Um beijo seu escrita por Hermione Granger


Capítulo 14
É de verdade




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Ao se aproximar o fim de tarde, os dois acharam melhor voltar mas isso não era algo que realmente faziam questão. Ron a ajudou a se levantar e abraçado a ela, percorreu o caminho de volta para praia.

Andaram lentamente pela beira da praia, sorridentes. Hermione estava se sentindo muito mais feliz em 5 dias com Ron do que jamais fora em quatro anos com Victor. Jugou-se tola por ter passado tantos anos sofrendo por tão pouco sendo que tudo que ela precisava, sempre esteve ali com ela. Olhou para ele pela quadringentésima nona vez naquele mesmo minuto, aquilo não lhe cansava. Parou de frente a ele, lançando os braços em seu pescoço e o trazendo para um beijo que fora interrompida por uma voz estridente e irritante.

— Olá... Óh! Estou atrapalhando? Ah, eu sei que nunca atrapalho meu Ronnie. – disse Lilá aproximando-se de Ron como se Hermione não estivesse ali. – Sentiu minha falta Uon-Uon? Resolvi chegar um pouco antes do casamento e trouxe Cho comigo... Ah, Hermelina, mal tinha reparado em você aí. Achei que você já tinha se mandado para New York.

Hermione sentiu sangue ferver. “Hermelina?”, “Meu Ronnie?”, aquela garota estava brincando com a sorte.

— É, mas eu estou aqui... E com o meu namorado. – disse abraçando o corpo de Ron como se estivesse servindo de escudo para ele.


— Você deve ter pensando que eu não viria mais. – continuou Lilá para Ron, ignorando totalmente Hermione. – Mas eu não deixaria de vir, afinal você disse que dançaria comigo. Você prometeu. – Nesse momento, Hermione lançou a Ron um olhar tão perigoso que ele sentiu que seria jogado ao mar e devorado por tubarões. – Ah, ainda me lembro do casamento de George, foi magnifico. Somos ótimos dançarinos de casamento.

— O que você faz aqui? – perguntou Hermione sem simpatia alguma. – Que eu me lembre, Gina deixou claro que antes do casamento, apenas a família viria.

— E perder a despedida de solteiro da minha cunhada? Ah não,não, não. – “Cunhada?” pensou Hermione que se segurava para não descer a mão em Lilá. –Acho que nos divertiremos muito, estou louca para saber o que Gina comprou aquele dia no sex shop... AH! Olha vejam, é a Cho. Já estou indo Cho.

Uma garota de longos cabelos negros e olhos rasgados, acenava e chamava Lilá com as mãos com um sorriso tão irritante quando o de Lilá e Hermione se perguntou o que Gina não faria com ela quando a visse. Para seu alivio e sorte da própria Lilá, esta se afastou em companhia da chinesa em direção a casa.

— Você foi ao sex shop com a minha irmã? – perguntou Ron em tom divertido e indignado.

— Essa garota é uma intrometida abusada, querendo roubar o meu par. – resmungou Hermione distraidamente, mas logo olhando séria para Ron como se ele fosse de todos no mundo, o único culpado por isso. Começou a distribuir tapas ardidos pelos braços do garoto que tentava se esquivar.

— Hermione... AU! Para... Mione, isso doi. Ai... – protestava ele tentando segurar as mãos dela.

— Eu não sei como terminaram os outros casamentos dos seus irmãos Ronald – disse apontando o dedo para ele –... Mas esse não vai ser da mesma forma.

Ron riu deixando-a ainda mais nervosa. Puxou-a pela cintura imobilizando seus braços para que ela não tentasse lhe agredir.

— Isso é ciúme, Mione? – perguntou fazendo-a olhar para ele com um olhar indignado. – Se for, é sem motivo. Eu nunca trocaria você por ela, ninguém com juízo trocaria. Mas, acho que vou te provocar mais vezes, eu adorei você com ciúmes.

O restante do caminho, Hermione permaneceu quieta e pensativa. Realmente a aparição repentina de Lilá a perturbou. Tinha que aceitar que Ron estava certo, ela estava com ciúme. Mas aquilo não era normal em Hermione, nunca, em todo tempo que vivera com Vitor, sentira ciúme dele e talvez tenha sido por essa falta de ciúme que ela nunca ousou duvidar da fidelidade de Vitor. Santa burrice. Mas o ciúme que sentia de Ron não era por insegurança e sim por egoísmo, ela queria exclusividade de Ron.


