Contos de Mentora Russa - Morte do Gavião Arqueiro escrita por Helem Hoster


Capítulo 7
"Dia do Barton"


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Espero que gostem desse cap. bjus e por favor, se alguém já assistiu Civil War hoje, não passe spoiler. Ok? De uma forma bem gentil, se me passarem spoiler, farei uma coisa ainda mais terrível na fic, do que o que está por vir.
Consciente disso, boa leitura. bjus enjoy.♥♥



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Entraram numa das lojas de roupas masculinas do shopping. Logo Natasha começou a ver as roupas nas araras.

— Natasha. Será que não podemos voltar pra casa e ficar assistindo TV? Temos mesmo que ficar fazendo compras? Eu tenho roupas. E não pretendo sair muito na rua enquanto estiver lá. – Clint comentou baixo.

— Eu sei. Eu quero é comprar roupas descentes pra você usar. Que as que você tem na sua casa, estão lá desde que nos conhecemos. Você não troca o seu guarda roupas a 12 anos. E usa aquela jaqueta ridícula de “Um Tira da Pesada”, dos anos 80. – Natasha comentou.

— Mas é um clássico. – ele comentou.

— Clint, em todos os desenhos e filmes, pessoas que usam daquele tipo de jaqueta sempre são idiotas. E você por si mesmo já tem essa reputação. Que pelo menos suas roupas digam o contrário. – ela comentou.

— Hey! Eu tenho sentimentos. – ele ralhou.

— E, “clássico” é só uma maneira gentil de dizer “ultrapassado”, mas isso não significa que seja legal. Você precisa de algo moderno. – ela falou pegando uma camisa social azul de manga comprida. – Segura. – ela deu nas mãos dele. Clint bufou. - Além do mais, hoje é sábado "Dia do Barton". E estou comemorando do meu jeito. - ela deu um pequeno sorriso. Ele lhe fez uma careta.

Ela foi para outra arara, e pegou uma calça social preta e entregou a ele juntamente com um terno no mesmo tom.

— Vá pro vestiário e prove. Eu vou ver mais umas roupas pra você.  – ela falou.

— Natasha... – ele reclamou.

— Barton, passei minha vida aguentando homens mais cabeças duras que você. Acredite, posso fazer isso o dia todo.  – ela falou sem olhá-lo. Clint suspirou e rumou para o provador.

Natasha viu mais algumas roupas para ele. Uma blusa de manga comprida xadrez de botão, uma regata branca, um suéter preto, uma camisa de manga curta preta com uma faixa lateral roxa e uma jaqueta de couro preta. Rumou pro provador.

— Clint. – ela chamou. Ele abriu a cortina.

— E aí? – ele perguntou. Natasha o observou por um tempo. Estava lindo. Mas, com a gola da camisa levantada.

— Ficou bom. – ela falou arrumando a gola da camisa, e arrumando o terno. Deu um pequeno sorriso. Seus olhares se encontraram e eles pararam por um momento. Clint foi se aproximando de seu rosto lentamente, mas Natasha o empurrou imprensando as roupas que escolhera contra o peito dele. – Agora vista essas. – ela falou e se afastou fechando a cortina.

Passaram mais um tempo no shopping comprando roupas não só para Clint, mas pra Natasha também, e então foram pro estacionamento.

— E agora? – Clint perguntou enquanto colocavam as compras no porta-malas do carro.

— Eu pensei num cinema. O que acha? – ela propôs. Ele sorriu.

— Eu acho ótimo. Estreou um filme que estou louco pra assistir. – ele comentou fechando o porta malas.

— Excelente. – Natasha falou entrando no banco do motorista. Clint sentou no banco do carona, e Natasha arrancou saindo do estacionamento. Dirigiu pelas ruas da cidade em direção ao centro. – Só pra ter certeza, que filme tem em mente? – ela perguntou.

— Jogos Mortais. – ele respondeu. Natasha deu um sorriso.

— “Está afim de jogar?” – ela citou. Clint sorriu. – É. Parece mais a nossa cara. Só não vale fechar os olhos. – ela brincou o fazendo rir.

— Ali! – ele falou de repente. – Ali é o cinema que eu sempre vou. – ele falou. Natasha olhou para onde ele indicava e estacionou numa vaga no outro lado da rua.

