Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 29
Pôr do sol




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671790/chapter/29

Artemis olhou para o lado, sua espada não estava longe, talvez se fosse rápida...

O ateniense aproximou-se com a lâmina.

—Seria uma escolha muito errada, forçar minha mão a agir.-Disse ele.-Não queria matá-la, apesar de tudo, de odiar seu próprio sangue, era uma mulher, e havia tocado seu coração.

Artemísia pensou em Emma. Será que ela estaria bem? Feliz? Seria o suficiente.

"Espero que seja feliz, irmãzinha" disse a si mesma.

—Nos render?-Falou com um sorriso macabro antes de avançar para sua espada. Quando a alcançou e foi até ele, sentiu a lâmina fria entrar seu abdômen, não percebeu até que lá estava. 2 corpos caíram no chão. Dor horrível, medo e aflição, não conseguia definir apenas um. Emma sabia em seu coração a verdade, mas não a aceitaria. -Não! Artemis... não. O sangue se derramou em jatos longos, e ela despencou ao chão sem conseguir respirar, antes de fechar os olhos e deixar este mundo, viu em uma visão embaçada sua armada naval ser trucidada. E ao longe, Xerxes se retirava, fugiu de volta para a Pérsia com os poucos escravos que restaram junto de si, engolindo o orgulho e humilhação. Quando a batalha acabou, Dilios encontrou o corpo de Artemísia, não saberia como contar a Emma, mas não poderia deixá-la ali, encontrou um bom lugar e a sepultou, marcando a cova com flores do tipo "Artemisia" de cores amarelas e brancas. E cavalgou para casa. Quando chegou em sua terra natal junto a seus companheiros, também trouxeram uma lembrança da batalha, encontraram o deus-rei derrotado no caminho de sua fuga, e sua cabeça agora ornamentava os portões de Esparta. Ao entrar em casa, Emma estava prostada ao chão, abalada, chorando como nunca antes. Dilios a tomou em seus braços. Acariciando seu cabelo enquanto ela soluçava, e dizendo que agora tudo ficaria bem.

.:.:.5 anos depois.:.:.

Dilios se divertia vendo sua filha brincar no jardim. Perseguia uma borboleta branca que parecia também brincar com ela. O cabelo dourado corria solto e os olhinhos verdes brilharam quando ela parou a pequena perseguição e puxou uma flor do jardim e correu para entregar a sua mãe, que estava sentada ao lado de Dilios. Emma sorriu ao receber a artemisia.

—Obrigada,bonequinha.-Agradeceu. Sua filha deu uma risada infantil e inocente, como assim era, e voltou a brincar ao redor das muitas artemisias que desabrochavam no jardim. Emma olhou para Dilios,igualmente sorrindo, contagiada pela filha de ambos. Não era nem de perto um final feliz, mas era o final deles. Estavam vivos, e a vida é uma realidade incrível. Feliz, quando se está em uma situação de plenitude, e aquele pôr do sol exalava plenitude.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Esparta, até a morte." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.