Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 63
Agora Estou Preparada! A Caída De Um Arcanjo Poderoso


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores.
Postando o capítulo do João.
Espero que se divirtam e apreciem!

Boa Leitura!



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P.O.V Magali Lima

Ao meio de todo esse apocalipse que vêm ocorrendo, fui atacada por um desses monstros terríveis. Bem no momento que tal monstro pulou em cima de mim, uma luz me cobriu, me fazendo mudar de local instantaneamente. Em menos de um segundo, apareci num local fechado, onde o clima estava totalmente frio.

Estava zonza, e a última imagem que vi antes de desmaiar era uma moça bonita, com um vestido preto. Porém, perco a consciência antes de ver o seu rosto.

— O-onde estou?? – Gaguejo.

Acordo e logo percebo que estou deitada numa cama, coberta com três lençóis. Realmente, o frio aqui era tão grande que apenas com um lençol eu não aguentaria tanto frio. Olho a região direita e vejo uma mulher loira de óculos levando alguns livros. Era simplesmente a melhor bruxa que já tinha conhecido, uma tremenda cozinheira e ainda por cima, uma grande amiga.

— Tia Nena, é você?

— Ah, meu amor. Que bom que acordou. – Diz ela colocando os livros em cima de uma estante de madeira. Todas as paredes do cômodo onde eu estava eram aparentemente feitas de pedra.

— Tia, onde a gente está?

— Só um momento, que já lhe explico tudo. Vista esses casacos que estão em cima do armário ao lado. – Diz apontando para o local.

Tia Nena sai do cômodo levando alguns lençóis com ela e acabo fazendo o que ela fala. Realmente estava muito frio mesmo. Ainda bem que a calça que eu estava vestida era apta para climas de baixa temperatura. Visto as roupas e espero Tia Nena, sentada. Aqui definitivamente não era sua casa. O ambiente que estávamos era totalmente medieval. Armário de madeira, estruturas da parede feitas de pedra, e o clima frio, indicava que realmente não estávamos no Limoeiro, ou melhor dizendo, não estávamos no Brasil.

P.O.V Cascão Araújo

Cebola, Mônica, Castiel e eu escapamos pelo portal que foi aberto. Um estrondo ecoou pelos céus.

— Muito possivelmente os demônios que estavam aparecendo eram cada vez mais poderosos que os outros que apareciam até então. – Diz Monique sobrevoando os céus em sua forma de Andarilha. – Tenho que ir lá acabar com eles! Provavelmente os outros já devem estar pelo mundo afora...

— Que outros? – Indaga Cebola curioso.

— Ninguém importante. – Responde ela simplesmente fazendo Cebola “murchar” com a resposta.

— Eu vou procurar a Magali. Ela é minha namorada e ela pode estar correndo perigo. 

— Eu vou com você. Não posso deixar minha melhor amiga a mercê desses bichos. – Diz Mônica.

— Vocês deviam voltar para o castelo. Apenas lá é seguro no momento.

— Você sabe que eu não arredo o pé daqui nem que você queira. – Diz Castiel revoltado e firmemente.

Todos nós estávamos determinados a entrarmos de cabeça nessa guerra. Não posso dizer do Castiel, mas Mônica, Cebola e eu sempre enfrentamos vários perigos: Penha, Capitão Feio, Cumulus, Spam, entre outros desafios.

— Vocês todos são uns idiotas. – Diz Monique em um suspiro. – Está bem. Então eu vou enfrentar os demônios. Mônica, cuide de tudo. Sei que você é forte.

— Pode deixar.

Com isso, Cebola, Mônica e eu corremos para a direção da casa da Magali, enquanto Monique e Castiel se dirigiam ao local onde se encontrava a luz brilhante e os demônios.

P.O.V Magali Lima

Me dirijo a sala da casa e acompanhada de um chocolate quente, minha tia me explica tudo. Eu não podia acreditar numa coisa dessas. Certo que já tinha enfrentado e visto quase tudo, mas nunca pensei que ia presenciar o fim do mundo com meus próprios olhos.