— Que olho bom. Eu nem percebi o cinema ali. – ela comentou.

— Pois é. Precisa ter olhos de gavião, pra ver o que está oculto. – ele falou todo orgulhoso.

— E a humildade também. – ela retrucou divertida, e atravessaram a rua rindo. Entraram no cinema.

— Hey. Por que não vai comprar o lanche? Eu compro os ingressos. – ele propôs.

— Tá. Pode ser. – ela concordou e rumou pra bombonier.

Clint entrou na fila da bilheteria e Natasha esperou um tempo na fila da bombonier. Um homem parou atrás dela.

— Hey princesa. – ele chamou e Natasha o olhou. – Sabia que você se parece muito com a minha próxima namorada? – ele falou sorrindo. Natasha deu um sorriso doce e suave.

— Jura? – ela perguntou. – Estranho, porque eu estava pensando aqui, que você se parece muito com o próximo cara que eu vou matar. – ela falou em tom suave, mas perigoso.

— É mesmo? Uma bonequinha como você não tem cara de quem mata. – ele comentou.

— Ela pode não matar. Mas eu sim. – Clint falou se plantando ao lado de Natasha. – Esse cara tá te incomodando, anjo? – ele perguntou.

— De mais da conta. Mas eu dou um jeito. – ela falou.

— Eu ia adorar que você desse um jeito em mim. – o cara comentou com um sorriso malicioso.

— Mas eu acho que não. – ela se aproximou dele e encostou o cano da arma na reta do estômago dele. Ele paralisou. – Você tem dez segundos pra cair fora daqui. – ela falou. O cara se afastou e sumiu pela rua.

— Eu me afasto por dois segundos e os lobos caem matando? – Clint reclamou.

— Relaxa, cabeça de penas. Não se esqueça do quanto essa aranha aqui pode ser fatal. – ela deu um pequeno sorriso. Ele riu baixo. Chegou a vez deles.

— O que vão querer? – a balconista perguntou.

— Vocês vendem paciência? – Natasha perguntou.

— Não. Mas temos algo parecido. – a moça respondeu colocando uma barra de chocolate no balcão.

— Serve. Vou querer duas. Dois refrigerantes médios e uma pipoca grande, por favor. – ela pediu. A balconista colocou tudo no balcão.

— Isso dá US$ 17 no total. – a balconista falou. Natasha pagou e Clint a ajudou a carregar tudo. Entraram na sala de cinema e sentaram na última fileira.

Clint parecia irritado. Olhava em volta como se esperasse qualquer ameaça.

 -O que foi? – Natasha perguntou.

— Nada. – ele respondeu tomando um gole do seu refri.

— Clint, você é um espião excepcional, mas não sabe mentir pra mim. – ela falou séria. - Me conta o que tá acontecendo. – ela pediu. – Pra poder te ajudar.

Ele a olhou reprimindo um sorriso.

— Já fez muito por mim. Já tem muito com o que se preocupar. Deixa que esses detalhes eu resolvo. – ele falou segurando a mão dela. Ela suspirou e afastou sua mão.

— Então faça isso logo. – ela falou em tom indiferente voltando seu olhar para a tela do cinema. Clint concordou com um aceno se recostando em sua poltrona.

                                                                    *    *   *

— Foi um bom filme. – Natasha comentou enquanto dirigia.

— Não sei. Pra mim tinha muito sangue. – Clint comentou.

— Nem sei como você pode ver tanto sangue assim. Passou metade do filme de olhos fechados, e a outra metade olhando pros lados. – Natasha debochou.

— Eu... só estava checando pra ter certeza de que o perímetro estava seguro. Sabe, não faz nem dois dias que eu morri, então... é bom estar precavido. – ele emendou. Natasha deu ar de riso.

— É. É sempre bom prevenir. – ela concordou fingindo que caiu nessa. – Que horas são? – ela perguntou.

— Hum... 19:05. – ele respondeu olhando no relógio.

— Ah! Arman. – ela reclamou.

— Que foi? – ele perguntou.

— Prometi biscoitos pra ele. – ela comentou. – Eu esqueci.

— Ah. Para num supermercado. A gente compra os biscoitos e algo pro jantar. – Clint falou calmamente.

