Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oláá ♥
Sentiram saudades? Nem deu tempo, né hahaha
Eu amei esse capítulo, espero que gostem também
Boa leituraaa!



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Porque dizem que lar é onde seu coração está gravado na pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é apenas onde você deita sua cabeça
Não é apenas onde você faz sua cama
Enquanto nós estivermos juntos, realmente importa pra onde vamos?

Gabrielle Aplin - Home

Eu estava pronta.

Enquanto me olhava no espelho, lembrei das voltas loucas que minha vida havia dado nos últimos dias e anos. Vestida assim, chique, me lembrei da época que fazer compras no shopping era a minha maior ambição, a época em que eu não me preocupava com o futuro. Eu sentia saudades dessa época, mas ao mesmo tempo me arrependia de ter vivido tão levianamente.

Eu usava um cropped de alças finas, creme estampado, com uma saia bege de cintura alta e um sapato de bico fino dourado. Eu havia colocado algumas joias que há tempos não usava. Caprichei na maquiagem e fiz uma trança embutida de lado.

Dei alguns giros em frente ao espelho, eu estava bem diferente do que eu costumava ser no meu dia-a-dia, de alguma forma, era estranho me vestir assim novamente, com salto alto e tudo, eu havia me acostumado aos shorts e as botinhas.

Ignorou tudo isso e peguei minha bolsa, foi quando recebi uma mensagem de Katherine, avisando que estava em frente ao meu prédio. Me despedi de Astrid – que estava em seu modo gata-louca – e de Archie, então sai.

— Você está bonita – Foi o que Katherine disse quando eu entrei no carro.

— Obrigada, você também está – Claro, Katherine usava um vestido azul colado ao corpo, ele não possuía mangas, tinha um decote em coração e um bordado simples que subia até seu pescoço. Seus cabelos estavam presos no alto, deixando alguns fios encaracolados caírem, seus pés calçavam um sapato alto preto. Ela estava completamente linda!

O caminho foi feito em um completo silencio, não era desconfortável, mas também não chegava a ser um silencio bom. Quase pulei do carro quando ela enfim parou em frente ao hotel onde aconteceria a festa.

Haviam muitas pessoas ali, famosos ou apenas amigos de família, como também haviam pessoas que eu detestava e se pudesse, ignoraria pelo resto da noite.

Encontrei logo a minha mesa, vendo também os nomes de Katherine, Jaremy e Bonnie. Me perguntei onde esses dois estariam. Me sentei, suspirando. O salão estava silencioso, o único som eram das conversas animadas dos convidados.

— Elena! – Ouvi meu nome e ergui a cabeça, encontrando Rebekah parada ao meu lado, usava um vestido laranja até os joelhos, os cabelos loiros estavam ondulados e caiam sobre um único ombro. Era trágico admitir que ela estava bonita – Você está muito bonita essa noite.

— Você diz como se eu fosse incapaz de ficar bonita – Eu ri, mordendo o lábio inferior. Um garçom se aproximou segurando uma bandeja com taças de champanhe, e antes que ele passassem por mim, eu peguei uma taça.

— Pelo que eu me lembro da época da escola, era isso mesmo que acontecia – Ela também riu, irônica e venenosa.

— Sério? O seu irmão não parecia pensar assim naquela época... Ah, ele ainda pensa assim! – Eu sorri cínica, bebendo um gole do champanhe, erguendo as sobrancelhas para ela. Rebekah tinha uma expressão de puro ódio. É, minha querida, essa você perdeu!

— Rebekah estava te enchendo? – Pulei de susto ao ouvir a voz de Klaus extremamente próxima ao meu ouvido.

— Puta merda, Klaus! – Coloquei a mão no coração – Por que vocês sempre fazem essas coisas comigo?

— É divertido – Ele deu de ombros, roubando a taça da minha mão e bebendo um pouco.

— Folgado. Por que não pega uma? – Indaguei, pegando-a de volta. Ele apenas riu, se divertindo – E como você a conhece?

— Rebekah é minha irmã mais nova – Ele respondeu, novamente dando de ombros.

