Everybody Hates the Rain escrita por tori traurig


Capítulo 1
CAPÍTULO ÚNICO – everybody hates the rain


Notas iniciais do capítulo

Oi, Pokie! *aceno*



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Scorpius soltou um palavrão em voz alta quando freou o carro pela milésima vez, quase batendo a cabeça no volante. Maldito seja Albus. Queria poder ter negado aquela droga de encontro, mas seu amigo havia insistido há muito tempo e suas desculpas já haviam se esgotado.

“Ela é incrivelmente bonita, Scorpius”, ele dissera. “Não digo isso só porque ela é minha prima, ela é legal. Eu juro”.

Se Rose Weasley era legal ou não, ele não sabia se descobriria, já que a noite até agora tinha sido um fiasco.

A chuva estava tão espessa que, mesmo com o limpador de para-brisa em sua potência máxima, Scorpius só conseguia ver alguns metros à sua frente. E a visão daquele Austra vermelho vivo só conseguia lhe trazer aborrecimento, porque era a mesma há quase uma hora e meia.

O tráfego estava intenso por toda a avenida do restaurante em que havia feito as reservas, e aquele carro vinha freando bruscamente há 4 pelo menos quilômetros. E Scorpius já havia perdido a conta de quantas vezes escapara por pouco de uma colisão.

Quando reparou que os carros estavam começando a andar, pisou no acelerador com cautela, apenas para imitar o freio brusco do Austra em seguida.

— Porra, você não vai conseguir sair daqui mais rápido se acelerar mais! — ele gritou para o carro da frente, mesmo que o motorista não pudesse ouvi-lo — Que droga — murmurou.

Olhou para o celular no banco do passageiro, pressionando o botão para checar o horário. 21:20. A reserva na droga do restaurante estava marcada para as nove horas.

“Vamos, Scorpius, você não sai com ninguém há... um ano? Admita que é deprimente”, Albus insistira. Era verdade, ele sabia, mas não é como se o seu emprego rendesse algum tempo livre. Além disso, seu último relacionamento não tinha terminado de forma harmônica. Mas seu melhor amigo não era alguém fácil de lidar, e por mais que Scorpius fosse bom em inventar desculpas, um dia não haveria nenhuma.

E tinha que chover nesse dia.

Como a grande maioria dos londrinos, ele detestava chuva, mas já fazia parte do seu dia-a-dia. Elas iam e vinham sem aviso, mas já fazia um tempo desde que vira algo tão intenso. A tela do seu celular iluminou-se repentinamente, mostrando o nome ‘Rose Weasley’. Scorpius sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem de nervosismo. É claro que Albus lhe dera seu número. E é claro que ela ligaria, já que a droga do encontro estava marcada para as nove horas.

O trânsito voltou a andar, milagrosamente, e Scorpius pisou de leve no acelerador ao mesmo tempo em que deslizava o dedo para atender a ligação do celular. Em uma fração de segundo, o maldito Austra freou em cima da hora de novo, mas daquela vez ele não foi tão rápido.

Seu carro colidiu em cheio, empurrando o seu corpo para frente com força e fazendo sua cabeça bater no volante, deixando-o um pouco grogue. Ouviu outro freio brusco e esperou segunda batida do carro de trás, mas ela nunca veio.

Ele havia sofrido um maldito acidente de trânsito.

Ótimo.

Sua boca tinha gosto de sangue e os carros ao redor buzinavam sem cessar. Só reagiu quando o Austra começou a sair da avenida em direção à faixa de emergência, e ele concluiu que devia fazer o mesmo.

A chuva ainda não havia diminuído. Quando estacionou o carro, girando a chave para desligá-lo, encostou a cabeça no volante, fechando os olhos. Queria gritar de raiva, mas sabia que não adiantaria de nada, então só inspirou fundo. A noite não podia ficar melhor.

Alguns minutos depois, ouviu uma batida na janela. Deve ser o maldito cara no Austra, pensou.  Ótimo, era exatamente daqulo que precisava. Ia insultar todos os antepassados dele por dirigir daquela maneira e por arruinar sua noite.

Porém, quando abriu a janela de cara feia, não foi exatamente um cara que encontrou.

Uma mulher aparentando vinte e poucos anos lhe encarava, com a testa franzida de preocupação. Segurava um guarda-chuva amarelo sobre a cabeça, mas o curto momento em que ela deveria ter saído do carro bastara para molhar seus espessos cabelos ruivos e suas roupas.

Ela era linda, pensou Scorpius com raiva. Estava prestes a se encontrar com uma mulher que nunca encontrara na vida, e aquela na sua frente era uma das mais bonitas que já vira.

