Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 9
A Separação E Um Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? Espero que curtam.



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P.O.V Cebola Menezes

“Por favor, me dê mais uma chance.”

Foram as últimas palavras que eu disse para a garota que eu mais gostei nessa vida, antes de dar aquele beijo tão especial e vitorioso, mas será que realmente eu fiz a coisa certa? Desde aquele dia, nem no facebook, grupos de whatsapp ou na banda, ela fala mais comigo, nem sequer me olha ou me cumprimenta. Creio que devo ter sido imprudente, mas será que, por causa disso, ela vai me isolar da vida dela permanentemente? Sinceramente não sei, apenas creio que a Mônica ainda sinta algo por mim, mesmo com minhas mancadas passadas e as frequentes. Saio na rua cabisbaixo, pensando no que posso fazer daqui pra frente. Sento em um banco perto do campinho que eu jogava futebol quando criança, e tento fazer planos para reconquistar a Mônica. Meus neurônios estavam trabalhando, até que ouço uma voz doce chamando pelo meu nome.

— Cebola, tudo bem com você? – Vejo a garota com uma camisa preta e um short curto, usando um par de tênis, carregando uma mochila nas costas.

— Oi Jéssica. – Fico surpreso ao ver a Jéssica vestida daquele jeito, ela no dia a dia parece ser bem menos formal do que na escola e, sinceramente, que pernas torneadas são aquelas, meu Deus? – Tô bem sim, só estava pensando em alguns problemas da escola...

— Se você parar de ficar babando pelas minhas pernas, talvez eu possa te ajudar. - Jéssica fala, rindo da minha cara.

Tento me recompor rapidamente, mas logo bate aquela “bad” novamente em mim, tirando toda a graça do momento. Ela senta ao meu lado, colocando a mão no meu ombro.

— Você não está assim por causa da escola, né? O que aconteceu realmente? Pode me falar.

— Na verdade, é a Mônica, sabe... Eu estou pensando nas vezes em que fui idiota, egoísta com ela, e agora estou aqui, sozinho, por não valorizar a garota que mais amei na vida. - Desabafo.

— Não fique tão deprimido. - Jéssica fala, alisando meu rosto. - A Mônica, você, eu... Somos humanos e cometemos erros, às vezes. Ninguém é perfeito, e por acaso, você já imaginou o fato de vocês dois não terem sido feitos um para o outro?

— Será mesmo? - Digo olhando em seus olhos.

— Me diga, além da Mônica, você já tentou algo com outra pessoa?

— Sim, mas nunca nada sério.

— Então garoto, desencana. Se ela não te querer, é porque não te merece, simples. Você é um garoto legal, brincalhão, divertido, além de ser um gatinho. - Jéssica fala, piscando o olho para mim.

— Poxa, muito obrigado Jéssica, acho que eu realmente precisava ouvir isso. Valeu realmente por me ajudar.

— De nada, agora tenho que ir pra casa, o pessoal lá já deve estar preocupado. - Logo ela me dá um beijo na bochecha, me deixando corado. - Fique bem, tá legal? Tchau.

— T-tchau. - Aceno a mão para ela, que vai correndo para casa. Penso no que ela me falou, e ela tinha razão no que disse. A Mônica não era a única garota no mundo, e se não deu certo entre nós dois até agora, por que ficar insistindo? Jéssica, obrigado, você é um anjo que caiu do céu, e cada vez me sinto mais próximo de você.

P.O.V Do Contra Fagundes

O show de fato foi um sucesso, o melhor que fizemos, mas algo me incomodou, aliás, duas coisas: o fato da Mônica me evitar ao máximo antes do show, e logo após ele ter acabado, ela vir falar comigo dizendo que hoje de tarde na frente da casa dela teríamos a nossa "conversa definitiva". Ao já ter a casa dela em vista, a vejo sentada na calçada em frente ao seu lar. Caminho em direção até ela, sendo que ela está me olhando com uma cara de pouquíssimos amigos.

— Oi, como vai? - Aproximo para lhe dar um beijo, mas ela desvia, se recusando a me retribuir. Estranho e logo pergunto: - O que aconteceu?

— DC, o que tenho para falar é sobre o nosso relacionamento. - Mônica fala, com algumas lágrimas no rosto. - Simplesmente não tenho mais forças para seguir adiante.

— Como assim? Por que? - Pergunto indignado.

— Temos maneiras e costumes muito diferentes DC, sem contar as nossas brigas que vem se tornando diárias e frequentes, você não parece possuir o mesmo carinho e amor que sentia por mim no início do nosso namoro, não me dá mais atenção, faz as coisas escondidas de mim... Enfim, não dá mais DC, não dá, desculpe.

As palavras de Mônica foram diretas e secas, e isso realmente me abalou. Nunca pensei que sentiria algo assim. Bem, ações desesperadas pedem medidas desesperadas.

— Mônica, olhe, eu vou tentar mudar, juro, me dê mais uma chance. - Me ajoelho a altura de onde ela está sentada. - Vamos começar do zero, vamos...

— Xiu. - Mônica tapa minha boca com sua mão, me calando instantaneamente. - Quantas vezes você já me falou isso? Quantas vezes você já me pediu desculpas pelas suas mancadas? Quantas vezes você já falou que ia mudar por nós dois? Estou cansada DC, muito mesmo. Siga sua vida, e eu seguirei a minha, e espero que seja feliz.

