Maremoto escrita por lady riot


Capítulo 9
8) Surfing


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Este capitulo veio rapidinho neh? Eu ia o postar ontem, mas o Nyah! deu um problema e não deu...
Muito obrigada a Beckynha e bibizoca que recomendaram a fic, isso me da mais animo para escrever a fic viu? Quanto mais comentários e recomendações, mais de pressa os capítulos chegam, ok?
Agora vamos ao capítulo. Boa leitura!

Obs: o cap ficou bem grande =D



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Capítulo OITO

Surfing

 


 

 

Ψ Annabeth Ψ

 

Eu acordei no dia seguinte toda suada. Eu tinha sonhado que eu e o lord Percy tínhamos nos agarrado e sido impedidos de consumar o nosso desejo por um rapaz moreno e meio sinistro. O sonho tinha sido tão real que eu ainda estava tremula, não foi a primeira vez que eu sonhei com isso.

 

Athena! Eu nunca havia sofrido por causa de hormônios antes, mas eu acho que ignorar-los por toda a adolescência estava tendo os seus efeitos colaterais. Um efeito colateral com um nome: Lord Percy.

 

Eu me levantei, tomei um banho e depois de comer fui à arena treinar; mas como a minha vida não é nada fácil lá estava à personificação das minhas fantasias sexuais (claro que eu vou negar que eu tenho algo do tipo se alguém me perguntar...) estava lá, lutando com o Luke e dando dicas de esgrima ao filho de Hermes.

 

Apenas uma parte da minha mente estava capturando essas informações, a parte “filha-de-Athena-CDF-e-frigida”. A outra estava mais preocupada em comer o lord com os olhos.

 

Ele estava com um chinelo de couro, uma bermuda branca com umas flores vermelhas e uma camiseta regata salmão; os cabelos dele pareciam mais rebeldes do que nunca. Cada movimento dele parecia ser tão fluido como o vento; ele se desviava dos golpes de Luke como as águas de um rio se desviam das pedras. Simples e graciosamente.

 

A minha vontade era de me meter no meio daquele “massacre” e beijá-lo até eu não saber mais quem sou; deslizar as minhas mãos pelo bíceps e tríceps que estavam bem visíveis por causa da camiseta regata; olhar dentro daquele oceano particular que são os olhos dele; e fazer tudo que fiz no meu sonho, só que desta vez ir mais longe ainda: quero fazer o que a interrupção não nos deixou concluir.

 

- Annabeth você esta bem?

 

Eu me sobressaltei com alguém me chamando. Olhei ao redor e vi que o lugar tinha mais campistas do que deveria; O que as filhas de Afrodite faziam ali? Será que elas não tem outro deus por quem ficarem babando? Que isso! O Percy nem é tão bonito assim. Ele pode ser lindo, perfeito, gostos... Hum hum... Mas bonito...

 

- Annabeth?

 

Eu girei o olhar e me deparei com um par de olhos cinza me estudando e eu corei. Era a Lizie. A Lizie! Ok você não entendeu certo? Bem, eu explico. A Lizie é minha irmã, mas o pai dela é filho de Apollo – acho que ele descobriu como “curar” crianças com AIDS, não tenho certeza, mas minha mãe viu algo de muito atraente nele para se envolver com um meio-sangue. Ela tem todas as características de uma filha de Athena comum, mas não se engane, ela foi criada por um filho de Apollo!

 

Meio sangues não transferem aos seus filhos os dons que recebem do pai ou da mãe deus, mas o próprio meio-sangue tem muito deles e só o fato de ser criada por um filho do deus da conquista já deixa a minha maninha mais sensível a qualquer coisa que envolva hormônios e garotos, ou seja: me ferrei.

 

- Estou bem.  – falei num fôlego e a Lizie ergueu uma sobrancelha.

 

- Você congelou de repente, como se tivesse parado no tempo; e depois começou a ficar vermelha e arfar... Tem certeza de que você esta bem? - Ela abriu um sorriso pervertido e eu tive certeza que ela havia notado que eu estava secando o lord Percy então não me dei ao trabalho de responder; por isso e pelo fato de eu estar perdendo tempo em não secar  o deus mais um pouquinho...