Ron lhe lançava alguns olhares de relance desejando poder ler a mente dela e saber em que tanto ela pensava. Chegaram na casa ao mesmo tempo em que Gina e Harry voltavam de sua sessão de fotos. Gina ficou feliz em ver Hermione e lhe deu um abraço em agradecimento ao ótimo conselho sobre o vestido.

A chegada de Cho e Lavender provocou reboliços e mudanças de planos quanto a despedida de solteira de Gina. Acabaram por fim decidindo apenas em fazer coisas simples como conversar, dançar e assistir comedias românticas, tudo muito inocente. Os garotos haviam levado Harry a um pub próximo porem não demorariam muito pois Gina ameaçou cada um deles caso não trouxessem Harry sóbrio para o casamento.
Durante o jantar em que fora permitido até a presença de Victorie e Dominique, Lavender não deixou de fitar Hermione um só segundo. Tinha os olhos semicerrados como quem tentava tramar uma vingança por terem lhe tirado seu Uon-Uon. Suspirou audivelmente de forma proposital a fim de chamar a atenção de todas as garotas, que viraram para ela.

— Ah! Perdoe-me, eu estava pensando no Uon-Uon. Hermelina querida, não sei como pode ser sempre tão tranquila tendo um homem como Ron. Deveria ficar de olho ou alguém poderia rouba-lo de você, e a culpa seria apenas sua. Conselhos de uma boa amiga. Conheço bem o Ron e sei que homens como ele não se contentam apenas com uma.

— Eu conheço Ronald perfeitamente, Lavender. Eu dispenso seu conselho.


— Eu lamento que este casamento não seja ao verdadeiro estilo Weasley para mim. – disse mais uma vez ignorando Hermione. – Me lembro de quando se casaram Percy, Fred e Jorge. Ron e eu ficamos juntos até o dia seguinte. Ele é um pouco insaciável. Mas o que ninguém sabia é que as coisas entre nós haviam começado muito antes, no casamento de Carlinhos, foi incrível. E triste que não poderemos repetir o feito este ano. Quem sabe não é. – Hermione sentiu sua pele ferver e todo seu corpo tremer de raiva. – Se eu fosse você, vigiaria mais o Ron. Nossos quartos estão bem próximos e um descuido seu, e Ron já não estará ao seu lado...

— Eu perdi a fome. – disse Hermione batendo o garfo na mesa agressivamente e saindo batendo os pés fortemente. Se queria matar alguém ou gritar e chorar de forma histérica, ela não sabia. Mas sabia que não seria nada seguro persistir naquele local junto com Lavender.

Subiu em para o quarto batendo a porta atrás de si ao entrar e se deixou cair na cama. Lavender havia conseguido, suas palavras atingiram Hermione exatamente como ela intencionava. Era verdade que Ron nunca havia se comprometido com nenhuma garota por mais de uma semana, ele já tinha ficado com um numero considerável de garotas a ponto de ele próprio perder as contas. Entre tantas as garotas que Ron já ficara, Hermione sabia que era impossível uma delas não ser carinhosa, amigável, sensível, simpática ou ter outras qualidades que combinariam com a personalidade de Ron, por tanto ele nunca passava mais do que cinco dias com cada uma delas. Por que razão ele iria passar com ela mais do que isso sendo ela sempre tão certinha, encrenqueira, mal humorada e mandona? O que ela teria a oferecer que todas aquelas garotas também não tivesse? Um calafrio lhe subiu a espinha. E se ela fosse mais uma na lista de Ron? Não, Ron disse que nunca a magoaria e ela confiava cem por cento nele.

Censurou-se por deixar que as palavras de Lilá valessem mais que as palavras de Ron.
Uma batida delicada na porta e a cabeça ruiva da sra. Weasley lhe pediu passagem sorrindo com suas feições maternal e terna.

— Posso entrar? – Hermione assentiu e a senhora adentrou o quarto sentando-se na cama ao lado dela. Pegou uma de suas mãos de forma carinhosa. Sempre conseguia fazer tudo ao seu redor parecer mas tranquilo, especial e amável. – Eu sinto muito pelo que aconteceu lá em baixo. Lavender não é uma boa pessoa, eu lamento ter demorado a perceber isso. Fico feliz por Ron ter escolhido você para vir com ele.

