1981

As primeiras semanas foram as piores, Olivia não sorria, não expressava emoções, parecia que tinha se trancado no seu próprio mundo, um mundo no qual a única razão pela qual ela vivia ela sua filha. Todos os dias ela ia ao berçário e ficava horas e horas olhando a menina.

Com o tempo, a pequena e frágil Hermione foi apresentando melhoras, pequenas, mas significativas. Ela começava a ganhar peso e mais cor.

Então, vendo essas mudanças, Olivia decidiu que estava na hora de levar a criança para casa, conversou o pediatra.

—Se quer mesmo levar a menina para casa, terá que ter vários cuidados, cuidados que, no caso da sua filha, o hospital seria a melhor escolha.

—Ela já ganhou peso, o peso “normal” para um bebê.

—Ouve muitas complicações no parto, como à senhora sabe. –Disse serio. –Passaram-se alguns dias, mas a menina ainda precisa de nutrientes. Nutrientes que infelizmente a senhora não pode fornecer.

Esse foi o segundo problema, por causa dos transtornos passados o leite de Olivia parecia ter evaporado. Ela estava seca.

Olivia aceitou por mais alguns meses a decisão do medico, de manter a criança lá, esperou até a menina ganhar mais nutrientes, ficar mais forte. Um mês depois Hermione recebeu alta.

1994

O dia logo amanheceu, Hermione foi a primeira a se levantar, tomou um longo banho, se ajeitou (quer dizer, só vestiu de Hermione Granger, a grande amiga de Harry e Rony) e foi chamar Blás.

—Se divertiu? –Perguntou maliciosamente saindo do banheiro.

—Muito, e você?- Respondeu/Perguntou.

—Foi muito proveitoso.

—Gostou de alguém?

—Uma loirinha... Muito gostosa.

—Que coincidência, eu gostei de um loiro também. –Ao ouvir isso Blás pensou está se esquecendo de algo.

—Cadê a poção? –Perguntou ao se lembrar.

Hermione colocou a mão na cabeça.

—Ainda bem que você lembrou, porque se não eu não lembraria.

Ela foi até o armário e pegou um vidrinho de cor purpura.

—Você não deveria coloca-lo num canto tão fácil de achar, imagina se um dos idiotas acha.

—Não se preocupe, se alguém achar vai pensar ser uma poção para cólica. É da mesma cor, e eu coloquei o nome.

Hermione pegou dois copinhos pequenos e colocou um pouco para ela e para Blás. Lhe entrou.

—No três... Um... Dois...

—Três!

E beberam.  A poção tinha um gosto estranho e confuso, era um pouco amarga, mas ao mesmo tempo era doce, algo como: Ruim e Bom! E tinha um poder especial, fazia quem a bebe-se se lembrar de todo que aconteceu na noite anterior. Todos os detalhes, uma pena que eles só voltavam dois meses depois.

—Você deveria ir logo, alguém pode chegar aqui.

Blás concordou e saiu, não sem antes da um beijo na testa dela.

—A noite foi ótima Mione. Bom dia.

—Bom dia amore. –Disse sorrindo para o melhor amigo.

###*###

—Bom dia meninas. –Disse Luna ao entrar no salão e ver Hermione e Gina conversando. –Do que estavam falando?

—Do novo livro de Quadribol para principiantes que lançou. –Respondeu Gina.

—É. A Gina diz que não é bom.

—E não é!

Assim que acabou de falar, todos os alunos se levantaram  para ir para a primeira aula do dia.

—Vejo você mais tarde. –Disse Hermione se levantando.

—Se divertiu ontem? –Perguntou Gina ao ver que Hermione já estava numa distancia segura e não escutaria.

—Você nem imagina o quanto.

—Alguém percebeu você entrando no salão comunal?

—Nunca, e você?

Gina negou.

—Minha cabeça dói um pouco. –Confessou Luna.

—Você não tomou a poção?

—Ela acabou!

—Temos que comprar mais, se você sentir algo vá ao meu quarto, tenho um pouco. Está dentro do baú.

Luna concordou e foi para a aula.

###*###

—Estou sentindo algo estranho. –Disse Harry sonolento.

Hermione o olhou atentamente.

Ambos estavam no pátio sentados num banco debaixo de uma árvore.

—Deve ser sono! Vamos lá Harry, por que não dormiu?

—Pesadelos.

—Não pararam com a poção?

—Só nos primeiros dias que eu tomei, depois voltaram ainda piores. –Estremeceu ao lembrar. 

—O que você viu?

—Ele estava muito feliz, parecia que tinha recebido uma boa noticia.

—Uma boa noticia?

—Sim e eu... –Harry ia continuar falando se não vê-se Draco, Theo e Blás chegar perto.

Hermione suspirou.

—Ainda acha que o Malfoy é um comensal?

—Ainda acha quadribol um jogo inútil? –Rebateu.

—Harry... Ele não...

—Você não sabe Mione, você não sabe.

—Pense comigo, por que o tão “famoso”- Disse fazendo aspas com as mãos. -, aceitaria o Malfoy?

—Talvez porque ele seja de uma família rica, sangue-puro e “famosa”.-Respondeu imitando a amiga. 

Ambos riram e não perceberam o trio de sonserinos se aproximando cada vez mais.

—Assuma Harry mesmo com isso tudo, ele é muito pouco. Até eu sou melhor que ele.

—Você é melhor que muita gente Mione, principalmente ele, não dê ouvidos a xingamentos. Certo?

—Certo. – Eu nunca liguei mesmo, disse em pensamento. –Voltando ao assunto Malfoy...

— Que um nome tão bonito faz numa boca tão... Suja? –Perguntou uma voz angelical atrás de Hermione, isso a fez se virar rapidamente e dá de cara com Draco Malfoy a olhando.

—Nada de mais Malfoy. –Ao ouvi-la falar Draco pensou conhecer a voz de algum lugar... É claro que você conhece né babaca? Você infelizmente convive com essa sujeitinha diariamente, é comum. —Estava apenas me lembrando do dever que a professora de Herbologia passou.

Draco franziu a testa e Blás segurou o riso sabendo o que viria pela frente.

—E o que isso tão haver com o meu nome?

—É que as doninhas são os animais que comem aquela plantinha que estudamos, se você se lembra, mas não se preocupe, se você não lembrar eu entendo animais de um celebro tão pequeno tem problemas para absorver informações! –Disse tentando, em vão, controlar a ironia, o que foi impossível, cada palavra dita vinha carregada de ironia, sorte que Harry estava muito concentrado e não prestou atenção no que a amiga disse.

Draco a cada momento ficava mais vermelho, Hermione respirou fundo abriu um sorriso calmo e olhou para Harry.

—Harry. –O chamou fazendo olha-la. –É melhor irmos. –Harry concordou e estranhou Draco está tão vermelho, mas não comentou nada. –Ou o Malfoy pode explodir! –Falou de modo que Harry não conseguia ouvir, mas os sonserinos, sim.

She's not a saint and she's not what you think

She's an actress, Whoa