— Por Deus, me desculpe. Eu fui estúpida, estou terrivelmente atrasada e o trânsito não anda... a culpa foi minha, eu vou cobrir todos os danos ao seu carro, ok? — ela falou, atropelando as palavras, num tom preocupado.

Scorpius bufou.

— Eu também tô bem atrasado, sabe? Mas não sou idiota a ponto de achar que aumentar a velocidade vai me fazer andar mais rápido num tráfego desses — concluiu num tom zombeteiro. Para ser sincero, era muito menos do que ele planejara dizer.

A mulher pareceu indignada diante da reação dele.

— Ok, talvez eu tenha freado um pouco em cima demais, mas você claramente estava desatento para bater o carro daquele jeito. Já que nós dois estamos atrasados, vamos resolver isso como adultos, certo? Vou te dar meu nome e telefone e você pode anotar a placa do meu carro e eu faço o mesmo. Posso te ligar, se preferir, não importa. Você tem uma caneta? — o tom dela mudara de preocupado para agressivo, sem abrir espaço para uma intervenção.

Scorpius piscou algumas vezes antes de processar a pergunta.

— Hum, certo — ele concordou, voltando-se ao interior do carro em busca da sua maleta de trabalho, apenas para lembrar-se de que deixara-a em casa, trazendo apenas a carteira — Droga, não tenho. Você tem uma?

Ela murmurou algo sobre “ter uma no carro” e voltou-se rapidamente para o próprio veículo, deixando Scorpius sozinho. Achou impressionante o modo com que o humor dela havia mudado bruscamente com apenas uma frase provocativa, e não era nem metade do que ele queria dizer.

Resolveu sair do carro para checar o estrago, ignorando o imediato banho de chuva. Fez uma careta ao ver a frente do seu carro. Estava arruinado. Ele esperava que aquela ruiva mantivesse a palavra e pagasse pelo estrago, porque a culpa havia sido inteiramente dela. Tudo bem que ele estava atendendo o celular, mas aquilo também não era culpa dele, era de Rose Weasley.

Pensar naquilo o fez lembrar que ela ainda devia estar naquele restaurante, na melhor das hipóteses. Quando se virou para entrar no carro de novo, um guarda-chuva surgiu sobre ele, cessando temporariamente o banho de chuva.

— Você não precisava sair do carro, sabe? Agora tá todo ensopado — ela resmungou, aproximando-se para proteger-se da chuva também. Agora segurava uma caneta e um bloco de notas.

A proximidade entre os dois tornou o clima um tanto desconfortável, porque com ela, Scorpius pôde reparar nos detalhes dela – e Deus, como ela era bonita. Seu rosto era um pouco arredondado e completamente salpicado de sardas, e os olhos tinham o formato mais belo que já vira. Pareciam castanhos, mas era difícil dizer naquela luz.

Depois de alguns segundos, ela resolveu quebrar o silêncio, pigarreando e se afastando um pouco.

— Então, qual o seu nome? — ela perguntou, posicionando a caneta no papel.

— Scorpius Malfoy — ele respondeu — S-C-O-R-P-I-U-S. Eu sei que é estranho.

No momento em que disse seu nome, ela tirou a caneta do papel, encarando-o fixamente.

— Você tá brincando, né?

Scorpius soltou uma risada nervosa, embora não achasse realmente engraçado.

— Não, é sério. É alguma coisa estranha da minha família sobre estrelas e constelações. Baboseira.

E então ela comecou a rir. Gargalhar com vontade, tanto que fez o guarda-chuva sobre eles balançar, molhando-os. Ok, seu nome era engraçado, mas aquilo já era um pouco rude. Quer dizer, há nomes piores, certo?

— Certo, muito engraçado — ele tentou interrompê-la, desconfortável — Mas eu ainda estou atrasado e preciso fazer uma ligação. Se você não vai escrever é só me...

— Eu sou Rose Weasley — ela o interrompeu.

— Quê?

Não era possível. De todas as coincidências que Scorpius presenciara em sua vida, aquela era a mais absurda. Quer dizer, quais eram as chances?

— Você não pode ser Rose Weasley — ele repetiu, no mesmo tom de voz indignado — Rose Weasley está me esperando há uma hora num restaurante.

— Rose Weasley te ligou para avisar que estava presa no trânsito — ela riu, parecendo perceber algo em seguida — Meu Deus! Eu te fiz bater o carro!

E então Scorpius riu. Riu com gosto, de uma forma que não fazia há um bom tempo. Quando os dois recuperaram o fôlego, se encararam, sorrindo. Ela parecia mais bonita sorrindo, e agora esse fato não o incomodava mais.

— Você — ele resolveu quebrar o silêncio — É uma péssima motorista, Rose Weasley.

Ela abriu a boca, indignada.

— E você não tem um pingo de educação! — ralhou, mas num tom descontraído — E um carro horroroso.

