Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 68
A União


Notas iniciais do capítulo

Olá Amores!!!
Capitulo fresquinho para vocês, desculpem a demora, o capítulo é meu e do João, intercalamos, relemos, refizemos e ficou assim.
Aviso: Esse capítulo terá cenas bem fortes, segurem os corações e o estomago.
Obs: os próximos capítulos não serão tão pesado que nem esse, serão mais leves.

Boa leitura!!!!
— Monike



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P.O.V Monique Lockwood (Asuna)

Minhas tropas e as tropas de Ângelo atacavam os demônios que surgiam. Eu conseguia ver ao longe, Dona Morte eliminando os demônios inferiores silenciosamente, ela aparecia e sumia exatamente como eu já sabia que ela faria, pois aquela é a maneira que ela luta.

Eu matava cada demônio que aparecia em minha frente sem muito esforço. Não era difícil, apenas demorado por ter inúmeros.

— Eu sou o Capitão Feio e vou lhe derrotar. – Diz um maluco com uma capa, aparecendo e se preparando para me lançar uma magia de poeira e sujeira que eu bloqueio facilmente.

Sorrio assustadoramente, o fazendo ficar com medo e começa a recuar, mas antes que ele conseguisse fugir, eu viro um dragão de fumaça negra enorme. Passo por dentro dele o destruindo, não fazendo sobrar nem a poeira dele para contar história.

Aproveito o tempo que me restava ainda com a transformação para morder outros demônios que assim que atingiam meus dentes também de magia escura, sumiam rapidamente, morrendo para voltar do lugar de onde vieram.

Volto ao normal ofegante e sentindo que estava um pouco cansada. Aquele dragão foi uma surpresa muito forte, mas ainda assim me desgastou um pouco.

— Ataque-a, feiticeiro! – Escuto Naamah ordenar ao cara encapuzado que logo vem, contudo, em cima de mim.

— Nos reencontramos novamente, mas vejo que está mais forte. – Ele diz com um sorriso, começo a usar magia nele, mas ele consegue desviar de tudo.

— O que está ganhando por se aliar a ele? – Pergunto sem entender o que um feiticeiro da força dele poderia ganhar com uma aliança com Sairaorg. Ele apenas ri depois da minha pergunta.

— Nada. A propósito, não estou aliado a ele. – Assim que ele diz isso, me empurra com tudo para uma parte mais afastada do meio da batalha, onde haviam poucos demônios.

— O que está fazendo? – Pergunto confusa quando o vejo conjurar um feitiço de ligação de magia em mim.

Ele estava dando sua magia a mim até que a conjuração fosse desfeita por um dos lados (meu ou dele)!

— Sou um infiltrado, agora estou aqui para ser sua fonte de energia para que você não canse na batalha. – Ele explica e logo cai de joelhos, ele estava ficando mais fraco e eu mais forte.

— Não! – Grita Naamah que começa a vir em minha direção. Logo conjuro um selo de proteção que apenas quem está dentro pode quebrar.

Naamah tenta passar pelo selo para matar o feiticeiro, mas é empurrada para longe por conta da força poderosa que protegia o selo.

— Você me paga! – Ela grita me encarando e logo partindo para cima de mim.

Ela começa a conjurar bebês fumaça de magia que saiam da terra para me atacar. Rapidamente conjuro lâminas mágicas e começo a golpear todos, os partindo no meio o que os faziam explodirem.

— Só tem isso? – Pergunto debochadamente o que a faz ficar mais furiosa ainda.

— Grrr. – Escuto o grunhido dela e logo começamos a lutar corpo a corpo, ela com garras enormes e eu com minhas lâminas.

Com nossa fúria e batalha voltamos ao meio do campo. Ao mesmo tempo que eu estava lutando com Naamah, via que Belzebu havia atacado Ângelo e assim eles lutavam. Ângelo estava apanhando para Belzebu e eu confesso que também estava um pouco. Naamah não era tão fraca, mesmo que meus poderes tivessem mais fortes do que nunca, não sou poderosa o suficiente para derrotar uma deusa demônio do porte dela.

