Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI!
"Nossa, Yasmy, você está postando tão rápido" EU SEI MUHAHAHAH, mas é só porque eu tenho vários capítulos escritos, não prometo que será sempre assim hahaha
Eu acho que já disse que vocês são os melhores né? Mas... VOCÊS SÃO OS MELHORES ♥
Agora sim, boa leitura!



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O que é isso que estou sentindo?
Porque não consigo largar isso
Se ver é acreditar
Então eu já sei

Avril Lavigne - Falling Fast

Eu encarava meu guarda-roupa indecisa, criando possibilidades em minha cabeça.

Fazia uma semana desde o encontro com a minha turma e consequentemente desde que eu havia conhecido Damon Salvatore e simplesmente não conseguia tira-lo da minha cabeça, por isso eu tinha um super plano: eu iria até o restaurante vê-lo. Eu me sentia muito inteligente por ter pensado nisso, por mais que Astrid me olhasse de uma forma estranha deitada preguiçosamente sobre minha cama.

– O que é? Você acha que eu sou incapaz de fazê-lo se apaixonar por mim? – Perguntei a ela que apenas piscou lentamente os olhos azuis e bocejou, se ajeitando para dormir – Ok, isso é um desafio, mocinha.

Eu não importava se eu parecia um pouco estranha falando com uma gata como se ela fosse gente. Em todos meus anos morando sozinha nesse apartamento, Archie e Astrid foram meus companheiros que estavam comigo o dia todo, era óbvio que eu falaria com eles, e eu acreditava que eles me entendiam.

Vesti um cropped vinho que possuía renda na barra e uma calça de cintura alta preta, com uma bota bege e marrom, e coloquei uma pulseira. Meus cachos haviam voltado e agora eles caiam pelos meus ombros até minha cintura. Passei uma maquiagem fraca, apenas base, delineador e batom.

Damon Salvatore, me espere!

Peguei minha bolsa e a joguei no ombro, saindo de casa, podendo ouvir o choro de Archie do lado de fora. Ele odiava quando eu saia e o deixava, apesar de Astrid estar sempre com ele em casa.

Depois de alguns minutos andando, eu finalmente cheguei no restaurante. Eram duas horas da tarde, não havia tantos clientes naquele horário, o que me deixou feliz. Me sentei em uma mesa bem próxima da cozinha, e peguei o cardápio, optando pelo menu principal do dia.

– Oh, Elena! – Ergui o olhar e vi Stefan sorridente – Que bom que veio.

– Olá, Stefan – Eu sorri, fechando o cardápio e colocando-o sobre a mesa – Achei que você só fosse o garçom quando estivessem com reservas.

– Sim, mas o movimento é muito hoje e os garçons não estavam dando conta.

– Sério? Isso significa que precisa de mais gente? – Indaguei, completamente interessada no assunto.

– Eu tento convencer Damon a isso, mas ele é relutante ao contratar pessoas. Ele é um pouco exigente demais.

– Entendo.

– O que vai querer?

– Pode ser o chef...

– O –O que? – Só percebi que falei em voz alta quando Stefan me olhou completamente chocado, minhas bochechas coraram de vergonha e eu tive vontade de enfiar minha cabeça em um buraco.

– O prato principal do dia... Eu quero isso.

Stefan assentiu ainda um pouco atordoado e se retirou.

Apoiei meus braços na mesa e em nenhum momento desviei o olhar da cozinha. A única coisa que separava o salão da cozinha era uma espécie de balcão, e assim, eu tinha total visão de Damon. Ele se movimentava com maestria pela cozinha pequena, dando ordens e preparando tudo completamente concentrado, o olhar sério e as mãos habilidosas.

Eu fui tirada de meus pensamentos quando Stefan retornou com o meu prato. Ele sorriu gentilmente e logo se retirou. Eu esperava que ele não estivesse pensando coisas ruins de mim.

Comi lentamente, sem desviar o olhar de Damon, que em nenhum momento percebeu o quanto eu o encarava, diferente dos outros cozinheiros que me olhavam estranho e cochichavam entre si. Foi observando atentamente que notei que ali só trabalhavam homens, nenhuma mulher. Será que isso era alguma regra?

– Elena, está tudo bem? – Stefan me perguntou depois de algum tempo.

– Está. Por que? – O olhei confusa.

– É que você já está aqui há um bom tempo e não para de olhar para a cozinha – Ele respondeu.

– Você está incomodado que eu esteja aqui há tanto tempo e só pedi o menu principal? Tudo bem, traga-me uma sobremesa – Eu respondi. Stefan sorriu, negando com a cabeça, mas ao encara-lo nos olhos, eu soube que era exatamente isso.

– Não é...

– Eu já fiz meu pedido, Stefan – Eu esperava não ter soado ignorando ou sem educação, mas seu sorriso forçado e olhar gentil estavam me dando nos nervos.

Logo ele voltou com uma sobremesa chamada Tiramisú – italiana, claro – que consiste em camadas de biscoitos de champagne embebidas em café, entremeada por um creme à base de queijo mascarpone e polvilhadas com cacau em pó, e não, eu não sabia disso, acabei de descobrir também ao olhar no cardápio. Só então olhei a hora no meu celular e notei que passava das cinco da tarde, eu estava ali há três horas!

