Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 28
Retaliação




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—Flashback ON_

Vários anos atrás.(Reinado do rei Dario)

Ambos os homens voltavam de uma longa viagem com o intuito que o rei lhes havia confidenciado. Os atenienses planejavam uma emboscada, mas seria em vão contra o exército em massa que o rei Dario preparara.Um barulho atraiu a atenção do guarda que acompanhava o emissário. Uma criança que aparentava ter 10 anos estava abraçada a uma mais nova, de 7 anos, uma coisinha pequena, e apenas com a cor marcante de seu cabelo aparente.

—Não se aproximem.-Disse a criança mais velha, empunhando desajeitadamente uma lâmina,com o cabelo preto cobrindo o rosto,e apertando a criança mais nova para perto de si.Ambas estavam pálidas, desidratadas, em um estado que exigia cuidado.O emissário real se aproximou e puxou a lâmina devagar. A garota estava paralisada.

—Não se preocupe, criança. Ninguém lhes fará mal.

Ela observou sua expressão,e pela primeira vez, não viu falsidade.

—Qual é o seu nome?-ele a perguntou.

—Artemísia. P-por favor,cuide da minha irmã. A Emma não está bem,ela...

O emissário segurou a criança que desmaiou e também acalmou a outra criança que restou. Ambas foram levadas até o palácio. Com o passar do tempo, Artemísia foi treinada pelos melhores guerreiros do império persa, até que não havia rival para suas habilidades. Emma não costumava ser vista fora dos muros do castelo, mas possuía uma beleza tão incomparável que encantou descontroladamente o príncipe persa.

—Flashback OFF-

Pouco menos de 10.000 guerreiros atenienses reuniram-se à frente das montanhas de Termópilas. O ataque persa vinha tanto do Norte quanto do Sul. Artemísia liderava o ataque náutico, com toda sua armada presente, todos os combatentes persas já desembarcavam e enfrentavam os gregos. Xerxes não havia concordado plenamente com o ataque naquele momento, Artemísia havia voltado de sua pequena viagem por algum lugar que ele nunca soube, mas voltou determinada, dizendo que voltaria com sua armada para o mar quer ele permitisse ou não. E assim, Xerxes ordenou que seu exército embarcasse em todos os navios, partindo à toda velocidade para a Grécia. Incerto, com algum tipo de intuição cutucando sua consciência. E não houve quem parasse sua comandante naval, Artemísia lançou-se ao mar, gritando ordens da proa de seu navio para que colocassem as velas a toda velocidade. Os espartanos não haviam chegado, sem Temístocles com os guerreiros, visto que havia tido um contratempo, ninguém estava certo que Esparta apareceria, entendendo o sacrifício de Leônidas e dos 300 espartanos como uma derrota, cegos à linda vitória que haviam presenciado. Mas naquele momento não importava, cada grego lá presente lutava com uma convicção, e enquanto combatiam os infindáveis persas que ousavam pisar na terra de sua amada Grécia, certos que se tivessem que morrer, que assim fosse. Artemis não poupava força nem habilidades, derrotando diversos atenienses, com sua armada e todos os persas do exército já em terra. Os navios vazios sentiram a brisa pesada que tomou o mar, os 3.000 que restaram dos atenienses estavam sendo massacrados, tal não foi o espanto quando os orgulhosos navios de Esparta aportaram, como um relâmpago irromperam-se entre a batalha, sem serem vistos chegando em nenhum momento pelos persas ocupados. Os gregos, com a própria rainha entre eles ostentando a espada de Leônidas, saltaram da proa em direção à matança, repentinamente alterada. Os imensos e numerosos navios espartanos equilibraram os números da batalha, com as velas em tom escarlate, era uma promessa de retaliação por todo o sangue derramado, e ainda pelo que se derramaria. Os persas foram encurralados,à sua frente havia o mar, atrás o corredor natural estreito das montanhas, não tinha onde fugir, sequer se esconder. Dilios, que lutava ao lado de Temístocles e da rainha viu o momento em que Artemísia avançou para cima do comandante dos atenienses, com suas duas espadas, e olhos que demonstravam uma fúria descontrolada. Era uma disputa quase equilibrada, Temístocles tinha o dom, era um renomado espadachim, mas Artemísia sempre foi a melhor, movendo a espada como parte de seu corpo. A trégua se deu quando a espada de Temístocles parou contra o rosto da mulher persa, mas em irônico acontecimento, a de Artemísia estava em sua garganta. Apenas um pequeno movimento, e algum dos dois, ou ambos estariam mortos. Temístocles a empurrou para trás num movimento rápido, ela caiu no chão dado ao impacto, assim como sua espada que ficou do lado dela, pensou onde estaria a sua outra, mas havia se perdido durante a batalha há algum tempo. Temístocles ainda possuía a sua, e a empunhava para ela.

—Já chega! Toda a Esparta se uniu contra vocês.

Delphia, Tebas, Olímpia, Arcádia e Esparta, além dos atenienses estavam representados juntos, em uma Grécia unida.

—Renda-se.-Ele ordenou.


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