Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 12
Ajude-Me, Por Favor!!!


Notas iniciais do capítulo

Hello amores!!!!
Aqui estou eu, com um capitulo fresquinho, e bem enorme, e nele terá o casal que a maioria está shippando, ou seja, Monique e Castiel, espero que gostem.
Obs: Tem uma imagem no cap, e é para ser no começo, não sei se vou conseguir pô-la, mas avisando. Créditos a quem fez a Fanart, e eu apenas fiz umas mudanças para parecer mais com a Monique, e uns ajustes para entrar no cap. ^^

Boa Leitura!!!!
— Monike



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P.O.V Castiel Salvatore

Estava Do Contra e eu escorados na frente do muro da escola perto do portão, havíamos matado as duas ultimas aulas e resolvemos esperar aqui até o final delas, afinal ele iria esperar uma garota chamada Maria Fernanda, e eu claro que iria querer ver a Monique e segui-la, a menina passou o dia inteiro me evitando por sei lá qual motivo - que eu ainda quero descobrir qual é, é claro – sendo que depois daquele dia em que a Carmen aprontou com aquela foto, a Monique e eu ficamos mais ligados, ouso dizer, amigos. Já hoje, ela mal olha para mim, o que é estranho e novo, e, além disso, ela estava baita estranha com a Rosa que é a melhor amiga dela.

— Terra chamando Castiel. – Diz Do Contra acenando com a mão na frente de meus olhos.

— Foi mal, cara. O jeito da Mo, hoje, me deixou estressado. – Confesso e ele ri.

— Quando é que a relação de vocês não é confusa? – Indaga e eu rio concordando.

— Mas não sou o único com relações confusas. – Rebato e ele dá um sorriso torto.

— O bom de ter o gene contrariado, é que depois que a Mônica terminou comigo, eu até fiquei triste, mas não me deu a mínima vontade de tentar “tê-la” de volta como todos fazem quando a garota termina com você, fiz de tudo para e por ela, mas sempre quando eu quis, pelo menos um pouco de espaço para mim, ela não entendia e achava sei lá o que sobre o que eu estava fazendo, muito grude é um saco. – Confessa e eu concordo.

— Eu pensava que todas as garotas queriam chamar a atenção para elas e contarem sobre suas próprias vidas. – Começo tempinho depois, e continuo quando vejo a atenção de DC voltada a mim. – Mas desde que eu conheci a Monique, ela foi a única que não quis contar nada sobre ela mesma, e ainda não conta, quando quero descobrir algo sobre ela, entramos em uma primeira guerra mundial só para arrancar uma mínima resposta, que garota difícil de lidar, juro que se ela soubesse o que sinto vontade de fazer quando ela me contraria, ela nunca iria querer fazer isso. – Digo fechando minha mão em punho fortemente, aquela garota me fazia sentir milhares de sentimentos, mas principalmente ódio por nunca me falar a verdade.

— Talvez ela só queira esquecer o passado. – Dá de ombros Do Contra e eu volto ao normal.

— É, eu sei, mas mesmo assim ela sabe bastante sobre minha vida e eu não sei nada da dela, apenas que a tia dela é uma prostituta e que tenta de tudo para que ela vá para esse caminho, as vezes dá vontade de sequestrar ela e fazê-la morar comigo, apenas para ela sentir um pouco de conforto e amor, o quarto dela é horrível e o pior é que dá de sentir o cheiro dos “programas” da tia dela, não sei como ela aguenta morar lá... Eu não aguento vê-la morando lá, é terrível. – Digo e logo Do Contra dá um sorriso malicioso.

— Amor? Olha, eu sabia que você estava afim dela, mas não pensei que fosse romântico. – Diz mudando seu sorriso para um irônico, dou-lhe um soco levemente no ombro e ele ri.

— Se está insinuando que eu estou “amando” ela, pode esquecer, apenas sinto que ela é meio parecida comigo e como é a única garota que eu aturo 100%, quero vê-la bem. – Digo dando de ombros e ele encerra o assunto mesmo não estando convencido do que eu falei.

