Fama escrita por Evil Queen 42


Capítulo 2
Conhecendo a cidade


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, tudo bem?
Já tenho 43 acompanhamentos, muito obrigada gente *0*
Algumas pessoas falaram sobre o bebê da Mikoto. Bem, sim, ele vai aparecer ;)
Boa leitura.



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Após longas horas de viagem, finalmente chegamos na casa onde vamos morar. Não é um condomínio fechado como em Suna, vamos morar numa casa comum e bem menor do que a que morávamos antes, mas ainda assim é bem grande. 

A decoração é muito bonita, os móveis são diferentes dos da casa antiga, pois os móveis da casa de Suna ficaram lá, uma vez que meu pai e meu irmão não vieram, e também por que com certeza a mamãe e eu vamos voltar lá alguma vez, nem que seja nas férias. Ou seja, os móveis não vieram, foram comprados novos. 

– Gostou ? - Minha mãe questionou enquanto eu olhava os móveis da sala. 

– Sim, gostei - Assenti - Não é tão grande quanto a outra casa, mas é bonita. 

– Sasuke, somos só nós dois por enquanto, então não precisamos de uma mansão. 

– Mas o papai vai vir, não é ? E o Itachi também. 

– Seu pai vai ficar entre Konoha e Suna. O trabalho dele está lá, mas ele pode pegar um avião e vir pra cá quando tiver uma folga. O Itachi só virá nas férias mesmo.

– Mas nós podemos ir pra lá nas férias, não podemos ? - Questionei esperançoso. Embora esteja animado com essa vida nova, com certeza sentirei falta de Suna. 

– Sasuke, ainda nem entramos em fevereiro - Ela riu - Podemos pensar nisso depois. 

–Já vi que ter nossa família reunida vai se tornar raridade - Falei cabisbaixo, fitando o sofá marrom que contrasta com as paredes de cor clara. Suspirei pesadamente - Onde eu vou estudar ?

– Na melhor escola da cidade, ora essa - Respondeu como se fosse óbvio - Eu já andei pesquisando e já sei direitinho onde vou te matricular. Amanhã mesmo nós vamos lá. 

– Eu preciso ir ? - Perguntei desanimado, afinal, basta ir pra escola nas aulas, não é ?

– Você não quer conhecer a escola ?

– Eu vou conhecer no primeiro dia de aula - Dei de ombros - Não tem graça nenhuma ir numa escola deserta, é melhor ir quando as aulas começarem. 

– Garoto difícil - Bufou - Não quer conhecer o seu quarto ? 

Assenti e subi as escadas junto com a minha mãe, logo chegamos num corredor e ela abriu a segunda porta à esquerda. Meu novo quarto é bem diferente do antigo em alguns aspectos, as paredes são cobertas por um papel de parede listrado com dois tons de azul, ao contrário do meu quarto antigo que tinha as paredes pintadas num tom de areia; as cortinas cobrem uma janela e não portas de vidro que dão para uma sacada que me dava uma bela vista do condomínio onde morávamos; o guarda-roupa embutido na parede, a escrivaninha e a cama de casal estão posicionados de uma forma que até me fazem lembrar do meu antigo quarto, embora esse cômodo seja um pouco menor. 

– Foi a senhora quem escolheu a decoração ? - Perguntei para a mulher que estava parada perto da porta, segurando na maçaneta. 

– Sim, cuidei de cada detalhe - Assentiu sorridente - Gostou ? 

– Sim, ficou muito bonito - Esbocei um pequeno sorriso - Obrigado. 

– Inclusive tem um quarto para o Itachi e outro para o bebê. 

Tá, um quarto para o Itachi eu até entendo, pois ele precisa de um lugar pra dormir quando vier pra cá, mas pra que fazer um quarto pra um bebê que ainda vai demorar uns cinco meses pra nascer ? 

– Mãe, a senhora nem sabe o sexo. 

– Sim, mas o bebê precisa de um lugar pra dormir - Revirou os olhos - Vem comigo, Sasuke. 

Ela me puxou pelo braço para fora do quarto e abriu a porta que fica bem em frente, expondo um cômodo com as paredes todas pintadas de branco, um guarda roupa embutido e um berço também na cor branca, e também tem algumas prateleiras na parede. 

– Esse é o quarto do bebê ? - Perguntei. 

– Sim - Sorriu - Quando eu souber o sexo, aí sim poderei decorá-lo e mandar pintar as paredes. 

– O que acha de já pintar as paredes de rosa ? - Sugeri - Minha intuição de irmão mais velho me diz que é uma menina. 

