P.O.V Lysandre Maddox

— Você devia deixar ela um pouco em paz. – Aconselho ao Castiel, assim que o mesmo vem até mim, depois de novamente ter confrontado Monique que havia fugido, aquilo já chegava ser normal para mim desde que viramos amigos, aquilo virou rotina. Sim, eu também sinto que a Monique tem algo a esconder, mas perseguir ela e a prender contra uma parede para que ela fale o que está lhe afligindo não é algo muito aconselhável de se fazer.

— Eu não posso, eu sinto que logo vai acontecer alguma merda e eu estou tentando fazer com que essa merda não aconteça. – Confessa com ódio Castiel, assim que senta ao meu lado no banco perto da árvore.

— Talvez não aconteça nada, talvez esteja só com vontade de proteger ela de tudo. – Digo sugerindo discretamente.

— Por que iria querer protegê-la? Ela não é nada minha. – Me pergunta confuso.

— Se vocês não são nada um do outro, então porque não a deixa em paz? – Indago ironicamente e ele ri.

— Lysandre irônico, nunca pensei que poderia ver você assim. – Diz rindo e eu rio junto, mas logo paro quando Melissa entra pelo portão da escola junto com o João, vários garotos a olham e assim que eu desvio o olhar dela, Castiel me encara malicioso.

— O que foi? – Digo erguendo uma sobrancelha.

— Quem é a garota que você está afim? – Pergunta e eu arregalo os olhos.

— Não estou afim de ninguém. – Me defendo e Castiel começa a rir alto.

— Foi mal cara, mas você acabou de confessar. – Diz ainda rindo e eu tenho uma idéia.

— Se é assim, então você está completamente apaixonado pela Monique, e não venha negar, ontem você cochilou na aula e começou a chamar o nome dela enquanto dormia, não sei como ela não ouviu. – Digo e logo ele cora.

— Eu disse? – Exclama surpreso e ainda corado.

— Espera aí, você estava sonhando com ela? – Pergunto ainda mais surpreso, eu estava zoando e acabei de descobrir coisas comprometedoras.

— Sonhando com quem? – Pergunta Rosa chegando com Monique que estava tentando fugir, mas Rosa a segurava para não escapar.

— Me deixa ir. – Grita Monique e logo Castiel se levanta ligeiro.

— Sonhar com ninguém, eu não sonhei com ninguém. – Diz nervoso Castiel olhando para Monique que parou de tentar fugir e encarou ele.

— Castiel. – Grita a loira que é afim do Castiel e o mesmo abraça Monique que fica surpresa. – Mas o que?! – Exclama Carmen surpresa e com ódio, logo passa reto indo para sei lá onde.

— Posso saber quem lhe autorizou a me abraçar? – Pergunta Monique tentando parecer irritada, mas só estava tentando esconder a risada.

— Ninguém, mas eu não iria querer uma chata no meu pé. – Dá de ombros Castiel e Monique revira os olhos.

— Por que não abraçou a Rosa? Ela até tava mais perto. – Indaga Monique.

— Ela tem namorado. – Responde ele normalmente e Monique suspira agora irritada.

— Desisto. – Diz ela e quando vai sair o celular de todo mundo começa a tocar.

— Mas o que? – Exclama chocada Rosalya, Castiel fica irritado, e Monique parece que vai ter um ataque de fúria.

Assim que pego meu celular entendo o motivo. Todos da escola haviam recebido uma foto de um número desconhecido, e a foto nada mais é, que a Monique nua.

— Eu vou matar quem fez isso. – Diz com ódio Monique e logo ela sente olhares para cima dela de malicia.

— E ainda por cima é uma montagem mal feita, não tem nada haver com seu corpo. – Exclama pasmo Castiel e Monique fica confusa.

— Olha, não sei se acho graça ou raiva. – Diz ela e Castiel sorri malicioso, achei que a Rosa ia perguntar o motivo do Castiel saber que era montagem, mas percebo que a Monique havia contado tudo para ela, assim como o Castiel, contou para mim.

— Belo corpo. – Diz um cara passando por nós.

— O próximo que vim com graçinhas eu quebro os dentes. – Diz Castiel e Monique ri.

— Você acha que eu ligo? Já fizeram coisa pior comigo, se acham que isso vai me constranger estão enganados, posso até querer matar quem fez isso, pela infantilidade e falta de caráter, mas não me importo realmente. – Diz ela e Castiel tenta esconder um sorriso.

