Doce Desastre escrita por Kaline Bogard


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Então, começa aqui a longa jornada no mundo dos Originais. Eu me senti meio ansiosa para postar isso, mas também um pouco receosa.

É totalmente diferente sair de uma longa caminhada com Fanfics e investir em um universo todo meu. Mas... a vida é feita de desafios! Não vamos recuar, não é?

Boa leitura!



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Doce Desastre

Kaline Bogard

Capítulo 01

O dia amanheceu como todos os outros daquele verão, quente e abafado.  Isso apenas dava disposição para Benjamin Robinson saltar da cama e dar início à sua rotina diária.  O celular despertava exatamente às seis da manhã, melhor horário para praticar exercícios.  Então seguia para a pequena academia que fizera no cômodo ao lado da sua suíte.  Começava com a esteira e se dedicava por duas horas, administrando o tempo até que tivesse feito toda a série de exercícios passada por seu personal trainer.

Então ia para o banheiro, refrescar-se com uma rápida chuveirada e saia do quarto, localizado no segundo andar da grande casa, para tomar o café.

— Bom dia, senhor Robinson — a voz da governanta o saudava assim que entrava na cozinha.

— Bom dia — ele respondia com afeição.  Aquela mulher cuidava de si desde que se dava por gente.  Inclusive após a morte da mãe.  Tinha tanto apreço por ela que a considerava um membro da família, ainda que a senhora Esquer fizesse questão de manter a postura profissional de governanta da casa. Não era uma mulher muito alta, no rosto já mostrava a passagem dos seus mais de sessenta anos, os olhos azuis começavam a ficar baços e os cabelos mesclavam o loiro com muitos fios prateados.  A personalidade acolhedora combinava com os gestos ainda ágeis e vivazes.  Ela conquistava a primeira vista com seu jeito “mãezona”.

Como costume, arrumara uma mesa farta.  Seu patrão prezava a primeira refeição do dia e cuidava da saúde quase com obsessão, fato que se refletia bem no corpo proporcional de intimidantes um metro e noventa e quase cem quilos de músculos firmes e evidentes, fruto da malhação ininterrupta.

— O jardineiro alterou a visita para amanhã, creio que ele teve um problema com o carro; mas me pediu para lembrar sobre a peça para a estufa e eu disse que já foi comprada...

A governanta foi enumerando as tarefas caseiras enquanto Ben tomava o café da manhã.  Há muitos anos desistira de alimentar-se na grande sala de jantar.  Afinal, morava praticamente sozinho naquela casa, por isso preferia o aconchego da cozinha onde não precisava comer sozinho.  Acabou respirando fundo.

— Obrigado — respondeu com seriedade.  A expressão taciturna era uma de suas marcas registradas, e combinava perfeitamente com o cavanhaque e olhos azuis gélidos.  Há muito tempo Ben parecia ter esquecido como sorrir.  Mas a velha senhora já se acostumara com o jeito seco e mal-humorado.

Terminou de tomar o café e foi para o escritório.  O cômodo ficava no andar de baixo, era amplo e antiquado, pois o mantivera praticamente intocado desde a época de seu pai.  O tempo ficara registrado nos vários detalhes trazidos pelos Robinson anteriores, pois a família era de proeminente ramo histórico.

Lançou um breve olhar para o quadro de Charles Robinson, seu pai, em uma das paredes.  Herdara dele o rosto anguloso e olhar azulado frio, assim como o nariz adunco e lábios finos.  Apenas os cabelos negros e grossos e a pele pálida vieram da mãe, bela mulher que se via no quadro ao lado.

Apesar de toda a decepção e dor que seu pai causara, não era capaz de tirar o quadro do escritório.  Principalmente depois que ele faleceu. Talvez fosse como diziam por aí: laços de sangue podem ser bem fortes, apesar de tudo.

Sentou-se atrás da escrivaninha de mogno e observou a correspondência empilhada com cuidado sobre sua mesa.  Havia mais uma carta de seu advogado, correspondência que fez questão de ignorar.  Com certeza era mais uma atualização sobre a disputa da herança que Charles deixara ao morrer.

