Draco:

  Não demorei muito naquela sala após a saída de Hermine; depois de ler a carta eu tomaria as devidas providências. Corri para meu quarto de monitor, sabia que se fosse para o dormitório não teria privacidade e paz. E tenho quase certeza de que Pansy estaria atrás de mim, por sumir assim que a aula de poções acabou.

"Não pense que esta paz irá perdurar por muito tempo. Viva e sorria o quanto pode, logo estarei ao seu lado. Antes que me esqueça parabéns por ter feito algo que preste em sua vida, se eu fosse você andaria com a atenção redobrada em torno deles."

   Diferente da carta que Hermione recebeu, a minha não se auto destruiu; sinal de que ele queria que aquilo ficasse como uma lembrança, e que eu soubesse que estava por perto. Eu deveria ter total atenção a todos os meus passos de agora em diante; sinto que ele sabe de algo. Não posso me descuidar, e no momento a única pessoa a quem posso confiar é a Hermione. Tenho que estar um passo à frente dele, e o primeiro passo é colocar Pansy sobre minha supervisão, vigiá-la de perto; passar no ministério e ficar a par dos últimos relatórios feitos pelos aurores nos últimos meses pelo caso; feito isso vou poder avançar nas minhas providências.
   Fiquei tanto tempo divagando que perdi a noção do tempo, apenas tomei um banho rápido e me arrumei, segui para o Salão Principal para poder jantar. E como sempre Pansy estava lá arrumando confusão novamente com Hermione, o problema é que se eu a defendesse com mais frequência, chamaria demasiada atenção; coisa que não queremos agora, talvez posteriormente. Me aproximei e ouvi Hermione dizendo verdades a Pansy, mas sei que ela é uma pessoa vingativa, e como os trouxas dizem: "foi dito e feito"; toda via, Hermione ao se virar para seguir seu caminho, deu à ela a oportunidade perfeita para que revidasse. Mas ninguém esperava que a sabe-tudo de Hogwarts contra- atacasse com um simples golpe trouxa, fazendo com que Pansy fosse ridicularizada, as pessoas que assistiam à tudo riam por vê-la ser derrubada por um golpe trouxa.
   Eu até o momento observava, mas no instante em que ela usaria a varinha tive que interferir, não podia permitir que aquilo acontecesse; logo, estava junto a Pansy segurei sua mão e olhando em seus olhos lhe disse com o máximo de frieza na voz possível:

— O que pensa que está fazendo? Enlouqueceu de vez? Venha comigo. - ordenei

A peguei pelo braço a levando para o corredor mais próximo, onde não fossemos ouvidos.

— O que você tem na cabeça para arrumar uma confusão daquelas em frente ao Salão Principal? Por um acaso esqueceu que qualquer coisa que fizer contra a Granger estará automaticamente com o pé em Azkaban? É isso que você quer? - desatei a falar, não dando a ela tempo para que me respondesse

— Eu só queria saber o que ela havia feito com você, você sumiu o dia todo. Eu só fui avisá-la de que a quero longe de você - tentou falar fazendo manha - Você é meu! - declarou ela

   O que fez com que eu desprendesse suas mãos de minhas roupas imediatamente, ainda não entendo por que ela detém essa obsessão por mim, o que sinto por ela é asco e raiva, descobri no início do sexto ano, que um tempo depois que perdemos a virgindade juntos (aos quinze anos), ela havia se tornado amante do meu pai.

Flashback:

   Descobri por um acaso. Em uma noite após o jantar, entrei no escritório do meu pai afim de pegar um livro emprestado para me distrair, percebi uns papéis em desordem em cima da mesa então fui organizá-los, sabia que meu pai deveria ter saído as pressas para aquilo estar assim, pois ele tem o costume de sempre deixar sua mesa limpa e os documentos guardados nas gavetas de acordo com o seu grau de importância (para ele no caso), mas eu tive uma grande surpresa ao ver que eram exames de um teste de gravidez, na hora eu não entendi nada por ver que os exames eram de Pansy; ao que parecia a mesma estava grávida, também havia um pergaminho escrito pela metade, onde constava um pedido de uma poção abortiva; a Endo Fost (nome inventado pela autora), seu efeito era quase que instantâneo. Entretanto, antes eu pudesse ler algo a mais, a porta foi aberta e com o nervosismo por ser pego deixei os papéis caírem, abaixei-me para pegá-los; somente não esperava saber que quem havia adentrado o escritório, eram meu pai e Pansy discutindo a cerca dos exames que ela havia enviado para ele.

— Mas tio Lúcio! Nós dois sabemos que o filho que eu estou esperando é seu e não de Draco, até por que não temos nada a meses. - a ouvi dizer

— Não me interessa! Ou você resolve isso sozinha ou quem dará fim a este incômodo serei eu. - determinou meu pai com sua voz mais fria

— Mas segundo as tradições dos sangues- puros devemos nos casar, se não assumir terei problemas e creio eu que não gostaria de ter o nome da família Malfoy envolvido num escândalo deste tipo. - argumentou - O que será que todos irão dizer quando descobrirem que o maior e mais ilustre de toda geração Malfoy forçou uma menina inocente a deitar-se com ela e ainda a engravidou? - perguntou com um sorrisinho cínico e sobrancelha arqueada.

Pude ver ali que nós realmente não sabíamos o quão ardilosa ela poderia ser.

— Vou deixar você pensar bem no que quer fazer tio Lúcio, só não demore muito tenho pressa. - falou beijando-lhe o rosto e saindo em seguida.

  Mau pude acreditar em tudo o que vi e ouvi, mas após compreender, tudo passei a desprezá-los e traçar os meus próprios planos, estava decidido que assim que uma oportunidade surgisse eu contaria tudo para a minha mãe e a tiraria dali. Entretanto, dias depois de tudo o que soube, papai marcou um jantar com os Parkison; usando o pretexto de fazerem negócios. Durante o jantar tudo ocorreu perfeitamente bem, conversas paralelas surgiam aqui e ali ... Pansy tomava goles generosos de seu suco; observando todos à mesa, surpreendi meu pai dando um sorriso de canto; segui a direção do seu olhar e pude ver que ele observava com grande satisfação Pansy tomar seu suco. Então tudo se encaixou, enfim entendi a verdadeira intenção do meu pai com aquele jantar, naquele suco, estava contido a poção abortiva que ele devia ter comprado.
  No fim o show não ocorreria na mansão Malfoy; mas uma hora depois que os Parkison haviam ido, eu estava sentado na janela do meu quarto observando a noite, quando vi uma coruja que me era muito familiar. Creio que ali no envelope em que ela trazia estava contido a confirmação do triste fim que o meu irmão(ã) tinha levado.

flashback off

Despertei de minhas lembranças com uma nova tentativa de Pansy em se aproximar de mim. A afastei dizendo:

— Não precisa mais me responder, posso ver com os meus próprios olhos que está enlouquecendo. Tenha sempre algo em mente, 'eu não tenho nada e nunca terei algo com você', então não volte a declarar que eu sou seu, porque eu não sou - falei irritado

Já estava farto de estar sempre me repetindo para aquela desmiolada.

— Isto é puramente apenas uma questão de tempo querido. Logo, logo, isso mudará. - respondeu beijando-me no canto da boca e saindo.

 Retornei para o salão, estava cansado e com a cabeça parecendo que ira explodir, mas algo no que Pansy me disse não me deixa comer em paz. "É uma questão de tempo." O que ela quis dizer com aquilo? Será que ela está com o Lúcio novamente? Se estiver, desta vez tudo será diferente; não vou deixar que ele faça o que quer.