Olhei ao redor e satisfatoriamente percebi que eu era a última cliente. Damon viria me expulsar? Balancei os pés de excitação, meus saltos fazendo barulho no piso de madeira.

– Senhorita Gilbert? – Ergui meu olhar para Damon que se encontrava com roupas casuais, e não mais o uniforme do restaurante. Ah não, eu perdi ele se trocando?

– Sim?

– Já estamos fechando o restaurante – Ele disse.

– Ah claro, eu já estou indo – Eu sorri como uma boba apaixonada para ele e me levantei, pegando minha bolsa.

Fui até o caixa e paguei minha conta, saindo do restaurante, mas minha aventura não acabava por ali, eu tinha um mais novo hobbie chamado Damon Salvatore.

Me escondi atrás da parede lateral e esperei todos saíram. Eram cinco homens – contando com Damon e Stefan – e uma garota. Todos eles eram altos, fortes e – isso era o paraíso, pelo amor de Deus? – incrivelmente lindos. Um deles possuía a pele morena, era quase negro de olhos escuros, parecia ser o mais musculoso de todos, e abraçava a garota baixinha de cabelos enrolados e pele clara. O outro, o que parecia ser o mais “magro”, possuía os cabelos claros, quase loiros, e cacheados, de olhos verdes, ele tinha uma tatuagem em seu ombro, eu podia ver isso porque ele usava uma regata, mas logo ele tampou minha visão quando colocou uma jaqueta de couro. E o terceiro, que parecia ser o mais velho de todos, possuía os cabelos curtos e negros, olhos escuros e maxilar quadrado.

Como eu podia ver tantos detalhes? Apesar de minha visão ser muito boa, não era tanto assim. Eu os estava seguindo discretamente. Por incrível que pareça, nenhum deles usava um carro. Damon foi para um lado e os outros para outro, eu, é claro, o segui. Estava começando a escurecer, mas Damon parecia não se abalar e seguia em frente. Ele rodou, rodou, e rodou, mas parecia que nunca chegava em sua casa.

Peguei meu celular para olhar as horas e percebi que já era quase sete da noite. Sério isso? Eu teria que voltar logo, Archie provavelmente já acabou com toda a comida e a água que eu deixei quando saí de casa.

Enquanto divagava sobre Archie, acabei me distraindo e tomei um susto quando senti uma mão me puxar pela cintura, mas meu grito foi abafado por outra mão em minha boca. Eu me debatia de olhos fechados, assustada, enquanto o estranho, sem dificuldade alguma, me arrastou até a parede e me prensou ali, só tirou a mão da minha boca.

– Por favor, não me mata, eu te dou tudo que você quiser – Implorei, sentindo algumas lágrimas se formarem no canto dos meus olhos.

– O que você está fazendo?

Espera... eu conhecia essa voz incrédula e abismada. Lentamente, eu abri meus olhos, me surpreendendo ao ver Damon em minha frente. Ele percebeu que eu o estava seguindo? Droga! Tapei meu rosto com as mãos, sentindo minhas bochechas corarem.

– Você é estupida?

– Eu estava... apenas... passando. Você sabe, caminhando por aí – Respondi, rezando para que ele caísse nessa.

– Caminhando por aí? Há quase duas horas? – Ele sorriu irônico.

– Você sabia desde o início que eu estava te seguindo? – Só notei a burrice que eu falei quando vi ele erguer uma sobrancelha e me olhar como se fosse o dono do mundo.

– No que você estava pensando? – Ele suspirou, se afastando de mim, infelizmente – Sabe o quanto é perigoso a noite?

– Eu sei me virar – Dei de ombros.

– Acabei de notar isso – Ele debochou – Vá para casa... – Ele fechou os olhos por um momento, franzindo o cenho – Qual é seu nome mesmo?

– Elena – Respondi a contragosto. Nem meu nome ele sabia? Stefan era tão tapado que não comentou nada com o irmão? Não se pode confiar em amadores mesmo – Você não vai perguntar o porquê de eu estar seguindo você?

– Prefiro não saber – Ele respondeu, tornando a andar, e claro, eu o segui, novamente.

– Mesmo? Eu adoraria saber se fosse eu no seu lugar – Eu disse.

– Elena – Foi lindo ele falando meu nome, e seria ainda mais se estivéssemos em outra situação – Para de me seguir.

– Sabe, chef, eu estava pensando – Eu disse com um sorriso cheio de segundas intenções – Stefan me disse que o movimento no restaurante está muito e que vocês precisam de mais gente.

– E daí?

– E daí que eu resolvi me candidatar ao cargo de garçonete – Respondi como se fosse óbvio, dando pulinhos de felicidade.

– Não contratamos mulheres – Ele respondeu, curto e grosso. Credo!

– Mas eu vi aquela baixinha saindo do restaurante com vocês – Eu disse inconformada de braços cruzados – E em que século você vive? Não contratar mulheres? Completamente careta. Eu estava mesmo achando que aquele restaurante precisava de um toque feminino.

– Ela é irmã do Marcel, um dos meus cozinheiros, ela está trabalhando meio período e por apenas dois meses. É um favor para ele – Ele se justificou, mas isso nem qualquer outra coisa me faria desistir, ou eu não me chamava Elena Gilbert!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu sei que os capítulos estão pequenos, mas prometo compensar postando todos os dias, pelo menos por enquanto.
Até o próximo, galerinha linda *--*
Bjs S2