Seu pai abandonara a família e fora viver com a amante, com quem constituíra uma nova família.  E, é claro, quando ele morreu; três anos atrás, essas pessoas caíram como abutres lutando para abocanhar mais da metade de tudo.  E a pendência se arrastava através dos tribunais, porque Ben não se importava em dividir de forma justa, mas nunca aceitaria as condições gananciosas.

Por isso apenas colocou a carta sobre a pilha de iguais e verificou as outras.  Havia um telegrama do contador e mais duas cartas, a primeira solicitando doação para o hospital da cidade e a outra convidando para o baile anual do Rotary Clube, instituição que sua família fazia parte desde o início.

O próximo passo foi ligar o notebook.  Preferia trabalhar com meios informatizados, muito mais rápidos e práticos, apesar de não ter um aparelho celular.  Era uma coisa que o irritava e tirava a sua concentração.  Desistira de ter um menos de um mês depois de comprá-lo.

Checou os e-mails.  O presidente do conselho diretor das empresas Robson lhe enviara um extenso relatório mensal das atividades principais.  Imprimiu a mensagem para ler com calma.  Também havia duas notificações do seu advogado, as quais ignorou sem remorso.

O que atraiu sua atenção foi um e-mail de Melody, sua agente.  A esse abriu com curiosidade e a notícia o agradou.  Sua última composição estava entre as indicadas para as premiações mundialmente conhecidas do cinema.  O Globo de Ouro e o Oscar.

Não seria a primeira vez.  Ben Robinson, para desaprovação de seu pai, nunca tivera qualquer inclinação para assumir os negócios da família e sempre deixara muito claro que preferia seguir sua veia artística.

Ben adorava música.  Sua mãe, maior incentivadora desse gosto, costumava brincar que havia notas musicais flutuando em seu sangue, ao invés de glóbulos. Uma paixão que contrariava a imagem estereotipada que faziam de si: a primeira vista achavam que era um esportista. Não desgostava de atividades físicas, mas não queria isso para si. Desejava trabalhar com música.

Sua decisão causara atrito com o pai, antes de o homem deixar a família.  Charles sabia que seu filho era cabeça dura demais, talvez mais do que a esposa, por isso desistira sem começar uma guerra e criara o conselho diretor para continuar a frente da empresa mesmo após a sua morte.

Naquela época imaginava que a família duraria para sempre, talvez.

Tais pensamentos nostálgicos o surpreenderam.  Normalmente não se perdia assim em recordações, tão racional e focado era.  Por isso tratou de pegar o relatório que recebera e se pôs a estudá-lo.

Havia boas notícias ali.  O principal ramo das empresas Robinson trabalhava com o mercado imobiliário e tomara um susto com a crise de 2013, sofrendo perdas enormes e tendo que lidar com a demissão de inúmeros funcionários.

Agora, três anos depois, o setor de imóveis se estabilizara o suficiente para a sombra do medo deixar de rondar a cabeça de todos.  O relatório trazia lucros mais elevados e a possibilidade de novas vagas de emprego. Recuperação graças à competência da diretoria das empresas.  Ben sabia que não seria capaz de cuidar de negócios tão minuciosos e passar o tempo todo atrás de uma mesa estudando números, valores monetários.

Aproximava-se da hora do almoço, refeição que fazia exatamente à uma hora da tarde, quando a porta do escritório se abriu depois de duas batidas discretas e a governanta entrou no local.

— Com licença.  O senhor Walker está no telefone e diz que precisa lhe falar urgente.

Ben respirou fundo e meneou a cabeça.  Seu enfado era evidente, pois tudo o que menos queria era discutir, com o advogado, a briga por dinheiro antes de se alimentar.  Se fizesse isso perderia todo o apetite.

— Diga que retorno a chamada na parte da tarde — afirmou coçando a lateral do cavanhaque com preguiça, sabendo que não cumpriria aquilo.  Enquanto pudesse protelar o assunto desagradável, o faria.

— Sim, senhor. Aproveito para avisar que o almoço está pronto, só me diga quando servi-lo — ela emendou naquele jeito todo formal que contrariava o sorriso afetuoso.  Não era de sua personalidade se dar a intimidade com o patrão que vira nascer, mas isso não a impedia de mostrar carinho através de outros gestos.