— Mas voltando agora para meu estado amoroso, eu ainda não posso acreditar que a Mônica tenta fazer ciúmes com o João para mim, será que ela fazia a mesma coisa quando estava comigo, só que para o Cebola? – Pergunta e eu dou de ombros.

— Não sei, mano, não sou um bom observador quando se trata de outras garotas que eu não me interesso. – Respondo e ele parece pensar. – Sabe, ainda não entendi porque se “apaixonou” por ela, a garota curte tudo que é música menos rock e os estilos puxados para o rock, é capaz de se você perguntar para ela, se ela curte Nirvana, ela vai achar que é marca de roupa. – Digo rindo e Do Contra me acompanha.

— Nem eu sei, talvez seja porque no amor nada importa, e eu odiava isso nela, nem se esforçar para ouvir uma música se quer de BMTH, ela se esforçava. – Diz ele ainda rindo.

— Você pode achar que no amor não tem esses trecos de não ligar para o gênero musical, mas é mentira, você pode até ser atraído por uma tal garota, mas dependendo do gênero dela, você nunca vai querer algo com ela. – Falo arqueando as sobrancelhas assim que ouso o sinal bater.

— É agora, até cara, se falamos depois. – Diz ele pegando sua mochila e eu aceno com a cabeça.

Logo que DC entra na escola para procurar a Maria, eu pego minha mochila e espero a Monique sair, alguns minutos depois aí está ela. Sigo-a e até chamo-a, mas nada dela olhar para mim. Ela havia tomado um caminho diferente do qual ela toma quando vai para a casa dela.

— Monique. – Grito e ela vira uma esquina rapidamente, tanto ela quanto eu estávamos correndo. – Espera. – Paro assim que viro a mesma esquina. – Cadê?! – Exclamo assim que comprovo seu sumiço, como ela sumiu tão rápido? Nem beco tem aqui. – Droga.

P.O.V Monique Lockwood

Que droga Castiel, para de me seguir criatura. Finalmente consegui chegar ao prédio de artistas anônimos, o que eu faço aqui? Ganhando meu dinheiro, poucos dias atrás descobri este lugar, tenho tanta sorte de desenhar bem, ganhei bastante dinheiro vendendo meus desenhos feitos com lápis de modo esfumado.

Castiel não conseguiu me ver entrar, então com certeza vai ir para o apartamento dele, o motivo de eu estar o evitando não é por causa deste lugar, mas sim porque se eu olhasse em seus olhos ou conversasse com ele, eu iria contar tudo o que eu passo, nossa amizade está sendo tão intensa que sinto que posso confiar tudo a ele, mas eu não quero e é impossível eu contar. Minha vontade de contar está incontrolável, porque meu dinheiro está acabando e a divida está cada vez maior, inclusive hoje terei que quitar mais uma dívida. Tenho idéias do que pode acontecer quando acabar meu dinheiro, pode haver dois caminhos e eu não quero pensar em nenhum dos dois.

Começo a subir os degraus até a sala do prédio, uma espécie de ateliê. Assim que chego há sala, - que tinha paredes de cor marrom claro com pinturas abstratas em lugares simétricos, chão de madeira selvagem, duas portas feitas de madeira de carvalho escuro, uma que dava para o escritório do dono do ateliê, e a outra para a espécie de galeria do ateliê, dois sofás brancos e enormes com almofadas de cores neons sendo separados por uma mesinha de centro com revistas e livros de e sobre pinturas num canto perto da janela enorme da sala, poltronas coloridas perto da mesa pequena que contem uma cafeteira, uma jarra com limonada, copos e xícaras - recebo o sorriso de Alec, o dono do lugar e o critico das pinturas, desenhos e outras obras que são aceitas ali. Ele é alto com a pele bem branca, tem cabelos do mesmo comprimento do cabelo do Cast, mas na cor castanha bem escura, tem olhos de um azul bem mais claro que o meu quase branco, é estiloso, e muito lindo.

