Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, atrasei um dia do prometido, mas prometo que a demora valeu a pena, este capítulo está muito lindo.
Mas não falarei nada além disso, vou deixar por conta de vocês.
Boa leituraa!
PS: Ouçam a música e vejam a tradução, ela é muito linda ♥



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Se isto for um conto de fadas
Rapidamente vou para o amanhã onde você exista...
Todo o tempo, todo dia, tudo...
Embora não se tornem palavras
Você meu lugar especial
Se meu único desejo pudesse virar realidade...
Deus, pare o tempo apenas para nós

Azu feat. SEAMO - Jikan Yo Tomare

Meu final de semana não começou bem. Pleno sábado de manhã e eu estava no saguão, conversando com o Jack enquanto tentava convence-lo. Eu não sabia o que fazer se tivesse que sair do apartamento! Afinal, não havia nenhuma possibilidade de eu me “desfazer” de Archie e Astrid.

— Eu já dei minha resposta, Gilbert. Definitivamente, é não!

— Jack, eu não tenho outro lugar para ir... Por favor, me deixe ficar!

— Seus pais são aqueles cozinheiros famosos, não é? Aposto que dinheiro é o que não falta para eles, na verdade, é até surpreendente uma garota como você morar nesse prédio.

Eu suspirei vendo-o se virar e partir para seu apartamento satisfeito. Ótimo! Eu estava completamente perdida agora! Me sentei no sofá que havia ali e fechei os olhos, eu tinha que pensar em alguma coisa. A Caroline estava procurando alguém para dividir o apartamento, certo? Ahh, ela não, Caroline tem alergia a animais, então ela não é uma opção. Bonnie é casada com o meu irmão, então definitivamente está fora da lista.

Peguei minha bolsa e me levantei, voltando ao meu apartamento. Astrid dormia, como sempre fazia durante o dia, mas Archie estava animado.

— OK, o que acha de melhorarmos esse dia, Archie? – Peguei sua coleira que estava pendurada na parede ao lado da porta. Ele veio animado ao meu encontro, e colocou a cabeça dentro da coleira quando eu a abri.

Com a guia em mãos, sai do prédio, aquele lugar estava me sufocando, mas ao mesmo tempo, era um pouco triste pensar em sair, afinal fazia muito tempo que eu morava ali, e desse lugar eu guardo muitas lembranças boas.

Suspirei pela milésima vez no dia. Pelo menos, não estava fazendo aquele calor infernal de sempre, Archie também parecia aliviado com isso, ele andava feliz ao meu lado, com a língua para fora.

— Oh! Gilbert! – Olhei para cima vendo Marcel acenando para mim.

— Marcel, o que faz por aqui? – Perguntei após cumprimenta-lo.

— Eu apenas sai um pouco para caminhar, moro aqui perto – Ele respondeu.

— Que coincidência, eu também! – Rimos.

— O que acha de irmos a um café?

No fim, acabamos indo a um café, onde conversamos e rimos, Marcel era realmente agradável, e tão maluco quanto eu, não me surpreende mais os nossos atos na noite do karaokê, lembrar-me me fez gargalhar alto, chamando a atenção de algumas pessoas.

Eu havia deixado Archie do lado de fora. Talvez por não ter raça, ou por estar há muito tempo comigo, mas Archie sempre me obedecia quando eu dizia para ele ficar em algum lugar, o que era muito bom. Junto a ele, acabei deixando um pote com água também.

— Então você está sendo expulsa do seu apartamento? – Eu assenti, comendo meus cupcakes que gentilmente, Marcel resolveu pagar por mim.

— Tudo porque tenho um cachorro que late muito. Aqueles moradores são realmente um absurdo!

Tudo que ele fez foi rir.

— Espero que encontre um lugar para ficar logo, qualquer coisa, estou aqui.

— Obrigada, é reconfortante ouvir isso de alguém que não seja meus pais ou minha irmã.

Logo depois eu voltei para casa com Archie, ele parecia mais feliz já que saiu um pouco, o que também me deixava feliz. Era um pouco triste deixa-lo sempre em casa, mas eu não tinha escolha.

Eu fui tomar um banho e enquanto me vestia, meu telefone tocou, era Jack, para variar.

— Estou deixando avisado, Gilbert, você só tem uma semana. Se não sair, eu mesmo vou tirar suas coisas do apartamento e seus bichos!

— Boa tarde para você também! – Bufei, desligando logo em seguida, sem ao menos me despedir, minha paciência estava esgotada com aquele velho gordo. Ele precisava de uma namorada, isso sim, mas eu também duvido que alguém gostaria dele com aquela personalidade terrível.

Me vesti nas pressas, não que eu fosse fazer algo, mas eu estava realmente irritada. Nada me acalmava e por isso não conseguia pensar em uma solução para meu problema. Corri comida chinesa no almoço, claro, comida de entrega, afinal estava longe ainda para eu conseguir cozinhar algo comestível.

E assim, nesse ritmo chato e estressando, a noite chegou para o meu sábado, talvez o pior que eu já havia tido.