— Tia, onde estão meus pais?! E meus amigos?

— Não se preocupe, minha linda. – Fala tranquilamente minha tia me acariciando. – Todos eles estão num local onde os demônios não acessarão. Ângelo e os outros estão cuidando deles, não precisa se preocupar.

— Graças a Deus. – Respiro aliviada. – Mas tia, por qual motivo você disse que eu seria de extrema importância nessa guerra?

— É porque seu poder é um dos mais poderosos existentes nesse universo, Magali.

Olho ao lado e não posso acreditar, bruxa Viviane! A feiticeira que sempre quis se apoderar da lua e dominar o mundo! Me assusto e corro para trás de tia Nena, que instantaneamente, me tranquiliza.

— Minha linda, não se preocupe. Ela está aqui para nos ajudar.

— C-Como?!

— É isso mesmo, pirralha – Diz Viviane, alisando seus cabelos negros. – Já deixei de lado essa história de governar o mundo depois de inúmeras derrotas que tive para vocês.

— Ela também preza por esse mundo assim como você, sobrinha. Além disso, ela também quer que a Ramona viva num mundo pacífico onde ela possa ser feliz.

— Onde ela está, falando nisso? – Pergunto me referindo a Ramona.

— Mandei-a para esses anjos cuidarem e ela ajudar as pessoas feridas por estes demônios ridículos. Apesar de ela ser poderosa, suas habilidades com magia são justamente para teletransporte e cura. Não creio que ela estivesse segura conosco.

Foi uma surpresa saber que a Ramona tinha adquirido poderes de cura. E também fico surpresa em saber que uma bruxa como a Viviane se importa tanto assim com a filha ao invés de usá-la para interesse próprio. Mas uma coisa ainda me intrigava.

— Tia Nena, que história é essa de poder latente que ela me falou?

— Magali, eu sei que já existiu ocasiões que você liberou seus poderes, não é verdade?

Relembro algumas vezes que tive acesso a meus poderes. A última vez que consegui usá-los foi quando a turma estava lutando contra o Cascão com os poderes do capitão feio.

— Sim, mas na última luta, meus poderes foram bloqueados para sempre pelo Cascão. Parece que as células que me davam poder foram totalmente destruídas.

— E aí que você se engana. – Diz Tia Nena. – Os poderes de uma bruxa não podem ser apagados definitivamente, apenas de forma temporária, quase como um bloqueio.

— Isso mesmo. – Acrescenta Viviane. – Mesmo que você tenha perdido seus poderes na ocasião, o sangue de bruxa corre nas suas veias, portanto, é impossível quebrar esse vínculo que vem de gerações apenas com um truque barato.

— Espera, então isso quer dizer...

— Seus poderes ainda existem, porém estão dormentes. E você nunca mais teve acesso a eles porque não entrou em contato com nenhum item mágico ou também, não teve contato direto com a magia.

Então realmente meus poderes não tinham se extinguido para sempre. Fico feliz por isso, mas não tinha muita confiança de ser de muita ajuda ainda assim.

— É bom saber que meus poderes ainda existem, mas na última batalha eu perdi justamente por falta de experiência, além de que não sei como desbloquear meus poderes.

— Por isso que te trouxe aqui. Nós duas vamos desbloquear seus poderes e te passar tudo que é preciso para se dar bem nessa batalha.

P.O.V Sairaorg Gremory

Estava em um local bastante isolado, distinto das guerras que acontecia. Acho que aqui era o único local onde humanos não vinham, e por isso meus súditos não faziam um banho de sangue por aqui. Poderia não estar matando humanos com minhas próprias mãos, mas me divertia os visualizando matar e torturar sem parar. Observava todas as nações do mundo sendo atacada por vários demônios, os meus demônios.

Mesmo, países com bastante poder de fogo, tanques de guerra, armas de variados tipos, tudo era inútil contra meus subordinados. Realmente a carnificina estava à solta em todo o planeta.

— Asuna...

