Um beijo seu escrita por Hermione Granger


Capítulo 16
De volta para casa




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O ultimo dia de estadia de Hermione com a família de Ron foi melhor do que ela imaginou ser possível depois que a família descobrisse a verdade.
Eles passaram o ultimo dia em Pembrokeshire curtindo as maravilhas do lugar ao máximo. Os Weasleys voltariam para Devon, Harry e Gina ficariam para Lua de mel, Ron e Hermione pegariam um voo para New York. Já estava tudo pronto para partir, cada qual para seu destino, e todos já se despediam. Sra. Weasley, é claro, sem evitar os rios de lagrimas ao se despedir do menino caçula e a nova nora e faze-la jurar que iria visita-los o maior numero de vezes possíveis. Hermione já começava a sentir a falta de todos e prometeu sem nenhum esforço que convenceria Ron a viajar para Devon, sempre que pudessem.

Sra. Prewett apenas lhe pediu para que cuidasse bem de seu neto, embora ela não duvidasse de que Hermione já o fizesse a muito tempo.


Do mais, a tristeza da despedida foi rápida, pois já começavam a se atrasar para o voo. Ron carregou as malas para o taxi que os levaria para o aeroporto da cidade de vizinha para um voo com escalas. Hermione detestava voar, e voos com escalas era terrivelmente demorado e o pensamento de ficar horas no céu era algo que realmente lhe assustava, mas Ron seria uma ótima distração. O avião pousou apenas uma vez em solos Portugueses, permanecendo apenas algumas horas em Lisboa antes de se transportar para uma aeronave maior e seguir o destino direto para USA. Como imaginou o fato de Ron estar com ela colaborou significativamente para o fato da fobia por altura ser esquecida em alguns momentos.

Ficou feliz por estar segura em casa e se sentia morta de cansaço para organizar suas roupas limpas no guarda roupa, e as sujas na lavanderia. Largou as malas ali mesmo, no meio do tapete da casa e deixou o corpo tombar no sofá.

— O que esta fazendo? – perguntou Ron. – Não vai arrumar suas coisas e brigar para que eu arrume as minhas também?


— Estou cansada. – disse chamando-o com as mãos para que ele se sentasse ao seu lado. – Vem, deixa isso aí, depois arrumamos.
— Estou achando que eu sou uma má influencia pra você. – disse se sentando ao lado dela e puxando-a para perto.
— Eu também acho. – Hermione abafou o riso, deitando a cabeça no ombro de Ron. – Mas já estava na hora de alguém me tirar um pouco da linha.
— E quem é que vai me educar? Sabe, a mamãe já desistiu de mim ha muito tempo e a vovó estava depositando suas esperanças em você.
— Bom, então eu sinto ter que decepciona-las. Eu acho que você não tem mais solução.

A campainha soou no apartamento fazendo Hermione resmungar. Por que as pessoas não ficavam em casa descansando ao invés de incomodar os outros em um domingo a tarde?
Ron riu pelo nariz pelo mau humor da garota e disse que ele atenderia. Infelizmente, o apartamento não tinha aquelas portas com olho magico que certamente os livrariam de muitas visitas indesejáveis. Indesejáveis como esta.


Ron abriu a porta e toda sua felicidade e tranquilidade de minutos atrás, se desvaneceu em segundos. Suas sobrancelhas franziram, os dentes rangeram e os braços se cruzaram sobre o peito em posição de defesa. Mas não em defesa de si mesmo e sim em defesa do outro parado a sua frente, pois se não prendesse os próprios braços, eles certamente estariam se ocupando com o rosto do outro.

— Hermioni estar? – perguntou aquele sotaque detestável. Ron achou que fosse vomitar.

— Pra você não. – respondeu curto e grosso.

— Eu precisa falar com ela. – insistiu o búlgaro. – Pode chamar ela par-r-ra mim?

— Não, eu não posso. – Ron estava se preparando para fechar a porta no nariz do visitante atrevido quando a cabeleira de Hermione se fez visível pelo buraco da porta denunciando a presença dela na casa.

— Hermio-ni-ni. – chamou ele. Sempre gaguejava erroneamente o nome da garota quando se sentia nervoso. – Pode me dar um minuta?


— Vitor... – Vitor lançou um sorriso de deboxe para Ron como quem dizia " ela sempre volta". Ela olhou para Ron que a fitava com um olhar raivoso como se acabasse de flagrar ali uma traição em publico. Ron saiu de perto da porta sem olhar para nenhum dos dois, pegou as próprias malas ainda largada no meio da sala e caminhou pesadamente em direção ao quarto deixando Hermione com seu embaraço. Ela voltou a encarar Vitor. – Vitor, eu acho melhor não.

