Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olha só! Um dia e estou de volta haaha
O capítulo novamente não ficou muito bom, mas espero que todos tirem suas dúvidas sobre o Damon e os motivos dele, qualquer coisa me perguntem.
Boa leitura!



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Sem dizer nada
Os sentimentos continuam crescendo
Isso não pode continuar assim
Como me tornei assim?
Como é que eu me apaixonei assim por você?

K. Will - Talk Love

O Nostro Impero era o meu sonho realizado. Desde pequeno, quando minha mãe me apresentou à cozinha, meu sonho era ter um restaurante para chamar de meu, ver as pessoas comerem minha comida e se sentirem felizes com ela. Depois de muita luta, eu consegui abrir ele, acompanhado do meu irmão e meus melhores amigos.

Mas meus pais nunca aceitaram. Meu pai, um juiz, e minha mãe, uma empresária de sucesso, sempre quiseram que eu, como o primogênito, fizesse alguma faculdade de negócios e tomasse as rédeas da empresa da família da minha mãe, mas sempre recusei, e na primeira oportunidade que eu tive, fui para a França estudar culinária.

Meus pensamentos sempre foi o restaurante que eu queria ter: o nome, a decoração, o tipo de comida, a cozinha, os clientes... nunca imaginei ter alguém do meu lado para compartilhar essa alegria de ter algo que era digno de tanto orgulho.

Uma das minhas convicções quando eu abri o Nostro Impero, foi não contratar mulheres, afinal éramos cinco homens trabalhando na cozinha, e alguns garçons. Em minha mente, a presença de uma mulher quebraria esse visual, mas quando Elena apareceu, ficando dois dias seguidos inteiros em uma mesa perto da cozinha me encarando como se não houvesse amanhã, eu sabia que algo estava prestes a mudar.

Eu tinha percebido que ela não era muito normal, mas nunca imaginei que ela me seguiria por querer um emprego. Eu tentei negar à ela, mas fiquei com a impressão de que ela não largaria do meu pé se eu não deixasse ela trabalhar, e hoje tenho certeza disso.

Mas quando a aceitei no restaurante, assinei a perda da minha vida monótona e comum. Com Elena por perto, todo dia era uma surpresa, seja derrubando algum prato, brigando com alguém, falando dos animais dela como se fossem seus filhos...

Elena passava a imagem de uma mulher alegre e sem preocupações, mas quando a conheci melhor, percebi que aquela imagem era uma máscara para uma mulher carente e desiludida com a vida. Ela não fazia nada direito, mas se esforçava como ninguém.

Elena foi a primeira mulher que eu realmente tentei entender, e não por querer, mas ela ficava tanto no meu pé dizendo que gostava de mim, que acabou me deixando curioso sobre ela, e quando percebi, estava pensando nela mais que o comum. Era um erro, e eu sabia bem disso.

Eu fui na festa dos Gilbert’s por mera casualidade, mas quando eu a vi, me senti estranhamente aliviado por ir. Naquele dia, eu percebi que seu sorriso doce, suas palavras gentis e gestos exagerados haviam me conquistado. Meio alterado pela bebida, eu a segui até o elevador e a beijei, notando o quanto eu queria ter feito aquilo.

Mas cedo demais, eu tive que mudar meus pensamentos e meu coração quando recebi a ligação dos meus pais. Minha mãe estava doente, e por isso, a empresa estava despencando, eles pediram minha ajuda e sem escolha, eu fui, mesmo sem saber como eu poderia ajudar, já que não entendia nada de negócios.

A primeira vez que eles mencionaram o casamento foi no jantar do primeiro dia, disseram como quem não queriam nada, mas eu conhecia bem eles e não demorei para entender o que aquele papo significava.

Eles me apresentaram a família Madison e ficou claro o quanto Charlotte queria aquilo. Eu também sabia que a empresa não ia bem, justamente por causa da saúde da minha mãe, também sabia o quanto meus pais queriam que eu me casasse com Charlotte por causa da situação da empresa, já que a família de Charlotte era dona de um banco que há anos apoiavam a empresa dos meus pais. Diante de tal razão, eu não pude negar, e quando vi, estava noivo dela.

Mas não foi o único motivo!

Durante toda minha vida, meus pais deixaram claro o quanto queriam que eu assumisse a empresa da família, e quando me recusei a isso, eles se decepcionaram muito. Como filho, eu não podia dar mais uma decepção para meus pais, ainda mais com a saúde fraca da minha mãe.

No primeiro encontro com Charlotte, eu deixei bem claro que aquilo não passava de negócios, mas Charlotte era a típica patricinha mimada que não aceitava o que ninguém dizia... tão diferente de Elena.

Para fazer as vontades dos meus pais, eu acabei magoando Elena. Eu sabia bem que não a merecia, enrolei demais para admitir o que eu sentia, e mesmo negando-a, ela não desistia de mim. Mesmo a expulsando, ela ficava e me reconfortava. Mesmo sendo grosso com ela, ela sorria e me abraçava.

Eu merecia o ódio dela, eu sei.

Quando voltei para casa com a Charlotte, a primeira pessoa que eu vi foi Elena. Meu coração se apertou quando vi seu olhar, mas não pude fazer nada... como um covarde, eu deixei-a ir, escapar entre meus dedos.

No dia seguinte fui para o almoço dos pais de Elena. Eu sabia que não tinha o direito, mas fiquei com raiva quando ela disse que sairia do restaurante, fiquei ainda mais com raiva por ela falar aquilo tão naturalmente, como se me perguntasse o prato principal do dia.

