Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 34
Vamos A Perseguição (Segunda Parte)


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte e se preparem, capítulo cheio de surpresas e emoções!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/672544/chapter/34

P.O.V Xaveco Lorota

Depois de irmos para nossas casas buscarmos algumas coisas que o Cebola tinha mandado, nos encontramos no campinho, e como ele tinha planejado, partirmos e ficamos de butuca perto da casa do Toni. Porém já estamos a 20 minutos aqui e nada dele sair.

— Cebola, tem certeza de que você ouviu certo a conversa?

— Claro né, você também viu Mô, ele falou que ia sair por esse horário.

— Não sei não viu...

— Xiu galera, olha ali. - Digo avistando a porta da casa do Toni abrindo.

Como dito na conversa, Toni saiu (mesmo que algum tempo atrasado) de casa com uma mochila que segundo informações, teria dinheiro. Após ele se distanciar um pouco, resolvemos o seguir a partir de um sinal do Cebola. Não sei a razão, mas estou com um mal pressentimento sobre isso.

P.O.V Maria Fernanda

Depois da aventura que tive aqui pelo bairro, que "salvamos" a Melissa de um vampiro (muito do gato por sinal), fiquei fascinada por tudo que presenciei. Contei tudo ao DC, que não parecia estar muito interessado com a história.

— ...aí fomos embora com a Melissa. Ela no momento ainda tava magrinha, mas a Dona Morte... - Me arrepio só de pensar nela. - ...disse que ela recuperará sua normalidade em pouquíssimo tempo.

— Massa. - Diz DC meio desinteressado.

— O que foi lindo? Você parece chateado.

— Não é nada.

— Eu posso morar a pouco tempo aqui, mas já te conheço mais do que você imagina. Diga logo o que aconteceu ou irei ficar enchendo teu saco até você me contar.

Me encarando por um tempo vendo que eu não tava brincando, DC se levanta do local onde estamos sentados e, com as duas mãos atrás da cabeça, diz:

— Eu estou chateado, sabe?

— Com o que? De não ter participado?

— Apesar que gosto de me meter nessas tretas, não é isso. É a Mônica. Desde que terminamos, nunca mais nos falamos, nos cumprimentamos ou outra coisa. E o pior é que ainda gosto dela.

Ao ele dizer isso, me veio uma raiva que foi quase impossível de conter. Ainda bem que ele estava de costas, se não ele teria notado.

— Eu não gosto de ser nenhum bobão apaixonado, mas eu ainda sinto algo por ela. E literalmente odeio isso! Sentir algo por ex é algo foda.

— Você é realmente um idiota!

Ele vira para mim e começa a rir feito uma criança. Mesmo quando estamos bravos com ele, ele não se importa. Literalmente ele é "Do Contra"

— Eu sei disso, mas graças à Deus sou jovem ainda. Ainda vou arranjar outro alguém, eu acho. Quem sabe o que o destino me reserva.

— Sabe o que ele lhe reserva?

— O quê?

— Isso.

Sem hesitar o puxo fazendo-o colar na minha cintura e lhe dou um beijo feroz. Como eu tinha iniciado a ação, apenas eu fazia os movimentos, mas com o tempo senti suas mãos tocarem minhas costas, seu corpo relaxando e sua boca retribuindo o que eu estava fazendo. E como ele beija bem, mona! Apesar da crença universal ser de que o homem tome primeiramente a atitude, eu que não ia esperar ele me beijar. Resolvi fazer algo que desde que conheci ele tive vontade. Mas agora irei curtir o momento, pois sei que isso não irá parar aqui.

P.O.V Mônica Sousa

Estávamos seguindo o Toni já faz mais ou menos uns 10 à 15 minutos. Talvez eu esteja exagerando pois a matraca da Denise não aquieta por nada.

— Ai, meu pés já estão doendo de tanto andar. Provavelmente andamos meio mundo até agora.

— Não, só andamos do bairro do Limoeiro até o das Pitangueiras. - Disse Xaveco.

— Pelo jeito você não faz uns exercícios a tempos hein, Denise? - Digo rindo.

— Baby, eu sou super dotada. Independente de tudo, eu não engordo e sempre permanecerei magra e esbelta, já sobre você eu não posso dizer o mesmo né...

— O que você disse??!

— Silêncio as duas, querem que ele nos descubra?

Após Cebola nos repreender, ficamos quietinhas e continuamos a nossa caminhada. Meu único medo era de encontrar aquele trio perambulando por aqui.

**********

Após mais um tempinho andando, Toni toca numa casa e nos escondemos atrás de uma casa. Nos abaixamos e o Cebola torna a repetir o que ele havia falado com nós antes para não nos esquecermos. Por isso, eu fui para trás de uma grande árvore que havia no local sorrateiramente. Cebola e Denise ficaram no mesmo local enquanto o Xaveco se escondeu numa moita não muito longe de onde eu estava. É agora ou nunca.