— Pode servir, senhora Esquer. Já terminei aqui — foi juntando os papeis de sobre a mesa.  Dessa vez fora sincero ao dizer que já acabara com a leitura.

Assim como no café da manhã, fez a refeição na cozinha.  A governanta preparara um prato maravilhoso de bolo de carne com ervilhas que Ben, como o grande carnívoro que era, devorou.

E então deu inicio a segunda parte do dia, a sua favorita.  Fechou-se no estúdio, um cômodo adaptado ao lado do escritório, onde um grande piano de cauda dominava o espaço, junto com uma escrivaninha de madeira de pequeno porte e algumas cantoneiras com plantas ornamentais.  Uma grande porta dupla de vidro se abria para o jardim, extremamente bem cuidado e dava uma vista parcial da estufa.  Ambos, grande paixões de sua mãe, continuavam sendo cuidados por Ben, que se recusava a abandonar algo que o ligava a ela.

Acabou caminhando até a porta e encostando-se nela com os braços cruzados, para observar a paisagem.  Pequenos canteiros dividiam o chão e formavam um labirinto rasteiro no qual era impossível se perder.

Estava tudo bem cuidado e verde, graças à dedicação de seu jardineiro, outro homem que trabalhava para sua família por muitos anos, assim como o chofer e a governanta.  Três pessoas remanescentes de um sistema que deixava de existir nos dias atuais.  Mas Ben era grato a eles, sabia que não podia simplesmente demiti-los e ser ingrato depois de tanto tempo.  E, sendo bem sincero, a vida seria um tantinho complicada sem os três por ali.

Contendo um suspiro, voltou-se para o piano.  Era hora de trabalhar.

Sentou-se em frente a ele.  Não era o único instrumento que sabia tocar, embora fosse de longe o seu preferido e o primeiro que aprendera.  Puxou as folhas esparramadas sobre ele e observou as notas da melodia que rascunhava.  Tinha fechado contrato com mais um estúdio.  Compor trilhas sonoras para filmes era sua especialidade.

E a essa altura de sua vida, aos trinta e cinco anos, já conquistara fama o suficiente para fechar dois ou três grandes contratos por ano, com estúdios de porte internacional.  E alguns mais modestos.  Também podia se dar ao luxo de recusar aqueles trabalhos que não o apraziam.  Não gostava de comédias, cujo OST, em via de regra, tendia para o exagero.

Preferia as histórias dramáticas, cujo toque de sensibilidade de cada melodia precisava ser sutil e delicado, mas forte o bastante para misturar-se ao enredo e emocionar a plateia.  Também apreciava os suspenses.  Sentia-se orgulhoso quando as músicas que compunha envolviam a audiência e os transportava para dentro da película, fazendo-os sentir ansiedade, apreensão e medo.  Emoção.

Uma trilha sonora de qualidade era pura arte, fator de peso para marcar a diferença entre um filme de sucesso e um fracasso total.

E Ben era fantástico no que fazia.

Sua nova composição era a encomenda para um filme inspirado na tragédia dos ataques terroristas à França.  Um assunto recente ainda, mas em Hollywood isso não era barreira para produtores, diretores e estúdios.  Pelo contrário, com os acontecimentos frescos na mente da população mundial as chances de bilheteria recorde eram imensas.

Ben tinha uma cópia do roteiro em mãos, pois isso era fundamental para conhecer não apenas o trabalho, mas o desenrolar e o clima do triller.

No momento trabalhava na primeira música que introduziria o filme.  Toda a cena começava pelo final do filme, uma visão panorâmica da tragédia consumada sendo narrada por uma das protagonistas sobrevivente.  O som precisava ser de impacto e camuflar-se aos entulhos, pessoas feridas e toda a dor que; supostamente, viria na voz da personagem.  Ben sabia que o segredo estava em não compor algo que roubaria os holofotes, nem tampouco algo que passasse despercebido.  A medida perfeita estava no equilíbrio e era isso que buscava em suas notas.