 

Quando o treino acabou, Luke e Percy saíram conversando como se fossem amigos de infância. As filhas de Afrodite estavam se abanando e falando que queriam ”tomar um banho no mar”, sei o que elas queriam – o que de certa forma era bem parecido com o que eu queria.

 

Aos deuses! Agora eu sei porque Artêmis não gosta dos homens: eles nos deixam incapazes de pensar em algo que não seja agarrá-los e despi-los e beijá-los e... Você entendeu. Eles nos fazem de prisioneiras no nosso próprio corpo; e o pior é que você não consegue achar isso ruim.

 

Apressei o passo. Eu fui à arena com a intenção de treinar com a minha faca, mas a única coisa que eu treinei foram as minhas fantasias sexuais. Você deve estar pensando: “Que garota mais tarada!”, mas veja, eu já tenho dezenove anos, nunca namorei, nem sequer “pegai” alguém e...

 

Santa Athena!

 

O Percy estava caminhando para o cais (com o fã clube de taradas ao encalço) com uma prancha de surf! Eu finalmente iria ver o “meu surfista” surfando!

 

Imediatamente me juntei às filhas de Afrodite na praia e o observei enquanto convocava uma onda, montava em sua prancha e deslizava delicadamente pela surpefície da água; quando a onda começou a quebrar, ele ergueu a mão e tocou a parede do tubo; isso tudo de forma tão graciosa que eu me sentia deslizando tranquilamente na água junto a ele. Quando ele terminou, outra onda veio; só que desta vez foi uma onda de aplausos das garotas.

 

Ele ficou ali, brincando na água, até começar a escurecer; e nem eu, nem as filhas de Afrodite se cansaram de vê-lo com gotas d’água escorrendo pelo tórax musculoso. Eu acho que era até interessante, sabe, algo a mais com que sonhar a noite...

 

Ele saiu do mar e veio desfilando ate onde nós estávamos.

 

- Se vocês quiserem, meninas, eu posso lhes ensinar a surfar pelas manhas...

 

É claro que todas concordaram, algumas aos berros, outras corando fortemente (eu nem quero saber que tipo de pensamento se passou pela cabeça dessas ultimas!), mas todas igualmente empolgadas. Ele falou para não nos preocuparmos que ele iria arranjar pranchas para nós.

 

Ficamos todos ali na praia conversando sobre o mar ate ouvirmos o chamado para o jantar. Eu nem tinha percebido como estava com fome, tinha apenas tomado café da manha hoje...

 

Todos se encaminharam para o refeitório. Eu aproveitei o momento para dar uma espiada mais de perto no Percy e bem na hora ele se virou para mim. O meu ar faltou e a única coisa que eu queria era matar a minha fome dele. Ele piscou como se eu tivesse dito isso em voz alta e desapareceu em neblina.

 

Eu fiquei ali parada sozinha no escuro vendo os campistas se afastarem, mas isso não aconteceu porque eu quis; eu não conseguia andar, como se eu estivesse mergulhada em gelatina... Talvez fosse o meu cérebro que tenha virado gelatina quando eu olhei nos olhos do deus.

 

- Você esta com muita fome ou o seu jantar pode esperar?  - disse uma voz bem baixinha e rouca ao meu ouvido.

 

Eu não tive tempo de responder porque no segundo seguinte nós estávamos dentro da floresta meio despidos e nos beijando loucamente. Ele segurava meu quadril com suas mãos grandes e trilhava um caminho de fogo do meu pescoço ao meu busto.

 

- Você vai perder o jantar. – ele disse com a boca em um dos meus seios e sem afrouxar o aperto ao meu redor; ainda bem porque aquilo era muito bom.

 

Eu gemi alto quando ele passou a língua pelo meu mamilo. As minhas mãos estavam explorando a pele dele, cada um dos gominhos musculares das costas, do peito, do quadril... Eu toquei todos os lugares que eu fiquei fantasiando o dia todo.

