Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

French Kote, e Giovanna Somerhalder... AHH QUE VONTADE DE AMASSAR VOCÊS DUAS ♥
Muuuuuuito obrigada pelas recomendações super maravilhosas ♥ elas me animaram muito.
E me desculpem pela demora, mas agora as aulas começaram, então já sabem né...



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Costumava haver um espaço vazio
Uma fotografia sem rosto
Mas com sua presença e sua graça
Tudo se encaixa

Please Don't Say You Love Me - Gabrielle Aplin

— O- O que? – Com o susto de suas palavras, acabei pisando em seus pés sem querer, ele não se abalou, continuando a nos girar pelo salão, sua mão firme em minha cintura.

— Você está sendo expulsa do seu apartamento, não é? – Ele me encarou, assenti, completamente confusa sobre como ele sabia sobre isso – Você me contou isso ontem, quando estava bêbada.

— Ah – Foi a minha resposta, a resposta mais idiota que eu já havia dado em toda minha vida, minha vontade era me bater, mas naquele momento, minha mente estava em branco, eu não conseguia pensar em nada. O pedido de Damon ecoando em minha cabeça repetidamente, como se fosse um mantra.

Mas infelizmente, a música acabou cedo, e com ela, minha aproximação de Damon. Antes que eu pudesse dizer algo, Marcel se aproximou.

— Elena! – Ele me abraçou, cumprimentando Damon com um aperto de mão – Eu sabia que seus pais eram ricos, mas nunca imaginei algo assim – Ele indicou o salão amplo e bem decorado onde vários garçons circulavam com comida e bebida.

— É, eles são exagerados – Dei de ombros.

— E então, resolveu aquele assunto? – Ele me perguntou, colocando uma mão sobre meu ombro. Damon me encarou, erguendo uma sobrancelha.

— Hã... – Eu não sabia o que dizer, afinal ainda estava perplexa com o convite de Damon – Eu acho que sim.

— Qualquer coisa, já sabe – Ele piscou um olho. Eu passei a língua pelos lábios, nervosa. Marcel acenou e foi conversar com outras pessoas conhecidas, novamente me deixando sozinha com Damon que me lançava um olhar ameaçador.

Qualquer coisa, já sabe? — Ele repetiu o que Marcel falou, em uma voz mais rouca, me causando até medo – Vocês são tão íntimos assim para você contar isso para ele?

— Marcel é... um bom amigo, sabe. Eu estava estressada e ele me perguntou o que estava acontecendo, então eu disse – Dei de ombros, fingindo indiferença. Damon assentiu, pegou uma taça de champanhe e a virou quase toda – Você está bem?

— Você não precisa aceitar o que eu falei, apenas achei que você estava desesperada, mas se não está, o que já ficou claro, não venha – Ele se virou, prestes a sair de minhas vistas, mas antes que isso acontecesse, eu o puxei pelo braço, recebendo um olhar ameaçador em resposta.

— Na verdade – Eu sorri – Marcel não quis dizer qualquer coisa, venha morar comigo, a ajuda que ele pode me dar são concelhos, o que no momento eu não preciso, eu preciso de um teto para morar. Então, eu aceito o seu convite, prometo não te atrapalhar, você nem vai me ver.

— Duvido muito – Ele revirou os olhos.

— OK, talvez eu atrapalhe um pouquinho, mas quando parecer insuportável, lembre-se que foi você que me convidou – Eu sorri largamente.

Damon riu, negando com a cabeça, mas pelo menos ele não estava mais com aquele olhar que me fazia tremer. Risos.

O resto da festa ocorreu normalmente, eu fui apresentada a muitas pessoas pelos meus pais, mas havia uma certa diferença do modo que eles falavam dos três filhos. Eles sempre começavam falando das formações acadêmicas de Katherine e Jeremy. Eu? Bom, eu era determinada. Com isso tudo, eu já estava cansada. Meus pais, meus irmãos, até Rebekah que deveria ser nada me abalava.

A noite não havia acabado, mas eu já estava cheia de tanta bajulação e falsidade. Peguei minha bolsa e sem me despedir de ninguém, sai do salão e fui para o elevador. Estávamos no ultimo andar, então seria um longo tempo até chegar no primeiro, onde eu ainda teria que pedir um taxi. Ótimo, isso era tudo que eu precisava.