— Aqui está minha linda artista. – Diz ele, não como uma cantada, afinal ele é homo, desde que nos conhecemos, ele é gentil e muito educado, e também sempre ama meus desenhos, às vezes diz o que pode melhorar neles, mas sempre me incentiva.

— Olá Alec, tenho uns novos desenhos incríveis, de lugares que tive em meus sonhos, acho que vai amar. – Digo entusiasmada e ele abre o maior sorriso do mundo.

— É claro que vou, minha pequena garotinha do misticismo. – Confessa não contendo seu entusiasmado. Desde que ele viu meus desenhos de criaturas de asas como anjos ou demônios, e outras criaturas de diversos tipos, seu entusiasmo cada vez cresce mais, ele como eu, ama esse mundo sobrenatural.

— Olhe. – Digo puxando minha pasta, ele começa a folhar vendo todos os desenhos calmamente, fico nervosa, pois todos os outros era sobre criaturas diversas e nunca vistas em outras pinturas, já estes são de lugares, depois que ele termina de ver, fecha a pasta e me olha serio. – O que foi? – Pergunto nervosa e ele me olha pasmo.

— Você é incrível com as linhas, achei que só criaturas fossem seu forte, mas vendo isto. – Diz apontando para a pasta. – Percebo que não há nada que você não possa desenhar, você tem um futuro brilhante.

— Obrigada. – Digo tímida e ele senta num dos sofás me chamando para sentar também.

— Sabe quando olhei as suas criaturas imaginei vários mundos diversos para cada gênero especifico, e agora que vejo estes desenhos... – Diz apontando para os desenhos e fazendo uma pausa. – Percebo que cada criatura tem seu mundo, estes lugares são seus habitats. E estes lugares são como os... – Para de falar olhando fixamente para o nada.

— Os? – Indago o incentivando para continuar a falar e aí recebo seu olhar brilhante para mim.

— Os Doze Reinos Demoníacos. – Diz ele e algo em mim me acende.

P.O.V Castiel Salvatore

Eu não acredito que ela me enganou, como escapou, que ódio. Estava deitado na minha cama olhando para o teto do meu quarto fazia um tempo, meu quarto é um típico quarto bagunçado, com paredes de cor preta, chão de madeira escura, uma janela com cortinas pretas, uma cama de casal não arrumada com roupa de cama na cor preta e um criado-mudo escuro em cada lado da cama com abajures de bolhas borbulhantes em cima na cor vermelho sangue, um guarda-roupa de madeira escuro num canto do quarto perto da porta do banheiro, minha guitarra do lado da escrivaninha que fica próximo a porta que dá para o corredor do apartamento, um laptop em cima da escrivaninha e na frente da escrivaninha uma cadeira, e por último, duas poltronas na frente da minha cama.

— Como ela pode ter fugido, garoto? – Pergunto para Dragon que estava deitado do meu lado e ele acaba por levantar a cabeça sem dizer ou latir algo de volta. Dragon, é meu cachorro da raça Pastor-de-Beauce na cor normal, ou seja, preto com algumas partes marrom.

Acabo por fim indo até a cozinha que é interligada a sala de estar e a de jantar, começo a preparar uma espécie de calzone, não sou o maior mestre cuca, mas sei uns segredos para cozinhar algo bom, afinal moro sozinho bem dizer, então tive que me virar e aprender a cozinhar.

Depois de estar pronto um único calzone, afinal não estou com tanta fome, acabo por fim, comer aquele um. Escuto os passos de Dragon e logo o vejo cruzando o corredor para, por fim, deitar na cama dele que fica próximo a porta de vidro que dá para a sacada.

— Garoto, eu sei que já é umas dez horas da noite, mas não precisa ir dormir agora, você nem fez nada de manhã alem de dormir. – Digo e ele me ignora totalmente fechando os olhos. – Okay. – Sussurro e limpo a mini bagunça que fiz, para depois voltar ao meu quarto.

