Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Siiiiim, eu estou viva!
Primeiramente, eu queria me desculpar com vocês pela demora de cinco meses.
O primeiro motivo da demora foi meu notebook, como vocês sabem, ele estava quebrado e eu estava escrevendo pelo do meu pai, mas o do meu pai também deu problema e eu não pude escrever. O segundo motivo foi minha inspiração, eu já disse para algumas pessoas que vieram me perguntar por MP se eu tinha desistido da história, e não, não desisti, eu sabia o que escrever, mas não sabia como. Arrumei meu notebook tem algumas semanas, mas sempre que eu abria o arquivo da história, saia tudo uma bosta e eu preferia não postar.
Estou postando agora mesmo só por causa da tanta demora, porque não é justo com vocês, mas não gostei muito desse capítulo, acho que ele é o pior de toda história.
Enfim, boa leitura para vocês!
Ah, e ouçam a música! Ela é muito linda, mas não encontrei tradução, apenas no video que é o link que eu estou deixando ai.



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Irei te ver novamente?
Estou na frente do destino
Isso é um sonho que não conseguimos acordar?
Você está ficando mais longe e eu não pude falar mais uma vez "eu te amo"
Do fundo do meu coração
Não me deixe chorar

Mad Clown, Kim Na Youg - Once Again

O apartamento estava longe de ser grande, nem se comprava ao outro. Archie parecia não ter gostado da nossa nova casa, devia realmente ser difícil sair de um jardim enorme para vir para um cubículo, já Astrid parecia não ligar, se houvesse uma bolinha de papel para ela correr atrás e um sofá para ela arranhar, estava ótimo.

Marcel me ajudou a levar todas as caixas para cima, mas quando terminamos, disse a ele para ir, eu queria ficar sozinha, ou o máximo que eu conseguia, já que Archie não me largava.

Eu tentei pensar em nada enquanto arrumava as coisas, o apartamento estava lotado de caixas e dois animais que não paravam quietos, para piorar, uma dor de cabeça enorme me assolou, e antes que eu pudesse me parar, me vi pensando em Damon e em sua noiva. Joguei a blusa que arrumava no chão e me sentei encostada na parede, com as mãos na cabeça.

Quando foi que eu deixei as coisas chegarem a esse ponto? Logo eu, que independente do problema, sempre saia por cima positivamente. Acho que agora eu estava realmente perdida, a diferença era que não eram os outros que diziam, mas eu mesma.

Sem que eu pudesse evitar, lágrimas vieram aos meus olhos e elas escorreram. Eu me sentia uma garotinha chorando pelo urso preferido rasgado, sentada no chão e encolhida daquela forma. O apartamento era pequeno e frio, tão frio que eu realmente comecei a me sentir solitária demais.

Eu precisava fazer algo!

Como num passe de mágica, Damon já não estava mais ao meu alcance e não havia nada que eu pudesse fazer, a não ser desistir. Esse pensamento me fez chorar ainda mais... eu não estava pronta para desistir do meu sentimento por ele, não estava pronta para desistir dele.

Terminei de arrumar as coisas com meu coração pesado e uma forte dor de cabeça que eu tentava ignorar.

Aquela noite foi extremamente estranha, o colchão era duro demais e o travesseiro muito murcho e fofo, o cobertor pinicava minhas pernas e o vento vinha da janela que estava quebrada e por isso ficava meio aberta. Resultado? Eu não dormi direito e em algum momento da madrugada, eu apenas me levantei e fui para a sala ver algum filme.

Na manhã do domingo, recebi uma mensagem da minha avó, me intimando a ir almoçar no restaurante dos meus pais que teria um almoço especial com a família e alguns amigos. E quando dona Elizabete intimava, não tinha como negar.

O dia havia amanhecido com um clima bom, então tomei um banho e coloquei um short preto com uma blusa soltinha amarela e um sapato de salto e bico fino preto. Havia lavado meus cabelos, então eles estavam cacheados, fiz duas pequenas tranças na lateral e prendi atrás, simples.

Havia combinado com Katherine para ela vir me buscar e vinte minutos depois de eu estar pronta, ela me ligou avisando que me esperava na frente do prédio.

— Eu achei que era impossível você morar em um lugar pior que aquele – Foi a primeira coisa que ela disse quando eu entrei no carro.

— Estou ótima também, obrigada, Katherine – Revirei os olhos, colocando o cinto de segurança.

— Desculpe – Ela riu – Por que você resolveu se mudar tão de repente?

