Fiction escrita por Vick Gomez


Capítulo 1
Chapter I


Notas iniciais do capítulo

A ideia inicial era que a fanfic fosse uma oneshot mas como ficou muito grande, foi dividida em 2 capítulos.
Boa leitura!



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Já se passaram 10 anos e até hoje Jimmy faz muita falta.

Aproveito o período de folga da banda para descansar um pouco enquanto meus filhos River e Cash brincam juntos e Val está fora.  Quando estou quase dormindo, tenho meu descanso interrompido por Syn ligando para o meu celular. Rapidamente atendo:

— Fala, Gates.

— Matt! Tenho uma notícia mas preciso conversar com você pessoalmente. É urgente! - disse Syn completamente eufórico

— O que houve? É algum problema com a banda? - pergunto preocupado

— Não, cara! Enfim, venha para a minha casa agora, ok? Zacky e Johnny já estão aqui, só falta você.

— Mas Brian, estou sozinho em casa com River e Cash. Val saiu e até agora não voltou

— Não importa, traga as crianças também. Mas venha agora, por favor!

—  Ok, tudo bem. Chego aí em 10 minutos.

— Estamos te esperando. - respondeu Syn antes de desligar 

Me arrumo rapidamente, pego meus filhos e a chave do carro, deixo um bilhete para Valary e saio. A ligação de Syn havia me deixado muito preocupado. Ele estava muito nervoso e falava com a voz embargada. 10 minutos depois chego na casa de Syn e assim que toco a campainha, Michelle abre a porta bastante animada.

— Oi Mich, cadê o Brian? - pergunto enquanto a abraço

— Oi Matt, Brian está lá no quarto. Entre, ele e os meninos estão te esperando.

— Obrigada.

Entro no quarto e vejo Johnny e Zacky sentados na cama enquanto Gates se encontra encostado na parede.

— Pessoal, o que houve? 

—  E aí, Matt. - disse Zacky sorrindo enquanto passava a mão nos cabelos de River e pegava Cash no colo 

— Então... Eu não sei se você vai acreditar no que vamos te falar mas... James voltou, cara! Ele voltou! - disse Syn com um enorme brilho nos olhos

Não acredito no que eu acabara de ouvir, então olho para Syn como se ele fosse um louco.

— Fala sério, Gates. Você não me tirou de casa ás pressas por causa de uma brincadeira dessas, né?! É duro de aceitar mas ele não vai  voltar. James não está mais entre nós! - falei pondo as mãos no ombro de meu amigo

— É sério, Shads! Nem eu acreditei quando ouvi isso do Syn, mas é verdade - disse Johnny se levantando e caminhando em minha direção

— Porra gente, vocês fumaram maconha?

— Eu acho que não - disse uma voz vinda do banheiro do quarto de Syn

Uma voz muito familiar e que eu conheço muito bem. Era a voz do Rev? Não é possível, The Rev está morto. Que tipo de brincadeira é essa?

— Eu to aqui, cara. Eu voltei! - disse Rev saindo do banheiro

Fico paralisado e mal consigo acreditar. O Rev? Vivo na minha frente? 

— Matt,  está tudo bem? Você está pálido, cara. Senta um pouco na cama. - disse Syn me ajudando

Eu piscava o olho diversas vezes para ter certeza de que aquilo não era um sonho e de que eu realmente estava acordado. Depois de alguns minutos consegui me recompor e me levantei. James estava lá, de pé e rindo da minha cara.

— Jimmy, você... Eu não acredito, você está vivo mesmo! - falei com a voz embargada e apertando os músculos de Rev para comprovar e ter a certeza de que era ele

James não falou nada, apenas me abraçou. Nos abraçamos por um longo tempo e não consegui conter a emoção.

— E então cara, acredita que sou eu agora? - perguntou Jimmy sorrindo

— Sim, eu acredito mas ao mesmo tempo penso que isso tudo é um sonho. Eu não entendo, eu vi seu corpo ser velado e cremado. Como assim você reaparece vivo quase 10 anos depois? - perguntei bastante confuso e bastante emocionado

— Vou te explicar como já expliquei para os outros. Minha morte foi uma farsa, Shads. - respondeu Jimmy

— Como assim uma farsa Rev, me explica isso direito?

