A lua de mel do casal passou voando, foi menos tempo do que imaginavam. Ficaram fora apenas uma semana nem chegaram a ir a Lisboa, Mac teve que voltar, pois houve um pequeno problema na produção da empresa de qualquer forma ele teria que vir resolver como presidente do lugar.

— Desculpe não tê-la levado à Lisboa. Fico devendo esta. – Mac se desculpou enquanto desciam do jato no aeroporto de JFK.

— Tudo bem, não precisa se desculpar. Eu conheço em outra oportunidade.

Mac sorriu e lhe deu passagem para adentrar ao Lexus estacionado os esperando.

— Bom dia, Ross. – Mac acenou para ele.

— Fez boa viagem, Senhor?

— Sim, foi muito agradável. Está tudo bem por aqui?

—Sim, Senhor. Apenas aquele problema que já lhe foi informado.

Mac bufou. Ele entrou no carro e Ross fechou a porta.

Ross seguiu para a mansão que Mac havia pedido para organizarem. Era melhor para os dois ainda mais agora que estava mais pacífica a relação deles. O seu apartamento não era um bom lugar para os dois, aquele lugar era o refúgio de Mac.

— Você pode organizar a casa como quiser, eu não entendo muito bem disso. Quem cuida deste tipo de coisa é Maria.

Stella uniu a sobrancelha sem saber quem era.

— Ela é minha governanta me acompanha há anos. Sabe como gosto das coisas, mas você pode explicar a ela como gosta das suas, esta lá para servi-la do modo que quiser.

— Não tenho muita exigência não. – Sorriu.

— Mas qualquer coisa é só falar com ela, Maria pode ajudar em qualquer coisa viu.

— Pode deixar, irei fazer isso.

Os dois continuaram o caminho em silêncio, Mac estava com a cabeça zunindo devido aos problemas da empresa, cabeças iam rolar quando ele botasse os pés naquele lugar. O carro adentrou o condomínio e Stella sentiu o nó se formando no estômago, iria viver dois anos com aquele homem. Será que iria dar certo?

O enorme portão de ferro se abriu para o longo caminho que seguia rumo à casa, o carro seguiu o caminho cheio de imensas árvores e arbustos, um gramado verdinho predominava o lugar por inteiro juntamente com muitas flores ao redor, Esther ficaria louca se visse aquele arvoredo imenso. De um dos lados um lago médio com alguns gansos e patos nadando. Do outro uma fonte com duas estatuas jorrando água que formava uma cascata. O lugar era um sonho, parecia um castelo, a imensa mansão logo a frente de cor marfim, com varias janelas e varandas.

O carro estacionou na frente da casa, havia cinco pessoas com uniformes escuros, todos alinhados lado a lado com imensos sorrisos. Mac desceu e Stella logo depois, ficou surpresa com toda aquela formalidade.

— Bom dia. – O coro disse os olhando.

Stella sorriu e olhou cada um nos olhos.

— Estes são os empregados. Lauren e Jenna são as meninas que cuidam da cozinha. Pablo cuida do jardim e Maria e Clara, são as que cuidam da organização da casa.

— Eh um prazer conhecê-las. – Stella sorriu gentil cumprimentando cada um.

— Eles estão aqui para servir você no que precisar.

— É só pedir senhora, qualquer coisas faremos o possível para ajudá-la. – Maria sorriu boba a olhando.

Ela cuidou durante anos de Mac e finalmente viu que ele havia acertado, Stella parecia à mulher perfeita para ele, e iria fazer ele feliz.

Eles entraram na casa e tudo era incrível, Stella estava encantada com o lugar.

— Você deve estar cansada, venha vou mostrar o nosso quarto.

Dizer aquilo para ambos mexeu de certa forma com eles, em Mac foi quase como um soco no estômago, já Stella o nó em sua barriga ficou ainda pior, seria o quarto deles, os dois iam dividir a mesma cama, ia usar o mesmo banheiro pela manhã. Será que a rotina ou a relação ia mudar naquele meio tempo?

Mac sacudiu isso de sua mente: não, não e não. Aquilo era só um contrato apenas dois anos Mac, só dois anos e ela iria embora. Com certeza estava como um presidiário anotando os dias em uma parede. Pela forma ao qual ela se esquivava dele, não tinha a menor dúvida de que ela tinha asco dele nada mais que isso. O relacionamento deles não iria passar de algumas conversas agradáveis de vez em quando, e uns beijinhos roubados quando tivessem que fazer cena para os conhecidos, com um suspiro exasperado.

Mac subiu as escadas sendo seguido por Stella. Os olhos curiosos dela estavam examinado e verificando tudo. O imenso corredor havia diversas portas iguais, teria que tomar cuidado para não errar o quarto deles. Mac parou no fim do corredor e empurrou a porta branca dando vislumbre ao claro e impecável quarto de casal. Cortinas creme, poltronas brancas com azul quase imperceptível, tapetes felpudos a cama era igual a do hotel em que ficaram, enorme, uma colcha branca banhava o colchão. Mac a deixou entrar e a seguiu com os olhos, ela respirou profundamente, olhou cada canto, parecia um ratinho encurralado.

