Cap.1

1981

A famosa Londres estava a mil emoções com a chegada do Natal, prédios prepararam seus fogos, famílias arrumavam casas e preparavam as ceias para os parentes que logo chegariam, às lojas vendiam mais e mais... Tudo estava indo extremamente bem... O casal Granger que o diga. Como presente de Natal eles ganhariam uma linda menina.

Olivia tinha se preparado fisicamente, emocionalmente e financeiramente para a chegada de Hermione, o quarto já estava pronto, às bolsas arrumadas para o grande momento, às roupinhas no armário... Estava tudo perfeito. Até seu marido parecia mais calmo. Raul era um homem jovem, assim como a esposa, quando Olivia lhe contou que estava grávida, ele teve um pequeno probleminha ao caiu duro no chão. Quando acordou viu a esposa aflita o olhando, ele abriu um belo sorriso, se levantou, foi até a janela e gritou aos sete ventos que seria pai, mas nos últimos dias da gestação tinha ficado um pouco apreensivo e perguntas rodeavam a sua mente: 'Será que eu vou ser um bom pai?'; ' E se ela não gostar de mim?’; 'E se eu não conseguir?'. Só era olhar para a esposa que tudo passava.

Como os pensamentos na frente de Raul, os dias foram passando e na noite da virada do ano, quando toda a família estava reunida, Olivia começou a sentir às primeiras contrações...

-Chegou a hora.

1994

Ele andava parando de instante em instante para ver se alguém seguia, graças a Merlin, não.

-Ainda bem que chegou!- Exclamou a morena irritada pelo atraso.

-Não dava para sair sem ser notado, Draco não parava de arrumar um assunto novo, me impedindo de sair. -Desculpou-se.

-Sempre o Malfoy! –Reclamou. – Sabe, acho que a qualquer dia ele assume o grande amor que sente por você. - Disse se sentando no grande sofá verde.

- Há morena, você sabe que o meu sonho sempre foi ser a senhora Malfoy. - Disse com uma voz extremamente fina, fazendo-a rir.

-Você tem que para de imitar o Plinio. Vai que algum dia ele vê e pensa que você gosta da mesma fruta que ele.

-Credo, livra-me desse... Menino.

-Ele ainda tem aquele amor platônico por você?

-Hoje ele ficou me encarando durante toda a aula de poções, ai eu o encarei e ele colocou o dedo na boca e ficou fazendo um gesto estranho.

-Gesto estranho?- Perguntou curiosa.

-È... Ele colocou o dedo na ponta do lábio e começou a fazer biquinho e outras coisas... Credo.- Disse relembrando a cena.

Amorena gargalhou da cara do amigo.

-Que pena que eu não vi, na verdade nem tive aula de poções hoje.

-Sorte a sua, Snape estava terrível.

-Imagino. Aquela mulher... Ahr me tira do serio. Como foi ver o que tem dentro de uma xícara? E ela do me azucrinando...

-Deixe-me adivinhar de quem vou esta falando... Trelawney.

- Como você adivinhou? -Perguntou irônica.

Ele andou ate o sofá e se sentou.

-Isso è estranho. -Comentou do nada.

-O que? -Perguntou confusa.

-Você sendo irônica.

-Por quê?

-Porque è tão... Você!

-Amor... Eu sou eu!

-Não, você só è você com poucas pessoas e aqui, em Hogwarts parece que só eu te conheço. Nem mesmo seus amiguinhos. -Respondeu pensativo.

- Isso è uma mentira, eu sou a mesma pessoa com todos, você que stá fiando louco.

-Não, não estou... Talvez com a Weasley você seja um pouco... Você, mas com os outros não. -Ela parou para pensar sobre o que ele disse. - Mas, por que comigo?

-Love, você não é diferente de niguem, talvez um pouco biruta. –Disse e logo ouviu um ‘Eiiiiiii’ da parte dele. –Mas, eu confio em você.

-Por quê?

-Não sei só... Confio.

Ele riu.

-Está certo. –Disse sorrindo.

-Está certo. - repetiu ela.

Eles riram.

-Você viu com quem a Cho tava hoje? –Perguntou curioso.

-Fofoqueiro. –Ele fez careta. –Com quem?

-Com aquele menino da Corvinal, ele...

1 Hora e meia depois...

-Eu tenho que ir para o dormitório, logo vão perceber que eu saí. –Disse se levantando.

Ela se levantou e foi ate ele o abraçar.

-Está certo.

Ele deu um beijo na sua bochecha e disse:

-Boa Noite Mione.

-Boa Noite Blás, ate amanhã.

*******

Hermione? Blás? Amigos?

Bom... No começo foi muito estranho, eles brigavam constantemente, afinal ainda eram muito diferentes, mas com o tempo aprenderam a conviver e ser o alicerce um do outro.

Tudo começou numa noite de inverno, o castelo estava silencioso, até os quadros e fantasmas pareciam dormir. Quase todo mundo dormia, quase. Hermione vagava pelo Castelo a procura da cozinha, por ter passado muito tempo na biblioteca acabou por esquecer-se de se alimentar... Um mal estar começou a tomar de conta do seu ser e quando pensou que iria cair sentiu fortes braços a segurarem.

-Santo Merlin, Granger você está bem?

-Zabine? –Perguntou fracamente.

-Sim, sou eu. Como se sente?

-Tonta e... Fraca.

-Você comeu alguma coisa hoje?

-Talvez.

-Talvez?

-Não. - Assumiu.

-Então vamos, vou leva-la a cozinha, com certeza um elfo vai preparar algo para você comer. –Disse e no segundo instante Hermione sentiu seus pés fora do chão.

-O que está fazendo?

-Ora, estou te carregando, ou não sabe o que é isso?

-Por que está me ajudando?

O moreno fechou os olhos e soltou um longo suspiro.

-Porque eu sinto que devo ajuda-la.

Hermione não entendeu nada, quando já estava bem alimentada pensou que o Sonserino iria voltar a trata-la mal ou algo assim, mas não ele ficou lá para ter a certeza que ela ficaria bem.

-Por que ainda está aqui?

-Já te respondi essa pergunta.

-Não, não respondeu.

-Está bem Granger. Eu sinto que devo ajuda-la.

-Você sente?

-Sim! Algum problema?

Hermione negou com a cabeça, depois de alguns segundos se levantou e foi para seu dormitório, Blás a seguiu e só foi para seu salão comunal quando teve certeza que ela estava bem.

Nos dias seguintes que se passaram, era ele que a ajudava quando ela ficava doente, que aguentava quando ela estava de tpm (ou diabo de rabo verde, como ele apelidou carinhosamente.), ela chorava no ombro dele quando alguém a machucava e era ele quem a vingava, de uma forma ou de outra. Hermione começou a gosta verdadeiramente do Sonserino, e a ajuda-lo, ensina algo que ele não compreendia, dava conselhos sobre garotas, o socorria nas bebedeiras, quando ele nem se aguentava em pé, e até comprar ou procurar roupa para ele, ela já tinha feito. Sem que percebessem eles viraram amigos... Amigos que nem o tempo, ou o preconceito, ou a distancia...

Poderia separar.

Se algum dia você se encontrar presa bem no meio do mar

Eu velejarei pelo mundo todo para te encontrar

Se algum dia você se encontrar perdida na escuridão, e

Não puder ver

Eu serei a luz a te guiar