Stolen Kisses escrita por Lover


Capítulo 5
Capítulo 5: Lose Control


Notas iniciais do capítulo

Oi migos, tudo bom? Eu sei que faz um BOM tempo que não posto, e peço mil desculpas. Eu estava com muitas saudades de postar aqui. Pra quem não viu ainda e quiser dar uma olhada antes de ler, eu editei o capítulo 4, que estava bem curtinho.
Bom, espero que gostem. Qualquer coisa, avisem nos comentários. Beijinhos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673071/chapter/5

Ouviu o ruído da noite silenciosa.

O odor familiar da terra úmida invadia-lhe as narinas.

Sentiu os gravetos finos se rompendo sob seus pés descalços.

O vento gélido soprando sobre sua pele suada.

A lua cheia prateada brilhando estrelado.

* * *

A noite anterior era apenas um borrão na cabeça de Lydia. Ela não tinha a mínima ideia de como havia chegado em casa depois da festa, ou de qualquer coisa que envolvesse a noite passada. Não queria nem pensar em levantar da cama; sua cabeça latejava e a claridade ardia seus olhos.

Sério, Lydia?!, brigou consigo mesma. Você realmente foi a uma festa estúpida, só por um garoto idiota que trocou três palavras com você?

Tentou erguer a cabeça, mas seu pescoço doía. Tudo doía. Lydia tentou abrir os olhos lentamente. Sentia cheiro de terra molhada e folhas secas; aquele não podia ser seu quarto. Num último esforço, abriu os olhos cansados, lutando contra a claridade.

Aquele definitivamente não era seu quarto. Estava deitada em um punhado de folhas secas que faziam cócegas em sua barriga, e bem a sua frente, uns três, quatro metros, estava um lago que reluzia a luz do dia. Ela só podia estar sonhando. Apoiou a mão no chão e impulsionou-se para levantar.

Sentiu uma onda de frio pelo corpo. Ao olhar para baixo, percebeu que estava nua. Completamente nua. Desceu as mãos para cobrir a intimidade, mas não havia ninguém ali para espiar.

Estava confusa. Tentou vascular a memória em busca de explicações. Por mais que tentasse, tudo o que conseguia lembrar da noite anterior eram alguns borrões que não faziam sentido algum. Lembrava de Allison rindo, Stiles Stilinski dançando... E nada mais.

A menina olhou ao seu redor. Podia reconhecer que estava na reserva de Beacon Hills, por todas aquelas árvores e o lago, mas não fazia a menor ideia de como tinha ido parar ali. E era isso o que mais temia.

* * *

Depois de cerca de meia hora caminhando pela floresta vazia, finalmente encontrou o primeiro sinal de vida: um carro. Era uma viatura policial, com as palavras "Polícia de Beacon Hills" escritas em preto. Normalmente, uma viatura policial era o último recurso de ajuda que procuraria, porém, depois de caminhar por longos minutos pela floresta, com os dentes batendo de frio, ela estava à mercê.

Sua primeira ideia foi bater no vidro do carro e pedir por ajuda, mas lembrou-se que estava sem qualquer roupa. Deu uma espiada ao redor, procurando alguma folha larga ou qualquer outro objeto que pudesse usar para cobrir seu corpo. Porém, algo a impediu:

— Posso ajudá-la? – ouviu uma voz masculina e o vidro do carro começou a abrir com um ruído metálico.

Merda!, pensou Lydia. Correu rapidamente para atrás do veículo e se abaixou, fazendo silêncio. Ouviu a porta do carro se abrindo e passos sobre as folhas secas.

A menina tentou se encolher ao máximo, mas o homem parou diante dela e a encarou por um segundo.

— Está tudo bem? – ele se abaixou em frente a ela, sem olhar diretamente. – Venha cá, tome minha jaqueta.

Ele esticou a mão e a entregou a jaqueta de couro, que estava morna. Foi um alívio sentir a pequena onda de calor se espalhando pelo corpo. Naquele momento, ela estava com muito frio para sequer pensar em sentir vergonha do policial.

Ela realmente queria saber o que o Xerife de Beacon Hills fazia no meio da floresta no meio da manhã, mas aquele não era exatamente o momento certo para fazer perguntas.

Assim que ergueu a cabeça para agradecer, ela imediatamente reconheceu-o: aquele era o Xerife Stilinski, pai de Stiles.