Maldita Andarilha! Até quando resistirá a mim? Preciso daquele corpo e daquela força comigo. Fico irado toda vez que meu pai a trata como se fosse sua. Não admito que ninguém me recuse. Essa vadia luminosa ainda vai morrer pelas minhas mãos, caso não queira ser minha escrava.

— Sairaorg!!

Olho a minha frente e vejo um homem com asas brancas enormes, com uma armadura dourada, empunhando uma espada de prata que emanava um poder extremamente absurdo. Ele era alto, de pele morena, musculoso e tinha cabelos ruivos lisos.

Parece que o exército celestial estava mandando seus arcanjos para derrotar meus demônios. Isso é deveras interessante. Parece que irei me divertir um pouco!

— Finalmente encontrei você, maldito miserável!!

— Ora ora, se não é um dos servos de Gabriel, o arcanjo Jehudiel.

Jehudiel era um dos arcanjos mais poderosos a serviço de Deus. Seu poder era o maior dentre aqueles que faziam parte do exército de Gabriel. Seu poder era reconhecido por ser imenso dentre todos do exército celestial.

— Está aqui tão cedo, caro colega?! Sente-se aqui, tome uma pequena xícara de sangue humano, é delicioso. – Sorrio maliciosamente vendo a expressão enojada do ser a minha frente.

Toda a mesa a minha frente se evapora, junto com a xícara e o líquido quente que se encontrava nela.

— Se não quisesse, era só falar. Não precisava destruir tudo, “Jehu”. – Meu sorriso apenas se estende.

— Eu não vou permitir que o mal que você está fazendo continue a avançar perante esse mundo, Sairaorg. Você voltará para o inferno e deixará o corpo desse jovem que você possuiu.

— Quero saber como você pretende fazer isso, amigo. Estou bastante curioso. – Digo com um sorriso, agora, sarcástico.

— Desse jeito!! AAAAAHHH!

Numa velocidade no mínimo dez vezes acima da luz, Jehudiel me ataca com sua espada com a intenção de me cortar ao meio, mas nada consegue fazer.

— O que há, Jehudiel? Me parece um pouco cansado. – Digo segurando sua espada com uma das mãos, ainda sentado em meu trono. – Acho que você sabe que não me derrotará assim.

— Maldito, você está mais poderoso que antes!

O anjo se afasta de mim, um pouco ofegante. Dava pra ver que esse ataque, apesar de sério, não foi feito com todo o seu poder.

— Como pretende acabar comigo, se não me ataca com toda sua força? – O provoco.

— Ainda desejo salvar a alma do jovem que se encontra dentro de seu corpo, maldito Sairaorg!!

— Você sabe muito bem como eu, que isso é impossível. Agora João e eu somos um só, seis poderes concedidos por Deus uniram-se aos meus e isso aumentou ainda mais minha força!!

— Não fique cantando vitória! Você sabe que alguma hora, os próprios demônios aliados a Lúcifer ou o próprio Lúcifer virá aqui e acabará com suas ambições!! Você nunca se deu bem nem com quem te deu a vida!!!

— Claro, até pois meu pai não deseja se apoderar desse mundo justamente porque Deus não o deixaria. Mas, eu sou diferente. Não tenho escrúpulos ou acordos.

— Grrr...

— Além disso, não só eu, mas Belzebu e Astaroth estão do meu lado, caso não saiba... – Digo esfregando as minhas unhas. – Não são todos os demônios que são leais a meu pai.

— COMO?! ASTAROTH E BELZEBU SE ALIARAM A VOCÊ?! – Sua face que era de pura raiva, agora se transforma em espanto e terror.

— Parece estar com medo, Jehudiel. – Falo rindo freneticamente. – Provavelmente pensaram que seria apenas eu o único perigo a enfrentar, correto? Mas olha só, você tem um exército super poderoso, enquanto eu tinha apenas alguns demoniozinhos que só servem para brincar de destruir. Seria meio chato e injusto eu não ter ninguém de peso para equilibrar a guerra, não é?!

— Eu vou acabar contigo agora!!