— Olha eu sei que isso não será fácil para você, mas eu não vou tentar nada eu juro. Não sou um maluco psicopata. Não é fácil para você, como também não é nada fácil para mim. – Ele sugou uma lufada de ar. – Eu só quero que nós dois tenhamos uma convivência tranquila e pacífica. – A olhou.

Stella enfiou os polegares no bolso do seu jeans e o olhou.

— Olha eu não estou feliz com esta situação, não queria isso para mim. Eu queria me casar, mas com um homem que me amasse e que eu amasse, mas o destino nos pois a prova nisso aqui. Então temos que aceitar isso não é? E sermos dois adultos nesta relação. Eu serei sua esposa por dois anos como o contrato que assinei pediu. Eu não quero nada de você eu só quero que isso acabe e nossas vidas sigam os cursos.

Mac mordeu os lábios e concordou com suas palavras, em dois anos cada um seguia o seu caminho. E pronto nada mais, nenhuma relação entre eles. Mas Mac não estava certo se queria isso neste momento, gostava da companhia dela.

— Bem, aqui é o closet. Suas coisas cabem aqui não é? Ou você é uma louca que adora colecionar sapatos? – Arcou a sobrancelha.

Stella uniu a sobrancelha e enrugou a testa.

— Olha eu não sou viciada em sapatos, eu só acho que uma mulher deve ter uma variedade. – Se defendeu.

Mac gargalhou quando ouviu isso.

— Onde está a graça Taylor? – cruzou os braços.

— Nada, eu não disse nada. – Ergueu as mãos para alto. _ Eu vou me arrumar tenho que cuidar de um problema imenso. – Revirou os olhos seguindo para o banheiro.

Stella caminhou pelo quarto e seguiu para a varanda, a imensa área do lugar era incrível, muito verde muita sombra. Era quase como um sonho aquela vista da casa, tudo tão bonito, a piscina azul imensa. Aquele homem devia ter problemas com tamanho, pois tudo era exageradamente grande. Ela respirou profundamente e o cheiro das rosas logo em baixo afiou seu olfato. Ela abraçou seu corpo e saiu caminhando dentro do quarto, não havia muitas fotos, mas ela ficou chocada quando viu a dela junto a Mac no casamento. Foi onde ela ficou encantada com a chuva de pétalas sobre os dois. Mac a olhava como homem realmente apaixonado.

Tudo que ela queria era que aquilo realmente fosse real. Mac nesta semana que ficaram juntos foi um verdadeiro cavalheiro, do jeito possessivo e mandão dele. Ele cuidou dela como um bebê, não lhe deu controle de nada. Isso a intrigou, sempre tomou as rédeas de sua vida, mas com ele era tão mais fácil, ele cuidava e protegia como uma boneca frágil, no fundo ele não era de todo tão ruim. Tinha um coração mole, mas se escondia por entre a carranca.

Ela sorriu lembrando-se de como ele bufou quando um de seus amigos ficou cheio de dedos para ela. Se pode até ouviu seu aperto de mão que estalou os dedos do pobre homem.

Mac após seu banho saiu e foi até o closet que mais parecia outro quarto. Já tinha várias roupas de Stella por lá, pois ele havia pedido a Esther para cuidar disso.

Ele pegou o terno, a gravata, cinto e sapatos. Vestiu-se calmamente, enquanto decidia qual relógio iria usar, tinha uma boa variedade, ele retrucou Stella por ter muitos sapatos, mas ele tinha uma bela coleção de Rolex.

Depois de pronto, pegou alguns documentos e saiu, Stella estava pelo jardim observando tudo, ele sorriu e caminhou até ela.

— Bem eu vou indo. Você ficará bem aqui?

— Sim. Eu posso me cuidar, sabia?

— Eu sei, mas só quero que se sinta bem. Tudo aqui é novo para você, mas se sinta em casa por mais difícil que seja. – Ele se aproximou mais.

— Pode deixar, eu tenho uma semana de folga ainda, vou adorar pintar este lugar. – Sorriu animada.

— Ah, você pinta? - perguntou surpreso.

— Não sou nenhum Picasso, mas acho que sei me expressar com uma folha em branco e um lápis.

— Espero que você me dê a honra de vê-los.

— Pode deixar, quando eu tiver algo, mostrarei a você.

O silêncio se instalou por alguns segundos.

— Então eu vou indo, qualquer coisa é só me ligar. – Se debruçou e lhe capturou os lábios com um selinho demorado.

Stella de imediato sentiu o sangue todo em sua face.

— Esta cor lhe cai muito bem. – Sorriu saindo.