Todo o lugar que ela pisava ficava seco, ela não tinha só a força da infertilidade, ela parecia ter uma podridão por dentro. Tudo o que ela toca de vivo e frágil, morre e fica seco rapidamente.

Eu voava e desviava das garras que ela me jogava. As garras pareciam lanças, passavam rapidamente por mim, era muito difícil desviar, por isso acabava me atingindo de raspão. Quando eu atingi ela, que não foram muitas vezes, acabei reparando que ela não se recupera fácil dos cortes, não como eu.

Isso é uma ótima vantagem! Só preciso ser mais forte!

Preciso de mais força e poder!

P.O.V Ângelo Trindade

Estava lutando contra alguns demônios inferiores que apareciam. Não estava difícil, então não exigia muito de meus esforços.

— Cuidado Ângelo! – Grita um dos anjos da minha tropa a mim.

Através do aviso, consigo saltar desviando de Belzebu que havia virado uma bola enorme de magia arcana. Ele queria me esmagar, mas fui rápido. Vejo que Belzebu havia voltado a sua forma roliça de antes, Belzebu era um dos raros demônios que eram enormes, talvez seria por ser o demônio da gula ou ele havia se tornado o demônio da gula por conta disso, não sei, mas também não estou aqui para descobrir isso, estou aqui para derrotar Sairaorg.

Ao longe, vi que o Arcanjo Gabriel havia aparecido. Gabriel é um anjo com quase dois metros de altura, ele estava vestindo uma armadura de cor branca com listras douradas, e em uma mão empunhava uma espada enorme de cor cinza. Gabriel apresentava serenidade em seu rosto, com longos cabelos loiros e olhos azuis. Sua face escondia o tremendo poder que ele possuía.

Sairaorg, após avistar o ser celestial em sua frente, abre um sorriso de vitória. Quando o demônio estava prestes a iniciar seu ataque com magia contra o arcanjo, ambos evaporam. Arcanjo Gabriel havia os levado a outro lugar através de magia para lutarem, e assim, ninguém saberia quem venceu, até que um volte. Tenho quase certeza que Gabriel irá conseguir, ele é um dos superarcanjos mais poderosos já criados por Deus.

— Vai ser muito bom ter mais um par de asas de anjo da guarda para minha coleção. – Diz Belzebu com seu sorriso malicioso.

— Tente! – Digo e logo ele se irrita por tê-lo afrontado.

Belzebu começa a lançar magia arcana pelas mãos e a se mover rapidamente para tentar me atingir de inúmeros lados para ser difícil desviar. Com esforço desvio delas, mas alguns ainda me atingiam, ele era muito mais forte que eu.

O demônio acaba conjurando um feitiço de encantamento me fazendo ficar paralisado por alguns instantes. Sorte minha que um dos anjos consegue me lançar outro, quebrando o anterior. Antes que eu pudesse agradecer ao meu colega, o vejo ser atingido pelas costas por um demônio de espinhos, o que o faz morrer.

Não estava muito fácil a batalha, os demônios eram fracos, mas ainda assim em grande quantidade, faziam um estrago. Volto minha atenção a batalha com Belzebu que havia conjurado uma costela.

— Essa batalha me deixa com uma fome. – Ele diz e ao mesmo tempo que devora a costela, me lançava mais discos de magia arcana. Ele fazia tudo aquilo como se fosse uma brincadeira, eu era uma piada para ele, apenas por ser mais fraco. – Cansei... Hora de te matar, anjo.

Assim que ele vem em minha direção eu recuo rapidamente, mas acabo batendo em alguém ao andar de costas. Quando me viro vejo Asuna, quer dizer, Monique me encarando com sua magia saindo pelas mãos e seus olhos brilhando fogo. Eu nunca havia visto aquele poder antes, nem nela, nem em qualquer outro andarilho, seria obra de Lúcifer?

— Vejo que também está com dificuldades. – Digo apontando para Naamah que desfere outra magia. Instintivamente, ela e eu fazemos um escudo de proteção que acaba se unindo e ao impacto da magia de Naamah, a bola rebate voltando para ela que cai para trás com a magia rebatida.