P.O.V Denise Gomes

Com meu celular no silencioso, tirei fotos da casa onde o Toni tinha batido e do local onde estamos, que por sinal era assustador. Basicamente a rua onde estamos é deserta, com poucas casas - que por sinal parecem totalmente abandonadas -, sendo a única casa aparentemente movimentada a que o Toni tinha batido. Aproveitei e tirei uma foto da cara de concentrado do Cebola para postar no Friendbook dele no aniversário, e por sinal, tava muito Hilário.

— Hihihi...

— O que foi, Denise?

— Nada não fofucho, só lembrei de uma coisa aqui. - Digo isso na maior cara de pau.

Não demorou muito tempo, e a porta se abre. Dito e feito. Quem aparece perante Toni é Marco Frederico. Marco era um homem muito alto, moreno, gordo, e com uma barba mal feita, aparentando ter 42 anos. Encontrava-se vestido com uma camisa preta com uma caveira ensanguentada como figura e uma calça preta suja. Tinha várias tatuagens de palhaços no corpo. Essa é a primeira vez que o vejo.

— Partirmos para cima dele agora??

— Não, antes de tudo, deixa eu ver uma coisa.

Cebola pega seu binóculo que trazia em sua cintura e coloca em seus olhos para observar ambos.

— Perfeito, parece que o dois estão totalmente desarmados. É agora!

Após o Cebola dar o sinal, saímos de nossos esconderijos e aparecemos perante eles. Marco Frederico parece não estar assustado, enquanto Toni faz uma cara de medo mais engraçada que qualquer careta forçada que vi na vida. Só não ri pois a situação não deixava.

— Amigos seus?

— O-O-O que f-fazem aqui??!

— Parece que não são...

Até a voz do Marco parecia ser de bandido. Que assustador!!

— Quer dizer que nossas suspeitas estavam corretas! Você forjou o acidente da Cascuda junto com esse cara!! - Cebola fala apontando para Toni.

A cara de assustado do Toni ficou ainda pior ao ouvir essa conversa.

— P-Peraí, como sabem disso?

— Não importa como, o que importa é que vocês dois irão presos por tal crueldade! - Xaveco diz.

— E agora, publicarei no meu canal e no meu blog a prisão de um dos maiores criminosos!!

— Hahahahahaha!!!!!!

Repentemente, uma risada forte ecoa perante nossos ouvidos, vindo do bandido do Marco.

— É até admirável que estejam tão relaxados perante mim. Será que não dão conta de quem eu sou? Todos vocês são apenas um bando de crianças mimadas sem noção da realidade, enquanto eu sou um dos maiores assassinos do estado de São Paulo. Não me subestimem, bando de...

Enquanto estava falando, Mônica acertou um gancho em seu rosto, qual fez o homem voar atravessando até mesmo uma árvore e se chocando com uma parede, o deixando inconsciente.

— Já estava ficando com dor de cabeça de tanta ladainha. - Falou Mônica.

P.O.V Cebola Menezes

Mesmo que eu conheça a Mônica a muito tempo, eu nunca tinha visto ela golpear alguém com tanta força assim. Mesmo eu que tenha muita experiência com coelhadas, aquilo foi muito além da força que ela nos batia.

— Mônica, isso foi muito bom!!! Incrível!

— Aproveitei a sua guarda baixa e resolvi acabar com isso logo.

— N-Não...

Após isso, todos nós olhamos para o Toni, que recua dois passos para trás.

— Agora, é você!!!

— Deixem-me em paz!! Saiam daqui já é talvez meu tio poupe a vida de vocês!

— Vocês dois vão para cadeia, apodrecer na cela!!

Toni tenta correr, mas logo Mônica o alcança. Toni até tenta a acertar com um soco, mas a Mônica facilmente desvia.

— Então quer lutar, é?

Mônica acerta uma rápida sequência de socos no rosto e no estômago de Toni, com tanta força e rapidez que ele não conseguia reagir. Eu estava muito surpreso, mas ao mesmo tempo, admirado. Após Mônica parar, Toni cai no chão, assim como seu tio, inconsciente. Após isso, Xaveco pega as cordas e nós dois amarramos o Toni para que ele não fuja. Nesse meio tempo, Denise comenta:

— Observando bem, essa casa não era dita assombrada? Já ouvi falar de casos misteriosos que aconteceram por aqui.

— Por relatos, já foi encontrado dois mortos nessa casa. Provavelmente esse desgraçado do Marco tenha matado as pessoas que vinham aqui, e assim essa casa tenha pegado a fama. E o mais incrível é que as mortes não tinham nenhum rastro de assassinato. - Falo enquanto aperto os nós.

— De qualquer maneira, além de prendermos dois bandidos, desvendamos um baita mistério.

— De fato, já tinha matado duas pessoas aí...