Jehudiel me ataca numa velocidade superior à de antes, novamente com a intenção de me cortar. Desvio sem dificuldades, fazendo com que ele acerte apenas o trono onde estava sentado. O poder do corte da espada era extremamente forte, tanto que foi capaz de causar um pequeno rasgo no espaço.

— Devo reconhecer que seu poder é extremamente forte. Não deseja se aliar a mim? – Digo flutuando no céu.

— Cale a boca, seu desgraçado!!!

Jehudiel numa sequência incrível de golpes de espadas dignas de um arcanjo tenta me acertar, mas sem nenhuma precisão. Seu poder era grande, comparável até mesmo ao de Astaroth. Realmente esse arcanjo é mais forte que os outros.

— Como é que eu me aliaria a um ser maligno como você? Meu dever é com o meu Deus e com a paz!

— Então me diz o motivo de estar aqui.

— Estou aqui para te destruir! O que mais seria?

— Mesmo depois de receber ordens para não fazer isso?!

Seus ataques param no mesmo instante. Anjos são bastante exigentes com obediência e eles raramente iam contra as ordens dadas.

— O-o que você quer dizer?!

— Sei da rigidez que todo o exército dos céus tem para com seus servos. Ninguém ou nada deve superar as ordens de seus superiores. E você Jehudiel, traiu a ordem de seu comandante Gabriel para vir lutar comigo. Tão ingênuo.

— Como sabes disso?! – Me pergunta suando frio.

— Eu li sua aura e sua mente. Vi que Gabriel tinha ordenado vocês para ir pelo mundo destruir todos os demônios de classe inferior, mas que nenhum viesse atrás de mim. E você o desobedeceu, Jehudiel!

Sua face cai e fica cabisbaixa. Parece que sua raiva está consumindo seu corpo.

— Você não é tão diferente de um demônio pelo que parece. – Sorrio maliciosamente vendo a expressão dele totalmente perdida e envergonhada por ir contra uma ordem. – Será que desobedecer a seu superior te trará algo grave? Te transformará em um anjo caído ou algo assim?! Seria hilário!! – Rio freneticamente novamente.

— JÁ MANDEI VOCÊ CALAR ESSA BOCA, SEU DEMÔNIO IMUNDO!!!!!!

Jehudiel me ataca novamente com sua espada e a defendo com meu braço esquerdo. Estendo minha mão direita em seu peito e disparo um raio de energia luminosa que o faz voar ao chão de tão poderoso que foi o ataque. Pensei que tinha matado ele, mas ele consegue se levantar com muito esforço.

— É incrível, você é realmente resistente, Jehudiel.

— A armadura que estou vestido é feita diretamente por meu Deus para que enfrente todo o mal. Saiba que nem mesmo uma energia capaz de destruir esse universo é capaz de destruí-la por completo!!!

— Oooh, que grande poder! – Bato palmas de forma sarcástica. – Mas nem mesmo tal armadura é capaz de sair intacta de meu poder. Vejo que algumas rachaduras estão consumindo sua armadura.

Mesmo com tamanha resistência, a armadura ficou com partes quebradas, apesar de não serem muitas. Realmente, ele não estava errado ao vir tão confiante. Nem mesmo o meu poder de antes destruiria esta armadura por completo.

— Vejo que não me atacou com todo seu poder ainda, Jehudiel.  Será que você ainda tem esperança de que essa alma se salve? A alma de João?

—... – Ele fica em silencio.

— Pois saiba que se não acabar comigo, muitas pessoas ainda irão sofrer, morrer. Isso tudo por sua estúpida fraqueza, capaz de se importar com uma única alma mais do que com bilhões existentes nesse planeta. Vai mesmo fazer isso?!

— Você está... c-certo...

Parece que ele mordeu a isca. Era isso que eu queria. Ver todo o poder de um dos mais fortes arcanjos.

— Você me fez s-superar minhas dúvidas. Me desculparei com João no outro mundo. – Diz Jehudiel se levantando. – E vou acabar com você. Vamos espada, me fortaleça!!

Um tremor grande abala a terra onde estávamos. Um poder surreal vinha e cobria toda a espada. Logo uma luz extremamente forte veio e o cobrio.