Sentado duas mesas depois da dela, meus olhos não pararam de observa-la enquanto conversava com a avó e respondia aos pais, parecendo desconfortável.

Vi quando ela disse algo e se levantou, saindo do salão.

Minhas pernas tremiam para segui-la. Dei uma desculpa qualquer para Charlotte e me levantei, seguindo Elena.

Elena parecia extremamente cansada, seus passos vacilavam sobre o salto e de minuto a minuto ela passava a mão no cabelo. Ela entrou em um bar e eu a segui, me sentando em uma mesa um pouco afastada.

Elena começou a beber, e por mais que eu quisesse, não conseguia me levantar e a impedir.

— Senhorita, já está na hora de parar de beber – Disse o barman para ela.

— Por que? Tá com medo de eu fazer algum escândalo? – Ela riu – Me dê mais um copo.

Ela bebeu o copo todo e se desequilibrou na cadeira, quase caindo, mas fui mais rápido e a segurei pela cintura.

— Me solta! – Ela gritou, tentando se soltar como se ela fosse uma criminosa e eu um policial, mas finalmente me viu, e parou. Ela riu, apontando para meu rosto – Oh! Olha só, o homem que me deu o maior fora da vida – Ela gargalhou, pegando o copo que ainda tinha bebida, mas o tirei dela, colocando-o sobre o balcão novamente.

— Chega de beber, vou te levar para casa – Tirei algumas notas da carteira e coloquei sobre o balcão, e a puxei para ir embora, mas ela se soltou, pegou o dinheiro e os jogou sobre mim grosseiramente, com uma expressão raivosa.

— Por que? Você é meu pai, por acaso? – Perguntou – Não temos nenhuma relação para você me levar para casa.

— Do jeito que você está, não consegue nem andar direito.

— E isso é da sua conta? – Ela riu irônica – Damon, vai atrás da sua noiva, ela deve estar com saudade de você.

— Elena! – Bufei – Para com isso.

— Para com isso você! – Ela gritei enquanto lágrimas escorriam por seu rosto. Arregalei meus olhos, surpreso. Ela estava chorando? – Você acabou com tudo, acabou comigo. Não foi suficiente aparecer de repente noivo depois de algumas semanas sem nenhuma notícia? Você alguma vez pensou em mim? – Ela soluçava enquanto chorava – Eu não parei de pensar em você, achando que você estava trabalhando, ou até brigando com seus pais... como uma boba adolescente, eu até pensei que você talvez estaria pensando em mim... como uma boba...

Mesmo sem eu querer, minhas mãos foram para seu rosto e o acariciei, limpando as lágrimas quentes. Elena parecia tão frágil, diferente da mulher que me importunou por dois dias por causa de um emprego. Onde estava aquela mulher?

Por que você continua em torno de mim?
O que quer que você faça, eu noto
Tudo que eu faço, estou curioso sobre você
Por que você continua em torno de mim?
O que devo fazer?
Eu continuo pensando em você

— Eu pensei em você – Sussurrei – Eu pensei em você cada segundo desses dias em que eu estava longe.

Eu não conseguia mais mentir. Meu coração estava apertado e minha única vontade era abraça-la e beija-la. Quando foi que eu deixei as coisas chegarem nesse ponto?

Eu a puxei para meus braços e a abracei, sentindo seu perfume doce misturado com o cheiro forte de álcool.

— Me desculpe, Elena.

— Vai pro inferno com as suas desculpas.

Eu a encarei. Elena tinha um olhar frio e distante. Pegou o dinheiro do chão e o colocou sobre o balcão, pegou a bolsa no banco e saiu do bar, eu a segui.

— Elena!

— Vai embora, Damon! – Ela gritou, se virando para mim – O que você quer de mim? Já não foi o suficiente tudo que aconteceu antes? Eu cansei de ouvir suas desculpas, eu cansei de ser a única a correr atrás. Você pensou em mim? Pensou o que? O quão idiota eu fui esse tempo todo? Pois então, a idiota aqui está finalmente te deixando livre. Parabéns!

— Você cansou de ouvir minhas desculpas, mas eu ainda preciso dá-las – Eu disse, me aproximando, e ela não se afastou – Não estou casando porque eu amo ela.

— Até porque seria bem estranho amar alguém em duas semanas. Ou esse tempo todo você estava com ela? – Ela cruzou os braços.

— Não, eu não estava com ela. A empresa da minha família vai mal e....

— Ah, é por dinheiro! – Elena sorriu irônica – Nunca achei que você fosse do tipo interesseiro, Damon, que coisa feia!

— Elena, dá pra me ouvir? – Pedi, já me irritando.

— E todas as vezes que você me ignorou? – Ela perguntou, séria novamente – Não quero ouvir suas desculpas e motivos, porque independente deles, o fato de você estar noivo não vai mudar, e pensar que talvez você sinta algo por mim só vai me fazer sofrer mais, porque mesmo que você sinta, você não está ao meu alcance.

Não me faça procurar em outro lugar como um tolo
Eu quero te dizer!
Você está em meu coração
Você é minha única
Estando muito apaixonado


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo e ouçam a música, eu não encontrei tradução escrito, mas no video está a legenda. Ela é de um dos doramas que eu mais gostei desse ano, e combina perfeitamente com o Damon e a Elena.
Beijos!



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