Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 49
Duas Faces Num Só Ser


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo para vocês!



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P.O.V Melissa Chieses

Tudo estava muito confuso para mim, afinal de contas, o que está acontecendo aqui

— Não posso acreditar no que estou vendo, meu irmão...

— Quer dizer então que Asmodeus mandou você aqui para me matar? Aquele maldito!!

João tinha mudado totalmente de aparência e roupas, e sua voz estava intensamente grave.

— N-não, ó grande S-Sairaorg, é que...

— Já estou cansado de você, desapareça!!

Um fogo extremamente forte consome o corpo de Ipes e este desaparece por completo. Era como se tudo fosse um filme!

— Asmodeus, você vai... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAGHHHHHHHHHHHH!

João cai no chão de joelhos e um grito ensurdecedor ecoa nos céus.

— Eu não posso ficar aqui por muito tempo... maldito selo... AAAAAAAAGGGGGGGHHHHH!!!!

O seu grito cessa e ele cai no chão, desmaiado. Sua aparência volta ao normal, e não evito de ir correndo até ele.

*******************

Colocamos João e Mônica deitados em um pano coberto no chão. Ficamos sentados perto deles e eu fico junto de Lysandre e Monique, que me amparam nesse momento.

— Ok, o que acabou de acontecer explica muita coisa e cria ainda mais dúvidas. - Cascão afirma.

— Afinal, o que o João é? - Cebola indaga. - Aquele demônio conhecia ele, pelo que dava pra ver.

— Não sejam tolos!!!!!!! - Afirmo gritando. - O João é só um garoto comum como todos nós!!!

— Pelo contrário, nesse garoto existe algo que o faz ser bastante diferente de todos vocês.

Olho para trás e vejo um homem alto, loiro, com asas angelicais, vestindo uma armadura e empunhando brilhante. Seus olhos eram azuis como a cor de um céu ensolarado.

— Ângelo! - Exclama Xaveco

— Não é possível, o que mais falta para essa noite ficar mais bizarra do que já está? - Afirma Castiel.

No fim, até eu concordo. Mas afinal, o que está acontecendo aqui??

P.O.V Ângelo Trindade

— Tragam a Mônica aqui, eu vou curá-la.

— Mas e o meu irmão?

— Tragam apenas ela aqui. - Afirmo ignorando a menina.

Cebola me traz a Mônica e apenas com um sopro, consigo curar as feridas nas pernas da Mônica. Logo após, ela também acorda.

— Você está bem, Mô?

— Tô sim, obrigada Cebola. - Logo após se recompor, ela corre atrás do João.

— Mônica, se afaste dele. - Falo em tom sério.

— M-mas por quê??

— Eu vim aqui para matá-lo.

Todos se espantam e me olham de forma assustada. Bem, já esperava por isso.

— Matar o João?! - Uma garota loira de baixa estatura pergunta. - Ele nos salvou daquele demônio, e você ainda quer matá-lo?

— É o destino dele, e para que toda a humanidade esteja em segurança, isso é o melhor a se fazer. - Ergo a espada em direção a ele, mas Mônica não se afasta, mas fica na frente dele.

— Já mandei se afastar, Mônica!

— Não até você me explicar a razão de fazer algo assim. A Monique tem razão, não tem motivo para matar alguém que nos salvou. Além disso, você deve saber mais a fundo tudo o que aconteceu aqui! Pode ir contando agora!!

Parece que era inútil debater, pois bem, o que lhes restava era dizer a verdade.

— Pois bem, sentem-se todos.

Todos se acomodam e apenas eu permaneço em pé.

— Quem vive nesse garoto não é um ser humano comum, mas um poderoso demônio chamado Sairaorg Gremory.

— Esse foi o nome que aquele Ipes tinha chamado o João!

— Há séculos atrás, pouco antes da criação da humanidade, nascido do relacionamento de Lúcifer e Lilith, nasceu um demônio extremamente poderoso, chamado Sairaorg Gremory. Seu poder era incrivelmente grande, e se equiparava a servos diretos de Lúcifer. Sairaorg ao longo de sua vida, foi aumentado cada vez mais seus poderes e se tornando cada vez mais uma ameaça até mesmo aos seus companheiros.

— Meu Deus... - Exclamou Denise se benzendo.

— Sairaorg era um demônio bastante solitário, que tinha muitos servos que faziam para ele o que quiser, porém, estes mesmos servos morriam a cada dia que se passava. Seu coração era puramente e extremamente maligno.

