Amor Improvável escrita por Lady Light Of Darkness


Capítulo 12
Capítulo 11 - Contando Sobre O Noivado




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Stella mal entrou em casa e sua mãe agarrou seu braço com os olhos buscando respostas, foi onde viu o enorme anel em sua mão e seus olhos saltaram. 

— Stella. – Sorriu admirando formando um O em sua boca. 

— Mamãe. – Suspirou a olhando toda animada, como queria ter uma linda história de amor para lhe contar, mas não era só tristeza que iria lhe dizer? 

Não. Stella jamais iria prejudicar o casamento já ruim das pernas de sua mãe com seu pai. 

— Quem era o gato, bonitão? Foi ele quem lhe deu este anel? Você vai casar minha filha? Onde o conheceu? Ah meu Deus! Você está grávida, por isso vai casar? – Perguntou no desespero. 

— Mamãe, calma. Uma pergunta de cada vez. Ele é um cara aí. Sim, foi ele quem me deu o anel. Provavelmente sim, vou me casar. E não, eu não estou grávida. – Disse calmamente a olhando fazendo beicinho com as curtas respostas. – Ah mãezinha é complicado isso. Mas é para um bem maior, não se preocupe viu? Vou deixar você cuidar do casamento pode ser? 

Logo o beicinho de Esther virou um imenso sorriso de satisfação, ela sempre sonhou com o casamento da filha. Então iria se superar na festa de casamento, tudo seria perfeito. 

— Mas nada exagerado, só quero uma coisa simples. –A repreendeu. 

— Ah Stella, você brocha qualquer um viu? – Choramingou. 

Ela gargalhou e foi subindo para o quarto. Com sua mãe em seu encalço dizendo tudo que queria para o casório. 

— Mãe, não! Eu não quero golfinhos no meu casamento. – Olhou perplexa com as malucas ideias da mãe. 

— Filha são treinados, na hora do sim eles saltam fazendo um formato de coração. – Tentou defender a sua maluca ideia. 

— Não, mamãe. Sem golfinhos, baleias, cachorro ou qualquer animal, por Deus. – A olhou séria. 

Esther cruzou os braços como uma menina emburrada e Stella revirou os olhos onde entrou no quarto surpresa com as loucas ideias de sua mãe. 

 

 

 

 

 

 

Mac estava em seu banheiro com uma maldita ereção maior que o mundo, já estava difícil segurar seu desejo há um tempo, ainda pior perto de Stella. Aquela mulher estava o mudando e ele não gostava disso.  Mas ao lembrar-se do seu doce e terno sorriso já desmoronava as barreiras que ele pôs em volta dos sentimentos. Ela tinha um grande poder sobre ele em relação a isso. 

O que ela tinha para deixar seu coração mole? Ela estava com o poder nas mãos de tirar uma boa grana dele, mas no fim de tudo não quis nada, apenas pagar a dívida do pai, não quis a pensão, não quis os cartões, não quis nada que fosse dele. E olha que ela nem sabia ainda das ações da empresa que estavam no nome dela também. Mac decidiu não contar nada disso a ela, seu medo de perder algumas ações foi maior, mas agora que ficou com ela por meras duas horas viu que Stella não era nada do que imaginava. 

Ele ia mudar seu gênio forte, queria pelo menos no fim de tudo ser amigo dela, se sentia bem ao seu lado, era como se as sombras que o cercava, ficassem escondidas no baú de sua mente. Aquela noite seria sim agradável e ele tinha certeza absoluta que dormiria como um bebê sem pesadelos horríveis durante a noite. 

Como o esperado Mac dormiu a noite inteira sem os pesadelos que assolavam sua vida por longos anos. Ele acordou cinco e meia saltou da cama, vestiu uma calça e uma blusa pegou seu Ipod e foi correr um pouco, sempre fez isso e a manhã estava muito agradável, o sol mal havia raiado, poucas pessoas pelas ruas, a brisa fria tocando sua face, o cheiro de flores das arvores do Flushing Meadows-Corona Park, todo dia ele fazia aquele trajeto. Após casar-se com Stella, não iria mais poder correr por ali, pois ia se mudar para sua mansão no Carnegie Hill, era mais amplo e seria melhor assim. Seu apartamento era sombrio demais para uma mulher morar e naquela altura ele já a queria confortável. 