— Ahhh, eu estou realmente irritada! – Me levantei do sofá e peguei minha bolsa, saindo do apartamento.

Bom, minha ideia inicial era apenas andar um pouco e espairecer, mas acabei parando em um bar de esquina e lá fiquei. Pedi a bebida mais forte que ele possuía, e coloquei para dentro. Perdi a conta de quantas vezes repeti esse processo.

— Aquele Jack... – Solucei – Ele é um idiota! IDIOTA! Ele precisa sabe do que? Sexo! É isso que falta na vida dele! – Eu gritei, irritada com aquele homem.

O barman me olhou estranho, assentindo e indo atender outro cliente.

— Até você? Eu sou muito irritante para prestarem atenção em mim? Você também vai me expulsar daqui? – Meus olhos se encheram de lágrimas e não consegui segura-las.

Deitei minha cabeça no balcão enquanto fungava, e em algum momento, acabei perdendo parte da minha consciência. Mas mesmo de olhos fechados e sem forças para me levantar, conseguia ouvir a voz do barman, irritada e impaciente.

— Mocinha, pode ligar para alguém te buscar, por favor? – Ele pediu – Mocinha! – Eu o ignorei, não por querer, mas por realmente mão haver forças ou coragem mesmo – Fala sério!

Ouvi um barulho de coisas de mexendo e depois de alguns minutos ou segundos até, eu não sabia diferencia-los mais, ouvi o barman falando com alguém, parecia ser por telefone.

— Alô? Por favor, venha buscar essa garota! A dona do celular está caída de bêbada no meu bar – Ele parou por alguns instantes – Você vem? Ok, o endereço é...

Eu me perguntava para quem ele estava ligando, mas enquanto ele falava o endereço, me desliguei completamente do mundo e dormi sobre o balcão, esquecendo-me dos meus problemas por alguns minutos.

— Elena! – Ouvi meu nome ser chamado e abri os olhos, sentindo-me zonza e meio grogue – Você só me traz problemas!

— Chef! – Eu pulei em seu pescoço, rindo – Que saudade que eu estava de você!

— É, notei, mas você está me enforcando – Afrouxei meu aperto em seu pescoço, mas não o soltei – Me desculpe pelos transtornos que ela causou.

— Da próxima, cuide direito da sua namorada – O barman respondeu, recebendo o dinheiro que Damon tirou da carteira para pagar minhas despesas.

— Você ouviu? Ele disse que eu sou sua namorada – Eu ri, deixando que Damon me levantasse da cadeira em seu colo.

— Ouvi sim – Ele suspirou – O que houve dessa vez?

— Estou sendo expulsa da minha casa – Respondi, sentindo-me cada vez mais fraca, depois de alguns segundos eu cai no sono, nos braços de Damon, que diferente do que eu pensei ou do que ele sempre fazia, não implicou comigo, apenas ajeitou-me em seu colo.

Acordei não sei depois de quanto tempo, mas notei logo que aquela definitivamente não era minha cama, e ao olhar ao redor, também não era meu quarto, obviamente. Ele era muito maior, e possuía uma decoração rustica, mas mesmo assim era bonito.

— Está acordada? – Olhei para porta, vendo Damon parado nela. Ele usava uma blusa preta com calças de pijama, em seu pescoço estava uma toalha e seus cabelos estavam molhados, denunciando seu recente banho, além de seu cheiro natural que logo chegou até mim.

— Sim – Eu sorri maliciosa o imaginando tomar banho, mas antes que minha imaginação fosse muito longe, Damon me deu um peteleco, me lançando um olhar ameaçador – Me desculpe! – Eu sorri amarelo – À proposito, que lugar é esse?

— Minha casa – Ele respondeu, se sentando na ponta da cama.

— Sua casa? Esse, por acaso, é seu quarto?

— Não – Damon respondeu como se fosse óbvio – É um dos muitos quartos de hospedes.

— Muitos? Por que tem tantos?

— Anos atrás essa casa era uma pensão – Ele deu de ombros – Acho que na época da minha bisavó.

— Ah, por isso o quarto tem uma aparência antiga – Assenti.

— Provavelmente. Está melhor?

— Do que está falando?

— Ontem você bebeu demais e o dono do bar acabou ligando para eu ir te buscar. Você estava completamente caída, então te trouxe para cá.

— Obrigada – Suspirei – E me desculpe por causar tantos problemas para você.

— O que houve? Você parecia muito abalada ontem.

— Problemas com o apartamento. Ah, hoje é domingo, certo? O jantar dos meus pais!

— Sim, é hoje – Ele disse, secando o cabelo com a toalha – Levante, eu fiz o café da manhã, depois te levarei para casa.

Café da manhã feito pelo Damon para mim? Ahh, isso era tão romântico! Eu levantei da cama em um pulo, sentindo-me zonza de repente, não cheguei a cair, pois Damon foi rápido e me segurou, mas acabamos enroscando nossos pés de alguma forma, fazendo-nos cair sobre a cama, ele por cima de mim, extremamente próximo.

