Até que a Morte nos Una escrita por Nuwandah


Capítulo 4
Ataque


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez lembrando que esse início da história foi escrita há anos e a qualidade não está a altura do meu trabalho atual, peço mil desculpas, pois não reescrevi o início ainda.



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Eu seria esmagado pela mesa, se Naruto não tivesse me puxado no último instante.

A mesa acabou caindo em cima do tabuleiro.

— Mas que merda é essa?! – Eu disse, levantando-me e ajudando Naruto a levantar-se também. – Valeu, Naruto.

— C- caramba... Isso é sério mesmo...! – Shikamaru assustou-se. – Vamos embora, antes que aconteça mais alguma coisa.

Ele saiu e os outros o seguiram, fazendo vários comentários sobre os acontecimentos anteriores.

Levantei-me para acompanhá-los, mas parecia que aquele tabuleiro me chamava. Olhei para trás e fique encarando-o por um tempo, até decidir ceder à tentação.

O mais estranho ainda foi o fato de eu querer ficar lá, conversando com aquele espírito que desejava minha morte.

Tirei a mesa de cirurgia de cima do tabuleiro e me sentei.

— Sasuke, o que você está fazendo?

Olhei para trás. Era Suigetsu.

— Quero falar mais um pouco com ela. – O respondi imediatamente. Na verdade, nem tinha pensado na resposta. Ela saiu automaticamente.

— O quê?! Esqueceu o que aconteceu?! Você podia ter se machucado de verdade se essa mesa te acertasse! – Ele apontou para a mesa de cirurgia que, há menos de um minuto, voara, sozinha, na minha direção. – E, também, ela deixou bem explícito que quer que você morra.

— Por isso mesmo que eu quero falar com ela mais uma vez. Quero saber por que ela quer o meu óbito.

— Isso não vai adiantar de nada se ela te mat... - Suigetsu foi atingido por uma pequena mesa metálica, que o fez voar para fora da sala, bater de costas na parede do corredor e cair sentado.

— Sasuke! Saia da... - Aporta se fechou (sozinha) – antes que ele terminasse de dizer para eu sair da sala.

Pude ouvir Suigetsu gritando para que os outros viessem ajudá-lo. A porta tremia, num sinal de que ele já estava tentando arrombá-la.

Corri até a porta e tentei abri-la. Não deu certo. Senti meu sangue correr fortemente por todo o meu corpo, em sinal do desespero.

Pelo pequeno vidro quadrado que ficava na altura da minha cabeça, pude ver o rosto de Suigetsu gritando para mim:

— Anda, Sasuke! Me ajuda a abrir!

Girei a maçaneta de novo. Em vão. Comecei a sacudi-la, frustrado, na esperança de que conseguiria abrir a porta assim.

Ouvi atrás de mim um som de madeira arrastando em madeira. Senti meu pulso parar. O tabuleiro estava sendo usado.

Parece que Suigetsu também ouviu. Pois ele, imediatamente, parou de tentar arrombar a porta e ficou apenas me encarando, com os olhos arregalados.

— Não... vai... lá... – Ele sussurrou para mim.

Continuei parado. Meus membros tremiam um pouco. Estava trancado em uma sala com um fantasma que queria que eu morresse. Não queria que tudo terminasse daquele jeito. Muito menos que eles assistissem minha morte. Isso não seria o maior problema, se morressem logo em seguida.

Não podia deixar que aquilo acontecesse.

Virei de costas para a Suigetsu e fui de encontro com o tabuleiro.

Parecia que ela só estava querendo chamar minha atenção para o tabuleiro. Pois o ponteiro só estava correndo de um lado para o outro, sem indicar nenhuma letra. Mas, quando me aproximei o suficiente para poder visualizar-lo por completo, ele parou na letra D. Depois seguiu para E, e, depois, S, C, U, L, P, A.

— Você... está se desculpando...? – Sussurrei.

Um estrondo repentino brotou atrás de mim. Dei um pulo com o som, e olhei para trás.

O “reforço” tinha chegado – Naruto, Neji, Kiba e Shikamaru -. Acabou que conseguiram arrombar a porta.

Enquanto se aproximavam de mim, Naruto perguntou:

— Ela fez alguma coisa com você?

— Não. Eu estou bem. – Respondi.

Eles me pegaram pelo braço me arrastaram para fora. Antes de sair, ouvi o som do ponteiro deslizando. Olhei para trás. Acho que eles não ouviram, pois ninguém olhou para trás.

“Não me deixe”, ela escreveu.

Antes de perder a visão do cômodo, vi, ao lado do tabuleiro, uma figura sentada em cima das pernas, com a cabeça baixa, chorando timidamente. Seus dedos estavam pousados em cima do ponteiro.

— Prometo que volto para te ver... - Disse para ela, mas tão baixo que nem quem estava ao meu lado pôde ouvir.

Continua...


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