 

Ele já tinha tirado a minha camiseta e o meu sutiã, eu estava com o botão e o zíper da calca jeans abertos. Ele estava apenas com uma sunga de banho a essa altura; eu podia sentir perfeitamente o volume da ereção dele apertada contra o meu ventre enquanto nós nos beijávamos.

 

Uma das mãos dele acariciava o meu seio direito enquanto a outra retirava a minha calca. Eu já não raciocinava, apenas seguia aos meus instintos animais e famintos. Ele desceu beijos do meu pescoço, demorou-se nos meus seios e chegou à minha intimidade. Eu arfei quando ele começou a me estimular ali com a boca. Eu estava totalmente nua com uma das pernas em cima do ombro dele e com as costas apoiada numa arvore. Eu estava levemente consciente de que eu estava gritando de prazer e estava quase no ápice quando ele parou.

 

Eu me contorci de frustração, mas ele não saiu da posição e ainda acariciava meu seio com uma das mãos e com a outra as minhas nádegas.

 

- Então, - disse ele com a boca bem próxima ao meu ponto mágico, me fazendo ter outro solavanco de prazer. – Você já decidiu se vai querer ir ao jantar?

 

Então ele parou apenas para me perguntar isso?

 

- Eu quero comer você! – para todos os efeitos eu estava possuída por um demônio chamado luxuria quando eu disse isso ok?

 

- Boa escolha, Sabidinha. - Depois disso ele voltou ao sexo oral e eu tive certeza que aquilo não era apenas mais um sonho, sonhos não eram tão bons.

 


 

Eu estava abraçada ao Percy, agora totalmente vestida; Nós estávamos encostados a mesma arvore que foi testemunha dos nossos amassos.

 

- Hey, esta arvore, por acaso, não é uma dríade é? – disse quando a idéia me ocorreu. Ele olhou para arvore e depois ao redor.

 

- Não. Esta arvore não é. Mas aquela ali é. – ele indicou a arvore que estava a nossa frente.

 

- Não! - Eu corei loucamente. – Ela viu... Viu tudo?

 

Percy me encarou por algum tempo com uma das sobrancelhas erguida e com a expressão indecifrável.

 

- Não ela não nos viu. – ele ficou com o olhar perdido por alguns segundos – Pode ficar calma eu ela não vai aparecer aqui antes da meia noite.

 

- Como você sabe disso?

 

- Não sei como eu sei, o importante é que eu sei. Certo? – ele abriu um sorriso tão lindo que eu deixei isso passar e o beijei calmamente.

 

Quando nos separamos depois de um bom tempo, por eu estar sem ar, ele falou:

 

- Talvez seja uma manifestação do meu dom de deus.

 

- Você é deus de quê?

 

- Boa pergunta.

 

- Todas as perguntas que eu faço são boas.

 

- Desculpe aê. – ele disse fazendo uma cara engraçada e eu ri.

 

- Certo, mas você tem que me contar de que você é deus!

 

- Eu te contaria se eu soubesse.

 

Eu fiquei em silencio pasmo por algum tempo.

 

- Como é?

 

- Eu não sei de que eu sou deus.

 

- Como assim você não sabe de que você é deus?

 

- Não sabendo, oras!  - ele disse como se fosse obvio, mas NÃO era obvio. – Eu só sei que eu posso fazer coisas escondidas dos deuses.

 

- Fazer coisas escondidas? Então quer dizer que a minha mãe não sabe dos nossos... Er... Encontros?

 

- É. Acho que a palavra encontros se encaixa bem. – ele disse abrindo um meio sorriso – E não, a sua mãe não sabe.

 

- Ah obrigada! – eu dei um soco no ar  e ele gargalhou. “Intão tah neh?”.

 

- E também sei tudo sobre a vida de todas as pessoas, deuses, titãs; como se eu tivesse vivido com eles; eu sei o nome de cada um dos seus antepassados, se quiser saber...

 

- Você sabe tudo sobre a minha vida?

 

- Tudinho. Ou você não reparou que você não chegou a me dizer o seu nome, mas mesmo assim eu sei?

 

Agora que ele falou, eu percebi. Ah qual é? Eu estava mais preocupada em beijá-lo do que em reparar em detalhes...