O que? Meus olhos se arregalaram e minha boca se abriu... Rebekah era irmã de Klaus e Elijah? Então Kol também era... Meu Deus! Onde eu me meti?

— Então você era a Elena que minha irmã odiava nos tempos de escola – Ele associou – Ela sempre falava mal de você, mas acho que isso não te surpreende.

— Não, Rebekah nunca me surpreende – Revirei os olhos, bebendo o que restara do champanhe e colando a taça na mesa.

— E também a Elena que meu irmão é apaixonado – Ele riu – Uau, você sabe como arrasar os Mikaelson’s – Klaus deu umas batidinhas em meu ombro, sorrindo de canto.

— Por que? Eu te arrasei também? – Sorri, rindo em seguida – Kol é passado, completamente. Mas ele sabe ser bem insistente, viu?

— Imagino, está no sangue.

— Não parece. Afinal Elijah desistiu fácil de Katherine.

— Ah, você sabe dessa história – Ele pareceu lamentar – Eu nunca cheguei a conhece-la de verdade, apenas ouvi de Damon e Elijah. Na época, eu estava viajando o mundo.

— Viajando o mundo? Uau, parece incrível!

— Eu queria conhecer a culinária de outros países, voltei apenas ano passado. Eu não sei bem o que quero fazer, se monto um restaurante... Isso parece um pouco... monótono, entende? Damon me deu o emprego quando eu lhe contei que não sabia o que fazer.

— Damon parece ser o salvador da Pátria – Eu ri.

— Provavelmente ele é. Desde então, estamos trabalhando todos juntos. É divertido, e por mais que eu ainda esteja confuso sobre o que fazer, não quero sair do Nostro Impero, os caras se tornaram minha família.

— Acho que eles pensam igual a você.

— E você, o que quer fazer?

— Não sei também, estamos no mesmo barco, mas você está mais encaminhado do que eu.

Logo depois uma musica instrumental começou a tocar e um cara subiu ao palco anunciando a chegada de Isobel e John Gilbert, as luzes se apagaram e os holofotes se ligaram para a porta. Quando esta se abriu, todos se levantaram e aplaudiram para meus pais que lindamente caminharam por um tapete vermelho até o palco.

Minha mãe estava linda, usava um vestido verde longo com mangas de rendas e algumas pedras sobre o busto. Seus cabelos negros estavam cacheados e amarrados em um belo penteado. Mas o que mais chamava a atenção e a fazia ainda mais bonita era seu largo sorriso estampado no rosto. Meu pai também estava incrível, usando um terno preto, os cabelos devidamente penteados para trás, seu braço estava entrelaçado com o de Isobel.

— Uau! – Disse John com um sorriso – Trinta anos atrás, eu não imaginaria isso, tanta gente reunida para comemorar o aniversario do Restaurante Gilbert. Eu nem sei o que dizer, apenas obrigado por todo o apoio de todos sempre, tanto clientes quanto nossos patrocinadores e as pessoas que acreditaram em nós desde o início.

— É uma linda visão daqui de cima – Disse minha mãe, ela usava outro microfone – Como o John disse, nunca imaginamos isso, e realmente, só temos a agradecer. Houve muitos momentos em que quisemos desistir porque estava difícil, mas vocês não deixaram, então se hoje estamos aqui, não é apenas nosso mérito. Obrigada!

Todos aplaudiram. Eu sorria orgulhosa, afinal vivenciei muitos momentos difíceis com eles, mas por nós e por seu amor pela culinária, eles não desistiram do restaurante que hoje faz tanta gente feliz.

Eles desceram do palco, indo cumprimentar algumas pessoas que os parabenizavam. Não demorou para os garçons começarem a passear pelo salão carregando bandejas de comidas.

Eu comia um crepe de banana, morango e chantili com cobertura de chocolate quando minha atenção foi voltada para a cadeira ao meu lado se mexendo. Levantei meu olhar, encontrando Caroline sorrindo para mim.

— Onde estão Bonnie e Jeremy? – Perguntei após cumprimenta-la – Eles só vieram falar comigo aqui e se mandaram.

— Jeremy está conversando com alguns homens ali – Ela apontou para um canto onde realmente meu irmão estava – É incrível como o tempo passa, não é?