— Apenas aconteceu – Dei de ombros, não querendo comentar sobre aquilo, Katherine entendeu e não tocou mais no assunto.

O caminho até o restaurante foi feito em silêncio, e eu preferi dormir, já que o banco do carro dela estava mais confortável que minha cama.

Katherine me acordou quando chegamos e eu saí enquanto ela foi estacionar o carro.

O restaurante possuía três andares e era extremamente belo, tanto no exterior quanto no interior, com uma decoração um pouco antiga, o que o deixava ainda mais sofisticado. O primeiro andar era usado diariamente, o segundo era apenas para ocasiões especiais, como aquela, e o terceiro era para clientes vips, com salas mais reservadas e uma decoração um pouco mais “despojada”.

Hoje seria no segundo andar, mas as escadas eram tão longe, que eu apenas peguei o elevador e subi.

Não estava diferente do que eu imaginei. Sempre que minha avó dizia que chamaria apenas amigos e família, ela chamava muita gente, muitas nem se classificavam como amigos.

— Elena! – Elizabete foi a primeira a me ver, ela veio até mim com um sorriso gentil e um olhar malicioso e me abraçou, daquele jeitinho especial que apenas ela conseguia – Menina, que saudade que eu estava de você.

— Eu também, vó – A abracei de volta, sentindo seu cheirinho maravilhoso de vó que representava toda minha vida.

Cumprimentei algumas pessoas enquanto ela me arrastava até uma mesa para nos sentarmos. Elizabete, apesar de já ter uma idade avançada, se vestia impecavelmente, com direito à salto alto e maquiagem, mas diferente de muitas, ela ficava extremamente bonita, o que só confirmava que ela era a patriarca da família Gilbert.

— Que cara é essa? – Ela me perguntou, acariciando minhas mãos sobre a mesa.

— Apenas... – Suspirei – vem acontecendo muitas coisas que eu não estou sabendo lidar – Respondi.

— Elena Gilbert não sabendo lidar com algo? – Ela riu – Acalme seu coração, minha menina. Eu sempre te disse que o sol vem depois de uma tempestade, não é mesmo? Você vai saber o que fazer, tenho certeza.

— Minha cota de saber o que fazer acabou completamente – Suspirei.

Elizabete não respondeu, mas continuou acariciando minhas mãos com um sorriso gentil e um olhar acolhedor.

— Elena? – Me levantei e vi minha mãe – Por que não foi me ver quando chegou?

Eu me levantei e a abracei, não sentindo o mesmo conforto que eu sentia com a minha avó.

— Desculpe, Isobel, eu a roubei – Elizabete riu, dando alguns tapinhas em minhas costas. Eu sorri.

— Vem, vamos ver algumas pessoas.

Minha mãe me arrastou por todo o salão para ver amigos e conhecidos dela e do meu pai. Eu me sentia com dez anos novamente, sendo obrigada a socializar nas festas que eles costumavam dar.

Mas enquanto minha mãe me enfiava em uma conversa com uma senhorinha mais velha que minha vó, eu o vi, e meu coração se apertou e encolheu. Damon caminhava majestosamente em uma roupa social e o cabelo arrumado, um sorriso de canto que quase me fez suspirar... mas cedo demais eu notei a bela mulher agarrada ao seu braço, com um sorriso enorme e vestida impecável. Minha mãe notou meu olhar e sorriu, me puxando até eles.

— Damon! Que bom que veio – Minha mãe o abraçou feliz da vida.

— Eu não recusaria um convite da família Gilbert, Isobel – Ele respondeu gentil – Ah, deixe-me lhe apresentar, esta é Charlotte, minha noiva.

— Noiva? Uau, parabéns, meu querido. É um prazer conhece-la.

— O prazer é todo meu, senhora Gilbert – Minha mãe sorriu para ela e elas se cumprimentaram em um abraço.

— Ah, deixe-me apresentar também, esta é minha fi...

— Não é necessário, mãe, nos conhecemos – Apesar da vontade de chorar, eu sorri para o casal e cumprimentei ambos – Eu trabalhava no restaurante do Damon.

— Trabalhava? – Damon ergueu uma sobrancelha para mim, ficando extremamente sério.

— Oh, eu esqueci de te contar, eu encontrei um emprego melhor – mentira — Amanhã mesmo eu irei para o seu restaurante pedir as contas.

— Você ainda não pediu, então ainda trabalha lá – Ele retrucou, parecendo irritado. Irritado? Por que ele estava irritado?

