Dangerous escrita por americafanfiction


Capítulo 9
Three


Notas iniciais do capítulo

GENTE OUTRO CAPITULO ESPECIAL PQ FIQUEI TRISTE CMG MESMA POR TER DEMORADO TANTOOOOOO
é POV de tres pessoas HEHEHEHEHEHEH espero que vcs A-M-E-M
beijos I LOVE YOU leiam as notas finais



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Assim que o avião poucou em Nova York, eu já sabia que estava em casa. As nuvens escuras que rondavam a cidade ameaçando um temporal, as pessoas apressadas de um lado para o outro, a enorme luminosidade –mesmo a noite– e, o melhor de tudo, a garota ao meu lado. Não importa aonde eu estivesse, tudo iria parecer como minha casa se ela estivesse comigo.

Olhei para Callie e sorri, vendo a sua face abismada enquanto observava a grande cidade que nunca dorme. Ela estava linda. Ela, na verdade, sempre estava linda. Sua beleza era algo tão natural, ela não precisava sequer de um esforço para ser a menina mais bonita que eu já conheci.

—Leo, pare. –ela disse sorrindo, sem desviar seus olhos da janela do táxi.

Eu ri, e comecei a pensar nas coisas que havia deixado para trás naqueles meses que passei fora da cidade. Eu sentia falta das aulas, de Percy, Thalia, Luke e todos os meus amigos. Sentia falta de ficar sentado pegando sol na clareira da floresta, sentia falta de tudo.

Na verdade, nem tudo, pois eu não sentia falta das garotas. Antes de conhecer Callie, eu era um garoto totalmente diferente. Já tinha passado por diversas meninas, mas nunca tendo algo fixo. Mas, diferente de todas, Callie me fisgou no melhor momento da minha vida, e eu a amo por isso.

—Já estamos chegando? –ela perguntou ao motorista, que acenou sim com a cabeça. Ela virou para mim e bateu palmas, animada, para depois puxar–me para um beijo.

—Eu ainda não acredito que você finalmente vai conhecer meus amigos. –eu disse enquanto colocava suavemente meu braço por cima de seus ombros. –Eu acho que eles vão amar você.

—E eu vou amar eles. –Ela disse, encostando sua cabeça em meu ombro.

Nos últimos dois meses eu havia ficado sem celular mas, quando finalmente estava voltando para casa, resolvi criar vergonha na cara e tirar meu celular do fundo da mala.

Desbloqueei o mesmo e abri as mensagens com Percy, clicando na opção de mandar uma foto. Virei para a câmera frontal e levantei meu polegar na altura do rosto, apenas mostrando meu rosto e o de Callie. Ela colocou as duas mãos na frente de sua face, murmurando algo do tipo “amor, pare”, pois ela não gostava que a pegassem desprevenida nas fotos.

Mandei para Percy com a legenda: Eu e minha garota já estamos chegando, nos espere acordado.

Poucos segundos depois, meu celular vibrou com uma notificação nova de Rei de Todas, pois era assim que percy tinha salvo seu nome em meu celular.

Ansioso para conhecer a garota misteriosa. Nem se preocupe, não vou estar indo para cama tão cedo ;)

Eu ri. Estava definitivamente sentindo falta do meu melhor amigo, mais do que admitia para mim mesmo.  Olhei para Callie novamente, e ela voltara a observar a cidade pela janela do táxi, logo, fiz a mesma coisa. Mas a partir do momento em que o carro virou no caminho que eu já tinha me acostumado, meu coração palpitou de ansiedade. Queria ver meus amigos. Queria que meus amigos vissem minha garota. Queria tudo isso logo.

As fachadas dos prédios começaram a diminuir até que tudo o que se via pela janela eram árvores floridas e o enorme e projetado muro da Meriwheter. Fechei os olhos enquanto o táxi passava pelo enorme portão de ferro que levava para a mansão central da escola, e abri apenas quando o carro foi estacionado. Calipso estava mais nervosa que eu, e eu a entendia: ela saíra praticamente do outro lado do país e foi para um internato novo, que custara uma fortuna, com um cara que conhecia havia pouco mais que dois meses. É, ela tinha razão em ficar nervosa.

