Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 30
A Última Decisão


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, aqui é o Shiryu de Dragão, e temos aqui um capítulo um pouco grandinho e emocionante com um dos shipps mais famosos, Mel e Dimy. Boa leitura!!



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P.O.V Lysandre Maddox

— Então, o que você descobriu sobre ele?

— Muito pouca coisa. Pesquisei afil sobre ele e tudo que eu descobri foi isso, mas nem li. 

— Ué. Por quê?

— Demorou bastante imprimir na Lan House, sem contar que tinha diversos caras com nomes parecidos, mas nenhum batia com a identidade dele. Estranhamente, quase todos tinham dados de séculos atrás. E vim aqui correndo, então nem pude ver direito. 

A Maria Fernanda e eu vínhamos espionando nos últimos três dias sobre o Dimitry, o atual ficante da Melissa (apesar dela nunca ter assumido isso), mas ele quase nunca saía de casa nem a manhã nem a tarde. Só as noites vinha para a porta de sua casa receber a Melissa e só. Pode me chamar de lunático, mas quando eu tenho o mínimo de afinidade com a pessoa, prezo pelo bem dela. E eu nunca fui com a cara desse Dimitry para variar. 

— Deixa ver isso. 

Abro o envelope e vejo seus dados. Seria alguém normal, a não ser por um detalhe. 

— Peraí, isso tá errado. 

— O que foi? Achou algo importante? 

— Aqui está dizendo que não se possui dados dele desde 1943. 

A Maria ficou pálida e quase cai para trás. Normalmente eu riria da cara que ela fez, mas o caso aqui é bem sério. 

— Isso só pode ser brincadeira. Você deve ter pesquisado errado!

— Não mesmo, veja a foto e o nome. São iguaizinhos. 

Não tinha o que duvidar. Os dados batem com o que sabemos dele. Mas, como? Esse ser ou era muito idoso ou simplesmente é um morto-vivo. 

— Isso é muito estranho. Temos que descobrir mais a fundo isso. 

— Espera, você não tinha falado que a Melissa vinha realmente mal esses dias? Se o Dimitry for mesmo um ser sobrenatural, essa deve ser a razão dela vir tão mal nos últimos tempos. 

— É verdade, eu não havia pensado nisso. 

Agora ligeiramente algumas coisas começavam a fazer sentido. A Melissa faltando aos treinos de futsal, estando cada dia mais péssima, e isso começou quando ela começou a se encontrar com esse cara. Será que é verdade? Mas ainda tenho dois pés no chão com essa história de sobrenatural. 

— Apesar de tudo, ainda acho essa coisa dele ser um morto-vivo ou qualquer coisa uma baita piada. 

— Não vamos saber se não investigarmos isso mais a fundo. Hoje mesmo vamos à casa dele e tiraremos isso a limpo!

— É uma boa. Mas é perigoso irmos só nos dois. É bom chamar mais gente, mas não todos aqui do bairro. - Afirmo entrelaçando os dedos. - Se isso se espalha, é capaz da Melissa descobrir e não descobrirmos nada sobre ela. 

*******

Volto para casa depois de ter pensado muito sobre aquele cara. Será que no fim das contas, estou sentindo ciúmes dele? Não. Não é isso. Ou será que é? Espero que não. Mas esse não é o caso agora, o mais importante é ter de descobrir mais sobre esse cara, que deve ser a razão do mal-estar dela ultimamente. Talvez eu devesse falar com o seu irmão? Mas é bem provável que se eu falar, ele queira tirar isso a limpo com ela e não consiga descobrir de fato o que está acontecendo. Mas preciso de alguém para me ajudar. 

— Já sei. 

Pego imediatamente o celular e ligo para o cara mais carrancudo e anti-social do bairro. Se eu contar isso a ele, no máximo quem iria saber era sua namorada, até porque sei que nenhum dos dois são fofoqueiros. 

— Alô?

— O que foi cara, tá rolando algo? - Ele diz já sendo direto.

— Não vai nem me cumprimentar, Castiel? - Digo em tom sarcástico.

— Eu vi você hoje na rua bem pensativo, parecia até triste. Aí concluí. 

— Você é bem observador. Mas você tem razão. Tem algo que estou muito preocupado. Muito mesmo. Mas não é algo que eu queira conversar no telefone. O assunto é muito sério. 

— Tá ok. Me encontre no bar do bairro das Pitangueiras. Sabe onde é que fica né?