— Não somos amigos, mas o que acha de unir nossos poderes? – Ela sugere me encarando com seus olhos normais, ela havia tido a mesma ideia que me surgira. A nossa barreira junto, foi tão poderosa que causou dano a uma deusa demônio.

— Concordo. – Digo e logo bloqueamo-nos de vários ataques seguidos de Naamah e Belzebu, quando eles param por estarem cansados de nos atingir e desviar das próprias magias. Monique e eu apontamos nossas mãos a Naamah e lançamos um poderoso raio com partes douradas (vindas de mim) e pretas (vindas de Monique). A deusa não teve tempo de desviar e assim que o raio enorme a atingiu, ela evapora como se nunca estivesse existido.

— Isso! – Comemora a loira e logo faz uma cara de brava para o Belzebu que estava nos encarando com um pouco de medo.

— Você é o próximo! – Digo me empolgando depois da empolgação da minha antiga amiga, agora ex-amiga.

Logo batalhamos um 2x1, onde Belzebu tentava desesperadamente nos acertar, mas sem sucesso. Quando um de nós ia ser atingido, o outro conjurava uma proteção. Rodopiávamos e corríamos lançando a magia ao mesmo tempo.

Belzebu conjura uma magia para ficar maior. Olho para ela que logo me encara e pensamos a mesma coisa. Espadas!

Monique atacava rapidamente com sua espada negra de fogo avermelhado, enquanto eu atacava por baixo com minha espada branca com fogo azulado. Ela empunhava a espada como uma perfeita espadachim, rápida e ágil. Eu estava um pouco desastrado por acabar a olhando lutar. Aquilo era tão viciante, a olhar lutar, ela lutava com o coração e com toda sua força.

— Cuidado! – Ela grita e logo vejo um tentáculo sair de dentro de Belzebu me acertando e me lançando para longe. Nem tive chance de desviar.

Ela corta um dos tentáculos, mas outro a atinge. Antes que ela atingisse a queda, a seguro.

— Tem algum plano? – Pergunto ofegante. Aquela batalha estava drenando toda minha energia.

A andarilha começa a pensar. Enquanto, Belzebu estava se preparando para nos atacar juntando mais força para um grande golpe. Ainda tínhamos alguns minutos antes desse poderoso golpe.

— Já sei! – Ela diz, seus olhos brilhavam em prata ainda podendo ver a cor natural, por conta do plano que ela havia pensado. Os olhos dela estavam sendo um tremendo mistério para mim. – Eu virei um dragão antes. Não é o suficiente, mas eu posso atravessar ele enquanto você me lança seu fogo celestial. – Concordo com a cabeça, pois poderia dar certo.

— Preparada? – Pergunto e assim que ela concorda já vira um dragão de fumaça negra. Ela se prepara para atingir Belzebu e eu começo a canalizar todo meu fogo celestial nela a fazendo ficar ao redor cheia de um fogo dourado com branco. A visão era tão sensacional que não parecia real.

Ela passa com uma velocidade sobre-humana pelo demônio que fica com um buraco enorme na barriga por onde ela acabara de passar. Rapidamente ela volta e começa a circular ele, reprimindo qualquer efeito de cura.

Era minha deixa!

Avanço novamente com a espada e atravesso o peito de Belzebu, logo Monique desfaz seu dragão no ar e antes de atingir o chão atinge as costas de Belzebu com a sua espada.

Nos afastamos e vimos que ele começou a se contorcer rapidamente, não sabíamos o que estava acontecendo com o demônio até que o mesmo simplesmente explodiu, sujando a todos e tudo ao redor com uma gosma verde brilhante.

— Que nojo! – Ela exclama tentando tirar a gosma do cabelo.

— Olha o lado bom. Conseguimos! – Digo com um sorriso.

— É, até que como dupla damos para o gasto. – Ela confessa e meu sorriso aumenta. – Mas ainda assim você é um cretino.

É oficial, ela sempre vai me odiar pela traição. O que eu esperaria? Eu sempre soube que não deveria partir seu coração, sabia que ela detestava traições.