Entrei no elevador e me encostei, fechando os olhos. Será que minha única qualidade era ser determinada? Ser determinada e mesmo assim, nunca alcançar os objetivos não poderia ser considerado algo bom, certo? Mas meus pensamentos foram dispersos quando ouvi uma voz conhecida e uma mão se enfiou na porta do elevador que já se fechava, fazendo-a se abrir de novo.

— Damon! – Eu arregalei os olhos, surpresa por vê-lo ali. Ele parecia ter corrido, pois ofegava – O que houve?

— Eu me esqueci de algo – Ele respondeu me encarando.

— O que?

— Isso – E sem mais nem menos, ele me beijou.

Não foi algo fofinho ou paciente, foi quente e apressado, como se estivéssemos no fim do mundo e aquela fosse nossa última oportunidade. Suas mãos estavam em meu pescoço, bagunçando meu penteado, e as minhas apertavam sua camisa, passeando por seu peitoral. Não havia nada melhor do que beija-lo, provavelmente apenas uma coisa seria melhor... Ele me fazia esquecer tudo com seu olhar preocupado que outrora fora tão frio. Eu me perguntava se alguma vez Damon foi realmente frio comigo, pois de uma forma ou de outra, ele estava sempre ao meu lado, cuidando de mim de uma forma ou de outra.

Nos afastamos ofegantes, mas não dissemos nada, apenas nos encaramos. Castanho no azul. Parecia uma combinação tão boba, mas me vi encantada por ela.

A porta do elevador se abriu cedo demais, e tivemos que nos afastar. Uma velhinha entrou, nos encarando repreensível, nossas aparências provavelmente denunciaram o que fazíamos, mas se ela olhasse de verdade para Damon, ela entenderia que é impossível ignorar esse homem.

Quando o elevador parou no primeiro andar, saímos, Damon ao meu lado. Eu estava indo para a recepção pedir por um táxi, mas antes que eu chegasse lá, Damon me puxou pela mão, então saímos do hotel. Ele pediu o carro para o manobrista e finalmente me olhou.

— Eu te levarei em casa – Ele sorriu. Eu desviei o olhar, sorrindo. Ele continuou segurando minha mão, o que eu não reclamei, mas o sorriso apaixonado continuou em meus lábios como um mantra.

O manobrista chegou com o carro, entramos e ficamos em silencio todo o caminho, ao som de Gabrielle Aplin no rádio. Balancei minha cabeça ao ritmo da música, lembrando-me já tê-la ouvido na casa de Caroline algumas vezes.

Damon me olhou pelo canto dos olhos, abrindo a janela e apoiando o braço. Ele parecia calmo, sereno, diferente do Damon que eu conheci.

— Cada vez mais você me surpreende – Eu disse, o olhando.

— Te surpreendo como? – Ele perguntou após fazer uma curva.

— No inicio, você era bruto comigo, mas ao mesmo tempo, era gentil e cuidadoso, como se estivesse cuidando de um cachorro que você não gosta, mas que tem que cuidar bem porque... é de algum parente – Fiz uma careta para o meu exemplo, da onde eu tirei isso? Já Damon gargalhou, assentindo e fazendo um gesto com a mão para eu continuar – Agora não é mais assim.

— Como é agora então?

— Você não precisa necessariamente dar carinho para o cachorro enquanto cuida dele, certo? – Elena, para de falar, está ficando pior – Enfim, apesar desse exemplo ridículo, acho que você entendeu.

— Ok, talvez eu possa te adotar – Ele riu, bagunçando meus cabelos.

— Ei! Não foi isso que eu quis dizer – Retruquei – Posso continuar?

— Claro! – Mas ele ainda riu, revirei os olhos e continuei.

— O que eu quero dizer é, você não consegue ignorar alguém que precisa de ajuda, acho que isso é da sua natureza – Expliquei.

— Talvez – Ele deu de ombros.

— Eu já ouvi algumas histórias dos meninos, e a amizade entre vocês é tão forte assim porque você sempre os ajudou de alguma forma. Você é como um anjo disfarçado – Eu sorri.

— Eu apenas tenho esperança em um mundo melhor, começando por pequenos atos. Isso deveria ser algo comum, não é?

— Eu não consigo ser assim – Dei de ombros – Acho que minha natureza é ser egoísta demais.

— Cada um tem suas crenças e modo de agir, isso não nos define.

Mas como sempre, o carro parou em frente ao meu prédio logo quando a conversa estava ficando boa. Eu olhei para Damon após tirar o cinto.

— Eu ainda vou desvendar todos seus mistérios, Damon Salvatore.

— Mistérios?

— Uma pessoa não é tão boa assim por nada – Dei de ombros – Nos vemos amanhã, certo?