— A senhora não tem culpa, Sra. Weasley. – apertou suas mãos a da mulher. – Mas Ron e eu somos namorados, eu o acompanharia de qualquer forma... – Molly balançou a cabeça em negativa ainda sorrindo. – A s-senhora também sabe? Mas... Ah me desculpe. Por favor, me desculpe. Eu não queria enganar vocês e nem incomodar... Deus eu me sinto tão mal.

Hermione tapou o rosto com as mãos mas Molly logo tratou de tira-las para que voltassem a se olhar nos olhos.

— Não diga isso querida, afinal a única ferida aqui é você. Conheço bem o meu menino, mas do que imagina e eu sabia que não eram namorados desde o inicio. – Hermione fez menção de falar mas Molly a impediu. – Não precisa dizer nada querida. O que realmente importa é o que estão sentindo agora. Posso ver nos seus olhos assim como vejo nos olhos de Ron. Além do mais, vocês são péssimos atores, filha.

Hermione sorriu.
— Sra. Weasley... – começou sem realmente saber o que iria dizer. A mulher lhe deu um beijo quente na bochecha e se levantou da cama. – Sinto muito.

— Não sinta, anjo. Ele gosta mesmo de você. É a única a quem ele se dispôs a trazer para conhecer a família, nenhum de nós havia conhecido suas conquistas. Isso deve significar algo. – disse lhe dando uma piscadela. – Espero que algum dia pare de me chamar de “senhora Weasley”, então saberei se seu amor por Ron é verdadeiro.

A senhora já quase saia pela porta quando mais uma vez, Hermione a chamou:

— Senhora... Molly. – corrigiu-se Hermione. – É de verdade.
Com um sorriso de satisfação, Molly saiu do quarto deixando Hermione mais uma vez sozinha.

Hermione desceu minutos depois de sua conversa com a sra. Weasley, decidida a passear um pouco pela praia apenas por curto tempo. Não sabia muito bem o que fazer ou aonde ir, mas de fato não queria ficar no mesmo lugar que Lilá. A conversa com Molly se repetia em sua mente e ela se sentiu mais uma vez uma tola por ter duvidado, mesmo que por meros segundos, do que Ron dizia sentir por ela. Ele nunca brincaria com ela.

Caminhou as cegas pela areia, molhou os pés, se sentou e levantou duas ou três vezes, mas aquilo não parecia ajudar. Resolveu então voltar para a casa e se trancar no quarto até que o sono resolvesse por fim visita-la. No caminho de volta esbarrou-se com Gina que também parecia visivelmente perturbada. Não ficara para saber o desfecho daquele jantar, mas era obvio que Gina, com seus modos nada discretos, havia discutido não apenas com Lilá por sua inconveniência de sempre se convidar a ir onde não lhe chamaram, mas também com Cho que por mais que não tenha lhe provocado diretamente, era tão intrometida quanto sua amiga.

— Não sabe o quanto eu sinto, Hermione. Aquela Lavender... Deus, só Deus sabe o quanto me controlei para não ir para a cadeia na véspera do meu casamento. Desculpe-me pelas coisas que ela disse... Onde você estava? – perguntou Gina.

— Andando, precisava tomar um pouco de ar. – disse dando um meio sorriso. – Sinto muito por ter acabado desse jeito. Teria sido fantástico se...

— Não importa. Bom, eu devia ter dado um endereço falso do casamento dizendo que iriamos festejar na Transilvânia ou algo assim. – riu Gina, fazendo com que Hermione risse também embora com menos entusiasmo.

— Eu vou me deitar Gina. – disse dando um beijo na bochecha de Gina. – Não se preocupe comigo.

— Hermione... – chamou Gina quando ela começara a se distanciar. – Ele gosta de você, e isso é o única coisa que deve importar.

— Eu sei. – disse sorrindo e entrando na casa.

