimos se acalmem, todas as partes deveriam refletir sobre o assunto e depois colocarmos nossos pontos na mesa" ela olha para o meu pai e ele assente
"Sim, vamos conversar com mais calma outro dia, ainda temos tempo, só não comentem com ninguém a respeito"
Minha mãe se levanta, olha para Charlie e fala.
"Isso é um absurdo, você não está em seu juízo perfeito" ela sai batendo a porta com força e meu pai me lança um olha de desculpas.
"Eu peço licença para me retirar se não houver mais nada a acrescentar"
"Bella eu sinto muito, pense sobre o assunto por favor"
Eu não respondo, lanço um sorriso amistoso para Rosalie e ela me responde com um sorriso triste, eu toco no seu ombro e saio.
E eu aqui desconfiando da pobre Rosalie, como que eu fui pensar naquelas barbaridades, ela é uma boa pessoa e também é completamente apaixonada por Emmett. Nada no mundo teria me preparado para o que meu pai falou naquela reunião

Eu volto pelos corredores do palácio completamente diferente de horas atrás. Minha postura confiante já não existia mais, agora eu andava de cabeça baixa, derrotada. Eu só queria chegar no meu quarto e chorar a tarde inteira.
Eu sabia que eu era uma péssima pessoa, sabia que eu não era nem um pouco parecida com Riley, o povo me odiava, mas eu ao menos achava que meu pai me apoiava, que no fundo ele tivesse alguma esperança em mim, que eu poderia mudar. Mas não, eu estava tão perdida, não existia esperança para a minha redenção, nós perderíamos tudo, e seria minha culpa por não ser boa o suficiente.
Eu entro no meu quarto chorando e a primeira coisa que eu vejo pela frente jogo contra a parede, era um vaso que se despedaça no mesmo segundo.

Fiquei na cama por horas olhando pro teto e pensando no meu fracasso, no quanto eu nunca seria boa o suficiente, eu nunca seria Riley.

Olhando por outro ângulo, viver sem os holofotes seria a parte mais interessante, sem paparazzis, sem fingimento, sem sorrisos falsos nos piores momentos. Seria maravilhoso.Eu seria uma garota normal, talvez eu pudesse fazer alguma faculdade , algum curso como letras ou ciências sociais.
Desde criança eu sempre imaginei como a vida seria diferente se a minha família fosse uma família normal, sem coroa, sem palácio, sem povo, sem sacrifícios.
Eu imaginava a minha mãe como professora ou dona de algum negócio pequeno, chegando em casa a noite com um sorriso satisfeito. Meu pai tinha cara de xerife de cidade pequena ou talvez fazendeiro, aquele bigode dele não negava.
Eu tentava imaginar uma casa pequena, com um quintal grande, até conseguia visualizar eu e meu irmão correndo por ele sem preocupação nenhuma. Parecia um ótimo cenário, talvez eu crescesse nessa cidade pequena e se eu tivesse sorte conheceria Edward, talvez ele fosse meu vizinho ou nos conheceríamos na escola. É claro que Edward seria o garoto popular, mas ainda assim seriamos melhores amigos, talvez por alguma razão ele até poderia me ver com outros olhos, como em livros, o garoto popular que se apaixona pela garota quieta e sem graça, talvez ele até gostasse de mim de verdade.
Parecia tão fácil, mas então a vida real sempre aparecia e a minha vida feliz e pacata sumia.

Pensei mais e cheguei à conclusão de que essa era minha casa, o palácio era o meu lar, foi aqui que eu nasci, foi aqui que dei os meus primeiros passos, foi pelos corredores do palácio que eu corria de fraudas e chupeta, foi aqui que conheci Edward, onde perdi meus primeiros dentes de leite, na porta do meu quarto ainda posso ver algumas manchas de canetinha onde a minha babá me media conforme o meu crescimento até 7 anos de idade. Os empregados eram a minha família, eles me viram crescer, eles cuidaram de mim e do meu irmão enquanto meus pais governavam o país.
Foi na sala de música que eu dei o meu primeiro beijo, foi no meu aniversário de 15 anos no salão de festas que eu dancei até cinco horas da manhã com Edward, Alice e Riley, ainda consigo me lembrar do meu sorriso exausto e feliz.
Todos esses momentos aconteceram aqui e eu não queria esquecer eles, não queria fugir deles, eu não queria ir embora da minha casa. Eu fui feliz aqui.


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Notas finais do capítulo

Só pra lembrar a fic é beward, eu sei que vocês estão ansiosos pra que o Edward apareça, falta pouco prometo. Ah e tenham paciência com Bella, ela vai mudar, ela só passou por muito ultimamente, tentem se colocar no lugar dela.
Comentem muito, isso me deixa feliz.



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