Desci do táxi, e ela desceu também. O taxista foi retirando as malas enquanto eu e Callie íamos até a recepção. Chegando lá, repeti o mesmo processo que fazia todo ano ao chegar na escola, porém Callie demorou um pouco mais com a outra recepcionista.

—Vou ter que dividir o quarto com uma tal de Maggie. –ela disse quando chegou até mim. –Você conhece?

—Não faço a mínima ideia de quem seja. –respondi apenas, e segurei a mão dela. –Vamos para o meu dormitório e você dorme lá comigo hoje, acho que é um pouco tarde para chegar no quarto de uma menina que você não conhece, não?

—Sim, claro. –ela respondeu vagamente. –Mas seu colega de quarto não vai se importar?

—Claro que não, Percy é a única pessoa no mundo que não pode reclamar de mim por levar alguma garota para o nosso dormitório. –disse enquanto nos encaminhava até o caminho para a mansão masculina. Fiz um sinal para o motorista nos seguir com as malas, e caminhei tranquilamente ao lado de Callie até chegarmos à mansão. Como sempre, meu dormitório ficava no segundo andar, ao lado do quarto de Jason. Ao entrar na mansão, alguns garotos circulavam pelo saguão, outros estavam conversando em frente à porta de seus quartos. Dispensei o motorista, dando 50 dólares para ele, peguei minhas malas e Callie pegou as delas, e subimos no elevador.

Quando eu finalmente cheguei ao meu dormitório, escancarei a porta e larguei minhas malas na mesma, vendo Percy levantando–se da cama e me puxando para um abraço escandaloso.

Posso assegurar que essa cena foi bem heterossexual, só que não.

—Que saudade que eu estava de você, doendezinho. –ele disse. –Onde está sua garota misteriosa? –perguntou curioso, olhando para a porta.

—Ela está... –disse, mas me interrompi.

Isso foi estranho. Ela estava bem atrás de mim antes de eu entrar no quarto. Dei uns passos para trás, saindo do quarto e a encontrando encostada na parede com uma cara assustada.

—Amor, vamos, entre aqui. –eu disse, tentando puxar seu braço, mas ela desviou.

—Eu... Eu vou ir para o meu dormitório, é melhor, não quero atrapalhar seu reencontro com seu amigo... –ela estava pálida, e fraquejava enquanto falava.

—Amor, está tudo bem, ele vai gostar de você, vamos. –puxei ela para um abraço.

Esse é o problema. –ela murmurou para si mesma, quase baixo demais para eu ouvir, mas eu mesmo assim ouvi.

Entrei no quarto, e Percy ainda estava com uma interrogação plantada em sua testa. Callie entrou atrás de mim, e deu um sorriso fraco para Percy que, quase instantaneamente, ficou pálido.

—Oi. –ela disse baixo.

—Merda. –ele disse alto o suficiente.

Ele sentou–se na cama e baixou sua cabeça, apoiando a testa em suas mãos.

—Eu tenho que ir, como já disse, não quero atrapalhar. –ela disse, e saiu do quarto correndo com suas malas na mão.

Demorei para conseguir ter uma reação, mas quando a tive, era tarde demais, ela já tinha sumido do corredor. Fiquei com medo de que ela se perdesse, mas lembrei que ela recebeu um mapa do campus assim que pegou a chave de seu dormitório. Callie era esperta, ela iria se achar, mas eu precisava saber o que tinha acontecido dentro daquele quarto antes de ir ver se ela estava bem.

—O que diabos...? –perguntei para Percy, e dessa vez eu é que tinha um ponto de interrogação estampado em minha testa.

Percy levantou–se, fechou a porta atrás de mim e sentou–se novamente na cama.

—É tarde, você deve estar exausto, vá dormir. Amanhã é outro dia, você vai estar melhor. –ele disse, quase que roboticamente, enquanto arrumava sua cama para dormir também.