— Mas quem será que fez isso? – Pergunta Rosa e Monique parece pensar.

— Deve ser uma pessoa que tem bastante dinheiro para contratar alguém que saiba fazer montagens boas e um bom hacker. E principalmente, alguém com um ódio imenso de você. – Digo e Monique depois de alguns minutos parece ter imaginado quem foi, mas antes de falar algo, Castiel sai correndo pelos corredores.

— O que foi isso? – Pergunta Rosa e Monique estremece.

— Ele sabe quem pode ter sido, e eu estou com medo do que ele possa fazer, se a encontrar. – Diz Monique.

— E quem é? – Pergunta Rosa e Monique nos encara.

— A Carmen, e aposto que o Castiel acha que isso é culpa dele, afinal, ele não teria outro motivo para ir a “caça” dela. – Diz Monique e eu peço licença, dizendo que vou atrás do Castiel, pois realmente preciso encontrar o Castiel.

P.O.V Melissa Chieses

Já havia batido o sinal, e eu me sentei na frente de uma garota de cabelos brancos compridos e bem vestida, logo ela e sua amiga loira de olhos azuis, se vira para mim.

— Oi, sou Rosalya, e ela é Monique, mas pode nos chamar de Rosa e Mo. – Diz ela sorrindo junto com a Monique e eu rio.

— Não achei que alguém que não fosse apresentado pelo meu irmão, iria puxar assunto tão cedo comigo. – Digo confessando e elas riem.

— Se nós contarmos para você como nos conhecemos, realmente essa apresentação é a mais normal. – Diz a Mo e a Rosa concorda.

— Que cabeça a minha, não disse meu nome. Sou Melissa, mas pode me chamar de Mel. – Digo e elas sorriem.

— Amei seu cabelo. – Diz Rosa soltando um gritinho.

— Lys. – Grita Monique se levantando assim que o garoto que estava com meu irmão na hora em que cheguei, se aproxima de nós. – Encontrou o Castiel? – Pergunta nervosa a garota.

— Não, ele simplesmente sumiu, e eu também não achei a Carmen. – Diz e Monique se senta mais branca que o normal.

— O que está acontecendo? – Pergunto e Rosa me conta tudo.

— Então agora não sabemos o que o Cast foi fazer. – Diz Rosa por fim, depois de explicar tudo.

— Mas vocês não têm idéia do que ele possa fazer? – Pergunto e Rosa dá de ombros.

— Não, Castiel é imprevisível, ainda mais quando está zangado. – Diz Lysandre e quando olho para Monique, vejo que ela estava suando frio, é estranho, mas parece que ela sentiu que há algo errado realmente acontecendo.

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Já estávamos na segunda aula e nada de Castiel e Carmen, aposto que se Monique levantasse, ela desmaiaria, estava tão péssima, aquilo era estranho, pois ela não parecia estar assim pelo fato da foto ou do Castiel ter sumido, afinal não é tão estranho isso não é? Rosa tentava acalmar ela, sem que o professor visse e Lysandre conversava comigo sobre outras coisas, para descontrair a tensão.

— Licença professor, será que posso entrar? – Pergunta Carmen e o professor concorda, Carmen vai até ele e mostra um papel e ele assina, depois Carmen vai até seu lugar.

— Senhor Salvatore? – Chama o professor assim que um ruivo entra e vai direto para o seu lugar, devia ser o tal de Castiel.

— O que foi? – Pergunta com um sorriso vitorioso.

— Posso saber o motivo do atraso? – Pergunta o professor.

— É o mesmo motivo da Carmen, nada demais, senão acreditar é só pedir na secretaria. – Responde Castiel e o professor apenas volta a dar a matéria.

P.O.V Maria Fernanda

Era a terceira aula, ou seja, aula com a professora Delanay, já estávamos todos no laboratório e cada um estava fazendo um teste para duplas complementares, aquele teste era muito estranho, mas como ela é a professora, você é obrigado a responder aquilo e o mais verdadeiramente possível.

Teste Para Formação De Duplas

Assinale conforme seu conhecimento.

1) (Tabela Periódica) O que significa “H”?
a) Hidrocarboneto.
b) Hidrogênio.
c) Hássio.

2) (Tabela Periódica) O que significa “Pb”?
a) Chumbo.
b) Point Blank.
c) Algum alimento.

