Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 20
Surpresa




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Durante o caminho para mais um dia sem sentido, Dilios teve um pressentimento no exato momento em que viu o seu amigo apoiado em uma pilastra, o aguardando.

—Perdão pelo meu atraso. Meu rei,não farei uma atitude casual.-Ele se desculpou, decidindo ignorar tal neurótico pensamento.-Comecemos?

—Agora não, tenho que lhe falar. Me acompanhe. Dilios o seguiu, entrando em sua casa. -Ela me veio até mim.-Leônidas jogou a informação de uma vez. O coração de Dilios acelerou, por nervosismo. -Emma está bem?

—Está.

—Não seja cruel, Leônidas. Diga o que ela desejava.

—Saber como você está, ambos desejam a mesma coisa. Aquilo aqueceu o coração de Dilios. Antes que o amigo pudesse falar algo, o rei lhe parou.

—Tenho um sincero conselho,apoiado por Emma. Dilios esperou que ele o dissesse. -Esqueça a moça.

—Que droga está dizendo?-Dilios perdeu-se em suas palavras.

Leônidas relevou.

—É o desejo dela.

—Não posso acreditar.-Uma espada no coração doeria menos,e seria mais rápido.

—É o que terá que fazer. Foque-se em seus treinos, e em suas obrigações para com Esparta, será mais suportável.

—Meu rei.-Dilios começou a falar,com a expressão séria.-Eu posso ter arruinado tudo,mas isto não muda o que eu sinto por ela. Não vou desistir.

Leônidas lhe deu um sorriso. Coube a Dilios decidir se caçoava de sua louca e vã esperança, ou se estava orgulhoso de seu amigo.

 

{7 difíceis e longos meses se passaram.}

 

 

Dilios não conseguia dormir,não perdoava a si mesmo. Sentia a falta dela a todo momento, e nem sequer sabia onde poderia encontrá-la. Leônidas não havia lhe dito. Poderia odiá-lo por isso, mas se tinha alguém errado, não era seu rei. Dilios havia deixado seu cabelo loiro crescer mais, estava o incomodando, quando lutava, ou corria, caía sobre seus olhos. Mas não o cortou, e além de suas obrigações com Esparta, não fazia absolutamente nada. Seus amigos tentaram animá-lo, em vão,e Dilios se distanciou deles. Já havia procurado em toda cidade, e agora, andava ao léu pelas ruas. Até mesmo a noite. Sentia-se terrivelmente vazio. Naquela noite em especial, viu por entre as casas de uma rua aleatória, uma senhora que ele já havia visto, sair pela porta ds frente. Mas o curioso foi o fato de ela ter saído e deixado a porta entreaberta. Por que faria isso? Após a mulher ir embora, Dilios percebeu que a porta havia sido fechada por dentro. "Ela disse que morava sozinha"-Pensou ele. O guerreiro parou de andar um pouco, apoiou-se em uma pedra, e tomou fôlego. Talvez não devesse ir até lá. Caso não fosse quem ele procurava, seria um constrangimento sem tamanho que a pessoa a quem a senhora dava abrigo sofreria. Mas por mais vã que sua esperança fosse, ele não desistiria. E faria qualquer coisa... Doreah ainda arrumava a cozinha enquanto Emma se banhava, Emma terminou e enrolou-se em um lençol cinza. Doreah chegou até ela para informá-la que já havia finalizado, e para perguntar se precisaria de algo mais.

—Não, querida. Obrigada. Tenha uma boa noite.

As duas se abraçaram e Doreah saiu pela porta da frente, deixando-a entreaberta na pressa de ver seus meninos. Emma sorriu e terminou de fechar a porta, em seguida voltando para se vestir melhor. Já em seu quarto, procurava alguma roupa apropriada. Havia um vestido com o corte v até a linha da cintura, sendo amarrado por trás, e de uma cor rosa muito clara, quase transparente. Nunca sairia de casa com esse, mas o clima não estava muito frio, e já passavam de 21:00 hrs, então não precisaria sair de casa. O vestiu e deslizou os dedos entre seus cabelos, os desembaraçando. Alguém bateu na porta de repente, assustando Emma. "Doreah provavelmente esqueceu algum coisa" Caminhou até lá,a porta foi aberta,e neste instante, decepções e alegrias se misturaram em meio a surpresa.

—Dilios?

 


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