Scorpius revirou os olhos. Como se vermelho vivo fosse uma cor adequada para carros.

Encarou o relógio de pulso. 22:10.

— Bem, a nossa reserva já era. Vamos precisar de um reboque, mas para que a noite não seja perdida, quer sair daqui?

Foi quando Rose o encarou ofendida e se afastou dele que ele percebeu o quão inadequada aquela frase soava.

— Wow, não, não, não! — ele gesticulou, pedindo desculpas — Eu não quis dizer sair daqui, eu quis dizer... ah, você entendeu!

Rose ria tanto da sua confusão que lágrimas de riso se formavam em seus olhos. Scorpius reparou, então, que ela tinha covinhas suaves nas bochechas quando sorria. Quando ela se recuperou, sugeriu:

— Olha, aquela lanchonete não parece tão ruim — ela apontou para uma pequena cafeteria a alguns metros deles. Não parecia um lugar sofisticado, mas devia ter ao menos um aquecedor — Podemos chamar um reboque para os carros, comer alguma coisa e depois pegamos um táxi.

Ele assentiu, parecia um bom plano. Disse que precisava pegar o celular no carro, e, depois de procurar um pouco e encontrá-lo no chão, os dois começaram a andar em direção à lanchonete. Era difícil se locomover de um jeito que o guarda-chuva cobrisse ambos, então tinham que andar um pouco devagar.

Quando chegaram, Scorpius segurou a porta para que ela entrasse, o que ela pareceu achar graça, mas não disse nada a respeito. O estabelecimento não era nada sofisticado, como ele havia imaginado. Tudo parecia desgastado, e a maioria das poltronas tinha seu estofamento comprometido. Mas o alívio de sair da chuva superava tudo aquilo.

Antes de se sentar, ambos ligaram para um reboque, e em seguida sentaram-se numa das mesinhas perto do balcão. O lugar não estava muito cheio, só dois homens bebiam no balcão enquanto conversavam, e outras cinco ou seis pessoas estavam espalhadas pelas mesas restantes, comendo ou conversando em voz baixa. Ele se ofereceu para pegar o casaco dela, e ela pareceu achar graça de novo, mesmo aceitando.

— Ok, por que isso é tão engraçado? — ele finalmente perguntou, se sentando à sua frente.

— Nada. É só que você não parecia tão cavalheiro assim quando falou comigo pela primeira vez — não havia ressentimento em sua voz, só um leve tom de ironia.

Scorpius desviou o olhar, envergonhado.

— Ah, sim, desculpe por aquilo — ele levou a mão à nuca — É que eu não estava tendo a noite perfeita, sabe? Tinha um encontro marcado com alguém que nunca tinha visto na vida, uma mulher bonita me fez bater o carro e a droga da chuva não parecia querer parar.

— Não gosta de chuva? — ela perguntou, fingindo ignorar o elogio implícito, mas Scorpius podia jurar que seu rosto tinha corado um pouco.

Não pôde responder à pergunta, no entanto, porque a garçonete parou do lado da mesa deles, mascando chiclete de uma forma extremamente sonora com um bloco de notas na mão.

— Já estão prontos para pedir? — sua voz nasalada interrompeu Scorpius, que abria a boca para responder.

Ele olhou para Rose. Ela passou o olho pelo cardápio rapidamente, virando-se para a garçonete em seguida:

— Um cheeseburguer — ela pediu — Com batata-frita.

Estranhamente, não ficou surpreso. A garçonete anotou rapidamenteno bloquinho, berrando para quem quer que estivesse nas cozinhas em seguida. E então olhou para Scorpius.

— Eu, hum, vou querer o mesmo.

Rose escondeu uma risadinha, mas ele não teve chance de perguntar um porquê.

— O que vão querer beber? — a garçonete perguntou novamente, depois de gritar o pedido de Scorpius para as cozinhas.

Dessa vez, Rose não se pronunciou, e encarou-o com expectativa. Ele pigarreou antes de perguntar:

— Vocês têm algum tipo de vinho?

Rose cobriu a boca com a mão mais uma vez, mas não fez objeção.

— Não, senhor. Só cerveja. — a garçonete respondeu tediosamente, como se aquilo fosse óbvio.

— Cerveja então — ele concluiu, e quando a garçonete saiu, perguntou: — O que tem de tão engraçado?

— Você não vem muito em lanchonetes, vem?

Sentiu-se um pouco envergonhado quando parou para pensar naquilo. A última vez que se lembrava te ter vindo numa lanchonete como aquela havia sido... há muito tempo.

Coçou a nuca antes de responder.

— É tão óbvio?

Ela riu.

— Quando vi o seu terno, soube que sim. Você é um advogado como o Al, certo? — ele assentiu — Advogados costumam ser chatos. Mas você não respondeu à minha pergunta.