Mônica se levanta e entra em sua casa, me deixando sozinho, em prantos. Me levanto, tento erguer minha cabeça sem sucesso, e me dirijo pra casa. Meu mundo desabou, eu tinha perdido uma das coisas mais importantes que havia conquistado. Talvez a Mônica de fato tivesse razão. Se eu fosse um pouco mais sincero, atencioso, isso não teria acontecido. Agora é pensar, e ver o que o destino me reserva daqui pra frente.

P.O.V Lysandre Maddox

As vezes meus hobbies me atrapalham. Fiquei até às duas da manhã compondo uma música, e acabei acordando tarde demais, e como nessa escola não aceitam alunos atrasados, já dá de ver. Depois de levar uma baita bronca de minha mãe, pego uma de minhas melhores músicas (que por sinal, estava composta em inglês) e sento em um banco, tentando imaginar o ritmo mais adequado para a música, até que vejo um colega meu de sala zoando de minha cara.

— Falando sozinho, cara? Acho melhor ligar pro hospício hein?

— Ah, é você, Castiel? - Digo me recuperando do susto. - Não foi pra escola hoje de novo?

— Não, estava sem vontade. E você, senhor certinho? Por que não foi?

— Fiquei até tarde, compondo umas músicas. - Falo me espreguiçando.

— Huumm, você compõe é? Eu não esperava. Isso que você tem na sua mão, é uma música? Deixa eu ver.

— Tá, toma. - Entrego minha composição ao garoto ruivo. Como ele era guitarrista, ele podia falar se a música estava boa ou não. - E aí?

— Olha, não está nada mal, você sabe compor muito bem. - Ele fala me entregando a folha. - Você tem futuro.

— Obrigado. - Digo pegando a folha de volta. - E me diga, por qual motivo você fuma?

— Por causa do estresse. - Castiel fala dando de ombros. - Eu vivo de mau humor, aí fumo para ver se fico mais calmo, mas não é todo o tempo.

— Sabia que cigarro faz mal a saúde? Traz várias doenças, como a...

— Quer saber? - Ele fala me interrompendo. - Já vou, não quero ouvir lição de moral, pois disso já to cheio.

Percebo ele ir embora e balanço a cabeça negativamente, mas logo penso no que ele me disse, e fiquei mais seguro para continuar compondo músicas. Quem sabe, um dia desses meu hobbie vire profissão.

P.O.V João Santos

Tendo acabado de chegar do colégio, tomo um banho, me visto casualmente e parto para o computador, entrando no facebook. Vejo as postagens dos meus colegas da minha antiga escola e da minha atual. Tudo atual, até que uma postagem da Denise me chama atenção. Era duas fotos da Mônica com o DC, e ao que pude perceber, eles não estavam de bem um com o outro. Leio a postagem e, ao saber que aqueles dois se separaram, pulo de alegria, literalmente.

— UHUUU, BELEZA!! - Pulo e danço de alegria. - AGORA EU QUERO VER, AGORA EU QUERO VE-ER!

— Tá com pó de mico na cueca, João?

Olho para o garoto que estava copiando as atividades de hoje que foram passadas na escola, era o Lysandre, que ria da minha cara sem parar.

— Esqueça o que você viu. - Digo envergonhado. - Só me exaltei um pouco.

— Um pouco? Você parecia estar dançando a dancinha da garrafa, só que sem a garrafa.

— Hunf. - Resmungo e viro a cara, voltando ao computador.

— Fala aí, o que aconteceu? - Lysandre para de rir, e me pergunta curioso.

— Não conta pra ninguém, mas tô feliz porque a Mônica se separou do DC.

— E você está feliz com a infelicidade dos dois? Que feio... - Lysandre fala, mangando da minha cara.

— Não que eu esteja, mas é sempre bom saber que temos alguma chance com alguém que gostamos.

— Hum, sei...

— Mas e você? Não tá interessado por ninguém?

— Por agora, ninguém. - Lysandre dá de ombros. - Parece que ninguém daquela sala faça o meu estilo. A única que prestei um pouco de atenção foi a Denise, mas nada demais e não creio que ela se interesse por caras românticos.

— E por que não tenta? Como diz o velho ditado, quem arrisca não petisca. - Falo rindo.

— Hmpf, tanto faz. Deixa eu terminar de fazer as coisas aqui.

— Tá, vai nessa. - Volto ao PC e fico minutos vendo as postagens da Denise, que, são sobre os amigos e "inimigos" dela. Tem até a foto de uma garota francesa de bóina vermelha desmaiada em cima de um barco, com uma hashtag dizendo "#Vacilonarealmentemorrecedo". Rio disfarçadamente daquela legenda, até que vejo o Lysandre me chamando.

— João, tem alguém batendo na porta.

— Poxa vida, deve ser ela!

— "Ela"? Ela quem? - Lysandre pergunta curioso.

— Você já vai ver.

Corro para pegar a chave, destranco a porta, e a minha frente aparece uma garota do meu tamanho (ou seja, alta), com cabelo curto na cor roxa. Ela tem a pele bastante clara, e é um pouco fortinha.

— João!! - A menina pula em meu corpo, me empurrando para trás. - Que saudades que eu tinha de você!!!!

— Também estava com saudades de você, Melissa, minha irmã. - Digo, retribuindo o abraço forte que ela estava me dando no momento.


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Notas finais do capítulo

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