Viu-se ali, novamente no quarto que outrora dividia com Ron, mas que por essa noite seria habitado por Gina. Estava sentindo uma inquietação fora do normal e nada com que ela se ocupava parecia ser o suficiente. Deitou-se na cama olhando para o teto. Pensou que não dormiria tão cedo aquela noite ainda mais sabendo que Ron estaria com Harry e não com ela. Riu ao imaginar a cara dele por ter que passar a noite com o melhor amigo e sentiu pena de Harry, pois sabia que Ron não lhe daria sossego.
Fechou os olhos para tentar dormir, mas aquilo ajudou menos ainda. As palavras de Lilá voltaram a lhe assombrar. Palavras que até então ela não tinha se dado conta. “... Ron e eu ficamos juntos até o dia seguinte. Ele é um pouco insaciável. Mas o que ninguém sabia é que as coisas entre nós haviam começado muito antes, no casamento de Carlinhos, foi incrível...”. Ron havia dito a ela que ficara com Lilá no casamento de Jorge, mas nunca havia mencionado que ficara com ela no casamento de TODOS os seus irmãos. Sentiu o estomago embrulhar ao pensar nos dois juntos. Odiava pensar aquilo, mas estava se tornando inevitável pensar em Ron sem pensar no quanto Lilá estava impregnada nele.

Podia não estar emocionalmente impregnada, podia não significar nada para ele em relação a sentimentos, mas isso não mudava o fato de que fisicamente os restos de Lilá existiam em Ron. Ouviu a maçaneta da porta girar suavemente mas ela não teve tempo de fingir estar dormindo para que Gina não voltasse a interroga-la sobre o ocorrido no jantar. Nem mesmo precisou se preocupar com tal interrogatório, pois que estava ali, parado com as costas encosta na porta, era Ron.

— Gina me contou sobre o que acont... – ele não teve tempo de completar, pois Hermione saltou da cama de uma forma assustadora e prensou-o na porta com uma força que ela própria desconhecia, colocando os lábios sobre os dele. Já estava se tornando um habito Hermione ataca-lo de repente, mas ele não conseguia deixar de se surpreender todas as vezes que ela o fizera e nem de notar o desespero que o fazia. Ele nem se importou que suas costelas tivessem batido na maçaneta da porta quando Hermione saltou sobre ele.

Hermione tinha se dado conta do próprio desespero ao beijar Ron, mas ela não se importou, ela tinha consciência do que fazia. Limparia todos os vestígios de Lilá existente ali, e apenas ela prevaleceria.

Ron sentiu a mão dela passar por sua cintura e ir em direção a maçaneta, ouvindo dois “CLICK” em seguida.

— O que esta fazendo? – perguntou ele entre os beijos ainda desesperados de Hermione.
— Trancando Gina do lado de fora.

Puxando Ron pela camisa, ela o desencostou da porta e o fez caminhar de costas em direção à cama e apenas parou quando soube que as pernas dele foram barradas pela madeira gelada da cama. Parou para olha-lo um instante e ele tinha um olhar de torpor. Ela apenas sorriu e voltou a beija-lo agora com muito mais calma do que anteriormente. Ron não sabia que bicho havia mordido Hermione ou que tipo de espirito perverso havia baixado nela, mas ele que não seria tonto de lhe interromper. Ele se deixou tombar na cama e sentiu o pequeno corpo de Hermione se debruçar sobre o dele. Continuava a beija-lo de forma carinhosa e apenas pausou para substituir os lábios pela bochecha, pescoço... Ron arfou ao sentir os lábios quentes de Hermione beijar-lhe o canto do pescoço próximo à orelha. Hermione riu, achou o primeiro ponto fraco. Manteve os beijos ali por um tempo apenas para provocar Ron, e funcionara muito bem. Ele tentou toca-la mas ela o impediu. Sentou-se sobre o corpo de Ron e começou a desabotoar os botões da camisa branca que ele vestia. Olhou mais uma vez para ele que apenas admirava cada ato dela, e debruçou mais uma vez o corpo sobre o dele. Beijou cada pedaço de pele que era revelado por cada botão da camisa que ela abria, mas o desespero maior de Ron foi quando chegara ao ultimo botão. Ela beijou a barriga em um ponto pouco a baixo do umbigo, mas não prosseguiu, apenas fez o caminho de volta pelo peito agora nu de Ron, voltando novamente para o pescoço.

— Hermione... – era o que ele conseguia murmurar.

— Fica quieto Ron. – disse olhando-o já prevendo o que ele queria perguntar. – Nem ouse me perguntar isso, eu estou perfeitamente consciente do que estou fazendo.

— Sim senhora. – disse aproveitando o momento de distração dela para inverter as posições e deixar que seu corpo agora ficasse sobre o dela.

Hermione o olhou e sorriu e ele sentiu permissão para fazer o que quer que ele esteja intencionando. Beijou-a de maneira carinhosa a fim de pedir espaço para prosseguir os beijos para outras partes do corpo. Ele lhe beijou-o queixo e não demorou a seguir o caminho pelo pescoço.

