Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 9
Eu quero você




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Pela manhã Emma estava na cozinha, não era cedo, já era consideravelmente tarde, e para sua surpresa Dilios saiu do quarto, embora devesse estar treinamento com os soldados. Emma pôde observar que ele parecia abatido, seu rosto tinha um aspecto de cansaço, e sua pele estava com uma cor meio pálida, o que não condizia com seu tom normal.

—Dilios, o que aconteceu? Por que não saiu hoje? Emma perguntou enquanto se aproximava dele.

—Não sei bem, não estou em condições de ir hoje.

—Você parece doente. O que está sentindo? Dilios a encarou com ternura, e acariciou seus cabelos.

—Me sinto um miserável desgraçado. Ele falou.

—Por que diz isto?

—Eu desejo o que não posso ter. Emma não se importou em esconder sua timidez, e olhou para baixo tentando encontrar palavras.

—Você está assim por minha causa? Não quero que fique assim.

—Não se preocupe. Nunca foi culpa sua. Ele caminhou para longe dela.

—Dilios... Ele se virou para ficar de frente a ela. Emma correu e o abraçou. O soldado ficou paralisado por um instante, nunca havia recebido um abraço antes. Afinal ali era Esparta, não havia lugar para ternura. Quando ela o soltou, os dois estavam perto de mais, Dilios segurou seu rosto, mas não a beijou.

—Por quê? Emma perguntou.

—O que quer saber?

—Por que você sente este desejo por mim? Todos aqui me consideram amaldiçoada, tento entender por que eu.

—Desde o dia que chegou aqui... Dilios parou de falar, e colocou a mão na cabeça em sinal de protesto.

—O que foi Dilios?

—Nada, está tudo certo. Sua cabeça estava quase explodindo, mas ele nunca admitiria. -Acho que vou voltar para a cama.

—Melhore logo. Emma disse e se aproximou do rosto dele, para beijá-lo na bochecha, um pouco mais perto de sua boca. Dilios assentiu que sim e voltou para o quarto. Não demorou muito para Emma ouvir uma batida na porta da frente. Quando abriu a porta, outro soldado estava à sua frente.

— O que deseja Fandral? Ele deu um sorriso perverso.

—O rei nos deu um tempo livre, pensei em vir aqui. Onde está o Dilios?

—Ele não está se sentindo muito bem. Transmita suas desculpas ao rei, por favor.

—Dilios não é de ficar doente. Ele entrou na casa.

—Então, o que aconteceu?

—O que aconteceu em relação a que? Fandral se aproximou com brutalidade, empurrando-a em direção à porta.

—Vai me dizer agora que não faz idéia do que quero dizer. Ele passou a mão em sua cintura.

—Não encoste em mim!

—Silêncio.

—Dilios! Ela gritou. Fandral colocou a mão em sua boca, o rosto dela já estava molhado pelas lágrimas, e ela tremia por causa do medo. Quando ele tirou a mão de sua boca e se inclinava para beijá-la, ele sentiu-se cair no chão, devido ao golpe no rosto desferido por Dilios. Emma correu para perto dele e agarrou-se à sua capa.

—O que lhe dá o direito de entrar na minha casa?

— Não parece estar doente, Dilios. Fandral falou enquanto examinava seu próprio rosto.

—Saia daqui.

— Acalme-se soldado. Apenas estava conversando com a moça.

—Ela chamou pelo meu nome. Portanto está claro que não deseja sua companhia.

—Então deveria desejar a sua? Fandral mudou o olhar em direção a Emma.

—Procure alguém que esteja livre Emma. Suponho que ele não tenha permitido que conheça Aurora, é uma mulher extraordinária.

—Saia, agora.

—Como quiser. Fandral saiu rindo, Dilios bateu a porta com força enquanto Emma se encolhia no chão, chorando.

—Shhh. Emma, o que ele fez? Ela não respondeu.

—Aquele miserável tocou em você? Emma parou de chorar para olhar em seus olhos.

—Não se preocupe.

—Você está me tirando do sério.

—Então não vou incomodar você, com licença. Ela se levantou. Dilios a segurou pelo braço.

—Solte-me.

—Por que está irritada comigo?

—Não estou. Apenas não quero que me toque, e depois vá se encontrar com Aurora.

—Então não quer que eu me encontre com ela? Dilios deu um sorriso fraco.

—A escolha é sua.

—Quero sua opinião.

—Faça o que quiser.

—Com quem eu quiser?

Emma se calou, e fechou os olhos.

—Agora me diga, o que o Fandral queria?

—Saber por que você não foi para o treinamento.

—Fique longe dele.

—Por quê? Os olhares se encontraram, e Dilios a beijou, colocando a mão sobre sua nuca, e a outra colocou em sua cintura. Depois de alguns instantes, ele sentiu que Emma não queria continuar. Dilios se afastou dela.

—Por isto não posso ficar perto de você. Perdoe-me.

Emma teria que se perdoar, tinha estragado tudo mais uma vez, mas não conseguia esconder o medo quando ele se aproximava.

—Tenho que sair.

—Para onde você vai?

—Garantir que aquele cretino não volte na minha casa. Quando a porta se fechou, Emma desabou para o chão novamente. Estava excitada, com o corpo queimando devido à presença dele, do seu cheiro que ainda estava no ar... Ela o queria, urgentemente. Dilios chegou perto de Leônidas no meio da arena.

—Onde está aquele miserável?

— De quem você está falando? O rei perguntou.

— Onde está o Fandral?

— Bem aqui. O soldado apareceu com um sorriso cínico.