—Não antes de você me explicar a porra que acabou de acontecer. –eu disse, aumentando o meu tom de voz.

—Eu apenas achei que conhecia ela, porra! –ele gritou, parando de arrumar sua cama e olhando fixamente em meus olhos. –Não podemos simplesmente dormir?

—Tenho que achar Callie... –eu disse.

—Ela não é burra, é? –ele perguntou, e eu acenei que não. –Então ela vai se achar, a mansão feminina fica no outro caminho, não é difícil de achar, e tem monitores por vários lugares.

Eu arqueei as sobrancelhas, rendendo–me, e fui até a porta do closet para pegar um lençol, um cobertor e um travesseiro para arrumar minha cama.

Depois de arrumar a mesma, deitei–me sobre ela, e percebi o quão cansado estava: não levantaria nem se quisesse.

Percy apagou a luz de teto, deixando apenas a sua luz de cabeceira acesa, e deitou–se. Ele estava estava estranho, pois ele nunca dormia cedo, muito menos agia daquele jeito por motivo algum.

—Muitas coisas aconteceram enquanto você estava fora. –ele disse, já de baixo das cobertas. –Amanhã tenho que te atualizar, mas por enquanto, vamos apenas dormir.

Eu estava deitado de lado na cama, virado para a cama de Percy, enquanto ouvia o que ele falava.

—Sim, vamos... –eu disse, enquanto pegava no sono.

Ele desligou as luzes, e eu apaguei junto, mas por um milésimo de segundo, pude jurar que tinha visto uma foto de Percy e Calipso no mural de fotos dele.

 

 

Nick

—Então, aquela garota loira... –eu comecei, olhando para Luke.

—Annabeth? –ele perguntou.

—Annabeth. –eu afirmei, pensativo. Então esse era o nome dela. –É um nome muito lindo.

—Um nome lindo para uma garota linda... –Luke completou. –Então, ela simplesmente entrou no banheiro enquanto você tomava banho?

—Sim. –eu disse. –Ela achou que fosse você. Deus, você é um cara de sorte.

—Eu sei. –ele disse sorrindo maliciosamente. –Eu vou falar com Jason e depois volto aqui, ok?

—Ok. –eu respondi vagamente enquanto ele saía pela porta com sua mochila nos ombros.

Levante–me da minha cama, tentando achar algo para animar o restante da noite. O quarto não estava nem um pouco diferente do que estava antes de eu ir para a Austrália. Fui ver se realmente tudo o que eu tinha deixado lá continuava lá. Entrei no closet, revirando algumas coisas em cima da prateleira que segurava o espelho, e achando, dentro de uma caixinha, meu pequeno pote de outro no final do arco–íris. Encarei a sacolinha com a droga dentro e sorri de canto a canto do rosto. Coloquei o pacote no bolso de minha calça, coloquei sapatos e peguei meu celular, assim saindo do quarto e indo para o lugar onde saberia exatamente com quem encontrar seda e dividir um belo baseado.

Depois de caminhar alguns passos no corredor, bati na porta de meu velho amigo.  Conseguia ouvir a música alta mesmo através da porta, e não imaginei que ele fosse ouvir as batidas, então bati novamente, dessa vez por mais tempo.

Quando ele abriu a porta, me assustei com a imagem diferente que ele me trazia.

—O que foi, caralh... Nick! –ele disse, e abraçou–me, dando tapinhas em minhas costas.

—Nico! –eu disse, rindo da apresentação que fazíamos todas as vezes. Nico é meu amigo de infância, compartilhamos o mesmo nome, mas decidimos que era confuso chamarem ambos de “Nicholas”, então cada um adotou um apelido um pouco diferente.

—Pode entrar, não tenho ideia de onde Peter está. –ele disse, abrindo espaço na porta para eu passar.

—Peter? –perguntei confuso.