A vejo ao longe tirar toda a gosma que havia nela e também, a vejo se preparando para lutar contra mais demônios. Mesmo exausta, ela não desistiria da guerra. Bem..., vou seguir o exemplo, mas confesso que preferiria desaparecer daqui por conta dessa exaustão, ao qual me encontro.

P.O.V Sairaorg Gremory

Repentinamente tinha sido teletransportado para um local distante. Parecia que estávamos longe da Terra, em um local entre os Reinos Espirituais e o Reino dos Mortais.

— Pronto, aqui está perfeito.

— Nos teletransportou para um lugar bastante longe, Gabriel. Não deseja que a Terra sofra danos?

— Óbvio que não desejo, Sairaorg Gremory. Vou desmanchar por acaso uma das principais criações feita por Jeová nesse universo? – Dizia enquanto empunhava a espada com suas duas mãos. – Diferente de você e de seus servos. Nós anjos queremos a paz!

— Por acaso, me selar contra minha vontade e me deixar milênios desacordado é uma missão de paz? – Falo enquanto materializo uma espada proveniente de energia demoníaca. – Vocês anjos, são as criaturas mais hipócritas que já conheci.

Minha raiva contra Gabriel não tinha passado desde os vinte e cinco mil anos que fui banido do reino dos vivos e dos mortos, por culpa dele e de Deus. Sem pestanejar, avanço para cima dele com um golpe de espada no canto superior direito em um golpe diagonal com o objetivo de atingir sua cabeça, porém ele defende o golpe colocando a espada dele antes do local que ia ser atingido. Dando um giro, o golpe de espada vindo dele tinha a intenção de me atingir no braço esquerdo, contudo me afasto da área de alcance dele, recuando alguns metros. Com a mão esquerda, lanço várias bolas flamejantes em sua direção, a qual ele bloqueia todas com a mão direita. De fato, o poder dele continuava o mesmo, ainda depois de todos estes milhares de anos.

— De fato, isso vai ser tão difícil quanto eu pensava. Continua com o mesmo poder de anos atrás. – Falo olhando em seus olhos, que passavam confiança e ódio ao mesmo tempo. – Mas, não pense que serei tolo como da última vez.

— Como?!

— Saiba que existe um pequeno erro de cálculo que você e os anjos cometeram ao me trancar no corpo de um humano especial. Mesmo que não seja tão grande como o meu, João tinha habilidades especiais, provindas dos céus.

— ...

— E sabe o que descobri? Que as habilidades do mortal, somadas a minha, me faz praticamente um deus! Venha até mim e lute, ó meu servo Jehudiel!

— Como é?

P.O.V Arcanjo Gabriel Jibrail (גַּבְרִיאֵל)

Com o mover de sua espada, uma energia negra se condensa em minha frente, materializando um ser totalmente obscuro, com asas pontiagudas, porém o semblante e a energia, era a de um anjo, contudo...

— Jehudiel!!! – Exclamo e logo escuto a risada alta de Sairaorg Gremory.

— Huhuhu, me desculpe, mas ele não vai te reconhecer.

— Miserável! O que você fez, seu maldito?

— Eu? Eu não fiz nada. Ele mesmo caçou esse castigo. – Diz Sairaorg Gremory dando de ombros, como se o que ele fez foi insignificante, como se não tivesse sido nada.

— Deixe de falar mentiras!!

— Mas dessa vez estou falando a verdade. Após ver que seus esforços não eram nada perante ao meu poder, Jehudiel preferiu um castigo infernal ao voltar para os céus como um anjo deficiente sem asa. Ele tinha vergonha, medo de como você e Deus olhariam para ele depois da desobediência. – Ele sorri malignamente. – E você sabe muito bem o que acontece com quem desobedece a sua vossa egocentricidade que é Deus.

— Não, Jehudiel...

— O que ele não contava, é que o local do inferno onde ele caiu era justamente onde eu, Sairaorg Gremory, tinha maior poder. E ao ver sua alma num local onde eu tinha uma onipotência absoluta, fiz com que ele, essa alma tão valorosa e poderosa, fosse minha serva nesse nefasto apocalipse.