— Receba esse golpe, que seria até mesmo capaz de destruir todo um universo!!! Todo o meu poder, minha fé está contida nesse ataque, que será responsável por destruir até mesmo os seus prótons!!

Jehudiel ergue sua espada em minha direção confiante de seu poder. Realmente o que ele falou era verdade.

— HIGHER SUPREME EXTERMINATION!!!!!!!!!

— Hunf!

Um raio enorme vem em minha direção e me atinge com toda a força. Sou obrigado a me pôr em estado de defesa para que o golpe não me ferisse. A potência do golpe era extremamente poderosa, que foi capaz de me fazer recuar alguns metros, fazendo com que me chocasse com as pedras que tinham atrás de mim.

— Affe, me cansei.

Elevo meu poder e seguro o raio o concentrando em minhas mãos em forma de bola. Com algum esforço consigo desfazer tal energia, reduzindo ela a extremamente... nada.

— N-não... Isso é impossível! Não pode ser...

— O poder que você demonstrou era louvável. Realmente digno. Mas se quiser me derrotar, ainda precisa de muito mais que uma simples energia como essa.

Jehudiel cai cansado no chão, e suas forças se esgotam totalmente. Vou até onde ele está. O último ataque dele drenou toda sua energia corporal. Mesmo anjos se cansavam.

— Vocês dizem que demônios são malvados, mas vejo que está sofrendo muito. Não se preocupe. Vou acabar com sua dor agora, considere isso como minha piedade. – Sorrio malvadamente.

Pego a espada que ele empunhava e mirando bem, corto seu pescoço, fazendo com que sua cabeça caia, e o seu sangue angelical escorra. Pego sua cabeça decapitada e a carrego junto comigo, até o topo da montanha que eu estava anteriormente. Materializo uma nova poltrona e coloco tal cabeça em cima da mesma. Um novo troféu!

— Poxa, toda essa batalha me deu uma sede e uma fome enorme.

Tinha esquecido o resto de seu corpo abaixo da montanha. Teletransporto seu corpo até mim e perfuro a ferida que tinha feito no meu primeiro ataque, retirando o coração e o colocando em um prato de prata. Todo o sangue que tinha em seu corpo, o transporto para três taças de vidro que estavam vazias. Materializo garfo e faca para degustar o coração angelical enquanto bebo seu sangue.

— Bom apetite. – Sussurro para mim mesmo.

P.O.V Magali Lima

Tia Nena e Viviane tinham sentado ao meu redor no chão. Eu fiquei em pé parada. Minha tia feiticeira tinha me convencido a lutar contra os demônios que haviam entrado na terra, mas não sei se seria de tanta ajuda. No fim nem eu tinha tanta certeza se eu controlaria de novo meus poderes como daquela vez.

— Tenha calma, minha sobrinha. – Diz Tia Nena, de olhos fechados. – Se você não acreditar em si mesmo, você não conseguirá fazer bom uso das suas habilidades.

— S-sim, tia.

Após uns segundos de silêncio, minha tia e a feiticeira Viviane começam a recitar palavras que não consigo entender. Porém, duas auras amareladas saem de seus corpos e me envolvem, de forma que começo a levitar no ar. Várias informações vem na minha cabeça.

Minha energia flui como nunca, e ao mesmo tempo que recebo uma dor insuportável no meu corpo, uma paz transborda em meu coração, de modo que meu corpo não tenha uma reação exata ao momento. Aos poucos, tanto a dor quanto a “anestesia” parecem perder efeito, fazendo que o brilho no meu corpo vá apagando aos poucos.

Retorno ao chão e abro meus olhos lentamente. Estava vestindo um vestido preto, que cobria todo meu corpo. Meus cabelos negros soltaram de suas presilhas, e um poder imensurável transbordava em mim. Minhas forças tinham voltado e os poderes que eu tinha eram extraordinariamente maiores do que o que eu tinha antes. Sinto como se eu pudesse vencer um exército de 500.000 homens apenas com um pensamento.