— Ei!

— Você não gosta da chuva?

Ele franziu a testa.

— Você gosta? — ela assentiu — Tem certeza que mora em Londres, Rose Weasley? Porque aqui todo mundo odeia a chuva.

— Sei lá, é poético. Já viu um jardim depois da chuva?

A resposta era sim. Vários. De fato eram bonitos de se ver, mas, na opinião de Scorpius, não valia a pena. Porém, quando ficou em silêncio, ela continuou.

— Nunca tomou um banho de chuva?

— Faz um bom tempo — ele refletiu.

— Na verdade não, você acabou de tomar um. E admita que foi esplêndido.

Ele sorriu.

— Viu? Você gosta da chuva. — ela concluiu, satisfeita, reclinando-se na cadeira.

Scorpius negou com a cabeça, mesmo que estivesse sorrindo.

— É difícil me fazer mudar de ideia. Agora sobre os advogados serem chatos.

— Admita, vocês não têm diversão alguma. É só trabalho, trabalho e trabalho.

— Você está se divertindo.

Ela não respondeu, só olhou em seus olhos fixamente, sorrindo. Ela parecia achá-los interessantes.

— Então — ele se pronunciou após alguns segundos de silêncio — Se direito é algo tão incrivelmente tedioso, qual a sua profissão tão divertida?

— Sou jornalista, mas essa não é a parte divertida da minha vida, é só um detalhe. Você ficaria surpreso.

A garçonete colocou dois pratos na mesa bruscamente, trazendo em seguida duas garrafas de cerveja. A comida estava incrivelmente boa.

O resto da noite fluiu de uma forma inimaginável. Rose era uma pessoa tão incomum, e isso só fazia com que Scorpius quisesse saber mais sobre ela. Descobriu que ela pintava, e imediatamente quis conhecer todas as suas obras. Descobriu que ela atuava, e quis assistir a uma peça sua na primeira fileira. Queria conhecê-la.

Compartilharam histórias ridículas sobre Albus, conversaram sobre suas famílias e sobre o fato de Rose ser uma péssima motorista. Pediram milkshakes de morango. E só o que Scorpius pensava era em como aquele encontro podia ter sido diferente, num restaurante elegante, com comida refinada e vinho tinto. Com toda certeza não estaria se sentindo tão bem como se sentia naquele momento.

Quando perceberam que eram os últimos na lanchonete e que a garçonete os encarava agressivamente do balcão, resolveram ir embora. Scorpius insistiu em pagar, e Rose só aceitou com o argumento de que ela realmente pagaria pelo conserto do carro. No fim, resolveram pegar o mesmo táxi para casa.

Rose não morava tão longe de Albus, Scorpius percebeu quando pararam em frente à casa dela.

Depois de avisar ao táxi para que o esperasse, acompanhou Rose até a sua porta.

— Não somos namoradinhos do ensino médio, sabe — ela zombou.

— Não — ele concordou rindo — Mas essa noite foi bem parecida com um encontro de namoradinhos do ensino médio. Exceto pela parte, você sabe, do seu péssimo senso de direção.

Ela socou seu peito, fingindo chateação, e ambos riram.

— Bem, Rose Weasley — Scorpius quebrou o silêncio — Tenha uma boa noite. Foi um prazer conhecê-la.

Se inclinou para deixar um beijo em seu rosto, mas quando se afastava, Rose o puxou de volta, beijando-o.

Depois de tanto tempo sem se envolver com ninguém, Scorpius quase se esquecera do quão boa era aquela sensação, mas podia jurar que nenhum o havia feito sentir daquela maneira. Rose Weasley parecia certa, desde o gosto de milkshake de morango até o jeito com que ela fazia seu coração querer pular do peito como em um desenho infantil.

Se separaram depois de um tempo, ofegantes.

— Acho que devo ao Al um pedido de desculpas — disse, sorrindo.

Rose riu. Estava começando a gostar muito daquele som.

— Há uma pequena chance de que você consiga me divertir, Scorpius Malfoy — ela disse, sorrindo — Nada mal para um advogado.

Os dois se despediram e ela entrou em casa, fechando a porta em seguida. Foi só quando Scorpius se virou para ir embora que percebeu que não chovia mais, e o jardim de Rose estava realmente lindo.

Ao entrar no táxi, Scorpius Malfoy percebeu que não odiava mais a chuva tanto assim.


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Notas finais do capítulo

Se você é a Pokie: well, sua linda, espero de verdade que você tenha gostado. Nunca fui boa em escrever coisas que não fossem para mim, porque fico muito nervosa, mas saiba que fiz com todo o amor do mundo e que você é uma musa inspiradora ♥
Se você não é a Pokie: obrigada por ler, de verdade, significa muito! *abraço esmagador*