3) Quem inventou o microscópio?
a) Michael Faraday.
b) Peter Desaga.
c) Zacharias Janssen.

4) Segundo Newton:
a) A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade.
b) A toda ação nunca há uma reação oposta e de igual intensidade.
c) A toda ação há sempre uma reação oposta, mas nunca uma intensidade igual.

5) O que é o nêutron?
a) Um bárion eletricamente neutro.
b) Um bárion eletricamente negativo.
c) Um bárion eletricamente positivo.

Assinale verdadeiramente.

6) Qual qualidade mais define você?
a) O bom senso de humor.
b) A mudança de humor frequentemente.
c) A delicadeza ou gentileza.
d) A responsabilidade.

7) Qual a porcentagem de sua motivação para a aula de ciências?
a) Entre 25% a 50%.
b) Menos de 25%.
c) Entre 50% a 80%.
d) Mais de 80%.

8) Qual sua cor preferida?
a) Cores quentes.
b) Cores frias.
c) Cores neutras.
d) Todas as cores.

9) O que você espera dos seus amigos?
a) Que eles te façam rir.
b) Que sejam verdadeiros exemplos a seguir.
c) Que te entendam perfeitamente.
d) Que estejam ao seu lado sempre que precisar.

10) Você se considera uma pessoa:
a) Maldosa.
b) Mimada.
c) Bondosa.
d) Indecisa.

Depois de eu assinalar tudo e por meu nome, esperei mais alguns minutos até a professora falar para todos checarem se colocaram o seu nome e entregarem, mesmo quem não terminou de assinalar era para entregar.

— Ótimo, agora abram o livro na página 23, e leiam a experiência, pois vocês a farão assim que eu formar as duplas, ou seja, nessa mesma aula. – Diz a professora e logo eu começo a ler a experiência.

P.O.V Monique Lockwood

Já havia passado algum tempo e a professora Delanay havia separado as duplas na sua folha, mas não falou ainda quem ficaria com quem.

— Bem alunos, conforme eu vou falando o nome de cada um da dupla, vocês sentam em ordem da primeira fileira até a última. As duplas complementares serão: Anastácia e Luca, Melinda e Amélia, Mônica e Maria Fernanda, Paulo e Chris, Magali e Lysandre, João e Laura, Melissa e Denise, Monique e Rosalya, Castiel e Do Contra, Cebola e Xaveco, Jessica e Cascão, Isa e Maria Mello, Toni e Carmen. – Assim que ela termina, eu e Rosa soltamos um sorriso de alivio e felicidade por sermos uma dupla.

— Nem acredito nisso. – Sussurra Rosa e eu concordo.

— Agora tratem de começar a experiência. – Diz a professora e todo mundo começa a seguir as instruções do livro, às vezes a professora falava algo e nos ajudava, mas não tanto, pois ela disse que essa é uma forma de dar sua avaliação, ou seja, precisamos entender o livro e seguir correto tudo o que se diz, assim tiramos notas boas, ela pode ser rígida, mas é uma boa professora e ensina bem.

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— Mas o que você fez com a Carmen, afinal? – Pergunta Rosa, assim que estamos sentados no refeitório com nossas bandejas cheia de comida, eu estava sentada de frente para o Castiel e Rosa de frente para o Lys, sendo que eu estava ao lado dela e o Cast do Lys.

— Nada que ela não merecesse. – Responde Castiel com um sorriso vitorioso.

— Nada que ela não merecesse? – Indago. – Ela estava com a maquiagem borrada como se tivesse chorado, o que você fez, Castiel? – Pergunto seriamente e ele sorri malicioso.

— Você fica sexy seria. – Diz ele e percebo que disse para mudar de assunto.

— Fala logo o que fez. – Digo e ele revira os olhos.

— Apenas a encontrei, fingi que a queria e “peguei” o celular dela emprestado sem ela perceber, depois que ela ficou derretida por mim, disse algumas coisas tipo, eu e você nunca vamos dar certo, você é uma patricinha idiota, e outras coisas que prefiro não comentar. – Diz frio e logo continua. – Depois disso procurei a prova e mostrei para o diretor que já estava por dentro dessa foto, ele até quis te chamar, mas eu dei um jeito para que você não se envolvesse mais. O diretor vai fazer com que ela fique três dias depois da aula limpando a bagunça da escola, e vai chamar os pais dela que com certeza vão cortar a mesada dela por uns dois meses, assim ela não vai poder comprar as roupas dela. – Diz por fim dando de ombros.