Já eram seis e meia quando chegou em casa, seguiu direto para o banho, tinha uma reunião com os Suíços marcada para as sete e meia. Tomou um belo banho e vestiu um dos seus muitos ternos Ingleses. 

— Buenos Dias Señor. – Sorriu Marie pondo a mesa de café da manhã. 

— Bom dia. – Sentou-se pegando o jornal e servindo-se de café. 

— Virá almoçar em casa Señor?  

— Não. Mas quero que você arrume alguns empregados e vá arrumar a casa da Carnegie Hill, irei me mudar para lá daqui uns dias. E quero tudo organizado. 

— Tudo Bien. – Concordou. 

— Gaste o que for, aqui está o cartão da empresa. Tudo do bom e do melhor eu quero. 

— Algo em especial Señor? 

— Só deixe a casa apresentável para minha mulher. – Explicou tomando um gole de seu café. 

Marie estava lavando uma caneca quando o ouviu dizer 'minha mulher', e a pobre foi ao chão no mesmo momento. 

Mac olhou para o objeto espatifado ao chão, mas não ligou. Apenas voltou à atenção para seu jornal revirando os olhos. 

— Lo que ella dijo Señor? Creo que no han oído bien, dijo mi esposa y esto?  

(O que disse senhor? Acho que eu não ouvi direito, o senhor disse minha mulher, é isso?). 

— Exatamente. – Folheou a pagina do jornal. 

— Mi nuestra Señora, no Creo. –Deu pulos de alegria 

 (Minha nossa Senhora, eu não acredito). 

Marie Consuelo. Trabalhava com Mac desde que ele foi morar sozinho, ela viu sua desenrolar por longos vinte anos. Viu-o mudar por completo, Mac sabia quando ela estava nervosa ou surpresa, ela desandava a falar em espanhol que nem ele entendia. 

Após uma curta explicação Mac foi para o trabalho, seu dia estaria cheio e ele ainda tinha umas coisas para fazer. 

 

 

 

 

 

 

Stella acordou com sua mãe em seu quarto com várias revistas de vestidos de noiva, Esther estava louca parecia que havia passado a noite maquinando tudo aquilo. 

— Acorda filhota, anda olha o que a mamãe achou aqui para você. – Disse enquanto abria as cortinas. 

— Mãe, espero que seja uma coisa muito importante para você me acordar assim. – Stella sentou na cama com a maior cara de sono. 

— Claro que é. É sobre o seu casamento. – Disse indignada pela falta de interesse dela. 

— Ah é isso. – bufou, até cogitou ser um pesadelo aquilo, mas sua mãe fez ver que não era real. 

— Stella, você não parece uma noiva feliz minha filha. Porque aceitou isso então? – Indagou. 

Stella pensou em dizer a verdade, mas não. Isso seria mesmo que decretar o fim do casamento dos pais. Então iria mentir, vinha fazendo isso há um tempo, então já havera se acostumado. 

— Ah mãe, você sabe que eu não ligo muito para isso. Então por isso esta falta de interesse, eu deixo tudo em suas mãos sei que irá fazer uma linda cerimônia. 

Esther revirou os olhos e saiu do quarto, Stella segurou os joelhos onde começou um choro copioso e compulsivo, aquilo era um verdadeiro pesadelo, no que tinha se metido, porque sempre ela tem que ser a que salva tudo e livra a cara dos outros dos problemas, sempre foi assim, quando criança assumia a culpa dos primos em algo, na faculdade arcava com os trabalhos, pois os colegas viviam na farra e sobrava para ela tudo. Sempre sendo a salvadora de tudo na vida. 


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