— Desgraçado, eu vou te matar!!! – Grito com fúria.

A toda velocidade ataco Sairaorg Gremory que estava em minha frente, sobretudo, Jehudiel se põe na frente, interrompendo o trajeto que eu fizera.

Não conseguia reconhece-lo! Apesar de seu semblante e face serem quase os mesmos, as roupas obscuras, as asas pontiagudas. Não, esse não era meu discípulo!

Flashback On

O Reino dos Céus.

Existente desde o início dos tempos. Um local de um perímetro totalmente infinito e literalmente inabalável.

No centro desse “universo”, viviam vários anjos e almas que viviam pacificamente. Alguns mortais, em virtude de serem ótimos profetas enquanto vivos e terem espalhado a palavra de Deus sem cessar até o dia de sua morte, podiam ser evoluídos a anjos caso escolhessem isso. Um anjo trabalha 24 horas por dia, porém dificilmente temos cansaço físico desde que não façamos algo que use de muita nossa energia celestial, tal como uma batalha.

Gabriel, no caso eu, era o anjo mais poderoso de todos, e comandava uma legião de anjos, sejam eles da guarda ou guerreiros.

— Não, você não tem permissão para isso!

— Mas, capitão...

— Nada de “mas”, Jehudiel! – Dizia com total firmeza perante a insistência desse teimoso arcanjo. – As tropas atacarão quando nosso Senhor ordenar. Não se esqueça, os justos se salvarão desses ataques pelas mãos dele.

— Capitão, esses monstros estão destruindo cidades e países, catástrofes que demorarão cerca de dezenas de anos para se desenvolver. Se continuar, é capaz de todo o alimento da Terra ser erradicado e então...

— Jehudiel, se recomponha! Por acaso, questiona do senhor, teu Deus, aquele que te concedeu poderes para lutar pela sua vontade?

— Não... – Diz Jehudiel de cabeça abaixada. – Jamais me atreveria a isso, mas esses demônios, principalmente Sairaorg Gremory. Eles merecem pagar pelo que fazem!!!

— Lembre-se, um anjo não pode se contaminar por qualquer sentimento humano. Sinto que a raiva está consumindo você. Sabe as consequências de ser alimentado por sentimentos, não sabe?

— O pecado, a maior abominação criada por Deus. Contudo ainda assim, esse Sairaorg Gremory...

— Jehudiel. – Coloco minha mão sob seu ombro e olho profundamente no fundo de seus olhos claros. – Sei que tem dentro de você um grande poder e também um grande senso de justiça. Isso é algo espantavelmente admirável. Contudo, nossa missão é sempre agir pela vontade de nosso Senhor e não por nossa vontade.

— ...

— Caso desobedeça tal ordem, não vou poupar de manda-lo ao limbo por dez mil anos e logo após passar por um rígido julgamento divino por puro desacato. Está avisado!

Viro as costas e lentamente voo para longe dele.

Já estando em uma certa distância, raciocino para comigo mesmo, pensando: “Sei como se sente amigo, mas não devemos em hipótese alguma desobedecer a Ele ou fazermos algo sem sua permissão. Contudo, quando for a hora, eu mesmo irei terminar o trabalho que não fiz no passado.”

Flashback Off

— Vocês anjos, são uns porcos imundos!! Não só como se sacrificassem animais na antiguidade, ainda colocam em um humano qualquer um demônio e faz com que ele sofra um fardo que não é dele. E como se não bastassem, castigam e tratam os seus como cães adestrados que podem sofrer caso não façam o que lhes parece justo e correto.

— Você fala como se fosse incorruptível!! Esqueceu que foi seu pai que trouxe o pecado à esta terra? – Falo recuando da figura bizarra de Jehudiel. – Como você se acha no dever de dizer para nós o que é certo ou errado?