Ele mal chegara a lhe beijar aquela parte e Hermione já sentia os calafrios. Era difícil saber qual era seu ponto fraco quando o homem em questão era Ron. Com ele, todas as partes do seu corpo pareciam ser seu ponto fraco. Ron mordeu a ponta de sua orelha e ela tentava controlar os calafrios em vão. Ele tornou a beijar os lábios e ela sentiu as mãos quentes de Ron tocar sua pele pode debaixo da blusa. Ron parecia receoso em prosseguir com os toques e Hermione percebia isso. Ela cravou as mãos nas costas de Ron o trazendo pra mais próximo dela e o beijando, e aquilo foi o suficiente para que Ron deixasse seu corpo falar por ele.

As mãos de Ron voltaram a explorar o corpo de Hermione por dentro da blusa da garota até alcançar a parte próxima ao sutiã fazendo Hermione soltar um suspiro, resmungou ou gemido, ele não soube bem dizer o que era, mas gostou de ouvir. Tirou a blusa da garota e ficou observando-a por um bom tempo fazendo-a corar e puxa-la de volta para um beijo. Logo o sutiã também deixou de ser um empecilho entre eles e Hermione podia sentir o contato direto de sua pele com a de Ron.

Ron se sentou na cama trazendo Hermione consigo e esta entrelaçou as pernas em torno da cintura dele. A respiração acelerava a cada toque de Ron, mas ela não sentia vontade alguma de pausar em busca de ar. Ron descia as mãos por suas costas e uma delas apertou sua perna. Hermione pensou em quantas marcas de unha já havia nas costas de Ron, pois a cada tremor ela o apertava mais.

Ela se separou dele por um instante e ele a olhou com um olhar de quem suplicava para que ela não o deixasse na mão logo agora. Ela sorriu e sua mão foi parar no cós da calça de Ron.

Ron estava gostando de ver que ela não estava mais tão acanhada como alguns dias atrás. Ele seguiu o exemplo e colocando as mãos no cós do jeans de Hermione, ele desabotoou. Ron a deitou novamente de forma carinhosa e em poucos minutos livrou-se da calça que ela vestia, fazendo o mesmo com a sua em seguida. Ele lhe beijava o pescoço, ombro e colo. Hermione entrelaçava as pernas nas dele buscando um maior contato. Ele se permitiu tocar cada centímetro do corpo de Hermione que já se sentia tremula e com dificuldades de se controlar cada vez que sentia as mãos em si. Ela lhe mordia ombro, pescoço, lábios e cada pedaço de pele que podia alcançar e em meio a caricias, livrara-se das ultimas peças de roupas que os impedia de um contato mais intimo. E o contato foi feito. Nada mais havia entre os corpos e eles estavam agora físico e emocionalmente ligados.

Ron guiava tudo de uma forma calma e respeitosa e Hermione se sentia feliz com aquilo. Não duvidou que Ron fosse perfeito pra ela inclusive nesse momento, mas não podia deixar de se sentir satisfeita por comprovar. Ela ouvia a respiração ofegante de Ron e ela mesma já não poupara o silencio. Ela o abraçava e apertada de forma possessiva como se quisesse dizer a ele que ela precisava dele pra ela e que seria egoísta para não ter que dividi-lo com mais ninguém.

Ao se separarem, o corpo de Ron tombou para o lado exausto, e ela deitou sobre o peito dele ouvindo as batidas do coração se acalmarem aos poucos. Ele sustentava um sorriso bobo e afagava os cabelos dela. Ela abraçou-o e deixou se perder por um tempo no cheiro de Ron. Se havia algo mais agradável do que cheiro de Ron, era cheiro de Ron com essência de Hermione. Não importava quem havia passado por ali, nem quantas vezes Lilá esteve, Ron agora era seu. Permaneceu um bom tempo em silencio, apenas revivendo os minutos anteriores, até que Hermione corta o silencio.

— Porque nunca deixou seus pais conhecerem as garotas com quem você saia? – perguntou curiosa. Ele riu pelo nariz.

