Depois de mais um dia turbulento na empresa, com Cookies e os layouts da empresa, ela estava morta, dirigiu-se ao seu carro e foi para casa. Um banho iria lhe renovar as energias para ela aguentar aqueles mais dois dias que faltavam para o fim de semana.  Chegou em casa e foi entrando eis que veio a desagradável surpresa. 

— Oi querida. – Zombou Mac que estava sentando em seu sofá de papo com sua mãe, enquanto tomava um café em uma das xícaras mais caras de Esther.  

Xícaras ao qual ela mesma disse que jamais iria usar, pois eram peças únicas e exclusivas. 

Naquele momento vendo aquela cena ridícula e o risinho de deboche dele, a voz de Stella sumiu pelo ar, não achou palavras para o momento. Tudo que ela queria era jogá-lo para fora de sua casa nos chutes e pontapés. 

— Como foi o trabalho meu bem? – Mac insistiu naquele joguinho ridículo. 

Ela cerrou os olhos e bufou sua vontade era de pular em seu pescoço e estrangulá-lo. 

— Filha responda seu noivo querida, ele está há um tempo aqui lhe esperando. – Esther se pronunciou elétrica com a presença de Mac. 

— Ela deve está cansada, Esther. Deixe minha querida ir tomar um banho, sei que está exausta seu dia foi muito difícil, não é docinho? – Ele disse repousando a xícara sobre a mesa e caminhando graciosamente em direção a ela. 

“Oi! Que intimidade e está? Já é Esther que este cretino cara de pau chama minha mãe. Mas e muita ousadia deste sujeito. Opa docinho? Docinho e a... minha nossa deixa pra lá, conta ate dez Stella, conta ate dez.”. 

— Que isso filha. Venha sente aqui um pouco com seu noivo. Nossa, Mac e muito agradável, me contou como conheceu você. – sorriu boba sentando o casal um ao lado do outro e os olhando. 

— Contou é? – Fuzilou Mac louca para saber o que ele disse a ela. 

— Sim filha, sabia que este seu jeito desastrado iria ajudar em algo. – Quase cantarolou e seus olhos viravam corações com a excitação do momento. 

— Desculpe querida, não resistir. Tinha que compartilhar nosso amor com sua mãe. –Ele tratou de segurar sua mão e a levou rumo à boca onde roçou os lábios beijando e passando em sua face, sentindo a pele macia dela roçar em sua barba por fazer. 

Stella tentou puxar a mão, só que aquilo era bom demais. Mac acariciava com o polegar uma mão e com a outra acariciava seus ombros expostos sem tecido, ela podia jurar que sua pele estava em chamas com seu toque. Brandon a tocava, mas tudo que ela sentia era vergonha de suas mãos em seu corpo. Mac era diferente, ela sentia vontade de fechar os olhos e pular o precipício. Ou descer na montanha russa que eram seus sentimentos diversos por ele. Seu toque a deixava com borbulhas na barriga, com as pernas moles, as mãos frias e o couro cabeludo em frisson. 

Ela o olhou nos olhos e arfou aquilo já estava indo longe demais, não podia se apaixonar por ele, aquele amor era improvável. 

— Posso saber o que você contou a minha mãe Taylor? – O encarou forçando uma seriedade que ela não sabe de onde surgiu. 

— Ah meu anjo, como nos apaixonamos. – Beijou seu ombro e piscou galante. 

Esther estava eufórica vendo o belo casal, ela era uma sonhadora todo tipo de amor era lindo demais e excitante demais. Tudo para aquela mulher era demais. 

— Ah, são fofos demais. – Os babou, foi onde ouviu um barulho estrondoso vindo da cozinha, ela respirou fundo e pediu licença saindo. 

Stella encarou Mac. 

— O que acha que está fazendo Taylor? 

—Ah eu só vim fazer meu papel de noivo apaixonado. – Explicou sorrindo, tomando o café que estava delicioso. 

— Você e ridículo, sabia? Pode parar com está palhaçada toda, não quero minha mãe envolvida neste seu jogo macabro e sinistro. 

— Minha nossa, você lê muito livro de terror só pode. De onde você tem estas tiradas, macabro, sinistro? –Ironizou comendo um brioche de coco recheado com ganache. 

— Olha não brinca comigo viu. – Bufou apontando o dedo na sua cara. 

Ela disse de olhos intensos o encarando brava, Mac sorriu e viu Esther surgindo. Onde se debruçou e lhe deu um selinho. 

— Entre no personagem, evitaremos dores depois. 

Stella foi tomada pelo choque e o susto. Sua vontade de sufocá-lo foi imensa, mas seu corpo falava outra coisa, sentiu o gosto do café de seus lábios e tudo que ela queria era mais do que apenas um selinho. O doce do café misturado com o gosto do ganache foi o estopim para seu útero contrair e sua libido avisar que ainda existia.  