— Isso é o que seu Deus lhes contou! Eu odeio meu pai, mas até eu tenho que concordar que não foi Lúcifer que trouxe o pecado a Terra, foram os fracos humanos que Deus criou que preferiram a luxuria a ter que se rebaixar a um Deus que só ordena e proíbe. – Ele solta uma risada como se achasse graça. – O irônico é você falar disso, sobre pecado, quando Lúcifer só quis o que todos os anjos internamente queriam, a liberdade de escolha e ser livres para se divertirem, invés de ter que viver nas costas de um autocrático. A diferença é que Lúcifer foi forte o suficiente para admitir e ir contra seu querido Deus, já você, torce para que ninguém saiba de seus desejos mais obscuros.

— Você não sabe de nada, Sairaorg Gremory. Meu único desejo é seguir a Deus e suas ordens.

— Então quer dizer que você não quer me matar por ódio e vingança? – Ele rebate e eu o encaro surpreso e irritado, ele tinha razão..., até os anjos possuem desejos obscuros, mesmo que tentamos esconde-los e não os seguir.

— Mesmo você sabendo a verdade, nunca vai querer admitir, morrerá sendo o fraco que sempre foi, o segundo preferido de Deus, que só se tornou o primeiro, pois Lúcifer renunciou.

Eu não queria mais ouvir o que ele dizia..., porque eu sabia que muitas coisas eram verdade, mas saber não me faria ficar forte e sim, me fariam fraquejar. Tento limpar minha mente para me concentrar no próximo passo.

— Meu querido escravo, Jehudiel. Empunhe essa arma e destrua seu antigo mestre que te fez de escravo durante milênios de anos.

A espada que Sairaorg empunhava se materializa instantaneamente nas mãos do avatar de Jehudiel que me ataca sem hesitar. Me atacando numa velocidade incrível dando cerca de milhares de golpes em centésimos de segundos, acabo me esquivando com dificuldade, ainda recebendo de leve alguns cortes da espada que causam alguns cortes em meu rosto.

— Maldição... – Resmungo a mim mesmo. Ele realmente parece ter a mesma força do Jehudiel que treinei...

Contra-ataco ele com diversos golpes simultâneos de espada, que assim como eu, ele desvia de alguns com certa dificuldade. Contudo, mesmo ao ser atingido, ele não esboça nenhuma reação, nada de dor e nem uma expressão de surpresa ou raiva, ele parecia um morto-vivo. Após recuarmos, nos afastamos e em um milésimo de segundo avançamos um contra o outro, fazendo com que nossas espadas se choquem causando um barulho estridente, ao qual, meus ouvidos doeram por leve segundos. Mesmo tentando atacar por cima, na diagonal, em ataques rotatórios ou retilíneos, Jehudiel ainda conseguia se defender e revidar com golpes mais rápidos e precisos, tanto que após alguns segundos, num ataque em que abaixo a guarda, sua espada demoníaca fere fortemente minha asa direita.

— Argh.... Droga!! – Reclamo de dor.

Acabo perdendo um pouco o equilíbrio e acabo caindo de joelhos no chão, um pouco zonzo pela dor.

— Ora, quem diria, parece que o arcanjo mais sério e fiel está deixando de fazer o que é certo, se deixando guiar por emoções humanas?

— Você... não irá se safar dessa, maldito...

— Acho que devia rever a situação. Parece que você que não irá se safar. – A risada dele só aumenta, enquanto Jehudiel não parecia nem se divertir e nem odiar, ele não sentia nada.

— Ora, cale sua maldita boca!!

Sem hesitar e ignorando a dor, avanço novamente para cima de Sairaorg, porém ao chegar perto, sem enxergar recebo um chute na minha asa direita e acabo novamente caindo no chão, agora, com as duas asas danificadas. Sairaorg Gremory gargalhava mais ainda.

— Como você é idiota, Gabriel!!! Jehudiel agora não passa de uma total marionete minha. Ele não vai deixar nada, nem mesmo você, tocar um dedo que seja em mim.

Parece que ele estava certo. Se eu continuasse a tentar atacá-lo, eu nunca iria conseguir acertá-lo realmente. Então, não tinha outra coisa a fazer.

— Desculpe-me, amigo.