— Realmente Nena, você tinha razão. – Diz Viviane, parecendo perplexa com a maneira que eu estava agora. – Eu não consigo medir as forças dela.

— Magali, realmente, você é a herdeira legítima da casa de Hécate. É com certeza a bruxa mais poderosa que já esteve na Terra.

Esboço um sorriso de satisfação. Eu ficaria muito feliz com essa notícia caso não estivesse numa guerra. Meu eu normal pularia de alegria ao ver meus poderes atuais, mas as circunstâncias impediam qualquer felicidade extrema.

— Obrigada tia. – Falo em agradecimento. – Também tenho que te agradecer a todo o conhecimento sobre batalhas e feitiçarias que implantou em meu cérebro.

— Do que você está falando?

— No meio do desbloqueio de poder, invoquei um feitiço sagrado que fazia a Magali além de recuperar poderes, ter uma sabedoria incrível sobre magias e poderes diversos para derrotar esses demônios. Não adiantaria ter tanto poder se não soubesse como usá-lo. – Responde Nena à Viviane.

— Tia Nena, Viviane, muito obrigada. Eu me sinto capaz de ajudar Ângelo e os outros agora. Por favor, orem por mim.

— Own, minha sobrinha. – Diz minha tia, me dando um forte abraço. – Eu tenho que te pedir desculpas. Várias bruxas nessa guerra estão lutando e morrendo. Envolver você que não é totalmente do mundo da magia nessa guerra me parte o coração, mas é preciso. Nenhuma bruxa nascida nesse mundo tem a capacidade de ter tal poder que você tem, por isso preciso de sua ajuda. Agora, vamos. Também preciso ajudar você.

— Não. – Digo num tom sério. – Fiquem aqui, as duas. É o único local seguro para bruxas no momento. Contatem outras bruxas e as tragam para cá. É muito perigoso saírem daqui.

— Magali...

— Eu ficarei bem, não se preocupe. Não se esqueça que dentro de mim tenho a sabedoria de vários magos e mestres mágicos de diferentes gerações. Com certeza não me derrotarão fácil. Vencerei e acabarei com essa guerra.

Antes de sair, digo algumas palavras que instantaneamente matam dezenas de demônios de classe 2, que estavam a alguns quilômetros de distância. Mesmo que eles morressem tentando chegar perto do castelo, o fiz para pura precaução para com minha tia e salvar as vítimas dessas coisas.

— Lin to totur.

Instantaneamente deixo o castelo. É hora de voltar ao campo de batalha. É hora de derrotar esses demônios e tomar a cabeça de Sairaorg!

P.O.V Astaroth Fireclaus

Ah, o sangue humano.

A carnificina.

O cheiro da morte e os gritos de desespero tomavam conta de uma cidade que outrora parecia tão pacífica. Por quanto tempo esperei por uma oportunidade de causar o terror e tipos de maldade que havia no mundo humano. Porém, algo me incomodava. Senti a intensidade da batalha do grande Sairaorg. Mesmo que ele seja tão poderoso, o seu oponente parecia ser tão poderoso quanto eu ou Belzebu.

— Não há com o que se preocupar, ó grande Astaroth. O senhor Sairaorg literalmente “almoçou” o anjo que estava o desafiando. Não precisa se preocupar, hehehe... Mesmo que os arcanjos tenham ganhado mais poder, eles ainda não são páreos à Sairaorg.

— Já esperava por isso. Obrigado pela confirmação, Phóbius.

— Eu que tenho que te agradecer, grande Astaroth, por ter me libertado da prisão que eu estava.

— Seus poderes podem ser fundamentais para a destruição do exército celestial, por isso o libertei.

Phóbius, conhecido antigamente como “O fantasma de todos os medos”. Responsável por vários suicídios, depressões e assassinatos de pessoas durante a Idade Média humana. Ele é uma entidade que é poderosa em âmbito ilusionista. Temida até mesmo por arcanjos. Uma poderosa arma que está sendo usada por nós nesse momento.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam do capítulo do João!
Próximo capitulo será meu.
Beijos e até mais!!



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