— Está falando sobre como Jeremy era um pivete e agora está maior que todas nós?

— Isso também – Ela riu – Á proposito, quem era aquele gatinho que estava conversando com você antes?

— Klaus? Ele trabalha no restaurante Nostro Impero.

— Klaus, é? Como você pode falar dele tão naturalmente? Ele é lindo demais para minha sanidade – Ela se abanou com o guardanapo, eu gargalhei, terminando de comer meu crepe maravilhoso.

— Klaus é tipo um irmão, impossível falar dele de outra forma – Respondi dando de ombros.

— Sobre o que as duas mocinhas estão conversando? – Bonnie se sentou do meu outro lado, sorrindo animada.

— Sobre a beldade que é quase um irmão para Elena – Caroline revirou os olhos.

— É porque, minha cara Caroline, meu alvo não é nenhum Mikaelson – Eu sorri maliciosa – Mas aquele maravilhoso Salvatore.

Damon acabava de entrar pela porta, vestido em um terno marrom, ele ajeitava o botão do paletó, passando as mãos pelos cabelos perfeitamente penteados com gel.

— Ele não é o dono daquele restaurante? – Bonnie perguntou.

— Sim, dono e chefe, maravilhoso, lindo, e meu futuro marido.

— Uau, você realmente está apostando grandes fichas – Bonnie riu.

— Se você conseguir ficar com ele, acho que consigo o Klaus – Caroline debochou.

— Então pode ir lá falar com sua mais nova paixão, porque Damon e eu nos beijamos essa manhã – Sorri vitoriosa, cruzando os braços.

— Mentira! – Caroline gargalhou – Arrasou!

— Vocês duas são loucas – Bonnie riu, balançando a cabeça.

— Nem todas são sortudas de namorar alguns anos e casar com o boy maravilha – Caroline revirou os olhos – Como vai o casamento?

— Muito bem, mas ultimamente Jeremy anda muito ocupado. Eu não culpo ele, é o trabalho dele, mas gostaria que ele tivesse mais tempo para nós dois – Ela suspirou.

— Vocês são tão lindos juntos – Eu disse – Alias, por que você está aqui e não com ele?

— Ele está falando sobre trabalho, ultimamente é a única coisa que ele sabe fazer – Ela revirou os olhos – Mas eu estou aqui com vocês, o que é muito bom, faz muito tempo desde que nos juntamos as três.

— É verdade, quando éramos apenas adolescentes todos os dias estávamos uma na casa da outra – Caroline relembrou.

— Por que vocês gostam tanto de falar do passado? Sinceramente, odeio me lembrar – Chiei, pegando uma taça de vinho logo em seguida.

— Cuidado com a bebida, Elena – Bonnie disse – Eu vou no banheiro, já volto.

— Vou com você, sinto que minha maquiagem está escorrendo.

E assim, as duas se levantaram e foram em direção ao banheiro. Eu continuei ali, observando alguns casais se arriscarem na pista de dança.

— Você está muito bonita essa noite para apenas ficar nessa cadeira – Ergui minha cabeça, vendo Damon com um lindo sorriso de canto – Quer dançar? – Ele estendeu a mão.

— Eu não danço bem – Respondi, me levantando.

— Eu te guiarei.

Segurei sua mão e juntos fomos até o meio do salão. Era uma música lenta que me pegou completamente desprevenida. Damon me segurei pela cintura, enquanto eu o abracei pelo pescoço, encarando-o nos olhos enquanto ele nos guiava. Até parecia que eu dançava bem quando ele rodava pelo salão, sem dizer nada, mas parecia que não precisávamos de palavras, nossos olhares colados conversavam por si só. Eu sorri, encantada com aquele momento enquanto sentia meu coração acelerar, mas realmente não estava pronta para o que ele disse quando aproximou a boca do meu ouvido, sussurrando:

— Venha morar comigo.


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Notas finais do capítulo

Só não matem a autora por parar porque senão ela não continua u-u
Logo voltarei a postar, até lá me deixem saber o que estão achando nos comentários, e quem quiser recomendar, é muito bem-vindo S2
Bjs