— Você sabe porque eu comecei a trabalhar lá... eu não tenho mais motivos para continuar – Eu sorri, tentando esconder minha dor.

Era definitivo. Agora Damon e eu não tínhamos mais nada.

Minha mãe nos olhava confusa, enquanto Charlotte parecia irritada, eu diria até ciumenta.

— Foi ótimo o tempo que passei lá, e eu sou grata – Sorri e mesmo querendo ficar, eu me despedi e me afastei.

Fui para o banheiro, só quando eu entrei notei o quanto eu estava nervosa. Me olhei no espelho, notando as lágrimas acumuladas que eu tratei de limpar logo com um lenço. Fiz o melhor para arrumar minha expressão e só então voltei para o salão, onde a comida já estava sendo servida. Me sentei junto com a minha família, meu pai também estava, o cumprimentei e comi em silêncio, tendo dificuldade para engolir por causa do nó na minha garganta. Pedi um vinho e enquanto tomava, pensei que ele era fraco demais para o que eu precisava no momento.

— Mãe, pai, eu não estou me sentindo muito bem, vou embora primeiro, ok?

— Mas já? – Meu pai me encarou – É desrespeitoso sair enquanto ainda temos tantos convidados.

— São seus convidados – Revirei os olhos – E não é como se alguém se importasse com a minha presença... ou a falta dela.

— Elena! – Meu pai me repreendeu.

— Estou indo.

Me levantei e acenei para eles, beijando o rosto da minha vó. Katherine me olhou preocupada, assim como Jeremy e Bonnie que também estavam lá. Eu sorri para eles como se dissesse que tudo estava bem e fui para as escadas.

Eu odiava subir e descer aquelas escadas, elas eram longas demais para meu gosto, mas também não queria pegar o elevador. Quando cheguei na porta, senti o vento gelado bater no meu rosto e suspirei, o sol começava a ir embora e dava lugar a um tempo escuro e frio, apesar de ser apenas duas e meia da tarde.

Eu não queria voltar para casa, então mesmo com frio, fui até um bar ali perto e pedi a bebida mais forte que tinha, eu necessitava disso.

Não sei quantos copos bebi, mas não parei, mesmo quando me senti tonta e prestes a cair do banco, o que não aconteceu porque alguém me segurou.

— Me solta! – Eu gritei, totalmente fora de mim, tentando me soltar do agarro do estranho, só então olhei para cima, vendo Damon, mesmo com a visão embaçada. Eu ri, apontando para seu rosto – Oh! Olha só, o homem que me deu o maior fora da vida – Eu gargalhei, pegando o copo que ainda tinha bebida, mas Damon o tirou de mim antes que eu pudesse beber.

— Chega de beber, vou te levar para casa – Ele sacou algumas notas da carteira e deixou sobre o balcão, me puxando para ir embora, mas eu me soltei, peguei as notas e as joguei nele.

— Por que? Você é meu pai, por acaso? – Perguntei – Não temos nenhuma relação para você me levar para casa.

— Do jeito que você está, não consegue nem andar direito.

— E isso é da sua conta? – Eu ri irônica – Damon, vai atrás da sua noiva, ela deve estar com saudade de você.

— Elena! – Ele bufou alto – Para com isso.

— Para com isso você! – Eu gritei, sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto – Você acabou com tudo, acabou comigo. Não foi suficiente aparecer de repente noivo depois de algumas semanas sem nenhuma notícia? Você alguma vez pensou em mim? – Eu soluçava enquanto chorava, mas não conseguia parar de falar – Eu não parei de pensar em você, achando que você estava trabalhando, ou até brigando com seus pais... como uma boba adolescente, eu até pensei que você talvez estaria pensando em mim... como uma boba...

Mas Damon me calou com suas mãos em meu rosto, delicadamente ele limpou minhas lágrimas. Minhas mãos ao lado do meu corpo estavam fechadas em punho, sem coragem de me afastar de seu toque.

— Eu pensei em você – Ele sussurrou – Eu pensei em você a cada segundo desses dias em que eu estava longe.


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Notas finais do capítulo

Eu vou tentar não demorar para postar novamente, acho que agora eu peguei o rumo da história novamente e não vou ficar nesse hiatus novamente.
Ah, e só pra animar vocês, estou pensando em o próximo capítulo ser narrado pelo Damon, o que vocês acham?
Espero que tenham gostado!
Beijos ^^



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