—Meu novo colega de quarto. –ele respondeu e eu arqueei as sobrancelhas, esperando outra explicação. –Octavian foi expulso por tentar fazer algum tipo de ritual na piscina da escola... e por várias outras coisas. Enfim, Peter é um nerd chato que só serve para reclamar que eu fumo maconha dentro do quarto e me denunciar para os monitores.

—Mas você é um monitor... –aleguei, confuso.

—Exatamente! –ele disse. –Acho que ele não bate muito bem da cabeça.

—Enfim, cara... –comecei, e joguei o pacotinho com a maconha para ele. –Você está muito diferente da ultima vez que te vi.

—Ahm, deixe–me ver... –ele sentou–se na cadeira de sua escrivaninha enquanto bolava o beck. –Você não estava ai quando a mais nova rainha da Meriwheter chegou e me fez de ridículo na frente de todo mundo, não estava ai quando eu sumi por alguns dias e virei noticia na mídia, mas não é como se alguém dessa escola se importasse... Você não estava ai quando eu voltei, um pouco diferente, com cabelo cortado e umas roupas um pouco melhores... Bom, tem essa coisa de que não nos vemos desde antes do recesso então, sim, eu estou diferente.

Nico estava falando demais. Ele nunca falava demais. Observei–o enquanto o mesmo terminava de bolar o segundo baseado, com os movimentos rápidos, porém praticamente em câmera lenta. Havia algo estranho nele, havia angústia em suas palavras, seus olhos estavam com olheiras enormes...

—Nico, você está bem? –perguntei, com as sobrancelhas franzidas.

—Estou ótimo. –ele disse, e riu. –Só não ando dormindo muito, apenas isso. Então, vamos fumar aqui ou vamos para Nárnia?

Eu sorri. Não sabia o que estava acontecendo com Nico, mas sabia que não ia arrancar nada dele enquanto o mesmo estivesse em sã consciência. Mas, do mesmo jeito, eu não sabia se ele estava são ou não. Ele apenas estava muito estranho.

—Nárnia. –respondi. Ele entregou–me o baseado na mão e saiu do quarto, e eu fui atrás.

 

 

RACHEL

Eu não aguentava mais ficar trancafiada no quarto com Annabeth me ignorando, então resolvi sair para fumar sozinha, já que se eu fumasse no quarto ela acharia alguma forma de infortunar–me, mesmo ela sendo uma fumante ativa. Levantei–me da cama, sentindo os olhos de Annabeth acompanhar cada movimento que eu fazia. Coloquei um casaco qualquer e coloquei minha carteira de cigarro dentro do bolso, junto com o isqueiro. Saí do quarto e segui o caminho até a saída da mansão feminina. Assim que cheguei na rua, senti o vento frio empurrar meus cabelos em várias direções. O caminho que ligava a mansão masculina e a feminina estava levemente iluminado por luzes da rua, além do brilho natural da própria lua. Fui caminhando, escutando apenas o barulho de meus passos ecoando no asfalto. Quando cheguei no final do caminho que ia para o lado oposto da mansão feminina, um pouco antes do caminho da mansão masculina, entrei em um espaço estrategicamente aberto entre dois arbustos, que dava direto a um antigo caminho. Como a escola era bem antiga, existiam vários caminhos interditados e que ninguém mais usava, o que fazia os superiores da escola sequer prestarem atenção, ou seja, lugares perfeitos para fazer coisas proibidas. Eu estava a caminho à antiga casa dos guardinhas que moravam lá, quando fui interrompido por algo. Ou por alguém.

Ouvi barulhos abafados de choro vindo de trás de uma árvore. Quando dei a volta na árvore, depare–me com uma garota encolhida chorando. Na hora, fiquei com medo, pois eu estava no meio do mato de noite e sozinha, mas ignorei esses pequenos detalhes.

—Hey, garota... Você está bem? –eu disse, e acendi a lanterna de meu celular, iluminando o ambiente em que estávamos. Ela levantou seu rosto e me encarou, com seus olhos inchados e vermelhos de choro.