— Um dia, ele foi para Terra para fazer suas maldades, e matava milhares de pessoas pelo todo o mundo, sua diversão era fazer as pessoas sofrerem. Mesmo em tempos atrás, muitos anjos vinham com a intenção de capturá-lo para o mandar de volta pro inferno, mas ele sempre saía vitorioso, tanto que foi necessário que o mais poderoso dos arcanjos, Gabriel, descesse do reino dos céus e o detese. Gabriel e Sairaorg tinham poderes equivalentes, tanto que a luta de ambos ameaçava todo o Sistema Solar a ser erradicado. Foi necessário que Gabriel prendesse sua alma para que tudo voltasse a normalidade.

— Incrível... - Cascão ouve tudo comendo pipoca, mas nem dou bola.

— Ao ter sua alma capturada, vimos que ele próprio tinha conseguido sair do inferno com seu próprio poder, então era inútil bani-lo para lá novamente. O que decidimos, era que em, em alguma geração, sua alma fosse selada e fundida com algum ser terráqueo que tivesse um coração extremamente puro de coração, e que não tivesse capacidade nenhuma de ser corromper, pois, se colocássemos ele em qualquer pessoa, ele poderia voltar novamente.

— Então no fim, o João era esse ser escolhido?

Balanço a cabeça confirmando o que Cebola tinha falado.

— Colocamos sobre ele um selo para que ele não se manifestasse em sua estadia na terra. Porém, ao manifestar seus poderes em grande escala, somado ao contato com seres de outro mundo, fez com que o selo se enfraquecesse. Por isso, se eu obliterar seu corpo junto com sua alma, Sairaorg deixará de existir.

Todos se encontravam em pleno estado de choque com que acabei de contar, mas não tinha outra opção. Gostaria de poupá-los desta realidade, mas era preciso que eles soubessem disto.

— Agora, se me permitem...

Me aproximo de João e novamente empunho a espada, mas Mônica não sai do lugar. Melissa se junta a ela.

— Mônica? O que está fazendo?

— Eu já disse que não vou deixar mata-lo!

— Você não compreende?! Se o selo se romper, toda a humanidade pode ser extinta! Ele não é um garoto comum, mas sim uma ameaça em potencial!!

— Você não disse que dentro dele habita uma alma tão pura que é capaz de remeter toda essa malignidade? Então, qual o motivo de mata-lo?

— Ele pode despertar de novo, o selo está enfraquecido!

— Ele só não precisa usar seus poderes novamente, não é? Nesse caso, eu me comprometo a não deixar isso acontecer novamente!!

— ...

— Eu vou cuidar do João, me deixe essa responsabilidade!!

— Me desculpe, Mônica...

Faço uma pequena ventania com minha espada, que as faemz voar alguns metros de distância, o suficiente para não se machucarem com a bola de energia que lanço logo em seguida, também pela minha espada, mas...

— Como é?!

A bola de energia se dispersou antes de chegar em seu corpo!

— Um c-campo de força, mas quem...

Olho para trás e vejo aquela menina loira, Monique, com uma luz em seu corpo olhando fixamente ao João. Além de que sua aparência mudou. Seus cabelos eram brancos, suas orelhas ficaram pontudas, sua pele ficou ainda mais branca e nela cresceram asas douradas.

— Você, mas...

Logo percebo o que é.

— Entendo, você é uma andarilha dos sonhos.

— Isso mesmo, agora que tudo isso aconteceu, descobri que de alguma forma sou ligada á ele, e acredite... não deixarei você assassinar inocentes como ele. Parece que descobri que também tenho poderes no fim de tudo.

— Não sabia que andarilhos protegiam pessoas maléficas...

— Eu protejo João desde seus sonhos, então não vou deixar ele morrer aqui agora.

— ...

— Agora tenho conhecimento, sempre fui a luz dele em momentos que Sairaorg o perturbava em seus sonos...

— Vocês são seres raros em todo o universo. A proteção é algo que vocês fazem a seres escolhidos a cada século...

— Mônica, Melissa, vocês não estão sozinhas!

Sinto sua forte aura, além de sua determinação quando ela passa por mim, indo em direção a seu amigo desmaiado.

— Eu também irei proteger o João!!

— !!

Analiso bem a situação, e percebo que, se tentar fazer algo forçado, posso acabar matando alguém aqui. Vejo que não tenho outra escolha.

— Está bem. - Respiro fundo e afirmo. - Deixarei ele nas mãos de vocês, porém, qualquer sinal de rebeldia ou de fraqueza farei com que ele deixe de existir, e nem você mesmo, andarilha, poderá me deter.

— Pode ficar tranquilo, anjo metido. - Exclama a loira. - Eu o protegerei com minhas forças.

Viro as costas e, antes de sair, olhando aos céus, falo:

— Tomem cuidado.

Numa velocidade superior a da luz, parto em direção ao reino dos céus, me explicar com os superiores que me mandaram executar a missão, se bem que acho que eles já sabem de tudo. Espero que me entendam, mas, prometo que no fim de tudo, destruirei qualquer possibilidade de Sairaorg retornar.


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Notas finais do capítulo

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