– Intuição de irmão mais velho, Sasuke ? - Como ela ousa rir da minha intuição de irmão mais velho ? Eu tenho certeza de que vai ser menina - É sério isso ?

– Mãe, não é possível que, depois de dois meninos, a senhora e o papai não tenham conseguido fazer uma menina. 

– Ninguém te merece, garoto - Ela riu - Sabe... - Escorou-se na parede, cruzou os braços em frente ao corpo e sorriu de canto - Eu tive uma idéia. 

– O que foi ? - Indaguei curioso e desconfiado. 

– Vamos sair pra tomar um sorvete ? Só nós dois - Ela fala como se ninguém fosse reconhecê-la na rua - Aí a gente aproveita e dá uma volta pela cidade pra você conhecer. E aí, topa ?

– Conhecer a cidade eu topo, ir tomar sorvete não. 

– Ora, por quê ? - Uma expressão de desânimo se formou em seu rosto e eu até me senti culpado por acabar com a alegria e com o ânimo dela, mas acabamos de nos mudar e eu não tô com saco pra fãs loucos com câmeras fotográficas. 

– Mãe, se isso acontecer, provavelmente mais tarde terão fotos nossas em todos os cantos, inclusive naquele programa de fofoca que eu odeio de todo o meu coração - Bufei. Foi a apresentadora do maldito programa que insinuou que eu estava muito mal de saúde depois que tiraram fotos minhas quando eu estava saindo do hospital com a minha mãe após fazer exames de rotina. Até os meus colegas da escola ficaram preocupados  - Não me leve a mal, mas eu não quero que as pessoas me reconheçam aqui. 

– E você acha que será um anônimo por quando tempo ? - Arqueou uma sobrancelha - Na escola em que você vai estudar, acha que nenhum dos alunos ou professores nunca viu alguma foto sua ? Acha que ninguém vai te reconhecer ? 

– Espero que ninguém aqui leia as fofocas internacionais - Revirei os olhos - E também tem o sobrenome... - Falei com desânimo - Enfim, eu topo ir conhecer a cidade, mas me promete que nós não vamos descer do carro. 

– Tá bom, seu chato, eu prometo que nós não vamos descer do carro. 

Então saímos para conhecer Konoha, claro que com a condição de não descermos do carro, por mais que eu queira muito tomar um sorvete, mas ao mesmo tempo não quero fotos minhas em lugar nenhum. 

Konoha é a maior cidade do país, mas ainda assim não chega aos pés de Suna. É tudo muito diferente, as pessoas, as ruas, as casas e até mesmo os estabelecimentos comerciais... Minha vida vai mudar radicalmente, espero não demorar para me acostumar com essa cidade. 

Após mais ou menos uma hora no carro, vi o mar e esbocei um sorriso, então abri um pouco o vidro da janela para sentir a brisa.

– Mãe, tem praia aqui ! - Falei animado. 

Não que eu nunca tenha ido à praia, pois já fui em várias e em países diferentes; pode-se dizer que eu conheço quase o mundo todo, mas eu não tinha uma praia à uma hora de casa. 

– Sim, tem - Assentiu - Eu amava vir aqui, dizia que queria me bronzear e voltava pra casa vermelha por causa do sol - Sorriu nostálgica e eu acabei rindo também, pois sei exatamente o que é voltar de uma praia parecendo um camarão. 

– Eu quero vir aqui qualquer dia desses - Falei animado - O clima aqui é gostoso.

– Sim, nós podemos vir aqui quando você quiser. 

Meu sorriso se perdeu na hora. Eu amo a minha mãe, mas sair com ela é sinônimo de uma muvuca de gente querendo autógrafos e fotos, até porque não é todo dia que você vê uma modelo mundialmente famosa numa praia, quem dirá nesse fim de mundo. 

– Sim, nós podemos vir aqui qualquer dia desses - Forcei um sorriso, pois não quero magoar a minha mãe. Agora somos só nós dois, um fazendo companhia para o outro, não posso dizer nada que vá magoá-la, principalmente agora que ela está grávida. 

A cidade é bem grande, ficamos mais um tempo conhecendo o lugar, inclusive passamos em frente à escola onde vou estudar -que por coincidência é perto da nossa casa-, é menor do que a que eu estudava em Suna, mas tem uma estrutura muito boa e eu espero me dar bem com os meus futuros colegas de classe. 

