Contos de Mentora Russa - Morte do Gavião Arqueiro escrita por Helem Hoster


Capítulo 8
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o cap é pequeno, mas não tinha muito como deixá-lo maior. Espero que gotem. Não equeçam dos comentários. bjus enjoy.♥♥♥



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— Você tem que admitir. Foi um dia bem legal, né? – Clint comentou. Natasha arqueou a sobrancelha fitando a estrada. Dirigia de volta pra casa. A noite já caíra sobre a cidade. – foi um excelente modo de comemorar o “dia do Barton”. Não acha?

— É... foi minha ideia, gênio. – Natasha cobrou.

— É. Mas eu executei. – Clint retrucou pomposo.

— É, Simba. Mas executou comigo. – Natasha rebateu. – E você foi irritante em quase todo o dia.

— Eu não. Eu estava apenas, disfarçando para que ninguém desconfiasse que era eu, pelo meu jeito elegante e charmoso. – ele falou.

— Disfarce bom, esse. –Natasha deu ar de riso. – Conseguiu irritar até o bandido pé-de-chinelo.

— É. Mas você gostou. Admita. – ele a olhou com um sorriso esperto. Ela deu de ombros.

— É. Foi legal. – ela o olhou rapidamente com um pequeno sorriso. Ele sorriu de volta.

Entraram na rua da casa de Natasha.

— Pelo menos o jantar saiu de graça. – ele comentou pensativo olhando pela janela.

— Você só está feliz porque conseguiu todos os salgadinhos que queria. – ela retrucou.

— Bom, eu não... – ele parou. – Natasha. – ele falou em tom preocupante.

— Eu já vi. – Natasha concordou controlando a respiração pra não parecer tão assustada e amedrontada quanto estava. Estacionou o carro na calçada de sua casa rapidamente. – Tem uma arma no porta luvas. Pega. – ela indicou. Clint concordou pegando. Natasha sacou a arma que estava presa na cintura e os dois saíram do carro.

A situação não parecia boa. A porta da casa estava aberta, tinham cacos de vidro espalhados na entrada.

— Nat, vai pelos fundos. Eu vou checar a frente. – ele disse baixo. Ela concordou e sorrateira, se embrenhou nos arbustos seguindo pela lateral de sua casa. Se encostou na parede escondida, e checou olhando ao redor. Parecia tudo tranquilo.

Entrou pela porta dos fundos que dava direto pra cozinha. Olhou ao redor parecia tranquilo. Encontrou Clint na sala.

— Eu vou checar lá em cima. – ela falou. Ele concordou com um aceno. Ela subiu as escadas e checou os cômodos. Estava tudo tranquilo. Entrou em seu quarto, e viu que alguns de seus porta retratos estavam no chão. Quebrados.

Checou no banheiro, e no closet. Estava tudo limpo. Olhou em sua cômoda. Tinha um porta retrato ainda de pé. Mas tinha um bilhete tampando a foto.

                   “Que achou do meu presente? Ele deu muito trabalho.”

Natasha franziu o cenho e tirou o bilhete. Olhou a foto. Era ela com Arman filhote ainda. Sentiu o coração disparar.

Arman?!— ela chamou olhando em volta.

— NATASHA!!!!!! – ela ouviu a voz de Clint. Saiu correndo na direção da voz.

Chegou na sala e encontrou Clint ajoelhado atrás da poltrona da sala. Ela correu até ele, e viu algo que a fez congelar. A arma caiu de sua mão.

Arman estava ali. No chão. O pelo malhado, sujo de sangue. Estava imóvel. Ela ficou sem reação. Clint a olhou.

— Ele está vivo ainda. – Clint falou com a voz preocupada. – Mas precisa de ajuda.

Natasha se apoiou na poltrona com um olhar perdido.

— Natasha! – ele se levantou e a segurou pelos ombros a obrigando a olhá-lo nos olhos. – Me escuta. Eu sei que é difícil. Mas ele não se foi ainda! Agora mais do que nunca ele precisa de você! Tem que se manter calma, e forte. Por ele. – Clint falou e segurou seu rosto. – Seja forte. Ou ele vai morrer.

Ele a soltou. Ela respirou fundo e concordou.

— Tem...- ela falou tentando controlar o fôlego. – Tem uma clínica veterinária, onde eu levo ele às vezes.

— Tá bom. – ele concordou com a cabeça. – Onde é?

— Perto do QG. – ela respondeu.

— Tá. Abre o carro. – ele mandou se ajoelhando e pegando Arman nos braços com delicadeza. Natasha disparou na frente correndo em direção ao carro. Abriu a porta traseira liberando o banco de trás. Clint se aproximou à passos rápidos do carro. – Pesado. –Clint comentou baixo. Entrou no carro colocando Arman no banco traseiro.