— Ok. – ela concordou calmamente.

— Vou fazer um jantar legal pra você. -  ele sorriu. Ela deu ar de riso.

— Aquela cozinha já tem dona, querido. – ela rebateu.

— Deixa de ser ciumenta, Tasha. – ele falou.

— Nunca com a minha cozinha. – ela respondeu. – E não me chame de Tasha.

— Tá. – ele riu observando a paisagem pela janela.

Ela estacionou o carro no estacionamento do supermercado e entraram.

— Hm... – Clint gemeu frustrado.

— O que foi? – Natasha perguntou.

— Sem seguranças perto da porta. Isso é perigoso. – ele contou.

— Uhum. – Natasha concordou pegando um carrinho de supermercado.

— Deixa que eu levo. Você já dirigiu muito hoje. – Clint falou. Ela deu ar de riso, mas deixou ele pegar o carrinho.

— Então... – Natasha começou.  –Desde quando você tem medo de cachorros? – ela perguntou pegando um pacote de biscoitos caninos.

— Não tenho medo. Só não gosto. – Clint respondeu.

— E de que animal o Gavião gosta? – ela perguntou enquanto eles rumavam pra prateleira de carnes. – Que tipo de animal você teria?

— Eu não gostaria e nem queria ter qualquer tipo de animal. – ele respondeu.

— Por quê? Não gosta?

— Pelo contrário. Eu gosto. Mas, com o emprego que eu tenho, não vou ter tempo nem paciência pra cuidar de um animal. Principalmente, um que seria totalmente dependente de mim. E é perigoso eu me apegar a algo. Não quero colocar a vida de um ser inocente em risco. – ele falou. Natasha parou pensando. Clint pareceu perceber que falara demais. – Enfim, eu penso assim porque me conheço. Sei que não sou capaz de cuidar de alguém além de mim mesmo, diferente de você que é excelente no que faz, e ainda consegue cuidar da sua casa, e de um Husky Siberiano, sozinha. – ele contornou. 

Natasha deu um pequeno sorriso pegando temperos pra salada.

— Confesso que eu tô meio surpreso. – ele comentou.

— Por quê? – ela perguntou. – Com o quê?

— Você. – ele respondeu. – Sabe, a história que você contou. De como conheceu Arman. Achei que seria uma história bonita, comovente, de como um filhotinho de cachorro salvou sua vida ou algo assim. – ele comentou. Natasha deu ar de riso.

— Clint, uma coisa eu te garanto, se você quer algo realmente bonito, não devia procurar na Rússia. – ela comentou.

— Eu discordo. – Clint falou com um pequeno sorriso. Natasha o olhou. – Na primeira vez que fui à Rússia, encontrei a coisa mais linda que jamais achei que veria.

— Isso te desarmou? – ela perguntou com um pequeno sorriso.

— Sem dúvida. Me deixou completamente incapacitado de te ferir.

— Isso sempre foi uma vantagem pra mim. – ela deu ar de riso. Clint sorriu, mas um tiro os assustou.

— Todo mundo pro chão! Isso é um assalto! – ouviu-se uma voz masculina gritar.

— Esses bandidos não tem imaginação. – Clint riu. 

— Bem que você tinha dito que ficar sem os seguranças nas portas era perigoso. – Natasha comentou.

— É. – Clint deu de ombros. – Tá afim de ir resolver?

— Vamos. Nunca se sabe se algum maluco vai tentar dar uma de herói. – ela respondeu. – Vamos quebrar o galho deles.

— Você quem manda. – Clint sorriu empurrando o carrinho. Eles foram até o caixa, e começaram a tirar as coisas do carrinho. – Por que você mima tanto esse cachorro? – Clint perguntou olhando o pacote de biscoitos caninos.

— É pra compensar minha ausência. – ela respondeu. Clint riu.

— Ô! Meu irmão! Isso é um assalto, não ouviu? – o assaltante se aproximou deles.

— Uhum. Ouvi sim. – Clint respondeu tranquilo. – E daí?

— Fique abaixada. E chama a polícia. –Natasha falou baixo para a atendente do caixa, que concordou.

— E daí, bonzão, que eu posso atirar em você. Eu mandei abaixar! – o assaltante falou apontando a arma pra Clint que permaneceu tranquilo. Natasha observava divertida.