Assim que chego ao meu quarto, vou ao meu guarda-roupa para pegar uma roupa para ir tomar um banho e depois ir dormir, ou apenas deitar e escutar música. Meu celular começa a tocar depois que abro a porta do guarda-roupa, claro que corro para pegar o celular que estava no criado-mudo e ver quem estava me ligando. Olho para o visor e atendendo logo que vejo quem é.

— Alô? – Digo e escuto um soluçar como se fosse de alguém chorando.

Castiel, me ajuda, por favor.— Diz a garota ao outro lado da linha e sinto seu nervosismo, mas não só pelo fato de estar chorando, algo havia acontecido.

P.O.V Monique Lockwood

— Onde está me levando? – Pergunto com ódio para o homem que estava dirigindo o carro, já havia ido pagar a mais nova divida do meu irmão e agora é para eu estar voltando a minha “casa”, mas o caminho é totalmente diferente, e esse cara é um novo capanga para mim, afinal nunca o tinha visto.

— Cala a boca. – Diz o capanga friamente, algo na voz dele me fez sacar que algo de ruim ia acontecer.

— Por que está me levando para outro lugar? Já paguei a divida. – Digo com mais ódio e o capanga ri.

— Eu sei, e não ligo, o que vou fazer com você não tem haver com ordens. – Sinto as palavras ficarem perversas e percebo o que irá me acontecer se eu não tentar me salvar.

— Me deixa sair. – Digo nervosa assim que comprovo as portas trancadas e o carro saindo da cidade.

— Já disse para calar esta sua boca. – Grita ele e eu me calo, senão tivesse divisória dos bancos de trás para os da frente iria tentar fazer algo para o cara parar, mas aqui atrás não há nada a se fazer. — Pronto chegamos a um lugar onde não seremos interrompidos. – Diz assim que paramos ao final de uma estrada que aparentava não ser passada por alguém, há muito tempo.

— O que você quer? – Pergunto com nojo, já tinha certa idéia, mas queria algo concreto.

— Acho que você sabe muito bem o que. – Diz ríspido e sai do carro abrindo a minha porta e me tirando de dentro do carro a força.

Ele era muito forte, não conseguiria escapar e mesmo se escapasse, sei que iria conseguir me capturar de volta. Olho ao redor e tudo o mais, em busca de um plano, até que vejo um.

— Não irei te machucar se me obedecer, mas senão obedecer, garanto que vai ser muito doloroso. – Diz ele e começa a passar as mãos em mim.

— Se eu fizer tudo o que você quer, você irá me deixar viva? – Pergunto docemente e ele continua a passar as mãos pelo meu corpo, mas agora também começa a beijá-lo, aquilo era nojento e a minha pergunta com certeza foi para enganá-lo.

— Claro, afinal vou querer repetir muitas vezes, sabia que tem um corpo muito delicioso? – Seus toques param e suas mãos se voltam a rasgar minhas roupas.

— Eu sei. – Sussurro e lhe beijo, mas apenas para poder pegar a faca do seu cinto e passá-la em sua garganta. – E você nunca poderá tê-lo. – Digo com um sorriso maníaco assim que o vejo cair engasgando com o seu sangue.

Eu estava com gotículas de sangue na minha roupa rasgada e com as idéias abaladas, meus olhos começam a despejar lagrimas, mas não por ele ter morrido, mas por eu ter matado alguém, não me sinto mal, mas ao mesmo tempo me sinto, eu tenho que sair daqui, mas não consigo. Pego meu celular de dentro do carro e disco para a única pessoa que eu precisaria para me acalmar, logo no segundo toque, ele atende.

Alô? — Diz a voz de quem eu mais queria ouvir.

— Castiel, me ajuda, por favor. – Digo e sinto meus joelhos falharem me fazendo cair no chão, eu não devia ter ligado para ele, ele não pode ver o que eu fiz, o que ele vai pensar? Mas agora não tenho alternativas, eu liguei para ele e ele percebeu como estou, eu preciso contar.

O que aconteceu? Você está bem? — Pergunta ele preocupado e eu fico calada. – Monique, porra, me diz algo. — Grita do outro lado da linha com raiva.