Diferente de outros profissionais, não tinha uma equipe fixa.  Montava a carcaça da canção no piano, depois trabalhava com programas de computador que simulavam outros instrumentos, o notebook sobre a escrivaninha do estúdio e que usava só para esse fim.  Eventualmente contratava um ou outro músico, com o qual já estava acostumado a tratar no sistema freelancer.  Mas sua preferência era de trabalhar sozinho e dedicar-se a cada uma das músicas de modo único e pessoal.

Olhou os papeis em sua mão.  Estavam rabiscados, riscados, reescritos.  Era um dos poucos momentos em que se permitia ser desorganizado.  Conhecia grandes mestres metódicos ao compor, agindo sempre com precisão matemática.  Ben não era desses, quando a inspiração vinha ele deixava que as sensações falassem mais alto e que os sons tivessem liberdade de se montar em sua mente, antes de transpô-los para o papel e ir agrupando-os e organizando-os a medida que a canção ganhava forma.

Quando fazia isso, era como se Ben mergulhasse em um universo paralelo, um mundo apenas seu, onde tudo se resumia a um único sentido. Sons, sons e mais sons. Notas que se uniam ganhando significado para contar uma história de lágrimas e perdas, que surpreendera uma nação e chocara o mundo.

Uma entrega tão completa cobrava atenção e compenetração.  Por isso Ben odiava ser interrompido durante seu trabalho e se surpreendeu ao ouvir batidas discretas na porta.

— Senhor Robinson, temo que sua presença seja necessária com certa urgência.

Ele respirou fundo e lamentou pelo último conjunto de notas que completaria aquela cifra, notas que lhe escaparam como pássaros voando para longe, inalcançáveis.  Perdera a concentração em um momento primordial e isso o irritou.  Talvez não conseguisse resgatar novamente e terminasse a canção de outra maneira.  Perdera a combinação perfeita.

Antes de responder lançou um olhar na direção do jardim.  Pode ver, através da porta de vidro aberta, que a tarde caíra por completo.  No fim das contas perdera a noção das horas mais uma vez.  Compreendeu que esse descuido dera forças para que a governanta viesse bater a porta e sua irritação desapareceu.  A senhora Esquer sabia o quanto prezava os momentos no estúdio.  Nunca o incomodaria se não fosse mesmo importante.

Resignado respirou muito fundo e levantou-se, deixando o piano de lado.  Mal abriu a porta e a velha mulher sorriu como se lamentasse algo.

— Me perdoe por incomodá-lo, mas o senhor Walker chegou já faz algum tempo e está impaciente aguardando sua presença.

A informação o fez erguer as sobrancelhas.  Dificilmente Seth Walker, seu advogado, ia a sua casa resolver algum assunto.  Seria a questão da herança tão complicada que o obrigara a ir em pessoa até ali? Sentiu-se um mínimo culpado por não abrir as cartas e os e-mails, fato que talvez evitasse tanto trabalho por parte de Walker.

Mas o sentimento desagradável logo passou.  Pagava ao advogado bem o bastante para que essas inconveniências passassem sem grandes reclamações.

— Obrigado — agradeceu ao sair do estúdio e rumar para a sala de visitas que servia como sala de estar.  Há alguns anos adaptara os cômodos da grande casa para atender melhor suas necessidades de solteiro solitário: quebrara a parede e transformara em um único ambiente que mal usava, a não ser para receber amigos ocasionalmente.  O lugar confortável tinha um sofá elegante e poltronas confortáveis, além de uma grande e moderna televisão.  No lado oposto havia uma charmosa e antiquada lareira, que criava um contraste interessante com a modernidade geral da sala.  Quadros renascentistas traziam sofisticação e bom gosto.  Notava-se traços marcantes da personalidade de Ben por todo o ambiente, tanto os severos, herdados do pai quanto os mais afáveis, graças à sua mãe.

No centro da sala, parado muito ereto, estava Seth Walker, um homem não muito alto, mas de compleição robusta.  Os olhos eram azuis e os cabelos precocemente grisalhos faziam crer que tinha muito mais do que os quase cinqüenta anos.  Uma barba, também grisalha, muito bem cuidada e o terno de corte perfeito ajudavam na aura de nobreza e distinção que exalavam daquele homem severo, cuja face conseguia ser mais taciturna do que a de Ben.  Ele, que estava de costas conversando com duas pessoas desconhecidas, virou-se para fitar o dono da casa.