— Sei sim. Vou daqui a uns 30 minutos.  

*******

Contei pro Castiel tudo que rolou. Ele, assim como eu ficou bem surpreso e não acreditou até eu mostrar os dados que a Maria pegou sobre. 

— Tem certeza que isso é verdade? Pode muito bem ser um fake ou coisa montada. 

— O pai da Maria é um Delegado da Polícia Federal. Ela também tem acesso à procura de dados sobre pessoas. 

Apesar de provavelmente o pai dela nem saber disso. 

— Tudo bem. Suponhamos que tudo isso seja verdade e que ele seja um ser "sobrenatural". O que você pretende fazer? - Diz isso enquanto toma uma taça de vinho bem cara que eu paguei pra nós tomarmos. 

— Simplesmente acabar com a porra toda e voltar com a Melissa saudável de sempre!! -  Digo socando a mesa. - Mas como não posso fazer isso sozinho, chamei você pra ajudar. E ai, como vai ser?!

Castiel cruza os braços, pensa um pouco e responde:

— Tudo bem, vou te ajudar, mas se tudo isso for uma bobagem, nunca mais escuto as merdas que você que diz. 

Após ele dizer isso, o cumprimento como se fossemos antigos conhecidos (sendo que no máximo nos conhecíamos a dois meses).

— Até poderia chamar a Monique para nos ajudar, mas não quero arrisca-la em uma coisa que pode ser perigosa, ela já passou por tanta coisa... Mas uma coisa eu digo, se ele for o responsável pelo mal-estar da Melissa, iremos acabar com a raça dele. 

P.O.V Maria Fernanda

Arrisquei levar uma surra do meu father para pesquisar sobre o tal Dimitry, ainda bem que sou bem sorrateira quando quero. Também fiz isso para ter alguma emoção nesse bairro que é entediante que da vontade de dormir 24 horas por dia. Mas enfim, numa conversa que tive com o Lysandre mais cedo, ele pediu que eu levasse gente, porém não muita. Nesse caso, acho que conheço uma pessoa que valeria por dez: a Mônica. Fui a procura dela no bairro, e a vi sentada no banco, parecendo que estava esperando alguém. Vendo que tava desocupada, fui falar com ela - apesar que se ela tivesse ocupada falando com o Michel Temer, ia interromper assim memo

— Mônica? 

— Oi Maria, tudo bem? -  Ela responde delicadamente e sorridente .

— Na verdade, não. Preciso de ajuda e só você pode me ajudar. 

Sua expressão facial muda totalmente. 

— Hm? 

Digo o caso para ela e por incrível que pareça, ela demonstra estar menos surpresa do que eu esperava, porém ela ainda demonstra estar um pouco chocada com o que falei?

— Isso parece até um deja vu. - A dentucinha fala cochichando.

— Não entendi. O que você disse?

— Maria, pode ser até ridículo o que irei falar, mas talvez esse cara seja um vampiro. 

— Como é? 

— Sim. Todos os sinais batem. Fraqueza, pescoço machucado, fragilidade ao sol...

— É claro, isso também explica o fato dele nunca sair às manhãs e as datas registradas. 

— Exato.

A cara da Mônica era séria. O caso era sério. Por mais que eu quisesse agitação, não desejo virar alimento de morcego desenvolvido mas nem em brincadeira. 

— Então é melhor cair fora, não quero perder meu sangue de jeito nenhum. Eu preciso dele. 

— Quer parar com isso Maria? É uma amiga, a vida de uma companheira que está em jogo!

Apesar de eu  ter só intimidade com a Denise e com o fofo do Do Contra na turma...

— Se você foge na hora dos perigos, não é digna de ser amiga da nossa galera. Você pode não saber, mas eu, o Cebola, o Cascão, a Magali, o Xaveco e todos da nossa turma nunca fugimos e também não arregamos quando um vilão maldito nos ataca. 

Ela falou apontando em minha cara. Estou sem palavras. Então essa é a Mônica? A líder da turma? Apesar da pose autoritária, ela coloca seus amigos acima de tudo. Não tinha escolha no fim das contas. 

— Tudo bem, vou ajudar. Afinal, um dos pilares de tudo sou eu mesmo né? - Digo esfregando o cocuruto com uma cara de vergonha. 

— Obrigada, Maria. - Mônica dizia assentindo a cabeça. 