Demos umas três voltas pelo nosso bairro para eu conhecer melhor e memorizar as ruas direitinho, pois eu posso querer sair sozinho. Sim, eu saio sozinho, não é porque meus pais são muito ricos que eu só ando com motorista.  É claro que meus pais se preocupam comigo, mas eles não tentam me criar numa caixa de vidro para me proteger de tudo e de todos. 

–Então, o que achou ? - Minha mãe perguntou enquanto colocava o carro na garagem. 

– A cidade é bonita. 

– E a sua nova escola, gostou ? - Apertou o botãozinho do controle para fechar o portão.

– Nós só passamos na frente da escola, mãe. Mas acho que deve ser legal por dentro. 

– Eu andei pesquisando na internet, ela é linda por dentro. 

Ambos saímos do carro, andamos juntos pelo jardim até chegar na varanda, onde tem uma grande porta de vidro que dá acesso a casa. 

– O importante é ter um bom ensino - Falei indiferente - Espero que seja tão boa quanto a escola que eu estudava antes.

– Filho - Ela pareceu preocupada - Por que você está tão triste ? Poxa vida, você estava tão animado.

– Eu sei, mãe, eu sei... - Suspirei pesadamente antes de me deitar no sofá da sala. Ele precisava ser estreado - Eu tô sentindo falta do papai e do Itachi, também tem os meus amigos que ficaram lá. Eram poucos, mas eu gosto muito deles e vão fazer falta.

É nessas horas que eu agradeço à tecnologia que evoluiu para nos deixar mais perto das pessoas que estão longe. Ainda bem que existe WhatsApp, Skype e derivados. 

– Também sinto falta dos que ficaram em Suna - Falou, sentando-se no outro sofá - Mas eu acho que esse pequeno descuido serviu pra me avisar que já está na hora de abandonar as passarelas e me dedicar mais a minha família - O pequeno descuido é meu irmãozinho ou irmãzinha - Eu não aguento mais aquele pique de Suna, quero uma vida mais tranquila, entende ? Eu sempre quis voltar pra Konoha, e só não insisti para o Itachi vir porque ele já conseguiu entrar numa faculdade lá e já está um pouco tarde pra ele tentar uma aqui, caso contrário eu teria insistido pra ele vir também e eu tenho certeza de que ele viria. 

Com certeza ele viria, o próprio Itachi disse que seria difícil pra ele se separar de mim, uma vez que sempre fomos grudados desde pequenos. Acontece que, se ele viesse pra Konoha, iria ficar um tempo sem estudar, pois faculdade não é como colégio, que você pode se matricular no meio do semestre e sem processo seletivo algum. Ah, sem falar que ele conseguiu uma vaga na universidade que queria e no curso que queria; no lugar dele, eu também teria ficado lá. E o papai... Bem, ele está dirigindo um filme por enquanto, então não pode vir. 

– Eu sei, mãe - Bocejei - Também tô um pouco cansado. Pouco consegui dormir no avião, isso sem falar na posição super desconfortável. 

Não sei como a minha mãe conseguiu dormir durante a metade da viagem -devem ser os hormônios da gravidez, pois qual é o ser humano que dorme tão bem numa poltrona de avião ?-, pois eu mal cochilei por quinze minutos. Dormir em avião é uma coisa terrível, acaba com a coluna e a pessoa tem que ficar se contorcendo até encontrar uma posição mais ou menos confortável. 

– Você deve estar cansado mesmo - Passou a mão pelos meus cabelos, fazendo um carinho muito gostoso que só me deu mais sono - O que você acha de estrear sua cama nova ? - Sorriu docemente - Vai dormir um pouco, Sasuke.

Ela tem razão, tô exausto e com tanto sono que se eu piscar eu durmo, essa viagem acabou comigo e pra piorar, esqueci de tomar um remédio pra enjôo antes de sair dês Suna, o que tornou a viagem pior ainda. 

– Vou deitar mesmo - Assenti e me levantei para ir até o meu novo quarto.

Era disso que eu precisava, dormir numa cama confortável, minha coluna agradece. 

Amanhã a minha matrícula será feita, não sei se vou com a mamãe ou não, até porque as aulas não começaram e a escola com certeza está vazia, mas vai que algum aluno decidiu acompanhar a mãe que foi fazer a matrícula... Vai que eu conheça alguém legal, assim já posso fazer amigos, não é mesmo ?!

Bem, amanhã eu penso nisso, agora só quero pensar no meu sono e nessa cama super gostosa. 


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Notas finais do capítulo

Comentários ?
Bem, agora tenho um trabalho de genética pra fazer, não sei se postarei algum capítulo de alguma fanfic hoje, talvez só amanhã.
Beijinhos ♡



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