— Eu... Eu matei alguém. – Sussurro e percebo sua surpresa.

O que? Mas por quê? Monique, onde você está?— Pergunta desesperado e nervoso.

— Eu não sei, é uma estrada abandonada fora da cidade, não sei ao certo. – Digo sinceramente e ele suspira.

Fica aí, vou te buscar.— Diz e antes de eu responder, ele desliga.

— Merda. – Grito e soco a porta do carro, tento me levantar mais acabo caindo novamente. Lagrimas voltam a cair ainda mais fortes que antes, abraço meus joelhos e espero o tempo passar.

Não sei quanto tempo passou, só sei que quando dei por mim, escutei o barulho de uma moto. Levanto ligeiro tropeçando em meus próprios pés. Olho para a moto que agora para próximo daqui, mas não tanto. O motoqueiro desmonta da moto e tira o capacete o colocando no banco da moto, senão fosse pela luz do farol da moto e do carro, não veria quem era.

— Cast. – Sussurro e vejo o olhar dele para o corpo que estava mais ao meu lado.

— Que droga. – Diz ele e logo acelera o passo para me abraçar, retribuo e tento parar de chorar, mas parece que agora está pior que antes, apenas pelo fato de Castiel estar vendo o que eu fiz.

— Por que está aqui? – Pergunto assim que nos afastamos um pouco, eu não podia acreditar que ele realmente estava aqui, sim eu liguei para ele, mas não pensei que viria.

— Porque... Porque você é a única que eu me importo. – Diz dando um beijo da minha testa, o olho surpresa e ele acaricia meu rosto. – E eu nunca iria te deixar passar por algo assim ou qualquer outra coisa, sozinha.

— Mas... Castiel, eu matei alguém. – Digo e ele revira os olhos como se aquilo fosse normal.

— Foda-se, eu sei que se você fez isso, é porque teve um motivo, olha o estado da sua roupa, está na cara que ele tentou algo. – Diz serio, protetor e me encarando fixamente. – Eu não ligo, e se ele tivesse feito algo, eu mesmo o mataria. – Sussurra e percebo que realmente aquilo não foi dito da boca para fora.

— Não quero cortar o nosso clima, mas eu não quero ficar aqui. – Digo e ele ri divertido.

— Toma. – Diz ele tirando seu casaco e me entregando, se fosse numa situação normal, eu não aceitaria, mas convenhamos, estou semi-nua. – Agora vamos. – Fala puxando minha mão e o paro.

— Mas e ele? – Indico para o cadáver.

— Deixe-o apodrecer. – Dá de ombros, acho que talvez eu e o Castiel pensemos igual, pois eu quero deixar o morto aí, não ligo, minha vida já é demais de desgraçada, isto não é nada.

— Desde quando tem uma moto e dirige? – Pergunto assim que subimos na moto.

— Você vai se surpreender com tantas coisas que você não sabe sobre mim. – Fala rindo e eu o abraço assim que ele dá partida.

Fazemos o caminho inteiro em silencio, Castiel entra na garagem subterrânea de um prédio, que era lindo por sinal, e com certeza era o que ele morava. Desmontamos e lhe entrego o meu capacete.

— Vem, por hoje dormirá na minha casa. – Diz pegando na minha mão e me levando até o elevador, fiquei constrangida por pegar minha mão, mas aquilo me trouxe tranquilidade.

Subimos até um andar que eu nem me importei em perceber qual era, e saímos dele indo até uma porta de um apartamento. Apartamento número dezoito. Castiel abre a porta e me puxa para dentro me empurrando para o sofá para eu me sentar.

— Só fica. – Diz ele e logo o vejo correr para a cozinha.

— Virei cachorro? – Pergunto e mal termino de pronunciar as palavras quando um cachorro enorme pula em cima de mim.

— Dragon. – Grita Castiel surpreso por ver o cachorro em cima de mim e me lambendo.