— Olá, Benjamin — o tratou com intimidade permitida graças aos anos em que se conheciam, além disso, já se afeiçoara ao rapaz para quem trabalhara.

— Walker... — Ben devolvia da melhor maneira de que era capaz.  Mais do que respeitar o advogado, o via como um grande homem.  O dono de uma firma de advocacia brilhante, que empregava um time respeitável de talentos capazes de cuidar dos casos mais complexos e surpreendentes.  Walker mantinha, pelo menos, dois especialistas em cada ramo do Direito em sua firma, que também cuidava da consultoria às Empresas Robinson, entre outras. Mas, dos clientes importantes com assuntos particulares, fazia questão de cuidar pessoalmente.

— Você tem evitado meus recentes contatos, rapaz — acusou de leve — Graças a isso não vi opção a não ser aparecer aqui.

— Andei ocupado — Ben soou evasivo, sem dizer uma mentira completa.  Seus dias eram sempre ocupados, claro. Se quisesse teria encontrado um tempo para responder ao advogado, embora preferisse fugir ao desagradável assunto a enfrentá-lo. Agora pagava o preço de sua atitude irresponsável: se tentasse escapar dos problemas, eles vinham bater à sua porta. E pensando em ‘problemas’, resolveu mencionar algo importante que ainda não compreendera — Vejo que veio acompanhado...

Insinuou lançando um olhar para a dupla sentada comodamente em um dos sofás.  Tratava-se de um rapaz negro, de cabelos quase raspados e olhos castanho-esverdeados.  Levava uma expressão de enfado no rosto, como se preferisse estar em qualquer outro lugar, menos ali.  Aparentava ter saído a pouco tempo da adolescência, imagem corroborada pelo agasalho simples preto e calça jeans.

Ao lado dele, uma garota bem mais jovem, algo em torno de uns onze anos. A pele era parda, fato que revelava a mistura de raças no sangue.  Os olhos eram verdes e argutos, estranhamente familiares.  Usava os cabelos em um corte bem curto.  Parecia ansiosa e preocupada, quase assustada, a imagem de fragilidade era ampliada pelo braço engessado que descansava em uma tipoia. As roupas eram bem simples, justo como as do rapaz.

Ben não fazia a menor ideia de quem era aquela dupla, muito menos do motivo de estarem ali, na sua casa.

— Enfim, é melhor que se sente — Walker indicou o sofá, oferecendo hospitalidade como se fosse o dono do lugar, não ao contrário; enquanto acomodava-se ao lado dos desconhecidos — Precisamos conversar muito seriamente.

O tom grave fez alguma campainha soar no interior de Ben.  Intrigado, apenas meneou a cabeça dispensando a sugestão, um mau pressentimento tomando conta de si a cada segundo.  Um pensamento cruzou sua mente rápido, o condenando por não ter aberto as malditas cartas e graças a isso acabar naquela situação.

— Não creio que vá demorar tanto assim.  O que está acontecendo? — apesar da sensação ruim, odiava rodeios.

Então Walker abriu os lábios e deu inicio a revelação mais surpreendente da vida de Benjamin Robinson.  Algo que mudaria as coisas dali para frente.

— Expliquei tudo na correspondência, não tem outro jeito de te colocar a par nesse instante, a não ser sendo direto.  Essa é Elinor Robinson, Benjamin, ela é sua meio-irmã.  E o juiz do caso determinou que você é novo tutor-guardião dela.

continua...


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Notas finais do capítulo

OST: Original Sound Track (a música de fundo)

Links que eu coloquei ali em cima:

O jardim: http://i.imgur.com/FbspONj.jpg (mais ou menos assim)
A estufa: http://i.imgur.com/ZqzAwCo.jpg (mais ou menos assim)

É isso! Espero ver você de volta no próximo capítulo! Muitas confusões e revelações estão para acontecer :3

Abraços!



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