Stella sentou-se ao sofá passando as mãos no rosto. Aquilo tudo só poderia ser um pesadelo, aquele sujeito estava fazendo de tudo para na noite de núpcias ela o matar enforcado ou sufocado com um travesseiro. 

Petulante, arrogante, metido, soberbo e tudo de ruim que se possa imaginar.  

— Stella Bonasera, porque tratou seu noivo com toda aquela frieza? O homem é incrível e te ama mais que tudo e você foi indiferente e fria como gelo. – A repreendeu. 

— Ah mamãe, nem vem com isso. – Reclamou. 

— Mamãe nada, ele é um fofo. Nem se compara aquele babaca do Brandon. – revirou os olhos só de falar o nome da peça. – O homem está aos seus pés minha filha, por Deus não o deixe escapar. – A abraçou e beijou seus cabelos. 

Stella respirou profundamente e ficou lá ouvindo as qualidades de Mac que ela nem sabia que existia. Sua mãe estava empolgada até demais com tudo aquilo, pelo menos alguém estava feliz com aquilo tudo. Esther estava igual a uma criança com um novo brinquedo fazendo tudo que e tipo de plano para o casamento que seria em duas semanas. 

O tempo passou tão rápido que foi quase como um estalar de dedos. Hora estava procurando coisas para o casamento e na outra, lá estava Stella em uma casa distante de Manhattan acho que no campo, pela janela se podia ver o imenso campo com uma grama verdinha, o som dos pássaros mesclando com dos violinos na parte de fora, a brisa fresca entrando pela janela e o sol se pondo por entre as montanhas formando um laranja amarelado no céu incrível, uma tarde muito perfeita para um casamento. 

Porém, naquele quarto estava se olhando no espelho com um belo vestido branco que parecia uma cascata todo bordado a mão com brilhos de cristais esvarowsky moldando suas curvas, os cabelos presos em um coque bagunçado que segurava no topo da cabeça uma tiara de diamantes à noiva, soltando um suspiro cansado. Não podia negar ela estava linda, com a maquiagem leve ficou o pacote perfeito “a linda noiva apaixonada”, mas ela não estava feliz e muito menos apaixonada, aquilo tudo era um acordo intermediado por ambas as partes, a partir dali sua vida estava sentenciada a um homem que ninguém sabe ao certo sua personalidade. Ora ele era um grosso e na outra gentil e amoroso, ela não sabia de qual gostava mais se do intolerante e mandão Taylor ou do amoroso e gentil Mac. Ela queria chorar, ou sair gritando, mas seria pior. Engoliu o choro e continuou olhando pôr do sol para se acalmar um pouco, foi quando sua mãe junto de Millie, sua futura sogra adentraram ao quarto com seus vestidos divinos, Esther estava de azul escuro e Millie de verde musgo, estavam lindas as duas. Esther tinha cabelos escuros longos e ondulados e olhos verdes intensos, já Millie era loira com cabelos lisos e olhos azuis acinzentados, era uma senhora muito bonita por sinal, Mac tinha a quem puxar. 

— Ah meu Deus filha você está linda. – Sentiu os olhos arderem onde abanou o rosto com as mãos para não chorar e borra a maquiagem. 

Sorriu fraco e a olhou. 

— Obrigada mamãe. Você também está linda. Bem, vocês estão lindas na verdade. 

— Obrigada meu anjo. Mas sua mãe tem razão, você realmente está linda minha querida. –Millie sorriu arrumando o véu. – Vamos o noivo está agoniado já. – Sorriu. 

Eis que a hora tão temida por ela chegou, saindo junto da mãe e da sogra foi conduzida rumo a uma porta dupla segurando o lindo buquê de rosas brancas e salmão com detalhes e verdes. As duas saíram de cena e seu pai surgiu, Stella envolvera o braço em volta do dele e passou as mãos no vestido.  

— Porque papai? – indagou. – Porque a minha felicidade? – O olhou lasciva. 

— Eu sinto muito minha vida, dará tudo certo minha estrela. – Acariciou suas bochechas. 

— Você mais que eu sabe que isso não é verdade. –Riu irônica. 

“Não chora Stella. Por Deus seja forte, mas que nunca.” 

As portas se abriram para um enorme jardim dando deslumbre ao fim da tarde, com uma decoração toda em branco e preto, orquídeas e rosas negras geneticamente modificadas, a música iniciou tocada por um piano de calda, tudo tão lindo e chique, um tapete branco estendido ao chão indo ate ao gazebo onde o altar foi montado, o noivo estava com um fraque preto sobe medida desenhando seu belo e viril corpo, tão lindo, as mãos no bolso, mas ele não sorriu apenas uma expressão dura, com certeza ele não queria este casamento, mas findou por aceitar. Percorrendo o caminho cheio de pétalas jogadas por Lucy sua afilhada, filha de uma grande amiga, Stella foi de encontro à forca.  