Ao ouvir, olho imediatamente para o lado e Marco Frederico estava de pé. Ele ficou de pé tão rápido mesmo após receber aquele golpe??

— A primeira pessoa era uma prostituta que eu tinha contratado e logo após, matado por eu estar sem dinheiro e ela ter enchido meu saco. A segunda pessoa era um adolescente que antigamente eu havia matado por ele ter me denunciado para a polícia. Ele estava me perseguindo sabe? - Enquanto falava, põe sua mão no bolso da jaqueta e tira de dentro deste um revólver. - E a terceira pessoa será um de vocês.

Ouço o som do tiro e ele é atingido. Caindo no chão cuspindo sangue, ele se sacrificou.

— XAVECO!!!!!!

P.O.V Xaveco Lorota

Não podia deixar isso acontecer. Sinto todo meu corpo se esvaiando, meu coração batendo forte e minha visão muito turva. Mas ao menos tinha evitado a Denise de sofrer isso, já que o tiro era direcionado a ela. Me joguei em sua frente no último momento.

— XAVECO!!!

Ouço sua voz gritar meu nome e ao mesmo tempo me pegando e a colocando em seu colo.

— Eu... consegui....

— SEU IDIOTA!!! IMBECIL!! POR QUE FEZ ISSO???

— Você...tá bem...

Sinto lágrimas caindo em meu rosto. Faço um esforço e vejo que seus olhos cor-de-mel estavam vermelhos emanando uma tristeza profunda...

— Eu sempre fui um inútil... um cara que não fazia de nada pela turma... Apenas mais um Zé ninguém, mas dessa vez consegui fazer algo relevante...

— X-Xaveco, eu...

Coloco sua mão em seu rosto liso e macio.

— Você t-tinha me perguntado qual razão de eu comprar drogas... era para eu ser mais divertido, mais dinâmico...

— Sim, v-você havia me falado...

— Não era para você gostar de mim... Como amigo... sim como namorado...

— Você vinha tentando isso apenas para chamar minha atenção?

— Sim... mas foi tudo em vão, o t-tiro foi no coração, sinto minha morte se aproximan-blergh!

— NÃO!!!!!!! VOCÊ NÃO VAI MORRER!!! NÃO IREI DEIXAR!!!

A minha consciência estava indo aos poucos, mas ainda tinha que dizer uma coisa.

— Eu... lhe peço que seja feliz... Não se culpe por isso...

— Não, por favor...

— Saiba... que eu... eu... te amo... Adeus, minha diva...

Tudo se escurece e minha consciência vai embora. Mas estou feliz, pois tinha salvado meu primeiro e único amor de toda a minha vida.

EPÍLOGO

A noite é realmente o período perfeito para minha caça. Mesmo que o dia não me afete como aos outros vampiros, ainda é meio incômodo para mim. Ao analisar algumas possíveis vítimas, uma me chama atenção. Resolvo me aproximar ligeiramente.

— 'arf arf' Consegui escapar, aqueles moleques, um dia me vingarei deles. Mas agora preciso me esconder...

— Falando sozinho, gato??

O cara era feio demais, mas é bom acalmar a presa antes de abate-la.

— Uou, quem é a princesa?

— Pode me chamar de Selene.

— Selene hein? Sabia que você é bem gostosa?

Ele se aproxima de mim e suas mãos cheias de calos acariciam meu rosto, meus seios e minhas pernas. Ele me abraça por trás e logo fala em meus ouvidos:

— Bora para um motel gata? Tem um aqui bem pertinho.

— Para que motel? - Digo isso me afastando lentamente dele. - Vamos para um beco, que é mais excitante e barato...

Ele novamente se aproxima de mim e lambe o meu rosto. Se eu fosse humana, já teria vomitado.

— Tudo bem gatinha, como quiser...

O arrasto para o beco e o jogo em cima de um monte de caixas de papelão. Pulo em cima dele, com um sorriso vitorioso e diabólico, enquanto sua face se amedronta ao ver minhas presas crescendo lentamente.

— Isso é de fato, excitante, não é gato?

Passo a língua em seu pescoço o fazendo ficar cada vez mais tenso BCE e ele se abate para fugir, mas totalmente em vão. Minhas presas fincam rapidamente seu pescoço e seu grito de dor e alto, mas soa como música para meus ouvidos. Porém, percebo uma pessoa me observando. Um garoto ruivo de cabelos longos estava me olhando seriamente, e eu o conhecia muito bem, tanto que o apelidei de "Human God". Dava até para dizer que eu sou gamada nele.

— Não vai impedir?

— Me...ajude...

— Admito que pensei que tinha bom gosto. Tudo bem, desta vez irei deixar passar. Pode matar sua fome.

Ele vira de costas para mim e anda em linha reta, até ser impossível vê-lo. Viro para minha presa e logo digo:

— Então, vamos continuar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Deixem reviews



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together By Chance 1ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.