— Calma, garoto, calma. – Digo rindo e ele senta do meu lado me encarando. – Serio? Primeiro a moto, e agora um Pastor-de-Beauce? – Digo e ele parece divertido.

— Não pensei que saberia qual raça é, e muito menos que ele ia gostar de você assim. – Dá de ombros e eu lhe encaro com ódio.

— É claro que sei a raça, meu... – Começo, mas logo paro, meu irmão tinha um cachorro assim, e pensar em meu irmão já me faz voltar a ficar mau.

— Não precisa continuar, e quero que se esqueça de tudo. – Diz ele na minha frente, me oferecendo um prato que continha um brownie com uma bola de sorvete de creme e calda de chocolate preto por cima.

— Não. – Exclamo com a boca aberta e ele me olha nervoso.

— Não gosta? – Pergunta erguendo uma sobrancelha e eu não o respondo, apenas pego o prato e a colher da sua mão, logo começando a comer, está tão gosto e crocante.

— É claro que eu gosto. – Falo de boca cheia e ele ri.

— Princesa, que educação é essa. – Fala galante e eu lhe mando um dedo do meio. – Ei, que feio. – Diz negando e eu rio.

— Estava tão bom. – Digo assim que termino de comer.

— Eu sei, fui eu que fiz. – Fala convencido e eu reviro os olhos. Castiel tira meu prato e coloca na mesinha de centro, depois olha para mim e se abaixa para ficar da minha altura. – Está sujo. – Diz e logo limpa minha boca.

— Obrigada. – Sussurro e começamos a nos aproximar, mas quando estávamos quase colados, eu levanto e pego o prato o levando para a cozinha.

— Você gosta de cortar nossos climas, só pode. – Diz ele fingindo estar irritado e eu rio.

— Não sei do que está falando. – Digo voltando para perto do sofá e ele desvia os olhos dele dos meus.

— Vem, vou te emprestar uma camisa para dormir e uma toalha para se secar depois do seu banho. – Fala e eu o sigo até o seu quarto.

— Está bem. – Concordo pegando a toalha e a camisa que ele me alcança.

— Não precisa de ajuda? – Pergunta malicioso e eu me viro indignada.

— Não, eu sempre me lavei muito bem, e obrigada por se importar. – Digo brincalhona e ele ri.

Entro no banheiro logo fechando a porta e a trancando, tiro minha roupa por completo e entro no box para logo ligar o chuveiro. Depois de me lavar, começo a pensar em tudo o que passei, e o quanto eu já passei. Não aguento mais guardar isso tudo para mim, eu preciso contar para alguém, e eu vou.

— Cast? – Chamo assim que estou pronta e no quarto. – Preciso te contar tudo o que aconteceu e tudo o que eu passo. – Falo e percebo sua expressão ficar seria com uma pitada de curiosidade.

— Achei que nunca iria contar.

P.O.V Carmen Frufru

— Carmen, amiga, pense bem no que irá fazer, você pode achar alguém melhor que ele. – Diz Denise e eu nem ligo.

— Eu já disse, eu o quero mais que tudo, somos feitos um para o outro, ele é perfeito. – Digo e volto a minha atenção a coisa que estou fazendo no momento. – Olha, ficamos tão bem juntos. – Digo assim que encerro minha montagem sobre Castiel e eu juntos.

— Eu não vou falar mais nada, a vida é sua, depois não venha me dizer que não avisei. – Fala Denise e eu dou de ombros.

— Amiga, o amor machuca, mas quem disse que eu não gosto da dor que ele me trás? – Confesso e solto uma risadinha.

— Você que sabe. – Dá de ombros e eu volto a fazer mais uma montagem.

Eu ainda vou tê-lo nas palmas das minhas mãos, querido. Ou eu não me chamo Carmen Frufru.

P.O.V Monique Lockwood

— Agora você sabe por que não queria lhe contar. – Digo e o Castiel que antes estava sem expressão, agora me encara como se tivesse uma incrível idéia.