Damon não desgrudou os olhos dos meus, e nessa posição, em um rápido movimento ele poderia facilmente sair de cima de mim, mas não o fez. Eu estava no meu limite, todas as minhas investidas e meus sentimentos sinceros, ele ignorou tudo aquilo, mas seu olhar naquele momento não fazia parecer que ele estava ignorando. Talvez tenha sido essa convicção que me fez puxa-lo pela nuca e beija-lo.

Como eu imaginei, Damon não me afastou, pelo contrário, ele segurou-me pela cintura, sua outra mão subindo para meus cabelos, aprofundando ainda mais nosso beijo. Minhas pernas se enroscaram em sua cintura, enquanto seus lábios desceram para meu pescoço, minha mãos puxando levemente seus cabelos.

— Damon, eu...

O corpo de Damon estancou no lugar. Não havia sido eu que havia falado, muito menos ele. Nos encaramos confusos, e então olhamos para a porta, onde Stefan nos encarava de olhos arregalados e as mãos sobre a boca.

— Me desculpa... por... interrompe-los! – E saiu do quarto.

— Seu irmão não tem modos – Eu disse, desvencilhando minhas pernas de Damon.

Ele parecia com vergonha por ter sino pegado no flagra, não que estivéssemos fazendo algo de mais, mas... Ele virou o rosto, deitando-se ao meu lado na cama, e começou a rir, gargalhar, seus lábios inchados pelo beijo, eu não deveria estar diferente. Naquele clima tão bom, eu também gargalhei enquanto o encarava.

— Tem um banheiro logo ali.

Damon saiu do quarto, deixando-me sozinha, então a ficha caiu. Eu realmente havia o beijado, não qualquer um, mas Damon Salvatore, aquele que eu lutei tanto durante tanto tempo para que me notasse. Meu coração estava cheio de algo desconhecido, algo que eu nunca havia sentido antes com ninguém. Eu me levantei da cama, indo até o banheiro. Lá encontrei uma escova de dente nova, então tomei a liberdade de usa-la. Tentei dar um jeito nos meus cabelos bagunçados de uma noite de bebedeira, mas foi impossível, então apenas fiz um coque desajeitado com os próprios fios. O que me fez pensar, Damon realmente conseguiu me beijar com tanto fervor mesmo sem escovar os dentes e depois de beber tanto, eu devia estar com um hálito horrível. De repente, comecei a me arrepender de ter tomado a iniciativa logo naquele momento. Por que não quinze minutos depois? Elena, sua idiota!

— Como foi a noite, Elena? – Stefan me perguntou logo depois de eu encontrar a cozinha, o que realmente difícil naquela casa enorme.

— Boa, mas os minutos após eu acordar foram definitivamente melhores – Eu pisquei um olho, sentando-me em sua frente – Onde está Damon?

— Por ai – Stefan deu de ombros.

— Vocês moram juntos?

— Sim. Nossos pais e família moram na Itália, somos apenas nós dois aqui – Ele respondeu – Mas só nos vemos no restaurante, eu estou na faculdade na maior parte do tempo.

— Agora que eu penso sobre isso, você não fica no restaurante o tempo todo – Stefan ficava apenas pela manhã, geralmente.

— Sim, a faculdade toma muito meu tempo, mas eu gosto de trabalhar no Nostro Impero e estar com os caras, longe da família, essas pessoas se tornam nossa família, não é mesmo? – Stefan sorriu, um sorriso que o fazia parecer um pouco mais velho, experiente, talvez.

Depois disso, comemos em silencio. Stefan saiu pouco depois, deixando-me sozinha na cozinha. Eu terminei poucos minutos depois e sai para explorar a casa. Encontrei Damon sentado em uma cadeira de balanço na varanda de uma das salas.

— Por que está aqui? – Perguntei.

— Já quer ir embora? – Ele indagou sem abrir os olhos.

— Eu tive um papo bem legal com Stefan – O ignorei, sentando-me em uma cadeira que havia ali.

— Ele é um cara legal, apesar de também saber ser irritante quando quer – Ele riu. Como hoje de manhã, certo?

De alguma forma, não tocamos no assunto, mas não ficamos em uma situação desconfortável onde não sabíamos como agir com o outro. Estávamos em um bom clima, parecia até melhor do que antes, como se nos entendêssemos ou fossemos... amigos. Era bom pensar assim. Era um bom começo, certo?

— Alias, por que meu número está na discagem rápida do seu celular?

— Nunca sabemos o que pode acontecer, certo? — Eu dei de ombros.


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Notas finais do capítulo

E então? Vocês estavam loucas para o finalmente beijo deles né? Hahaha quem mais ai quer bater no Stefan? Mas acalmem-se, ainda terão muitos momentos delenas fofos e surtantes, como no próximo capítulo...
Muuuuuito obrigada pelos comentários, favoritos, mensagens e afins, sério, eu amo saber que vocês estão gostando, me incentiva muito a escrever. Se quiserem deixar recomendações, também estou aceitando haha
Bjs S2