— Será rápido, por favor. Eu...

— Não. – disse de forma firme para que ele entendesse que nenhuma forma de insistência a faria mudar de ideia. – Eu estou cansada e sinceramente, nada do que você tenha a dizer é de importância para mim. Não a nada que eu queira dizer ou escutar de você.

— Ele fez sua cabeça contra mim outra vez, não é?
— Não, muito pelo contrario. – disse se sentindo ofendida. Como ele poderia pensar que ela fosse tão facilmente influenciável? – Ronald nunca fez a minha cabeça, nem contra você, nem contra ninguém.


— Você sempre permitiu que ele se colocasse entre nós...
— Ronald nunca esteve entre nós, Vitor. – interrompeu ela ja irritada.– Foi você quem esteve entre Ron e eu esse tempo todo. E Eu não vou permitir que você fique mais uma vez. Se você não se importa de encerrar tudo por aqui, eu me sinto realmente cansada e só o que eu quero é passar o resto do dia sem fazer nada... Com o meu namorado.

Vitor fez uma cara de quem não acreditara no que acabara de ouvir, não vindo de Hermione. Afinal, ele sempre teve dela, tudo que queria e achou que não seria difícil conseguir dessa vez. Mas não foi como imaginou, pois ela nem ao menos o deixou falar o que pretendia e a própria Hermione se surpreendeu com sua falta de educação ao fechar a porta na cara do ex-namorado sem permitir que ele recomeçasse com as insistências. Ao fechar a porta, ela encostou-se de costas e começou a rir. Riu de alivio por comprovar que Vitor não tinha mais nenhuma influencia sobre ela. Riu por perceber que ele não era nada para ela agora e que talvez nunca tivesse sido. Ela apenas passou quatro longos anos no escuro. Não que ela já não estivesse certa quanto a isso, mas uma coisa era ter certeza longe de Vitor e outra era ter diante dele.


Deu mais um suspiro de alivio e ignorando as próprias malas, caminhou até o quarto de Ron. Ele estava sentado na cama, de costas para porta, fingindo arrumar suas coisas quando na verdade elas estavam mais bagunçadas do que de costume. Hermione caminhou de joelhos pela cama e abraçou as costas do garoto.

— Como você deixa sua namorada sozinha com outro cara? – perguntou ela tentando soar de forma divertida, pois sabia que para Ron, nada havia de divertido no assunto. Ele não respondeu de inicio, apenas largou as peças de roupa que segurava nas mãos. – Hey...
— O que ele queria? – quis saber.
— Sei lá. Eu não quis saber. – respondeu. Ron a encarou pela primeira vez desde que ela entrara no quarto. Ela abriu um sorriso enorme ao ver os olhos de Ron mesmo vendo um pouco de resistência neles. – Acha mesmo que eu ia perder tempo com Vitor, quando eu podia gastar melhor o meu tempo com você?


Ron sorriu enquanto Hermione beijava seu ombro.

— Não quis mesmo saber? – perguntou ele.
— Não, eu não queria e continuo não querendo. – disse olhando nos olhos dele pra que ele tivesse certeza de que ela falava a verdade.

— Eu tive que sair de lá. – disse ele agora sorrindo e achando o assunto mais divertido. – Ou eu o mataria. Não queria te deixar sozinha com ele, mas acho que nós dois precisávamos ter certeza do que ele significava pra você.

— Nada. Não significa nada. Acho até que todos os homens perdem significado depois que se conhece Ron Weasley. Mas não vou sair por aí fazendo propaganda do meu namorado.

— É bom não fazer mesmo. Eu já sou bem desejado sem propagandas... – disse rindo, levando um tapinha no ombro.


— E bem convencido também. Mas eu espero que não existam outras Lavenders por aí.

— Eu também espero, para o bem delas. Elas correm o risco de ter uma Hermione saltando sobre elas no meio da rua. – disse fazendo referencia ao dia do casamento de Gina.

— Ela pediu. Ela praticamente implorou por aquilo e você não devia ter me impedido.

— Eu deixaria você voar nela se eu tivesse certeza de que as visitas intimas na cadeia estão menos burocráticas.

— Você é um imprestável. – riu Hermione selando os lábios do namorado. – Eu amo você.

— Eu também amo você. – disse sorrindo.


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