— Eu forjei a minha morte. Eu estava passando por alguns problemas, principalmente com a Leana. Estava desconfiado de que ela estava me traindo e então resolvi forjar a minha morte. Tenho alguns contatos, então pus todas as minhas armas em prática. No dia 28 de Dezembro injetaram Catalepsil em minha veia, um remédio que diminui os batimentos cardíacos, a respiração e faz com que a pessoa pareça morta. Os batimentos e a respiração praticamente param, ficam totalmente imperceptíveis. Além disso, esse remédio não deixa nenhum vestígio no organismo. Os médicos legistas me encontraram inconsciente em casa e me deram como morto pois eu estava sob efeito desse remédio. Quando fizeram a autópsia em mim, encontraram uma grande quantidade de remédios calmantes em meu organismo, que eu havia tomado horas antes, então alegaram minha morte como overdose acidental de remédios. Uns amigos meus fizeram um boneco idêntico a mim e quando acordei, puseram esse boneco em meu lugar. Mas não era qualquer boneco. É um boneco idêntico a um ser humano. Tenho um conhecido que é médico legista, então não foi fácil descobrirem a farsa. As pessoas que me ajudaram acharam isso uma loucura, e foi difícil convencê-los a me ajudar. - explicou Jimmy

— Mas depois disso tudo, por onde você andou esse tempo todo? - perguntei

— Depois precisei sumir, caso contrário descobririam. E se a imprensa descobrisse que era tudo uma farsa, eu estaria perdido. Então resolvi me isolar numa floresta não muito longe daqui. Dias antes eu havia deixado nessa floresta, em um lugar bem estratégico, uma mochila com água, comida, lanterna, agasalho e tudo o que é necessário para sobreviver na mata. E por lá fiquei durante alguns dias. Eu só não sabia o que dizer quando voltasse, mas me viraria com isso depois. Sei lá, diria que foi um engano, que eu havia sido sequestrado e fui obrigado a forjar minha morte ou coisa parecida... Só que em um momento de tédio, resolvi entrar na mata para conhecer melhor o local, e acabei me perdendo. Pode parecer loucura, mas eu acabei caindo em uma outra dimensão, não consegui mais voltar e tudo acabou saindo de controle. As pessoas que me ajudaram sabiam onde eu estava e após vários dias sem dar notícias, todos saíram á minha procura. Como não me encontraram, acharam que eu realmente havia morrido e resolveram não contar nada do meu plano a ninguém pois isso causaria um escândalo ainda maior.

Não aguentei e comecei a rir. Uma outra dimensão?! Toda essa história é louca demais e posso até entender, afinal, é bem a cara do Jimmy. Mas outra dimensão? Não, não é possível.

— Olha, eu sei que parece mentira mas é tudo verdade, Matt. Eu juro! Eu fiquei por 10 anos perdido em outra dimensão! Lá era um mundo completamente diferente daqui. Eu conheci um velho sábio e ele disse que eu tinha uma missão a cumprir. Eu deveria ser o novo Mestre das Facas e lutar pela aldeia na qual eu havia ido parar. E só após concluir essa missão, eu poderia voltar. E não foi nada fácil, mas eu consegui. Eu não disse para vocês que eu sou o Avenged Sevenfold, que eu iria para uma floresta e voltaria 10 anos depois como o Mestre das Facas? Aposto que ninguém acreditou quando eu disse, mas aqui estou eu. Em carne e osso. 

— Caramba, é tudo muito louco! Bem a sua cara, aliás... Isso tudo parece coisa de filme, sabe? Mas eu acredito em você. Você fez muita falta pra gente e principalmente para os seus fãs, seu filho da puta. Nunca mais faça isso de novo, ok? E se for sumir, não forje uma morte. Existem maneiras mais práticas de sumir e ter certeza de que fará falta.  

— É, eu sei. Foi tudo uma loucura, mas é como eu sempre disse: ''minha vida é uma história que se eu te contar, provavelmente você não vai acreditar''. Pois é cara, esse sou eu. - concluiu Jimmy

Após Jimmy contar sua história, nos abraçamos todos juntos.  Ele então olha para as crianças e pergunta:

— Esse é o famoso River? E aquele ali é o Cash?  

— Se são famosos eu não sei, mas são eles sim. Meus filhos, Rev. O nome do River é uma homenagem á você.

— Caramba, eles já estão enormes. E são lindos igual a mãe. Ainda bem que não puxaram o pai. - disse Jimmy aos risos e brincalhão

Jimmy se abaixa, começa a conversa com as crianças e depois os abraça. Vejo aquela cena e fico bastante emocionado. Era realmente difícil de acreditar, mas meu velho amigo voltou e estava ali conosco, brincando com meus filhos. Era uma alegria inexplicável.


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