Essa turma já passou por muita coisa pelo que vejo. Apesar de eu ter tido vários amigos ao longos dos 17 anos, eu via nessa turma tinha algo especial. Talvez fosse a união deles que passasse isso. 

P.O.V Melissa Chieses

Era exatamente onze e trinta e cinco da noite. Saí de casa escondido de meus pais e de meu irmão, que já havia vindo desconfiando de mim sobre minhas saídas. Nos últimos dois dias não saí as noites, mas hoje era importante pelas mensagens que Dimitry me passou telepaticamente - os vampiros tem poderes da hora - por isso esperei e saí a noite. Ao chegar em sua casa, entro sem hesitação e vou para seu quarto, onde o vejo cabisbaixo, e...

— Dimy, você está chorando??

— ...

Vejo sua face com as lágrimas descendo em seu rosto. Porém não eram lágrimas normais. Eram lágrimas de sangue. Reais mesmo.

— Melissa, me desculpe...

— O que ocorreu?? - Digo bastante preocupada.

— Por minha culpa, você pode morrer daqui a dois meses. 

Peraí. O quê? Isso é sério? Eu vou morrer??

— Você... Disse realmente o que ouvi??

— A culpa é minha. Perdoe-me por favor...

 Dimitry cai no chão ajoelhado perante mim. Vocês devem achar que minha reação seria fugir e chorar pois eu sabia que era a falta de sangue que tinha no meu corpo que ordenava isso. Mas não. O que fiz foi me agachar e olhar fixamente nos seus olhos.

— Dimy, você não é culpado. Eu até te entendo. Mas não se preocupe, por você sinto algo que nunca senti e jamais irei sentir por ninguém. Eu sei a solidão de sua vida, e mesmo com essa notícia passarei esses últimos meses com você. Te farei feliz e te darei os últimos prazeres. Por isso...

— Melissa...

— Claro que me sinto triste por estar com dias contados, mas se for para passar com você, eu faço isso. Farei tudo a meu alcance. 

Dimitry se levanta, e eu me levanto junto. Dimitry enxuga suas lágrimas limpando seu rosto e posso ver um leve sorriso surgindo em sua face.

— Mel, eu não queria te fazer passar por isso, mas...

— O que há? Eu falei algo de estranho?

— Não, suas palavras me reconfortaram um pouco, o que queria te dizer é que existe uma maneira de você não morrer. 

— E qual é? 

— É se tornando uma vampira como eu. 

Mantive minha face normal, mas por dentro tive uma grande surpresa, a maior que podia ter em toda minha vida. Existia uma chance de eu sobreviver, mas para isso eu teria que sacrificar animais e até pessoas!

— É uma decisão difícil, eu sei bem, por isso não te contei, mas...

Interrompi sua fala com meu dedo indicador. Já tinha minha decisão. 

— Já que é para passar a eternidade com você, não tenho outra escolha. Vamos, vá em frente. Me transforme em sua vampira, eu tenho total certeza e consciência da minha decisão. 

— Você... Eu te amo Melissa... Olhe, para um humano se tornar vampiro, ele precisa ter sido mordido no mínimo duas vezes, mas isso não ocorreu pois não tomei seu sangue todo nas vezes que lhe mordi. Como já fiz isso várias vezes contigo, se eu sugar seu sangue todo, você virara uma vampira para toda eternidade. Isso não é importante, mas queria lhe deixar claro. 

— Entendo... Mas quando virar uma vampira, eu poderia lutar com você? - Digo isso socando seu peitoral definido.

— Hahaha, quando quiser. Mas não poderíamos lutar a sério se não todo o país, ou melhor dizendo, todo o planeta poderia ser destruído. 

— Entendo, só perguntei isso porque nunca consegui te derrubar. - Falo rindo, esquecendo do clima que estávamos. - Mas enfim, venha, beba todo o meu sangue. Estou disposta a isso. 

— É um processo demorado, por isso vou fazer você entrar em coma com meus poderes, mas você vai despertar minutos depois de ter bebido seu sangue. A dor da mordida e da transformação é intensa e não quero te fazer sofrer mais.

Lentamente suas mãos vem em minha cabeça, e eu perco total consciência aos poucos, tanto que caio no chão. Acabo fechando os olhos e entrando em coma, porém com a convicção que acordarei em breve. O que não fazemos por amor?


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Notas finais do capítulo

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