Largo a espada no chão e mais uma vez ignorando a dor, ataco Jehudiel com os punhos nus, o acertando agora várias vezes no rosto e no corpo, com os punhos revestidos de chamas azuis claras. Após voar tendo recebido um cruzado de esquerda na face, mais uma vez ele me ataca com a espada, mas com toda minha força, quebro facilmente a arma, ao qual, ele empunhava. Atravesso o seu tórax, fazendo com que ele jorre sangue aos poucos pela boca.

Gabriel. — Uma voz triste, porém aliviada, sussurrava ao meu coração. — Obrigado. Por favor, acabe com esse monstro!

— Jehudiel... – Não consigo conter as lágrimas. Numa velocidade incalculável, desço até o chão com o corpo, fazendo com que o impacto da queda faça com que ele perca a consciência e aos poucos ele vire fumaça – Juro que falarei com Deus para que tenha misericórdia de sua alma, e... ARGH!!!

Noto uma imensa espada flamejante atravessando meu tórax.

— Lei do retorno, querido.

P.O.V Sairaorg Gremory

Perfeito, meu plano tinha dado certo. Com o psicológico abalado, Gabriel esqueceu totalmente de normalizar o poder da armadura que o revestia.

— Maldição, não...

Retirando rapidamente a espada de seu tórax, Gabriel cospe muito sangue, enquanto que o sangue de seu peito perfurado jorre sem parar. Caindo novamente no chão de joelhos, sinto a agonia de suas feridas vindo ao meu ser. Sua derrota era meu prazer, sim! Isso era mais extasiante que ter estuprado aquela mortal chamada Mônica!!

— Você é... um covarde...

— Não, Gabriel. Só estou fazendo o que é justo!! – Digo e com um rápido movimento de espada, corto com facilidade sua mão.

— AAAAAAAAAAARGHHHHH!!!! – O grunhido dele ecoa pelo lugar.

— Oh meu amigo, me desculpe. Não queria ser tão rude. Mas sabe, depois de passar milhares de anos trancado como um animal enjaulado é algo muito ruim sabe?! Principalmente quando não tenho consciência do que acontece aqui fora.

Com um chute em seu queixo, faço com que ele voe longe e numa rápida velocidade, dou um golpe com meu joelho em seu peitoral bem no local onde o golpe de espada havia atingido, fazendo com que em alta velocidade ele caia no chão de bruços para cima. Lentamente desço até ele e olho em seus olhos. Uma incrível mistura de medo e ódio estavam presentes em seu coração. Um anjo demonstrando sentimentos humanos quando ele mesmo dizia que era fraqueza e anjos não podiam sentir isso, é a melhor satisfação que eu poderia ter.

— Sabe, eu não sou um vampiro ou nenhum sanguessuga, mas, creio que seu sangue deve ser suculento. – Sorrio mais ainda, mostrando o aumento de minhas presas, chego perto dele e mordo seu pescoço, sugando lentamente seu sangue.

Enquanto chupava seu sangue quase interminável, dava alguns chupões em seu pescoço, enquanto acariciava seu corpo. Anjos odiavam homossexualidade e mesmo que eu não fosse homossexual, o torturar psicologicamente me fazia entrar cada vez mais num prazer extremamente profundo. Gozava totalmente de um tesão vingativo e torturoso.

— Seu sangue é delicioso, Gabriel, mas, saiba que não sou egoísta. Gosto de dividir meus prazeres, sabia?

— Você é um ser sem escrúpulos... me mate logo...

— Calma, meu amigo, a diversão está apenas começando. – Estendo a mão, faço com que várias sanguessugas infernais apareçam perante um portal que invoco. – Amiguinhas, deleitem-se com o sangue mais puro e gostoso deste mundo.

Dezenas de sanguessugas rastejam rapidamente ao corpo de Gabriel e começam aos poucos devorar sua carne viva. Como essas sanguessugas eram infernais, a dor que elas passavam a cada mordida era equivalente a uma dor de veneno instantâneo de mil escorpiões juntos. Nem mais fôlego para gritar Gabriel tinha. Tudo que ele podia fazer era aguentar a dor enquanto sofria no mais profundo desespero.