— Isso nem é tanto. – Confesso e ele sorri divertido.

— Achei que era o único que pensaria assim. Acho que a parte mais legal foi poder ter humilhado ela, já a dos pais só vai trazer tristeza para uma patrícia do tipo dela, que vai chorar, pois não vai poder fazer as comprinhas dela. – Diz divertido Castiel, e eu rio.

— Você tem idéias boas, confesso. – Digo e ele me dá um olhar cúmplice.

— Até iria querer um obrigado vindo de você, mas como fui eu que te meti nisso, acho que isso foi minha obrigação. – Confessa e eu concordo.

— Mas foi divertido, nem sempre me divirto tanto, acho que eu te devo uma por me divertir. – Digo e logo coro, pois o que eu disse ficou em duplo sentido. – Quer dizer... – Começo mais ele me interrompe.

— Eu sei que não foi à segunda opção que você sugeriu, mesmo que eu queira que fosse a segunda. – Diz sorrindo e eu coro mais, volto minha atenção a Rosa e me odeio por isso, Rosa pare com esse sorriso sugestivo.

— Quer saber? Eu vou pegar mais um suco. – Digo me levantando e Castiel se levanta também.

— Vou junto, quero mais uma barra de chocolate. – Diz e nós saímos indo até a bancada, onde continha a comida e a mulher que atendia a todos.

— Lys? – Pergunto e ele concorda rindo.

— Rosa? – Pergunta erguendo uma sobrancelha, suas mãos estavam no bolso da calça, e confesso que aquela pose foi muito sexy.

— Ah, sim. – Digo e desvio o olhar rapidamente, mas não escapo de uma risada gostosa e maliciosa do outro que agora está atrás de mim na fila.

P.O.V João Santos

Meia noite e novamente a insônia me bate, realmente por que é sempre há essa hora? Não que eu tenha medo dessa hora, mas é sempre essa hora, é sempre à hora de terror nos filmes de terror.

Ando até a cozinha para beber um copo d’água, minha irmã já estava dormindo no quarto dela e meus pais haviam ido visitar os parentes na cidade vizinha e acabaram por ficar um dia lá.

Logo que termino de tomar água, vou até meu quarto e encontro minha irmã com um roupão. Aproximo-me e ela se vira para mim, corada e sorrindo levemente.

— O que faz aqui, Mel? – Pergunto e ela cora mais.

— Eu não sei, quer dizer, não sei explicar, é só que... – Ela para de falar e tira o roupão, ficando nua.

— Mas que diabos?! – Exclamo e logo percebo que não é minha irmã, mas sim outra coisa não humana. – Quem é você? – Rebato e a criatura começa a rir perversamente e depois começa a girar rapidamente até desaparecer.

Saio do meu quarto e tento chegar ao quarto da minha irmã, mas o corredor parecia infinito. Assim que desisto por cansaço, uma mão aparece, mas não era a da minha irmã.

Segure. — Diz a voz doce, eu a conhecia. – Vou lhe ajudar em tudo, você está em problemas.

— Quem é você? – Pergunto e sinto-a sorrir, eu a conhecia e sei que ela é uma amiga, mas não sei quem realmente é.

No momento certo, você irá saber. Agora venha, há alguém preocupada com você.— Diz ela e eu espero alguns minutos para aí segurar em sua mão.

Logo tudo começa a ficar branco e eu acordo com minha irmã desesperada tentando me acordar.

— Até que enfim você acordou. – Diz ela me abraçando aliviada. – Você não acordava, fiquei preocupada, estava quase ao ponto de ligar para o hospital.

— Tenho um sono pesado. – Digo tentando fazer com que ela não se preocupe, o que funcionou, pois ela riu.

— É bom controlar isso, ou vou te matar se me der mais um susto assim, agora se arruma, ou vamos se atrasar. – Diz ela saindo do quarto sem eu dizer nada.

Agora a pergunta é, como vou saber o que é real, se os pesadelos são tão reais? Eu quero falar isso para alguém, mas não posso, todos achariam maluquice e até me internariam no hospício ou sei lá o que mais poderiam fazer. Não estou com medo, realmente não estou, mas por que esses pesadelos estão me deixando cada vez mais fraco?