—Quem é você? –ela perguntou, confusa. Pude enxergar melhor os arredores. Ela carregava algumas malas, que estavam encostadas ao lado da árvore.

—Eu sou Rachel. –eu disse, e estendi a mão para ajudá–la a se levantar. Já em pé, ela limpou seu vestido e juntou suas malas do chão. –Eu nunca te vi por aqui, você é nova?

—Sim. –ela disse,e fungou. Encarei ela com as sobrancelhas arqueadas, esperando uma continuação. –Eu sou Calipso... Callie. Eu não conheço ninguém, não sei onde fica meu dormitório e... saí correndo do meu namorado porque ele é melhor amigo do cara que eu amo e eu não sabia e...

—Calma! –eu disse, e ela voltou a chorar. Eu tive então uma boa ideia. –Ei, você não está sentindo um pouco de... Frio? –perguntei enquanto sorria maliciosamente.

—Ah, sim, está tipo congelando aqui em Nova York, eu não estou acostumada a isso...

—Ah, deixa, você não é daqui. –eu disse decepcionada. –O que eu quis dizer é que está frio porque estamos perto de Nárnia!

Callie me encarou com um belo de um ponto de interrogação pregado em sua testa. Percebi que teria que ser mais direta se queria que ela entendesse o que digo e não achasse que sou louca.

—Eu não entendi caralhas do que você falou. –ela disse, ainda me encarando com uma expressão estranha.

—Olha, você quer ficar chapada? –perguntei diretamente e ela assentiu. –Nárnia é um codinome para o lugar que vamos para fumas, ok? Não é todo mundo que sabe, ou seja, você não pode contar para ninguém.

—O que temos aqui? –ouvi uma terceira voz vindo de trás de mim. –Será mesmo a famigerada Rachel Elizabeth Dare?

Virei–me, e encontrei Nick e Nico. A voz vinha de Nick, o qual eu não via desde o ano anterior. Sai correndo para abraçar ele, esquecendo de Callie por um momento.

—Quanto tempo! –eu falei um pouco alto, alongando a palavra ‘tempo’. –Quando você voltou?

—Hoje mesmo. –ele disse, e olhou descaradamente para Callie. –Quem é essa?

—Essa é Calipso, ela é nova aqui, não conhece ninguém, brigou com o namorado porque o cara que ela ama estava junto com ele, ela é de...–fui acrescentar alguns dados, mas percebi que não sabia nada sobre ela.

—Miami. –ela disse, envergonhada por eu dizer as informações que ela tinha me dado. –Prazer.

Ela estendeu a mão para Nick, que abaixou–se a beijou as costas da mão dela, e depois a mesma cumprimentou Nico, que sorriu positivamente para ela.

—Nick e Nico, a dupla mais estranha de garotos que você vai conhecer nessa escola. –eu disse, e segui meu caminho até Nárnia, com os dois garotos atrás de mim e Callie com suas malas ao meu lado.

Ao chegarmos lá, eu acendi um cigarro e dei outro para Callie enquanto os garotos acendiam os baseados. Eu até tinha maconha, mas seria desperdício colocar três becks na roda.

Estávamos sentados em uma pequena roda incompleta, com apenas uma luz de canto da casa acesa. Enquanto os garotos davam as primeiras tragadas na maconha, eu via as notificações do meu celular, ver se Annabeth tinha mandando algo. Não sei porque eu me importava com isso, com o que ela pensava ou deixava de pensar sobre mim. Eu gostava do jeito que ela era, mas ao mesmo tempo, queria odia–la. Porém, não importava o quanto eu tentasse, eu não conseguia, de jeito nenhum, odiar Annabeth.

—Então. –ouvi Nick dizer enquanto passava o baseado para Callie. –Você é de Miami?

—Nascida e criada lá. –ela disse, e fumou.

—Não é pra lá que o Valdez foi no verão inteiro? –Nico interrompeu, passando o baseado para mim, e eu dei meu cigarro para ele.