— E para finalizar, agulhas! – Digo enquanto lambo os lábios de prazer.

Materializando quarenta agulhas na mão esquerda e outras oitenta na direita, faço com que todas as agulhas da minha mão direita são direcionadas ao corpo deitado dele, atingindo de forma equivalente em quantidade, cada parte do corpo dele, desde o tórax até os pés. Sendo movidas e enterradas lentamente enquanto penetravam totalmente o seu corpo. Parece que Gabriel ganhou um novo fôlego e soltou outro grito de dor agonizante. Basicamente, essas agulhas tinha uma condição especial de não deixar o oponente cair em inconsciência. Fiz isso, pois não quero que ele perca de sentir a dor até morrer totalmente.

— Agora..., a última parte! – Digo ainda com um sorriso no rosto. Com um movimento das mãos, as quarenta agulhas da mão esquerda vão diretamente aos lugares não atingido ainda, o rosto.

Boa parte das agulhas entraram nos dois olhos que estavam abertos e também perfuraram a língua e o céu da boca, fazendo com que sangue jorrasse nos furos feitos. Com a visão totalmente destruída e Gabriel tendo seu rosto coberto de sangue, respirando e bebendo do mesmo, ele se levanta e fica sentado de desespero.

Mas, agora, seus gemidos não eram somente de dor, mas sim, de tristeza, agonia e culpa. Mando as sanguessugas sumirem.

Gabriel chorava lágrimas de sangue.

O que me fazia só rir mais do que já rira anteriormente.

Gargalhava.

Minha risada ecoava pelo lugar.

Eu estava feliz para caralho.

Eu o derrotei.

Depois de anos.

De anos esperando por isso.

Essa batalha e essa vitória só me fizeram me sentir mais excitado, demônios são conhecidos por seres que amam tudo relacionado a sexo, e eu não posso negar, eu estava totalmente duro.

Com uma das minhas mãos, seguro em seu pescoço e o puxo, lambo o sangue que escorria pelo seu rosto.

— Só para não dizer que eu sou tão ruim, irei te deixar desfrutar da luxuria por uma única e ultima vez. – Com um portal parecido com o de antes, conjuro três succubus, ou seja, demônios do sexo.

Elas passam pelo portal e já entenderam o recado. Após elas deixarem Gabriel sem armadura nenhuma, as demônios lambem o sangue de Gabriel enquanto começam a acaricia-lo e fazerem tudo o que os anjos eram proibidos de fazerem. Eu poderia jurar que ele estava gostando por conta de como seu corpo reagiu, mas sua expressão era de dor e de nojo por ser tocado por demônios, o que não deixa especificado o que realmente estava sentindo.

Eu continuava observando o belo serviço daquelas deliciosas succubus. Assim que me canso, ordeno que elas parem. Afinal, meu “presente” já foi dado.

— Podem irem, minhas demônios. – Digo e logo uma delas vem até mim e me dá um longo beijo de língua enquanto toca em minha região de baixo.

Assim que elas saem pelo portal, eu estralo meus dedos e sorrio perversamente.

— Agora será seu fim. – Digo e logo conjuro tentáculos de sombra negra, ao qual, se prendem no pescoço, braços e pernas de Gabriel o levantando do chão. Olho pela última vez seu rosto e ele ainda com vida.

Crio mais e mais tentáculos fazendo com que eles sejam introduzidos pelo seu orifício anal e pela sua boca. Mais e mais tentáculos entravam até que com um movimento nas mãos, os tentáculos puxam para lados opostos fazendo Gabriel ser partido ao meio, dando ao fim, em sua vida repugnante.

Faço os tentáculos sumirem e crio arames para que juntassem o corpo dele sem vida, de novo, para eu conseguir leva-lo para a Terra como meu mais novo troféu.

Crio outro portal e arremesso o corpo, logo, entro atrás.

É hora de mostrar o magnifico vencedor...

Eu!


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Notas finais do capítulo

Comentem. Seu comentário ajuda com que continuemos escrevendo motivados!
Ainda mais que a fanfic está chegando na reta final!!!
Beijos e até mais!!



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