— Sim, não se atrase.

— Pode deixar, chefe – Eu ri, abrindo a porta do carro.

Mas eu não consegui simplesmente sair, e antes que eu visse, já havia me virado e beijado o rosto de Damon. Ele arregalou os olhos, surpreso. Eu estava satisfeita, pronta para ir embora dessa vez, mas Damon não me largou, ele me puxou e novamente me beijou. Só então eu sai do carro, sem conseguir dizer nada e sem conseguir controlar os batimentos do meu coração. Apenas acenei, o sorriso largo em meu rosto.

Eu entrei no prédio, logo podendo ouvir alguns gritos de uma conversa estranha. Havia um amontoado de pessoas no saguão, e pude reconhecer o velho Jack entre eles, carrasco indo contra todos. Eu me aproximei, querendo saber o que estava acontecendo.

— O que é essa gritaria? – Perguntei para uma senhorinha que observava tudo quieta. Ela me olhou e quando me viu de verdade, arregalou os olhos, depois me encarando com pesar.

— Elena Gilbert! Ai está ela! – Me virei para o Jack, que apontava o dedo na minha cara.

— O que foi dessa vez? – Perguntei começando a me irritar com ele.

— Você está sendo expulsa desse prédio – Eu abri a boca perplexa. Mas o pior não eram suas palavras, eram minhas malas jogadas pelo saguão. As minhas malas! Com as minhas coisas dentro!

— Você invadiu meu apartamento, Jack? – Eu perguntei, minha voz baixa, mas quase ameaçadora.

— Não é mais seu apartamento, seu contrato acabou hoje, eu fiz apenas meu trabalho – Ele deu de ombros.

— Você fez seu trabalho? Sério? Invasão de privacidade agora pode ser chamado de “fazer o trabalho”? Que trabalho você faz, afinal? Irritar e cobrar os inquilinos? Infernizar a vida alheia? Sua vida é tão merda que essa é a única coisa que faz?

— Do que está falando? É você que sempre foi contra as regras do condomínio – Ele retrucou, cruzando os braços contra a pança gorda.

— Claro, você vai poder falar isso no tribunal – Eu sorri, me abaixando para pegar as malas.

— Tribunal? – Ele arregalou os olhos, parecia temer um processo.

— Ué, você estava apenas fazendo seu trabalho, certo? Não precisa ter medo, afinal você está completamente certo, ou agora você já não tem tanta certeza disso? – Indaguei, adorando coloca-lo no chinelo.

Porque definitivamente, aquilo não ia ficar assim!

— Gilbert, você não precisa ir tão longe...

— Eu não tenho certeza disso... na verdade, me cansei de você, Jack! – Eu disse, completamente irritada. Foda-se a compostura! Minha noite havia sido uma merda, apesar dos momentos bons que passei com Damon, era incrível como tudo voltava quando ele não estava por perto.

Mas antes que eu pudesse falar ainda mais verdades na cara de Jack, senti uma mão em meu ombro e me virei, para minha surpresa Damon estava ali, mais uma vez me salvando.

— Por que todos nós não nos acalmamos?

— E quem é você? – Jack perguntou.

— Isso não importa, importa? O que o senhor fez com certeza não foi correto, e pelo que pude perceber, todos os outros concordam – Eu ergui uma sobrancelha, confusa sobre como ele sabia sobre isso, até olhar para as outras pessoas e ver que sim, elas discordavam de Jack e estavam do meu lado. Eu tinha minhas dúvidas se ele continuaria como inquilino do prédio depois disso – Vamos embora.

Damon pegou minhas malas, colocando a caixa de Astrid sobre uma delas. Archie surgiu do nado, correndo até nós, latindo e balançando o rabo, mas quando viu Jack, rangeu os dentes para ele ameaçadoramente.

— Archie, vamos, garotão – Eu chamei.

Damon não falou nada enquanto andávamos até o carro, mas que aquela cena era estranha, era. Ele colocou todas minhas malas no porta-malas e a caixa de Astrid sobre o banco do passageiro, quando ele abriu a porta, Archie pulou para dentro como se conhecesse o ambiente, folgado!

Eu entrei mais uma vez no banco do carona, sentindo-me mais constrangida do que quando nos beijamos.

Agora era esperar para ver o que ia dar toda essa confusão!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, e agora as coisas vão ficar ainda mais doidas hhaha
E mais uma vez, obrigada pelas recomendações, meninas S2
Bjs e até o próximo!