Sos, presente! escrita por beckyfiuza


Capítulo 6
O presente


Notas iniciais do capítulo

Gentee, me perdoem não ter postado ontem, eu ia agendar o capítulo e esqueci, então eu achei que tivesse postado sendo que eu não tinha! Enfim, com um dia de atraso, mas aí está o capítulo de vocês!



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KILE

Olhei para o caderno em branco novamente. Nada. Nem uma mísera ideia.

Não que eu tivesse tentado. A cena no jardim voltava na minha cabeça e se repetia milhões e milhões de vezes.

Bong, bong, bong...

20 horas. O jantar seria servido em trinta minutos, o que significa que, além da falta de hipóteses, eu também não tinha tempo.

Tinha saído do meu quarto há aproximadamente uma hora. Já enfadado e frustrado por não ter nenhum resultado, culpei o local pelo meu insucesso e fui andando a esmo pelo palácio até parar na porta da biblioteca. Pareceu-me uma ótima ideia entrar naquele ambiente tão calmo e tranquilo, mas não adiantou de muita coisa.

A porta rangeu levemente e uma risada familiar encheu meus ouvidos. Cabelos ruivos como fogo e cachos dourados como o sol adentraram a sala.

— Kile, meu bem, o que faz aqui?

— Nada demais, mãe. Só precisava pensar um pouco.

— E conseguiu o que queria?

— Não exatamente, tia Meri.

Os olhos calmos dela pousaram sobre mim, como se pudesse ver tudo o que estava acontecendo e iria acontecer. Ela abriu sorriso compreensivo, muito parecido com o da menina que povoava meus pensamentos.

— Tenho certeza que você é capaz, meu querido. Pense, o que toda mulher gostaria de ganhar?

— Como sabe que...

— Eu sei de tudo, Kile.

Alguma coisa me fez aceitar que ela sabia mesmo. Ela tinha sido parte de uma Seleção e tinha passado exatamente pelo mesmo que eu. Não é como minha mãe. Minha mãe foi uma selecionada, mas ela já chegou no castelo apaixonada pelo meu pai e pagou caro por isso. Não era como eu, era totalmente o oposto.

—Então, Marlee, como eu ia dizendo...

As vozes foram se tornando ligeiramente mais baixas, as duas ainda estavam na sala, mas eu mal podia ouvi-las. Minha cabeça estava longe.

O que toda mulher gostaria de ganhar...

Filhotes? Já tinha usado essa.

— E está vazio, America? O que...

Ursinho de pelúcia? Não, ela não parece o tipo de adolescente que ficaria animada com isso.

— Já não sabemos mais o que fazer...

Flores e chocolate? Pode ser uma opção, mas é muito clichê.

— O que acha, Kile?

—Ahn?

Minha mãe e tia America riram melodiosamente.

— Estava dizendo a sua mãe que o quarto da abóbada de vidro está inutilizado. Tínhamos pensado em transformá-lo em um salão de baile, mas é muito pequeno para isso. Acha que poderíamos transformar em algo mais útil?

A abóbada de vidro era a ponta da torre principal do castelo, era inteiramente feita de vitrais e formava o desenho da insígnia da família real. Por dentro, dava um lindo colorido quando o sol batia da maneira certa, mas ainda permitia que se vissem as estrelas durante a noite.

— Depende do tamanho, mas é um ambiente muito bonito por si só. Isso dá muitas possibilidades.

— Bom, se tiver alguma ideia, por favor, diga-me.

— Oh, meu Deus! Meri, olha a hora! Vamos nos atrasar para o jantar.

— Acalme-se, Marlee. Uma rainha nunca está atrasada, todos os outros é que estão adiantados. (N/A.: Alguém mais captou a referência? :3)

Ri daquilo, de certa forma é verdade. Um dos privilégios geralmente não comentados de ser rainha é que ninguém se importa se ela está atrasada, porque o simples fato de ela estar lá já é uma enorme honra. Ninguém ousaria repreende-la por isso.

— Você vem, filho?

— Acho que... – ia dizer que sim, mas uma ideia passou pela minha cabeça. – Não. Podem ir sem mim, chego logo.

— Ok, querido, vejo você no jantar.

Tinha conseguido. Tinha encontrado o presente certo.

Vou levar flores e chocolate a um nível totalmente novo.

—X-

— Majestade! Majestade, por favor, espere! – disse eu.

Tinha passado as duas últimas horas na biblioteca terminando o projeto do meu presente, tinha perdido o jantar e estava faminto, mas valeria a pena, agora só faltava pedir a permissão do rei Maxon.

— Kile? – questionou ele enquanto parava de andar e me esperava alcançá-lo, visivelmente confuso com a minha aparição – O que quer de mim, jovem? Não me recordo de sua presença no jantar de hoje.

— Perdão, majestade, estava trabalhando em um projeto para a sala da abóbada, tia Meri disse-me que o quarto está em desuso, gostaria de utilizá-lo, se me permitir.

— Bom, eu teria que ver o projeto primeiro, mas porque deseja isso, Kile?

— Gostaria de transformá-lo em um cômodo para a Eadlyn, seria o meu presente de aniversário para ela.

Rei Maxon levantou levemente uma das sobrancelhas e abriu um meio sorriso quase malicioso.

— Posso considerar isso, vamos conversar sobre isso na minha sala, poderia me mostrar o projeto?

Euforia, ansiedade e alívio preencheram meu ser ao mesmo tempo.

— Com certeza, majestade.

— Por favor, me chame de tio Maxon.


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Notas finais do capítulo

Pronto, queridos e queridas, por hoje é só! Até sexta-feira! (Juro que dessa vez posto no dia certo!)



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