Narradora:

Sibila arrumava algumas bolas de cristal e ao olhar a última teve o vislumbre de uma grande sombra preta ir de encontro à uma luz intensa na qual irradiava paz, ambas travavam uma verdadeira batalha tendo fim apenas quando um pequeno brilho vermelho parecia incindir de dentro das trevas e da luz e como se estivessem partidas e tendo seu reencontro elas uniram-se com tal intensidade que nada mais pode ser visto. A bola voltou ao normal como se nada pudesse ter se passado por ela; meio aturdida Sibila terminou de arrumá-la e rumou para o banquete de abertura. 

Hermione Granger:

Como monitora chefe estava orientando os alunos novos para que fossem selecionados, no momento nos encontrávamos numa sala aguardando a chegada dos professores, veteranos e do restante dos calouros. Esse ano parecia que a notícia da reabertura de Hogwarts correu não só o mundo mágico como o mundo trouxa ; nunca vi este lugar tão cheio, nem mesmo quando eu vim para a escola tinha tantos alunos do primeiro ano; eles conversavam entre si, era visível o nervosismo deles. Eu os observava quando duas mãos foram ao ar indicando que tinham dúvidas. Era um menino baixo meio gordinho, rosto fino, ele tinha feições meigas e bochechas rosadas olhos cor de caramelo e cabelos cor de areia; ao seu lado estava uma menina de feições parecidas, eles deviam ser parentes exceto por alguns detalhes; ela tinha os olhos verdes puxados para o mel cabelos até os ombros cacheados, boca rosada e lábios cheios, nariz arrebitado e um sorriso encantador, não sei porque mas eles me faziam lembrar com mais vontade dos meus bebês. Suspirei. Pois eu estava sentindo uma falta imensa deles, o meu poderoso Scorpião e a minha guerreira Lyra saí dos meus pensamentos com eles me chamando.

— Sta.?- disse o menino que me fazia lembrar Scorpius

— Granger querido, mas podem me chamar de Hermione. - ouvi ofegos e exclamações do restante dos alunos.

— Pode nos contar um pouco das histórias do castelo?

— Qual é o seu nome?

— Me chamo Edmundo Lewis e esta é minha irmã Lúcia.- falou indicando a menina que estava ao seu lado e eu a tinha achado parecida com ele.

— E sobre o que querem saber?

— Você pode dizer como foi quando reabriram a Câmara Secreta?- perguntou Lúcia.

— Sim posso, mais não contarei tudo se não a história perderá seu ar de mistério e isso não é o que queremos.

Então contei resumidamente a história e eles adoraram é claro, mas tive que deixá-los para ver se já estava tudo pronto para entramos. Mau posso esperar começar as aulas amanhã. Voltei e os organizei em duas filas, entramos em silêncio no salão; estava como eu me lembrava só que com uns toques a mais aqui e ali, a começar pelos quadros dos fundadores numa parede numa espécie de mural onde a sua volta estavam fotos daqueles que lutaram na guerra e perderam suas vidas acreditando naquilo que achavam ser o certo, o mural ficava atrás da mesa dos professores mas dava para vê-lo por completo e em nada tirava a sua beleza apesar de ser algo simples mas feito com bastante carinho e emoção. No quarto superior onde se encontrava o quadro de Godric Gryffindor estavam os alunos de sua casa e para ser sincera o mural não estava completo pois não houve muitas baixas na sonserina, então abaixo do quadro de Salazar Slytherin estava o quadro de Severo Snape e Gregório Goyle, no quadro de Rowena Ravenclaw ao seu lado tinha uma surpresa, lá estava Helena Ravenclaw sua filha algo que eu jamais pensei ver.
Este ano o salão se encontrava muito mais ricamente decorado, as cores se mesclavam e soltavam pequenas explosões harmoniosamente; a seleção foi feita e os irmãos Lewis foram separados, Edmundo foi para a Lufa- Lufa e Lúcia para a Corvinal depois deles os outros foram selecionados rapidamente e assim que o último calouro foi selecionado, o barulho em que o salão se encontrava foi morrendo pouco a pouco e morreu definitivamente quando a professora no caso agora diretora Mcgonagall se levantou para fazer o discurso de abertura do ano letivo.

— Creio que muitos repararam no nosso mural de homenagens. Para aqueles que não estavam aqui ou não estiveram antes e durante a Segunda Guerra Bruxa não podem imaginar o quanto a luta contra as trevas fora difícil; perdemos muitos entes queridos uns mais que outros. Acredito que apesar da dor à qual nos momentos que ocorreram nada pudemos fazer, nem mesmo nos entregar ao luto ou as lágrimas, pois havia algo mais que nós haveríamos de por fim; para só então respirar em paz e dar àqueles que nos deixaram algo digno, algo para que sua vida e essência não tenha sido em vão. - seu discurso era firme e emocionado podia ver-se muitos entregues as lágrimas e outros impressionados com o calor de tais palavras ditas. - Dumbledore um dos bruxos mais geniais que nossa tão ilustre e amada escola teve a honra de receber e ter conosco uma vez nos disse: “São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades.” O mundo não é feito somente de trevas e luz, todos meus queridos temos luz e trevas dentro de nós. E há exemplos que apesar de não poderem estar presente com o corpo podem nos agraciar com as suas lembranças e nas histórias que nos são contadas. Não é porque a sua casa é grifinória que não poderá ter medo de agirmos como um sonserino e no caso refiro-me à Pedro Pettigrew um grifinório que traiu seus amigos; não será menos gentil se você for inteligente e lhes falo de Cedrico Diggory; porque você é sonserino astuto que não pode ser corajoso apesar de tudo este é Severo Snape; e mais a inteligência também está presente na corajem, assim como a corajem combinada com a esperteza será encontrada na corvinal e na própria grifinória e são Luna Lovengood e Hermione Granger. Todos somos trevas e luz e como nosso sábio Dumbledore nos disse “É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, basta se lembrar de procurar pela luz.” Sejam todos bem vindos a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. - terminou ela sendo aclamada em meio a uma salva de palmas de todo o salão sem exceção.
   Deu-se início ao banquete e assim que ele terminou como me lembrava a diretora fez os avisos e nos liberou para os dormitórios, como ainda não haviam sido escolhido os monitores das casas era dever dos monitores chefes fazê-lo menos de meia hora depois chegamos a minha tão amada torre da grifinória.

— Sua senha por favor. - pediu a mulher gorda

— Salamandras de fogo. - respondi ela girou e a passagem se abriu.

Os alunos novos ficaram impressionados com a beleza de nosso querido e aconchegante salão, aqui eu me sentia mais em casa do que nunca, apesar de que faltava os meus filhos para que a cena fosse completa.

— Seus pertences já estão em seus dormitórios, o dormitório das meninas é à direita e o dos meninos à esquerda, o café é servido às sete e meia e as aulas começam às nove. Não esqueçam a senha sem ela vocês não entram e garanto que é muito chato ter que esperar por alguém para entrar ah é cuidado com as escadas lá fora elas gostam de mudar e um pequeno conselho antes de dormirem escutem os avisos eles muitas vezes salvam a vida de vocês. - terminei e os dispensei

Segui as meninas e fui para o meu dormitório, e me surpreendi por ser o mesmo que eu usava antes da guerra a diferença é que agora eu o dividia com a Gina então não teria problemas, peguei a minha roupa e rumei para o banheiro tomei um banho morno que me relaxou bastante em seguida fui para minha cama tenho certeza de que amanhã o dia será cheio.