 

- Ainda bem, certo? – ele disse e eu corei.

 

- Você costuma ler a mente das pessoas sempre?

 

- Não. Geralmente eu sei tudo o que ela vai fazer só pela historia da vida dela, mas é inevitável não ouvir quando alguém pensa em você. Basicamente, os deuses só podem ouvir os pensamentos dos outros se o dono dos pensamentos quiser assim.

 

- Legal!

 

- É sim. Mas se for humano ou meio-sangue nós podemos ouvir se o encararmos.

 

- Isso não é legal.

 

- Bem, eu acho.

 

- Claro! Não são seus pensamentos que se tornaram públicos.

 

- Não é tão publico assim. – ele disse, mas eu nem estava prestando atenção.

 

- Eu nunca mais vou encarar um deus novamente!

 

Nunca mais eu vou fazer exclamações mentais com nome de algum deus ou de todos eles juntos! Isso é uma auto-promessa.

 

- Então – eu disse querendo mudar de assunto. – Além de você poder fazer coisas escondidas dos outros e bisbilhotar a vida dos outros, o que mais você pode fazer?

 

- Bem, - ele franziu o cenho. Ele fica tão lindo assim! Ops. Foco Annabeth, foco! – Eu tenho todos os dons de um filhos de Poseidon, sabe, facilidade com água. E também sou bom em controlar coisas.

 

- Como assim controlar coisas?

 

- Na verdade não são somente coisas. Não sei explicar. – eu esperei. – Quando nós estávamos indo jantar, você se sentiu como?

 

- Não entendi a pergunta.

 

- Antes de eu te agarrar você parecia estar congelada no lugar.

 

- Ãhn... Isso.

 

- É.

 

- Parecia que eu estava agindo em câmera lenta...

 

- Exato! – ele disse satisfeito – Eu posso fazer isso também.

 

- Então quer dizer que você me faz ficar retardada por que quer?

 

- Essa sua frase tem duplo sentido. – ele disse abrindo um sorriso matreiro e me fazendo corar.

 

- Então?

 

- Foi a primeira vez que eu fiz isso ok?

 

- Ok. – nos ficamos em silencio nos encarando.

 

Eu me lembrei do meu sonho onde eu e ele nos atracamos e somos interrompidos por um garoto sombra. Depois eu me lembrei que ele podia ler meus pensamentos e tornei a ficar escarlate.

 

- Não foi um sonho. – ele disse. – Você costuma ter sonhos assim?

 

Eu ignorei a pergunta para não me constranger mais e disse:

 

- Como você sabe que não foi um sonho?

 

- Sabendo. – ele disse como se fosse obvio. - O “cara sombra” é meu irmão de consideração Nico, filho de Hades e deus da tortura. Ele veio me fazer uma visita ontem; e apesar de no momento ser meio frustrante a interrupção, foi bom porque eu não estou pronto para ter filhos.

 

Eu me engasguei com a minha saliva.

 

- Filhos?

 

- É Sabidinha. Se você tem um caso com um deus é inevitável ter um filho porque deuses são muito, digamos, férteis. Por que você acha que eu não te empurrei contra a arvore e penetrei?

 

Eu senti o fluxo de sangue aumentar em regiões escondidas pela roupa ao imaginar a cena dele nu e dentro de mim; eu arranhando as costas dele, lambendo o rosto dele, enquanto ele estoca para dentro e para fora de mim.

 

- Ok – ele disse roucamente. – Nós não podemos fazer isso porque isso com certeza acarretaria em um filho nosso.

 

- Eu não quero ter um filho agora.

 

- Eu sei, eu também não quero... – o olhar dele perdeu o foco. – Sabidinha eu tenho que ir. É o Nico, ele quer fala comigo. - Ele me deu um ultimo beijo bem demorado, se levantou e sumiu em fumaça.

 

Eu ainda fiquei ali divagando sobre a nossa conversa e sobre as possibilidades “divinas” dele. E acabei concluindo que eu podia não saber de que ele é deus, mas eu sabia que ele era o meu deus favorito. Era o que importava, por enquanto.


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