A cada passo seu coração apertava e seu estômago contraia com o nervosismo.  

Todos os olhos voltaram-se para ela, alguns com sorrisos falsos e outros com admiração, as mulheres todas a olhando atravessado, talvez porque ela sim conseguiu o homem mas desejado por elas, era como se buscassem algo nela pelo qual Mac tenha se interessado ao ponto de casar, o caminho cada vez mais curto, ele estava cada vez mais perto, já podia sentir o cheiro forte e másculo de seu perfume que já a embriagava apenas inalando de longe imagina perto, imagina passar o nariz naquele pescoço e afagar seu cheiro de homem. 

Edward sorriu para Mac e beijou a mão da filha. 

— Você ficará bem meu amor. Eu tenho certeza. – Beijou sua testa e se juntou a mulher que segurou o buquê dela. 

— Não está nada mal. - Mac a olhou. 

Mac segurou sua mão e a ajudou ficar de joelhos na frente do padre. 

E a cerimônia se iniciou, o padre falou muitas coisas explicou o que era o amor e o que significava o casamento para ambas as partes, explicou que casamento e cumplicidade e união de dois corações que se transformam em um só quando selam o matrimonio, casamento e para unir e formar família, algo muito sério para os olhos de Deus. O homem parecia ler mentes. Stella olhou para Mac com a cara de que “do que ele falava?”.  

Ele apenas sorriu tentando passar calma, o que era impossível naquele momento. 

Apos um longo discurso ele olhou para ambos e brotou a pergunta principal. 

—Mckenna Llewellyn Taylor Júnior é de livre e espontânea vontade que você aceita, Stella Elenir Bonasera como sua legitima esposa, prometendo lhe amar e cuidar e ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na POBREZA, até que a morte os separe? –O olhou. 

Mac respirou profundamente era como se seus pulmões sumissem o ar. 

—Sim. Eu aceito. 

O padre girou o olhar para a nervosa e assustada noiva. 

—Stella Elenir Bonasera, é de livre e espontânea vontade que você aceita, Mckenna Llewellyn Taylor Júnior como seu legitimo esposo, prometendo lhe amar e cuidar e ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na RIQUEZA e na POBREZA, ate que a morte os separe? – A olhou. 

O padre sempre dando uma ênfase nas partes de riqueza e pobreza, será que ele sabia o motivo do casamento? Este pensamento a deixou em pânico. 

Neste momento sua língua virou uma bola em sua boca, sua garganta ardeu. Respirar foi impossível era como se o vestido tivesse a esmagando por completa e espremendo seus pulmões. Ela olhou para Edward que estava de olhos arregalados, sua mãe havia sessado o choro e estava estática. Os convidados em um silêncio que se podia ouvir a respiração dela. Ela acordou do transe com Mac apertando sua mão. 

— Querida? – A olhou ameaçador. 

— S.. Sim. Aceito. – saiu forçado e rouco. 

Ela pode ver o alivio estampado na cara dos pais dos convidados e o olhar de reprovação do padre. 

“Afinal qual é a deste padre, ele não queria fazer a cerimônia é isso?” 

— As alianças? – O padre pediu para jogar a agua sagrada sobre as duas. 

Mac segurou suas mãos tremulas e fria onde deslizou pelo seu fino dedo o enorme e grosso circulo de ouro com os nomes de ambos entrelaçados em um circulo do infinito, onde beijou sua mão.  

Stella com as mãos trêmula quase deixou a aliança de Mac ir ao chão, respirando profundamente ela deslizou em seu dedo, mas não beijou apenas se voltou ao padre. 

— Pois bem, pelo poder em mim concedido eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. –Exclamou o padre fechando uma espécie de bíblia e afastando-se do centro do altar dando liberdade ao mais novo casal. 

Mac a olhou com um sorriso de vitória, a ajudou se erguer do chão e  tomou-a nos braços, envolvendo suas grandes mãos na cintura dela e a olhou nos olhos, e requisitou seus lábios doces e carnudos. Os aplausos e assobios foram ouvidos, mas tudo que ele queria era não acabar aquele beijo sua língua invadiu a boca dela em uma dança quente. Seus corpos queimando e clamando por mais um pouco. 

O beijou foi finalizado pela falta de ar de ambos, Mac estava com os olhos azuis brilhantes cheios de esperança, ele a olhou de lábios vermelhos e respiração pesada, sorriu e lhe deu um selinho.  Suas mãos ainda estavam em volto da cintura dela, ela agradeceu aos céus por isso. Se não já havia se espatifado no chão com as pernas moles.