— Olha, cara. O único que pode me dar ordens, é o meu chefe. – Clint respondeu. – E às vezes, até as ordens dele eu desacato.

— Verdade. – Natasha riu.

— É, mano. Mas teu chefe não pode atirar em você. – o ladrão gesticulou com a arma.

— Pode sim. – Natasha retrucou divertida.

— E ele faz mais estrago que você, com esse revolver do século XX. – Clint concordou.

— E que tal eu fazer um estrago nos miolos dela? – o ladrão perguntou puxando Natasha e a prendendo contra seu corpo, e apontou a arma pra cabeça dela. Natasha suspirou. Clint riu.

— Péssima escolha. – ele falou.

— É, bonzão? Por quê? Você vai me bater? – o ladrão debochou.

— Você teria muita sorte, se EU fosse te bater. Mas isso, ela decide. – Clint falou. – Você tem duas opções. Você e seus parceiros soltam as armas, se rendem deforma pacífica e vão pra cadeia sãos. Ou, prossegue com isso, e vão pra cadeia irreconhecíveis se sobreviverem.

— Você é tira por acaso?

— Não. – Clint respondeu. – É muito pior.

— E você? É tira? – o ladrão perguntou pra Natasha.

— Não. Eu sou russa. – ela respondeu. – E aí, Clint? O que vai ser?

— Você decide. – ele cruzou os braços.

— Beleza. – ela sorriu. Ela segurou a mão que segurava a arma apontada para ela e torceu, o fazendo soltar acompanhado de um grito de dor. Deu uma cotovelada em suas costelas e o passou por cima de seu corpo o derrubando no chão. Ela pegou a arma do chão tranquilamente e com ela deu uma coronhada fazendoo bandido desmaiar. Os outros dois parceiros do ladrão correram pra porta com o dinheiro.

— Natasha. – Clint falou. Sem sequer olhar, Natasha atirou nos dois fujões que caíram desacordados, mas não mortos.

— Desarma eles. E pega o dinheiro. – Natasha falou tranquilamente. Clint deu de ombros e foi fazer o que ela falou. – Chamou a polícia? – Natasha perguntou pra atendente que se levantava, assim como os outros civis e funcionários no supermercado.

— C-chamei. – a atendente gaguejou.

— Ótimo. – Nat concordou com um aceno firme. Ouviu-se o som das viaturas que estacionaram na frente do supermercado.

Os policiais entraram apontando as armas para Clint e Natasha, provavelmente porque os dois quem estavam armados. Os dois mostraram os distintivos de agentes. Os policiais foram cuidar dos bandidos quando o gerente se aproximou dos dois.

— Obrigado! Vocês nos salvaram! – o gerente falou.

— Não foi nada. – Natasha falou em tom gentil.

— Eles não levaram nada. – Clint entregou a sacola de dinheiro ao gerente. – Mas o que importa, é que ninguém se machucou. Podia ter acabado de uma forma muito pior. Deveriam ter seguranças na porta.

— Depois do que aconteceu hoje, com certeza vamos providenciar. Afinal, podemos não ter tanta sorte de ter oficiais como vocês, na próxima. – o gerente comentou.

— Se vocês tiverem sistema de segurança funcional, e guardas na porta, não vai ter próxima tão fácil. – Natasha garantiu.

— Como podemos agradecer? – o gerente perguntou.

— Nós só queremos pagar nossas coisas e ir pra casa. – Clint falou.

— Bom, nesse caso, não precisam pagar. Fica por conta do supermercado. Como forma de gratidão. – o gerente falou.

— Ok. Nesse caso, obrigado. – Clint falou. - Eu vou pegar mais uns salgadinhos, tá? - ele sussurrou pra Natasha e se afastou. Natasha não se moveu. Apenas se conteve num pequeno sorriso.


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Notas finais do capítulo

É. Até que foi um jeito legl de comemorar o dia do Barton. Espero que tenham gostado. bjus. Não esqueçam de comentar. E olhe lá o que eu falei. Se tem alguma notícia sobre a civil war, guarde pra vc. Não quero spoiler. Se não, alguém importante vai ter uma morte demorada e dolorosa. bjus. nos vemos nos comentários. ♥♥♥



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