* * *

Depois de algumas peguntas, o Xerife decidiu que não valia a pena levá-la para a delegacia. Não havia provas físicas que ela havia bebido na noite anterior, e Lydia não havia comentado o fato de que não se lembrava de absolutamente nada. Ela mentira, dizendo que estava passeando na reserva à noite com alguns amigos e havia caído no sono, e acabou sendo vítima de uma brincadeira besta.

O homem a levou para casa e a deu um olhar severo assim que ela desceu do carro.

— Espero que não cause nenhum problema, senhorita Martin. – e arrancou com a viatura.

* * *

Parada diante da porta de sua casa, Lydia tentou buscar qualquer desculpa que pudesse utilizar contra a mãe. Ela lembrava que havia escrito um bilhete na noite anterior para a mãe, dizendo que ia à casa de Allison para ajudá-la a estudar para prova de Física, mas tinha certeza que a mãe já havia ligado para a senhora Argent e descoberto da mentira.

Pare de lamentar-se e vá lidar com as consequências, Lydia, repetiu para si mesma.

Respirou fundo e esperou pelo pior.

* * *

A casa estava estranhamente calma. Lydia podia ouvir a torneira da cozinha pingando em intervalos regulares. Por mais sutil que o som fosse, Lydia conseguia ouvir a metros de distância o som das gotas pingando na pia metálica. Se se concentrasse, ouvia a respiração calma de Prada, adormecida no sofá. Ouvia o som do vento soprando as folhagem do lado de fora da casa e dos pássaros cantando.

Lydia imaginou que tudo aquilo tudo fosse apenas uma das consequências de beber na noite anterior. Era como se todos aqueles sons baixinhos ressoassem na sua cabeça sem parar. Altos demais.

Fechou os olhos com força e deu um longo suspiro.

— Mãe?

Nenhuma resposta.

— Mãe? – Lydia chamou novamente.

Novamente ninguém respondeu.

Lutando para não se desesperar, Lydia correu para a cozinha e agarrou o telefone. Discou o número da mãe, que sabia de cor e salteado, e esperou por alguma resposta.

— Alô? – a voz calma da sra. Martin respondeu do outro lado da linha.

— M-mãe? – Lydia indagou surpresa. Checou o relógio e viu que já eram oito horas da manhã; naquele horário, a mãe com certeza já estava no trabalho.

— O que foi, Lydia? – a mulher soou impaciente. – Por que você não está na escola?

— É... eu me atrasei um pouco. – Lydia xingou a si mesma. Não estava entendendo por que a mãe não estava à sua espera, esperando para dar uma bronca daquelas.

— Como assim se atrasou? Você estava tomando banho quando eu saí para trabalhar. Já faz uma hora, Lydia.

Tomando banho? Lydia congelou. Mas ela não estava em casa. Como era possível que estivesse tomando banho?

— Mas mãe, eu nem tomei banho hoje de manhã.

— Pare com isso, Lydia. Eu falei com você, não se lembra? ela deu um longo suspiro. — Eu não tenho tempo pra isso, Lydia. O que você quer?

A menina vasculhou a cabeça por uma resposta.

Só ia avisar que não vou pra escola hoje, não estou me sentindo muito bem.

Um longo silêncio do outro lado da linha.

— Tá bom, Lydia. Mas trate de pegar as anotações com alguém depois. E pedir exercícios extras para o professor.

E o telefone ficou mudo.

Lydia tentava entender o que estava acontecendo. Sua mãe alegava que tinha falado com ela de manhã, enquanto ela não se lembrava de nada de antes de acordar nua na floresta.

A menina olhou para baixo, lembrando-se que não estava vestindo nada além da jaqueta do xerife. Correu para o andar de cima para se vestir.

Assim que abriu a porta do quarto, se deparou com uma bagunça. Seu quarto estava virado de cabeça para baixo. Seus livros de escola espalhados pelo chão, suas roupas rasgadas e arremessadas pelo quarto. Sua cama estava uma bagunça: havia penas do seu travesseiro voando por todo o quarto e um grande rasgo em seu colchão.

Lydia se aproximou um pouco mais. Era como se alguém tivesse enfiado três facas em sua casa e deslizado para baixo com força. Parecia mais com um arranhado de algum tipo de animal, grande demais para ser Prada, considerando que o arranhado todo era pelo menos duas vezes maiores que ela.

Seu primeiro pensamento foi que alguém tivesse invadido a casa. Talvez entrado pela janela. Correu até o quarto dos pais, mas o cômodo estava impecável, assim como todos os outros da casa.

Toda aquela bagunça estava concentrada a um cômodo de sua casa: seu quarto. E ela não tinha ideia do que podia ter causado aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stolen Kisses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.