— Desculpem-me. Minha empregada sendo ela mesma. – Sentou-se graciosamente vendo a filha estática. – Querida está bem? 

—Ah, ela está sim Esther. Isso é porque eu disse à ela que não me oponho a nada sobre o casamento. Podem escolher tudo, só quero que o casamento com minha lindinha aqui seja perfeito. Não é meu amorzinho? – A envolvera nos braços e beijando seus cabelos. 

“A você quer jogar? Então vamos jogar meu bem”. 

— Eh sim, tigrão. – O encarou e viu Mac arregalar os olhos. – Será do seu jeito. Tudo que meu gatinho felpudo desejar.  – Sorriu maquiavélica. 

Mac por um milésimo de segundos sentiu medo daquele olhar. Mas o que se podia fazer entrou na chuva e era pra se molhar. 

Esther não podia estar mais feliz com tudo aquilo. Mac era um sonho de genro tudo que sempre quis para a filha, mas não se sabe ao certo. Stella estava muito distante e evasiva com certas coisas. Ela logo pensou que aquilo ainda pudesse ser resquício de Brandon e ela não iria deixar aquele calhorda comprometer aquele casamento, nem que para isso tivesse que o esganar. E jogar no rio Hudson. 

Mac era o genro ideal, bonito, educado, gentil, rico e muito apaixonado. Isso podia se ver naqueles intensos olhos azuis, a forma que ele olhava para Stella, era como se fosse um protetor disposto a tudo para ver ela feliz e segura. 

— Sua mãe me falou que quer golfinhos no casamento? – Mac olhou para Stella que logo encarou a mãe. 

— Vai ficar querendo, já disse que não mamãe. Isso é brega demais. – A repreendeu. 

— Stella... – Tentou.  

 _ Não.  

— Sua chata, está vendo Mac como ela e ingrata. Minha filha não me ama. – Fez chantagem. 

— Mãe não precisa de exagero, apenas algo simples para algumas pessoas só isso. – Alertou ela. 

Esther nada disse apenas se deu por vencida, realmente não iria ter a cena dos golfinhos no casório. Mas não dispensava a chuva de pétalas de rosa brancas e vermelhas jogada por um helicóptero a isso nem pensar. 

Ficaram horas conversando detalhes de tudo. Mac se aproveitou muito da situação tocando e beijando sua pele macia e cheirosa, nossa ela tinha cheiro de jasmim com um toque de morangos, era como um dia de sol nas praias de Miami tomando uma pinã colada. E Stella já estava desconfortável com tudo aquilo, foi ai que ele viu que mexia com ela. O corpo dela dava sinais de desejo pelo dele, a forma que se arrepiava com suas mãos, arqueava as costas com seus beijos, gestos contínuos com as mãos nervosas que horas estavam sobre suas coxas e outras em seus cabelos ou a ponta do dedo indicador nos lábios em gestos de nervosismo. 

Foi ai que os Serás surgiu. 

“Será que ela sentia desejo por ele? Será que tinha algo nele que mexia com ela? Será que tudo isso iria dar certo? Será, será, será”. 

A mente dele gritava arranhando os murros de seu cérebro. 

Já se passava das 22h15min quando Mac decidiu que era hora de ir para casa, embora sua vontade de ficar fosse maior, sua consciência já não conseguia mais pensar em contas devido à proximidade dela ao seu corpo, seu pau já estava dolorido de tanto que se contraiu em apenas uma semana que conheceu aquela mulher e sua mente já estava fodida com tantos cálculos que pensou para ele não dar o ar da graça em horas indevidas. 

Ele precisava de um banho frio e uma leve refeição, para não ter pesadelos. 

— Esther foi um enorme prazer conhecê-la. Mas infelizmente tenho que ir. – Mac sorriu beijando suas mãos. 

—Ah querido, já vai? – Lamentou. 

— Sim. Amanhã eu acordo cedo. Tenho uma reunião importante, então preciso ir. 

— Tudo bem, venha mais vezes me visitar. Vou adorar servir a você aquela torta de creme que lhe falei. 

— Ah com está proposta, irei vir com certeza. 

Mac arrumou terno amarrotado e foi saindo, Esther empurrou Stella para acompanhá-lo ate a porta. 

— Ah docinho, não precisa me acompanhar. – Sorriu e ela o encarou mortífera. 

Stella nada disse apenas abriu a porta e ele sorriu a olhando. Mac viu o olhar de Esther sobre eles e se debruçou a sua frente. 

— Seja atriz meu anjo. – Lhe deu um estalado selinho e acariciou sua face. – Até mais. –Seguiu o caminho de ladrilhos que ia ate o meio fio da rua onde Ross o esperava com a porta do carro aberta. 

Stella fechou a porta e respirou fundo.