— É o seguinte, você vem morar comigo, e se esse tal mafioso vir atrás de você, eu vou dar um jeito dele parar com isso, já chega de você sofrer, eu vi onde você mora, e vi com quem, está na hora de você ter um pouco de conforto e mimo, sua vida inteira foi um saco. – Fala e antes de eu falar alguma coisa, ele tapa minha boca com a sua mão. – Não adianta dizer que não, vai ser pior. Ou você aceita por bem, ou te sequestro. – Continua e eu rio.

— Quero ver se vai conseguir me sequestrar. – Digo e logo ele deita por cima de mim na cama, prendendo minhas mãos.

— Considere-se sequestrada. – Sussurra em meu ouvido e logo levanta de cima de mim. – Amanhã vamos pegar suas coisas. Estou indo tomar banho. – Fala entrando no banheiro e fechando a porta.

— Idiota. – Sussurro revirando os olhos.

— Eu ouvi. – Grita e eu tento segurar meu riso.

Eu não acredito nisso, depois de tudo que eu passei, eu... Será que ele fará tudo aquilo sumir? Fará com que eu sinta algo bom finalmente? Ou apenas destruirá o resto que sobrou? É tantas duvidas, e eu não consigo, eu não consigo me afastar dele, ele tornou tudo tão melhor a partir do momento em que nossos olhos se cruzaram.

Pensamentos e mais pensamentos me invadem, parando apenas quando vejo Castiel sair do banheiro com uma cueca boxer preta e seus cabelos pingando. Porra Castiel, vai ser sexy no inferno.

— Se importa? – Ele pergunta divertido. – Só gosto de dormir apenas com a cueca.

— Não, não me importo. – Digo evitando olhá-lo, ele ri e logo me puxa da cama me fazendo ficar cara a cara com ele.

— Sabe... – Começa a falar e vejo que seus olhos param em minha boca. – Cansei de ser bonzinho. – Diz com um sorriso malicioso.

— Bonzinho? – Digo irônica e rindo, mas invés dele me responder, ele apenas me cala com um beijo forte, intenso e muito excitante.

Sua boca explora a minha até quase me fazer perder os sentidos, e depois de um tempinho, se afasta de minha boca e parte para meu pescoço dando pequenos beijos e chupões. Castiel me deita na cama ficando por cima de mim, gotas de água do seu cabelo começam a cair em mim me causando alguns arrepios.

— Cast. – Sussurro e ele solta um sorriso bobo.

— Se eu soubesse que para te ter era só preciso te salvar, iria ter feito isso antes. – Diz rindo e eu me sinto constrangida, me levanto da cama saindo de baixo dele, sem ao menos saber como, apenas saio.

— É claro, você apenas me quer como todos, ótimo Monique, conseguiu ser trouxa outra vez. – Digo e quando estou prestes a sair do quarto, Castiel me puxa e me impressa na parede.

— Que porra. – Diz com ódio. – Eu não te quero por causa disso. – Aumenta a voz e eu percebo a sua voz oscilar. – Eu... Eu...

— Você o que? – Pergunto com raiva e ele me encara fixamente.

— Eu te amo porra, e eu sei que não vai acreditar, e eu não ligo, porque eu sei que te amo e sei que é real, então se... – Antes dele completar o que estava dizendo, eu o beijo, mas desta vez, o beijo tinha uma mistura de amor, rebeldia e medo.

— É melhor irmos dormir. – Digo assim que se afastamos, ele apenas concorda.

Deitamos na cama, um em cada lado dela, olhando um para a cara do outro. Castiel me puxa para o seu peito e gostaria de agradecê-lo por isso, porque eu nunca iria fazer sozinha por causa da vergonha, mas sempre iria querer ter feito.

— Boa noite. – Sussurra rouco quase dormindo.

— Boa noite. – Digo, e antes de pegar no sono, falo três palavrinhas que ele gostaria de ouvir e eu de falar. – Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Odiaram? Comentem, seu comentário ajuda um escritor a saber se deve ou não continuar. ^^ é serio comentar, ajuda demais.
Beijooooos e Até Breve!!! :3



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