Observei Nico. Ele estava muito diferente, parecia que sua aura estava escondida em alguma camada profunda dentro dele. Ele parecia quebrado, como se algo estivesse o puxando para baixo. Mas é claro, ele estava mais bonito do que jamais esteve, parecia que aquele estado no qual ele estava combinava muito bem com a sua pessoa.

—Sim, ele foi pra lá esse verão, ouvi Percy dizendo que ele estava todo animado porque tinha uma namoradinha nova.... –parei de falar o olhei instantaneamente para Callie. Nico e Nick fizeram a mesma coisa. –Oh, merda. Leo é seu...

—Namorado. –Callie completou.

—Então o cara que você ama que estava com ele é P... –Nick continuou meu raciocínio.

—Percy Jackson.

—Você é a garota da foto! –eu praticamente gritei. –O amor misterioso de Percy, vocês lembram?

—Foto? –Calipso perguntou. –ele tem uma foto minha?

—É uma foto de vocês dois, eu acho, está pendurada na... –parei de falar assim que vi Nico tragar o cigarro enquanto me lançava um olhar que praticamente dizia para eu imediatamente trocar de assunto. Antes de eu terminar meu raciocínio, ouvi novamente o choro de Callie.

Nick me olhava desesperado, pois ele não sabia o que fazer quando uma garota chorava perto dele. Nico estava com o baseado novamente em sua mão, e eu nem tinha percebido que tinha passado novamente para ele. Callie tragou mais uma vez o baseado enquanto chorava, e eu entrei em um certo de transe. Não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. Do nada, ouvi risadas altas saírem da boca de Callie, e quando vi, todos nós estávamos envoltos em gargalhadas por motivo nenhum.

—Meu namorado é melhor amigo do meu ex, quem diria! –Callie gritou, ainda rindo, mas depois voltou a derramar lágrimas.

Todos nós paramos de rir no mesmo instante. Nico me passou o baseado novamente.

—Distraia ela! –Nick tentou sussurrar para mim, mas falou alto demais.

Eu não sabia o que fazer, então fui ao lado dela e a abracei, tentando tirar a cabeça dela do que havia acontecido. Novamente, os únicos sons do ambiente eram das fungadas de Callie e das tragadas de Nick.

—Calma, meu amor... –olhei para Nick, confusa, sem saber o que falar. –Então... Qual é o seu signo? –perguntei nervosa.

Ela me olhou começou a rir, e eu fiquei sem entender. Olhei para Nico, que explodiu em risadas. Nick me encarou até achar algo engraçado em meu rosto, apenas para começar a rir junto com os outros. Eu ainda estava confusa, mas comecei a rir junto.

Ficamos um bom tempo rindo, até que fui finalmente respondida.

—Eu sou de Gêmeos. –Callie respondeu, chorando de ter rido tanto. –E vocês?

Todos pararam de rir e começaram a pensar.

—Eu sou de Aquário. –respondi séria. Ela sorriu como se fosse falar alguma coisa, mas depois ficou séria novamente, o que me deu vontade de rir.

—Ariano. –Nico disse, tragando o cigarro, ou a maconha, sinceramente, não sabia mais nem o que eu estava fumando.

—Sou de escorpião. –Nick disse, e os olhos de Callie brilharam.

—Ai meu Deus! –ela disse, e todos olharam pra ela em dúvida. –O que? Você deve transar muito bem.

Todos nós nos entreolhamos e, quase que no mesmo instante, explodimos em gargalhadas.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Tá, vou explicar o porque da demora:
Minha escola estava ocupada, ficou assim por seis semanas, ou seja, eu estava lá DIA E NOITE para ajudar e apoiar o pessoal. Acho que não preciso falar mais nada, pq eu estava lutando pelos meus direitos como estudante secundarista e não tive tempo algum para escrever para fanfics (MAS MESMO ASSIM EU ESCREVI ESSE CAPITULO DURANTE UM MES)
então espero que tenham gostado e
ME DIGAM O QUE ACHARAM DO NICO E DO NICK
duplinha sertaneja Nick & Nico AMEYYYYY
KISSES, MERI