—Nunca mais se aproxime... -Da sua casa, ou da moça?

—De ambos. O rei olhou para a situação admirado. Fandral caminhou a passos lentos para perto de Dilios.

—Emma não é sua, você não decide nada em relação a ela. O rei teve a intuição que Dilios iria agredir Fandral, por isto arrastou seu amigo para longe do outro soldado.

— Chega. Fandral, não vá à casa de Dilios sem sua autorização.

—Quanto a isso meu rei, não se preocupe. Dilios ainda estava com o olhar furioso, queria enterrar sua espada no peito de Fandral, mas conhecia as leis de Esparta, só poderia matar um irmão se ele apresentasse risco a sua vida ou a outra pessoa. -Me acompanhe Dilios. Os dois deixaram Fandral e os outros guerreiros na arena, e seguiram a andar pela cidade.

—Conte-me. Leônidas falou.

—Sobre o que exatamente?

—Sobre você e Emma.

—Eu a beijei, duas vezes. Leônidas sorriu e bateu em seu ombro.

—Ela tem medo de mim, eu quase perdi a cabeça, quase.

—Se agir assim, ela terá ainda mais medo.

—Não posso evitar, ela me enlouquece. Seu olhar parecia desesperado.

—Já passa do tempo de você resolver isto, tente outra.

—Não. Não existe outra como ela.

—Então, o que vai fazer? Dilios passou a mão no cabelo, descendo para o rosto.

—Não posso ir para casa agora.

—Vamos ver os arredores de Esparta, então?

—É uma alternativa. Enquanto caminhavam ao redor de Esparta, Dilios tentou distrair seus pensamentos.

—Meu rei, seu filho deverá começar o agogê em breve.

—Sim. Vou sentir falta do meu garoto.

—Não posso imaginar o quanto deve ser difícil, com o próprio filho.

—É necessário.

—Claro. Os dois amigos conversavam tanto que nem notaram que já estava anoitecendo.

—Hora de voltar. Dilios falou.

—Cautela, meu amigo. O rei disse ao se despedir.Foram palavras sábias para Dilios. Porém caíram por terra quando ele sentiu seu desejo o queimar internamente. Ele se lembrou do momento em que a havia tocado, de seu corpo, sua língua invadindo a boca de Emma... Não suportava mais, era seu limite. Dilios correu até sua casa, e entrou sem dizer nada. Ele atravessou o primeiro cômodo, e ficou no meio dos dois quartos. -Dilios. Uma voz baixinha o chamou. Ele se virou para procurá-la. -Eu estava preocupada, não sabia mais o que fazer.

—Emma... Dilios a tomou em seus braços, beijando seu pescoço, e o chupando enquanto a ouvia gemer. Ele beijou sua boca, e puxou o decote do vestido dela para baixo.

—Me quer tanto assim? As palavras saíram e Emma nem percebeu.

—Mais do que pode imaginar.

—Espere... Dilios se afastou dela com dificuldade.

—Eu preciso saber... Há quanto tempo você esteve com Aurora.

—Não vamos falar dela. Venha aqui.

—Não... Diga-me. O "não" que ela lhe disse, fez sua excitação se apertar dentro de sua roupa ainda mais. Dilios afastou o cabelo dela para trás, e voltou a chupar seu pescoço. Emma abafou o gemido.

—Me responda. Ela falou tentando o afastar. Dilios foi até perto de seu ouvido. -Desde que você chegou em Esparta, eu não a procurei mais.

—Verdade?

—Sim. -Por quê?

—Por que... Você é a única que me faz ficar deste jeito. Dilios pegou a mão dela e colocou em cima do seu membro. Emma ofegou, e foi para mais perto dele. Ele a pegou no colo, envolvendo as pernas dela ao redor do seu quadril, o volume de seu membro roçava no ventre da moça. Dilios deitou a moça na cama, e ficou por cima dela. Emma o beijou, devagar, e ele aumentou o ritmo. Emma desamarrou a capa dele, e a mesma caiu no chão. Quando Dilios ia tirar o vestido dela, Emma colocou as mãos na parte da frente de seu próprio corpo, o impedindo de despi-la.

—Dilios, eu... Nunca fiz isto. Ele colocou as mãos em seu corpo, passando a mão por sua pele suavemente, mas como se fosse arrancar o vestido a qualquer segundo.

—Nunca?

—Estou com medo. Dilios apertou o rosto dela para que não se desviasse do seu olhar.

—Quando você me diz que está com medo, eu tenho que me controlar pra não te foder. Emma fechou os olhos e ele soltou seu rosto. Voltaram a se beijar, e Dilios arrancou o vestido preto do corpo dela, em seguida, rapidamente arrastou para baixo a parte inferior de sua roupa, revelando seu membro. Se antes Emma não tinha razão para ficar com medo, agora tinha. Ela olhou com cautela para o membro dele, e se afastou da posição que estava.

—Assustada? Dilios perguntou com um sorriso no rosto. Ela não conseguiu responder. A resposta foi abafada pelo beijo ardente que Dilios lhe impôs.

—Não vou aguentar. Emma disse quando ele permitiu que ela falasse. -É muito grande. Dilios lhe deu um sorriso que a fez arrepiar. Mais.

—Vai ter que aguentar. Emma, se você quiser parar precisa fazer isso agora, porque depois que começo, não consigo parar não importa o que diga. Emma pensou por dois segundos.

—Eu quero você, dentro de mim. Eu preciso. Bastaram estas únicas palavras para qualquer juízo se esvair dos dois jovens.


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