— Foi uma coisa boba que eu prometi a mamãe quando eu era menor. Eu devia ter uns 10 ou 11 anos. – explicou ele. – Gui e Carlinhos sempre foram os mais mulherengos. Traziam uma garota diferente a cada mês e mamãe sendo sempre muito boa, se apegava a todas elas e ficava realmente triste quando tinha que dizer adeus. Um dia eu disse pra ela que só traria alguém para conhecê-la quando eu tivesse certeza de que passaria a vida toda com essa pessoa. Bom, o fato é que eu acabei levando isso a sério. – ele a olhou sorrindo. – Nenhuma delas foi realmente importante a ponto de eu apresenta-las a minha família.

Ela o olhou sentindo ainda mais orgulho e carinho por ele que sentia antes. Não sabia como Ron conseguia faze-la gostar mais dele cada minuto.

— Eu te amo Ron. – ela disse de repente surpreendendo-o
Ele ficou estático e tudo parecia em câmera lenta. Ele não esperava ouvir isso tão cedo, na verdade ele nem se permitia esperar ouvir algum dia.

— Eu te amo. – ela repetiu e ele pareceu cair em si. Abriu um enorme sorriso para alivio dela que ficara apreensiva com o silencio momentâneo, e deu-lhe um abraço esmagador. – Eu nunca disse isso a ninguém. – Ela disse ninguém querendo se referir a Vitor, mas sabia que era melhor não mencionar o nome, e Ron agradeceu mentalmente por isso.

— Ninguém? – repetiu ele sentindo seu ego elevar.

— É, pode ficar convencido Ronald. – disse ela rindo como se lesse os pensamentos de Ron.

— É eu estou feliz de saber que fui o primeiro. – disse beijando a testa dela. – Só tenho que me esforçar pra ser o único agora.

— Sem duvida, terá que se esforçar muito, porque eu pretendo amar um cara diferente por semana, pra compensar o tempo perdido.

— Isso não será possível porque eu irei-te trancar em casa. E você será obrigada a compensar todo o tempo perdido comigo.

Ela riu e deitou a cabeça na curva do pescoço de Ron.

— Acho que posso conviver com isso.

Ele riu pelo nariz e ficaram por um tempo em silencio. Ron mexia lentamente nos cachos de Hermione que começava a ficar sonolenta com aquilo. Seria fácil ficar assim, daquele jeito, até os 98 anos, ela não se importaria. Ron não parava de sorrir. Estava feliz pelo que aconteceu e mais ainda pelo que ouviu. Para o inferno com Vitor, ninguém poderia dizer agora que Hermione não era dele.

— Mione? – chamou ele
— Humm. – ela respondeu dividida entre se entregar ao sono ou manter-se acordada.
— Namora comigo. – ele disse mais uma afirmação do que uma pergunta. – De verdade agora.

Ela foi despertada de seu “semi-sono” e levantou a cabeça mais uma vez para encara-lo. Ele estava sério como se estivesse com medo de alguma resposta negativa que ela sabia que não daria. Ele a olhou esperando a resposta.

— Olha você não precisa me dizer agora se...

— Sim. – ela disse sorrindo e selando os lábios de Ron que sentiu-se aliviado com a resposta. – Não posso correr o risco de perder pra Lavender.

— Quem é essa? – perguntou ele rindo.
— Ninguém com quem você deva se importar, já que sua namorada agora sou eu.
— Já está me dando bronca?

Ela penas riu e o abraçou. Agora sim poderia permitir seu egoismo. Agora poderia conviver com toda aquela familia que ela aprendeu a amar, sem se sentir uma mentirosa. Agora ela realmente realmente tinha o que Lilá nunca teria.

Ela ficou em seu momento de extase por um tempo consideravelmente longo, e logo um banho de realidade fez Hermione dar um salto.

— Deus, eu me esqueci da Gina lá fora.
— Ah! Não se preocupe, ela está com o Harry.
— Como você sabe?
— Ela estava nervosa quando chegamos e Harry ficou cheio de mimos com ela, nojento. Resolveram quebrar a tradição.
— E porque não me avisou antes?
— Por que você me atacou... – ele riu.

Hermione riu ao se lembrar da força como voou para cima de Ron quando este entrou no quarto. Aquela deve ter sido a primeira atitude inteligente que ela já tomara.

Não demorou muito tempo até que o carinho de Ron a fizesse dormir, mas Ron permaneceu um bom tempo acordado com seu sorriso bobo, olhando sua garota dormir. Apertou um pouco mais Hermione entre os braços antes de fechar os olhos e se entregar a sua melhor noite de sono. Teria que agradecer Harry por quebrar as tradições com Gina. 


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