— Senhorita Romanoff. – uma idosa se aproximou. – O que aconteceu?

— Oi, Senhora Mackenzie. – Natasha se virou para ela. – Eu acho que tentaram assaltar minha casa. Atiraram no Arman. Eu vou levar ele pro veterinário. Eu já chamei a polícia. Não se preocupe. Só peço que fique em casa, onde é seguro, até nos certificarmos de que esses bandidos não estão por aí. – Natasha falou. A idosa concordou.

— Já chamou a polícia, então? – ela perguntou. Natasha concordou com um aceno de cabeça. – Certo. Vou pra casa, então.

— Obrigada. – Natasha agradeceu e a idosa se afastou.

— Natasha. – Clint tocou seu ombros a assustando. – Temo pouco tempo. Fica atrás com ele. Eu dirijo. É só me dizer onde fica, que eu chego mais rápido. – ele falou. – Mas fica com ele.

Natasha concordou e entrou no carro sentando no banco traseiro. Clint sentou no banco do motorista e deu a partida no carro. Arrancou à toda velocidade cantando pneu.

Natasha se arrumou e puxou Arman com cuidado deitando a cabeça dele em seu colo.

Tá tudo bem.— ela falou mais pra si mesma do que pra ele. O avaliou. Tinha uma ponta de caco de vidro à mostra no seu pelo. Ela deduziu que o resto do caco estava fincado no corpo do grande Husky. Ela fechou os olhos suspirando. Tentando a tudo custo não se apavorar.

Observou o corpo do cão. Notava que ele tinha uma respiração irregular. O pelo ficava cada vez mais encharcado com o sangue que escorria de seus ferimentos profundos, que ela tentava estancar.

— Clint, Mais rápido! Ele tá perdendo sangue. – ela apressou.

— Tô a 120k por hora! Sei lá quantas multas já levamos por sinal vermelho, placas de pare, excesso de velocidade, e eu despistei dois carros de polícia! Não vai mais rápido que isso! – ele falou irritado. Estava tão assustado e pressionado quanto ela. Natasha suspirou olhando Arman. – Estamos perto da base! Pra onde eu vou? – ele perguntou.

— Pega aquela saída! – Natasha falou. – À direita.

— Ok. – ele falou dando sinal e entrou com tudo.

— É aquele prédio ali! – ela falou. Clint estacionou na frente do prédio (quase dentro).

Logo que entraram, Arman foi colocado numa maca, e levado pra cirurgia de emergência.

Natasha finalmente parou ofegante. Estava completamente trêmula. Sentiu que suas pernas iriam falhar. Mas antes que cedesse, sentiu braços fortes a envolverem.

— Ele vai ficar bem. – Clint sussurrou em seu ouvido.

— Ele não merecia isso. – Natasha resmungou com a voz pesada. – Foi culpa minha. – ela se virou deitando a cabeça em seu ombro esse deixando ser abraçada. – Eu não posso perder ele, Clint.

— Não vai. – Clint prometeu.

— Você tem razão, Clint. – ela soluçou. – É perigoso, pessoas como nós, nos apegarmos a algo. Inocentes sempre se machucam.

— Hey. – Clint a olhou. – Desde quando você dá ouvidos ao que eu digo? – ele tentou descontrair.

— Eu sempre dei. – ela resmungou. Clint suspirou a abraçando forte.

— Arman, ama você. Eu prometo, ele vai ficar bem. – Clint disse em tom manso.

— Não faça promessas que não pode cumprir. – ela sussurrou.

— Eu não faço promessas que não posso cumprir. Nunca fiz isso. Eu confio no Arman. Sei que ele não vai te deixar sozinha, principalmente, porque ele sabe que estou sempre por perto. – Clint falou. Natasha deu um pequeno sorriso, que logo se desfez. – Hey. Tudo bem. Você fez um bom trabalho com ele. É uma excelente dona. Cuidou dele até agora.

— E olha aonde viemos parar. – ela o encarou. Clint suspirou.

— Eu vou preencher a ficha. – ele falou. Ela concordou e ele se afastou.

Natasha olhou para suas mãos. Estavam sujas de sangue seco. Suspirou e se levantou indo para o banheiro lavar suas mãos. Tinha que se recompor. Tinha trabalho pela frente.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que vai acontecer com o Arman? Espero que tenham gostado. E lembrem-se, eu ainda não o matei. Isso depende dos comentários. enfim, espero que tenham gostado. Enjoy. Não esqueçam de comentar.♥♥